Tehanu: O Nome da Estrela

Tehanu: O Nome da Estrela Ursula K. Le Guin
Ursula K. Le Guin




Resenhas - Tehanu - O Nome da Estrela


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Lucas1429 29/09/2021

Terrível e maravilhoso
Poucos livros que eu já li tem uma carga emocional tão forte quanto esse, o que foi uma surpresa levando-se em conta as histórias anteriores, que eram leves e quase infantis. Ursula tem um jeito diferente de contar fantasia, vai contra muitos dos padrões tão comumente encontrados em livros desse tipo e aqui, em Tehanu, ela só brilha mais e mostra o tanto que contos com dragões e magias podem também ser sobre pessoas e traumas mundanos. Cruéis, do tipo que não se pode curar com um feitiço ou uma batalha.
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PIERRE14 05/04/2021

Uma continuidade que surpreende.
Este é o terceiro livro da tetralogia da saga do Falcão, a série Terra-mar. Que hoje consta com um quinto livro. Neste momento da saga, o Falcão agora ex-mago, retorna do mundo obscuro e precisa enfrentar sua existência entre a vida é a morte. Mas esta não é a história dele. É a história de Tenar, do seu encontro com uma menina massacrada pela violência dos homens. Uma história que fala de feminismo, do poder dos sexos e de violência. Aquela heroína do segundo livro ( ) que mostra que o maior poder está no coração. Que toda escolha reverbera na vida de muitos, como um eco longínquo. A trama desta vez está mais lenta, mas não perde sua magia.
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Jonas 02/08/2014

Feminismo em Terramar
Dos livros da série de Terramar talvez esse seja o mais bucólico. Não existem viagens entre as ilhas e Gued ainda não recuperou seu poder.

É o livro que ela se distancia da temática antropológica dos três primeiros, onde cada ilha revelava uma cultura diferente. Sobre o que fala esse livro então? Me perguntava enquanto lia. É preciso entender sobre a autora antes de ler esse livro. A mestra Ursula é feminista, e é sobre isso que a obra trata.

Vários questionamentos são feitos nesta obra, para os leitores que não tem contato com o feminismo, o tema central pode passar despercebido. Imagino que a Ursula tenha como objetivo colocar o leitor a pensar sobre os males do sexismo e o machismo em nossa sociedade.

Algumas passagens do livro me causaram muita angustia. E odiei a autora por submeter os personagens àquelas situações, mas no fim todos que fizeram mal tiveram o que mereceram.
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Eduardo.Staque 07/01/2024

Se esse fosse o último livro da série, eu diria que foi perfeito.

Um grande apanhado dos acontecimentos de outros livros, tudo bem amarrado e referenciado.

A simplicidade é cativante, a cada livro ela fica melhor,  sem deixar de tratar bem tudo o que foi estabelecido e manter o espírito de tudo o que cerca Terramar.

A discussão sobre gênero está presente mas de uma forma muito sutil mas muito presente e bem argumentada. A autora sabe como atacar e manter sua posição muito bem, vide praticamente todos o seus livros.

Foi uma série que "finalizou" muito, não deixou nada a desejar, foi fiel ao que se propôs e deixou mais evidente pra mim que fantasia não precisa de magia, guerras e lutas, somente tratar um tema relevante de forma criativa, simples e direta.
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Leonardo 29/06/2010

Decepcionante...
O Ciclo de Terramar, até o terceiro livro, é uma das melhores obras literárias que já li. Muitas pessoas podem discordar de mim, mas acho decepcionante o rumo que a história toma no quarto livro e que é encerrada no quinto (desconsiderando o livro de contos). Os 3 primeiros livros foram escritos em 68, 71 e 72 respectivamente, o quarto foi escrito apenas em 90, não sei o motivo pelo qual a autora resolveu continuar essa história, mas creio ser fato que suas idéia mudaram drasticamente nesses 18 anos, o quarto livro, ao meu ver, é uma injustiça que a autora fez consigo mesma, com a mulher que escreveu os 3 primeiros e ótimos livros. Se você ainda não leu o quarto e quinto livro recomendo fortemente que não o faça, leia apenas os 3 primeiros e juro que dificilmente você irá se arrepender.
Fabão 05/08/2010minha estante
Faço minhas, as Palavras do Leonardo!

Sem Mais...


Jonas 02/08/2014minha estante
Eu marquei como "gostei" por engano rs. Infelizmente o Skoob não tem a opção de desmarcar. Discordo completamente da sua resenha.


Leonardo 02/08/2014minha estante
Jonas, li a sua resenha e concordo em grande parte com ela, justamente por isso não gostei do livro, nada contra feminismo e, principalmente, não sou uma pessoa sexista. No entanto, acho que a temática não cabe nessa história, tudo o que presei nos personagens a na história dos 3 primeiros livros parece que se vão no 4o e 5o livro. Inclusive, você pode discordar quando taxo o livro como decepcionante, mas não pode discordar que a autora mudou drasticamente sua maneira de pensar e, por conseguinte, prosseguir com a história.




Lucas.Silva 13/01/2021

Uma pegada diferente, mas perfeita à sua forma
No quarto livro da saga ?Ciclo Terramar?, percebe-se a narrativa se desenvolvendo de uma forma diferente dos três primeiros livros. Neste, o grande arquimago Ged não é mais o foco, ele sequer tem magia, e sofre muito por conta disso. O nosso querido Gavião sofre muito pela perda daquilo que ele mais amava, e passa grande parte da obra vivendo esse sofrimento, mostrando mais uma vez o quão real nosso herói é, e não mais um personagem que passa perfeitamente por qualquer adversidade e consegue vencer tudo sozinho.

Para além disso, essa estória é contada pela visão de Tenar, uma personagem que apareceu no segundo livro da saga e agora tem um destaque ainda maior. Ela assume um papel importantíssimo na narrativa, cuidando de uma criança resgatada das chamas, Therru, a qual Tenar adota como filha, mas não só, participando de diversas outros embates e reflexões. É uma personagem que suscita debates feministas, algo muito caro à autora, que mostrava já um desejo de trabalhar essa temática na saga, e consegue fazer isso com excelência, utilizando-se dos símbolos do livro como uma analogia à vida real.

Enfim, um livro lindo, com diálogos e reflexões ricas, e, claro, muitas cenas de tirar o fôlego!
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blacktonks 31/01/2021

Ursula é a minha autora favorita atualmente, suas obras sempre me deixar extasiada seja pela mensagem que trás ou pelo desfecho e Tehanu, uma obra que fui sem mt expectativa já que vi muita gente criticando, fiquei boquiaberta.
No 4° livro da saga Le Guin aborda o discurso de gênero, tão já comum em outros livros seus, e dessa vez a questão é sobre as mulheres serem feiticeiras. A autora mostra no livro vários diálogos como o papel da mulher, a sensibilidade e força feminina, assunto que para nós já ta bem batido.

Sobre a história, ao meu ver esse foi um dos melhores livros da saga, prendi a respiração em diversos momentos e chocada com as revelações. Aqui também é possível ver a evolução da Ursula como autora, já que se comparar com os outros 3 primeiros livros, este tem uma escrita muito mais livre e leve.
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bardo 02/01/2022

Lendo esse livro consigo compreender algumas das críticas que vi endereçadas a ele, ainda que creio eu infundadas. Reduzir a história a um mero manifesto feminista como se isso fosse um problema é no mínimo desconhecer a obra da Úrsula já que a discussão de papéis de gênero e poder perpassa sua obra. Dito isso é extremamente interessante após três livros vendo o mundo pela ótica masculina um livro onde a protagonista é uma mulher enfrentando seu luto e tentando entender seu lugar no mundo. As perguntas e considerações que Úrsula faz aqui são extremamente pertinentes e atuais e o diálogo entre Tenar e a bruxa local talvez seja um dos mais profundos em todo o ciclo Terramar.
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Jeff.Jammer 28/06/2023

Sabe aquele abraço? É isso...
Posso entender as críticas, mas elas não são proporcionais à genuína narrativa da história.

Essas poderiam ter a ver com pontas-soltas, ou no mínimo mal explicadas. Por isso entendo, uma coisa ou outra fica no ar. Mas não são muitas, e outras você deduz pela trajetória de toda a série, ou seja, os outros três livros anteriores.

Mas nada disso tira o mérito da forma como a escrita é executada. Tudo está no ritmo certo, os acontecimentos são consequências que fazem sentido. Os personagens são cativantes, cada um a seu modo, nenhum obviamente, no nível de Tenar. Tudo é contado de forma tocante, singelo, genuíno. É uma história pobre de reviravoltas, porém rica em si mesma.

Um ponto alto tratado é o papel da mulher na sociedade. Mas de forma discreta, no dia a dia, sem aprofundar demais, mas a ponto de sentirmos o incômodo de Tenar, e porque não dizer da própria Le Guin.

Outro ponto: Apaixonados por Gued, relaxem. Esperava mais, mas não veio. E okay, a história não tem foco nele.
Isso é interessantíssimo nessa série, um protagonista lá, é coadjuvante aqui e vice-versa.

Sim, o fim traz um acontecimento que deixa o que pensar. Lança questionamentos sobre como foi o início "dela".

Era queimada, ou sempre foi "queimada"?

Teremos respostas nas continuações. Sinceramente creio que não.

Mas nada tira o brilho de uma história de aventura, amor, mistério e magia, quando ela é contada como esta foi.

É de se sentir abraçado. Acolhido. Aconchegado.

Recomendo muito.
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Karine Coelho 09/04/2019

E viveram felizes para sempre?
Diversas obras literárias, sejam elas um livro, uma trilogia ou um ciclo, terminam de modo épico, têm seu final feliz, triste, ou o que for e cabe a nós, leitores, imaginar o que teria acontecido depois. Alguns autores escrevem obras complementares para satisfazer essa curiosidade: é o caso do desnecessário "E Foram Felizes Para Sempre", conclusão da série "Os Bridgertons" de Julia Quinn. E, para mim, é o caso também deste volume de Ursula K. Le Guin.

Vinte anos depois da publicação do último livro do Ciclo Terramar, "A Praia Mais Longínqua", Le Guin resolve lançar este volume. O final da saga foi apoteótico, porém um tanto quanto melancólico. Neste novo livro, continuação direta do último, somos apresentados ao que aconteceu depois da grande aventura de Gued e de quebra revisitamos outra personagem marcante, Tenar de Atuan. É ela, porém, quem dá o tom desta trama melancólica, filosófica e de questionamentos feministas. Nada disso, na minha opinião, é um defeito. A saga demonstra amadurecimento junto com seus personagens: Gued não é mais o garoto assombrado do primeiro livro, nem o grande mago do segundo, muito menos o Arquimago poderoso do terceiro; Tenar não é mais a jovem sacerdotisa dos Tùmulos. O primeiro, alquebrado pelos acontecimentos do último livro, tenta se curar e se adaptar à sua nova e desconfortável condição, a de homem comum de meia idade. A segunda, depois da glória que experimentou, já está confortável em sua pele de fazendeira respeitável, mesmo que numa terra estrangeira, ao mesmo tempo em que questiona seu papel na sociedade e as escolhas que fez na vida. As discussões dos dois a respeito de suas vidas rendem diálogos profundos e interessantes, repletos de melancolia. São dois protagonistas já maduros cheios de questionamentos, reaprendendo a viver, e isso faz o volume ser fantástico. No meio disso tudo uma criança, Tehrru, deformada e violentada, também se curando de suas dores e traumas, descobrindo quem é num mundo que a teme e a repudia por sua aparência. Sutilmente, ao fundo da narrativa, poderes sombrios se mostram lentamente conforme avança o livro, culminando em um final surpreendente.

Muita gente não gosta desse livro (discursos feministas, mulheres questionando seu papel na sociedade, bruxas discutindo sexismo e uma história madura e calma aparentemente incomodam, nada de novo sob o sol) mas eu recomendo a leitura. Ele não tem grandes viagens, grandes magias e aventuras, mas não deixa de ser uma obra profunda em sua aparente lentidão. É o famoso "final feliz" (não chega a ser porque existe um quinto livro) porém cheio de cicatrizes. Glorioso e marcado. Como Tehanu.
Jan Luc 02/11/2019minha estante
Gostaria muito de ver sua resenha para o quinto livro. Li apenas o primeiro e senti que tem um final ali. Depois soube que a autora não planejava fazer uma sequência e estou reflexivo sobre continuar ou não essa sequência de livros. Até porque diz-se que outros livros da autora são também muito bons.




Danylo.Paiva 09/03/2021

A perda de identidade dói no leitor.
Não poderia estar mais decepcionado com uma saga, com um livro. Sei muito bem separar algo que não satisfaz meus gostos de algo que é ruim, e nesse caso, Tehanu é um livro ruim, desagradável, e que vai provocar no leitor fã dos três primeiros livros um sentimento de estar longe de casa lendo algo totalmente desconexo do caminho que ele trilhou até aqui.
O livro não é apenas vazio da magnitude épica e da magia vistos nos seus antecessores, é mal escrito e maçante. O que poderia ser um capítulo ou dois é arrastado de propósito e eu, na crença de que uma reviravolta aconteceria, de que o livro ficaria realmente bom, me esforcei para continuar lendo.
Apenas no último capítulo, nas últimas páginas do livro, vemos o vislumbre de algo que nos faz lembrar que ainda estamos lendo um livro de alta fantasia, e esse vislumbre é com certeza apressado e mal escrito como um pedido de desculpas da Ursula para as pessoas que se forçaram a ler até o fim.
A perda de identidade dói no leitor, e muito; são quase vinte anos após a publicação de "A praia mais longínqua" e compreendo que autores e suas escritas não são coisas imutáveis, mas no caso a Le Guin de 1990 desprezou tudo que a antiga Ursula escreveu, como se olhasse sua própria obra com desprezo, e isso é um golpe cruel em um fã, garanto.
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Graci 17/03/2021

Terminei, nem acredito que terminei de ler o livro. Por conta dos capítulos serem grandes tive preguiça de ler, o que resultou em atraso nas leituras.
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Rafaela 07/10/2022

Perfeito e necessário
Eu estava com preguiça de ler esse livro, o anterior já não me prendeu tanta a atenção e foi sofrível de terminar. Mas esse aqui, que bom que abri, porque foi simplesmente uma das melhores leituras do ano. O quarto volume da série conseguiu ir ainda mais profundo nas suas reflexões que os anteriores. Além da magia e de dragões, fui inserida em um tema que nunca deixou de ser atual, independente da época, mesmo num livro de fantasia. A misoginia, o machismo, apresentados crus e escancarados. Te dá repulsa, te dá raiva, te faz questionar e refletir. Tehanu: o nome da estrela, é um retrato da crueldade e da injustiça, é a trajetória de uma mulher questionando seu papel num mundo onde o poder está nas mãos de homens, e se revoltando contra isso.

"Quero eu dizer que são os homens que lhe dão poder. Deixam que ela use o poder que é deles. Mas não é dela, pois não? Não é por ser mulher que ela é poderosa, é apesar disso."

Um livro necessário e precioso, muitas vezes doloroso. Os diálogos são intensos, profundos, pensados pra te fazer pensar. Eu adorei. Adorei. Adorei.

Quem não gostou que engula seu desgosto. Porque esse livro é perfeito.
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