Patricia.Christman 01/06/2016A humanidade é capaz de viver em um mundo perfeito?Imagine um mundo onde não há desigualdade, nem dinheiro, nem mortes prematuras... Onde todos, sem exceção, tem os mesmos direitos e deveres. Poucas pessoas escolhidas para ter a chance de viver esse sonho.
Loraine Pivatto nos trás seu incrível trabalho: Pseudônimo Mr. Queen.
Uma bela ficção que nos leva a um mundo totalmente novo. Uma sociedade perfeita, onde cada um dos indivíduos escolhidos para viver esse sonho recebe duas vidas. A primeira ate os 70 anos, e a segunda dos 20 ate os 100 anos. Nem um segundo de diferença.
Mas será mesmo perfeita?
Sabemos muito bem eu o ser humano tem a constante necessidade de aparecer! E aparecer bem! Mesmo uma sociedade onde “não há desigualdade” sucumbe aos anseios humanos.
A primeira geração dessa historia vive os dois mundos, o antes, que é o mundo em que vivemos, onde há fome, miséria, desigualdades, morte... Sim! Esse é o Nosso Mundo! E o mundo criado para os poucos escolhidos, sem fome, sem dinheiro, sem desigualdade e sem mortes prematuras. Bom, há uma forma. Mas entre os escolhidos existem apenas alguns raros que sabem o verdadeiro segredo da morte, o qual deve ser guardado e jamais revelado, ou a humanidade sucumbiria novamente em um mundo de violência e mortes.
Regina Brandão, a principal personagem de nossa primeira geração, mostra-nos a diferença entre ambos os mundos, e constrói a fé de que esse mundo pode ser melhor. Ela supera muitas coisas e acaba criando a filha da mulher que roubou seu marido. Um ato que acabou em morte! Bom, talvez...
Ai o tempo passa, e conhecemos Larissa, sua amada neta. Uma moça cheia de vida, de desejos, de sonhos... Mas que foi abandonada pela mãe. E seu namorado, Paulinho, um rapaz controlador, ciumento e briguento. Quando Regina parte para a segunda vida, Larissa pede refugio e deixa Paulinho sozinho. Revoltado ele segue em busca de Junior, um rapaz que o desafiava por Larissa.
Ao voltar de seu refugio, Larissa segue sua vida e casa-se, tem uma linda menina, Vitória. A terceira geração. Larissa cria Vitoria praticamente sozinha, já que seu marido, um ator, pede refugio para poder fazer um filme que foi adiado. Vitoria descobre que seu pai a abandonou e se torna uma adolescente problemática, difícil, amargurada. E tudo se torna mais difícil com as cobranças da sociedade de que todos devem ser perfeitos. Não há dinheiro, mas há o sistema TUV, onde cada individuo é avaliado e ganha ou perde pontos. Aí começa toda a briga. Claro que todos querem ter a melhor pontuação...
O livro é muito bem elaborado, dividido em três gerações, o que torna a leitura mais dinâmica e interessante. E temos os dois maiores segredos: a única forma de morrer, que é explorada desde o inicio do livro, e a identidade do Mr Queen, um famoso poeta que escreve musicas maravilhosas e que conquistou todas as gerações, mas que insiste em se esconder no anonimato...
Será que há algum motivo para esse anonimato? Ele ou Ela tem algo a esconder? Um jogo de marketing? Saberemos quem é?
E o segredo da morte? Alguém descobrirá? Ou ele será levado pelos poucos que o sabem?
Façam suas apostas...
E apostem nesse livro, realmente me impressionou!
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