Larissa Guedes de Souza 30/12/2016
Ler essa adaptação só aumentou meu carinho pelo principezinho que vive em um pequeno e distante planeta
Sempre adorei a história do Pequeno Príncipe e quando vi uma notícia sobre o lançamento dessa releitura em cordel e vi as ilustrações belíssimas, fui logo atrás de comprar.
O livro é lindo como um todo! Desde a ilustração da capa, passando pelo design das molduras das páginas, até, claro, os versos em si. Para quem não conhece esse estilo literário que se tornou típico nordestino, o cordel é uma poesia popular impressa. Cordel é contar uma história em forma de versos rimados.
Não conhecia o trabalho de Josué Limeira, mas achei incrível como ele conseguiu adaptar uma das mais famosas histórias do mundo para o cordel, prendendo-se à essência da história, mas também dando uns toques regionais. Os versos ficaram fiéis ao livro original e muito lindos, e alguns já fazem parte do meu repertório de citações que amo! O livro inclusive foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2016, na categoria Adaptação. Também não conhecia o trabalho de Vladimir Barros, o ilustrador do livro, mas me apaixonei por esse Pequeno Príncipe estilo nordestino, com seu chapéu de cangaceiro e sua pele bronzeada pelo sol do sertão, já pela capa. E as ilustrações internas são uma mais bonita e detalhada que a outra! Realmente o livro é lindo e fofo, já quero um bonequinho desse principezinho!
Vemos as inspirações na cultura popular nordestina na história, nas ilustrações e nos detalhes do design das páginas, como a flor de mandacaru, a xilogravura, etc. Mas só porque é repleto de símbolos nordestinos, não significa que o livro seja menos interessante para aqueles que não conhecem a nossa cultura. Recomendo muito esse livro para todos que amam o Pequeno Príncipe. Ler essa adaptação só aumentou meu carinho pelo principezinho que vive em um pequeno e distante planeta.
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