Jhonatan A. @jounalmeida 09/05/2016E se você tivesse uma segunda chance?Não leria o livro pela capa, mas existe aquele ditado... "não julgue o livro pela capa" e assim deve ser feito. Vamos à resenha.
Talvez uma distopia – há quem diga ser ficção científica, ou especulativa - "Pseudônimo Mr. Queen" nos conduz ao final do mundo, como previa os maias. O 21° dia de dezembro de 2012, uma data significante, ali estava marcado o fim do mundo ou uma catástrofe universal, e ela aconteceu. Por coincidência era um dia de comemoração na empresa de Regina, onde descobriu a traição do marido com sua amiga, Vanessa. Por extrema dor, Regina saca uma arma da gaveta da escrivaninha e a dispara. Nesse momento tudo muda, pessoas somem e novas regras são postas em pratica.
O livro foi dividido em três fases, a primeira é vivenciada por Regina a personagem central, logo Larissa e, por conseguinte Vitória. Bom, esses personagens me confundiam por demais talvez por serem muitos, mas a ideia principal disso foi as três gerações. Larissa é filha de Regina e Vitória e neta de Regina, uma sobrevivente do recomeço do mundo.
A autora foi feliz com a brilhante ideia do livro, em narrar os acontecimentos em uma possível segunda chance levando em conta o calendário maia, mas tropeçou em alguns e poucos lugares.
Como foi dito, após a catástrofe onde milhares de pessoas morreram, algumas foram sobreviventes - dá para ser comparado ao arrebatamento, mas o livro não tem caráter religioso. Logo se formaram grupos onde eles estariam inseridos, não havendo desigualdade, problemas sociais ou doenças que atrapalhassem a vida. Através dos sonhos os sobreviventes desse novo plano recebiam informações necessárias. Viveriam duas vidas, a primeira até os 70 anos e a segunda dos 20 aos 100, totalizando 150 anos.
Entendermos que no início do novo mundo, no final de 2012, todas as mudanças que ocorreram apontavam para um único caminho, que era pensar mais no coletivo e menos no individual. Com as novas regras, as pessoas passaram a ter direito ao mesmo tempo de vida e com a mesma qualidade.
O objetivo do livro foi demonstrar a ganância, egoísmo e ambição do homem. Em uma perfeita ordem cronológica vemos a mesma história ser tratada de geração em geração e o mistério ser revelado. O que para uma não fazia sentido por ora, para outra foi muito claro.
O traço principal – a pincelada mais acentuada – aborda um ponto frequente na nossa sociedade... a criação de celebridades mas que representam a parte mais cruel da humanidade e após tantas crueldades ainda sim ser referencia social.
Agradeço a Loraine Pivatto por me convidar a participar desse Book tour que organizou para divulgação e me apresentar seu trabalho que achei tão bacana. Foi uma experiência interessante. Ah, essa edição foi feita para divulgação, portanto não sei quando estará disponível para os demais leitores.
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http://clicheimperial.blogspot.com.br/2016/05/resenha-pseudonimo-mr-queen-loraine.html?m=1