Small Gods

Small Gods Terry Pratchett




Resenhas - Small Gods


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Lucas1429 30/03/2021

Resenha: Pequenos deuses
Sinceramente, é até difícil começar a falar sobre esse livro. Como todo bom fã de fantasia, eu já tinha ouvido falar milhares de vezes sobre Discworld em muitas páginas, fóruns e afins, mas a quantidade gigante de livros sempre me deixou apreensivo, além das temáticas e temas que tinham um sensação de serem bem únicas. E, bom, elas são mesmo. Ler esses livros é como ler um livro de Machado de Assis, se for comparar com autores brasileiros, com uma linguagem sagaz e sarcástica muito parecida. Eu perdi a conta de quantos trechos de diálogo ou de falas do narrador me deixaram encantados, tanto um jeito divertido quanto de uma maneira reflexiva. É, sem sombra de dúvidas, um dos livros mais ricos que eu já li.
A história é agradável e os personagens, apesar de caricatos, cumprem muito bem o seu papel. Mas o charme está todo nas alegorias que podemos trazer pra nossa vida e pra alguns elementos da nossa sociedade, nessa leitura que é, ao mesmo tempo, fria e divertida. Chega ao ponto de ser cruel as vezes, principalmente pra quem tem algum tipo de vivência religiosa.
Estou agora muito empolgado em continuar essa série, ler os outros livros pra descobrir se eles também tem esse tanto de informação e diversão. E, claro, ele é totalmente recomendado pra qualquer tipo de leitor, desde os mais dedicados até os mais cotidianos.
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Cristian 22/04/2021

Leitura Satisfatória
O autor foi genial ao escrever esse livro.Ótima obra,apesar de uns pontos monótonos no começo/meio do livro foi uma experiência incrível
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Coruja 12/01/2012

"Fear is a strange soil. It grows obedience like corn, which grow in straight lines to make weeding easier. But sometimes it grows the potatoes of defiance, which flourish underground."
Considerando que os livros de Discworld têm sido traduzidos aqui no Brasil mais ou menos na ordem de publicação, Small Gods deve ser o próximo a ser lançado (porque a esperança é a última que morre). Tendo lido todos os livros que vêm antes e mais uns tantos que vêm depois dele, creio que posso dizer que Small Gods marca uma mudança na abordagem de Pratchett.

Até então, embora houvesse um forte teor de crítica nas aventuras e desventuras dos habitantes do Disco, o riso fácil era uma constante – num mundo de clichês e piadas prontas, Pratchett sempre soube se aproveitar bem desse humor mais escrachado.

A partir de Small Gods, contudo, os temas vão ficando mais sérios, há menos risadas, substituídos por uma ironia mais elegante e reflexiva. Política e busca pelo poder se tornam a essência dessa ‘fase’. É o caso de The Truth, que trata da questão da livre imprensa e de intrigas pelo poder; The Fifth Elephant, mergulhando no barril de pólvora das diferenças entre povos e do fornecimento de combustível e energia e ainda Men at Arms, que trata de preconceitos étnicos e avança até a sublevação civil.

Small Gods trata de religião, intolerância e filosofia. Tudo começa com o grande Deus On tentando se manifestar no mundo agora que é chegado o tempo de seu oitavo profeta – responsável por passar ao povo seus editos e leis divinas. Infelizmente, em vez de surgir como um temível e poderoso avatar, Om chega ao Disco na forma de uma... tartaruga.

A Igreja de Om é forte e poderosa. E o problema é exatamente esse: as pessoas acreditam na Igreja por hábito ou medo da Quisition (algo parecido com a Inquisição, mas pior) – ou seja, elas acreditam na instituição, não no Deus. E, como os deuses se alimentam da crença de seus devotos, Om está com problemas...

E problemas bem sérios: na enormidade do estado de Omnia, ele só encontra um único devoto, que é a única pessoa que pode escutá-lo: o noviço Brutha (alguém mais pensou em Buda?), humilde jardineiro considerado mentalmente incapaz pela totalidade de seus superiores e irmãos, exceto pela parte da memória absolutamente prodigiosa.

Brutha, a princípio, não consegue acreditar que o todo poderoso deus Om escolheria se manifestar no mundo como uma simples tartaruga – para ele, aquilo é alguma espécie de tentação sombria. Mas finalmente Om consegue convencê-lo de que ele é realmente o grande Deus.

Enquanto Brutha tenta fazer as pazes com sua fé e o fato de que seu deus agora está em versão de bolso, ele acaba por ser recrutado por Vorbis, líder da Quisition e que em nada deixa a desejar comparado a Torquemada. Vorbis quer fazer guerra a Ephebe, a terra dos filósofos e do livre pensamento, começando com um ataque de dentro. Para tanto, ele montou uma missão diplomática, que na verdade é a responsável por iniciar esse ataque.

Só que, sendo uma missão diplomática – e uma vez que os efebianos não são idiotas – eles são recebidos no Palácio do Tirano, governante de Ephebe; um palácio que é um labirinto sem minotauros, mas repleto de armadilhas. É para ser capaz de sair desse labirinto que Vorbis precisa de Brutha, ou mais especificamente, da memória prodigiosa de Brutha.

Om também quer ir a Ephebe para entender seu dilema e descobrir uma forma de retornar ao seu poderio antigo, de forma que embora deteste Vorbis, ele decide que é uma boa idéia partir nessa expedição.

O que Vorbis – e Om – não contavam é que, ao chegar em Ephebe e ter contato com seus filósofos, Brutha demonstrasse não apenas que é capaz de pensar por si mesmo, como também incorporasse ao seu sistema de crenças a idéia de tolerância religiosa, solidariedade e humanismo.

Small Gods se tornou meu livro favorito da série – e olhe que é difícil escolher um único entre os títulos de Discworld. Suas visões sobre história e religião, tolerância e capacidade de um único homem fazer a diferença no grande plano das coisas me fez parar muitas vezes para refletir e, por que não?, ter esperança. Small Gods talvez não seja um livro tão engraçado quanto outros do Pratchett... mas consegue ser inspirador e cheio de uma graça quase divina.

“É difícil de explicar,” disse Brutha. “Mas eu penso que tem algo a ver com como as pessoas se comportam. Eu penso... você deveria fazer as coisas porque elas estão certas. Não porque algum deus assim disse. Eles poderão dizer algo diferente da próxima vez."

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
Priscila 15/03/2014minha estante
É triste constatar que depois de dois anos desde a sua resenha, Small Gods continua não publicado no Brasil... O jeito vai ser ler o livro em inglês mesmo, fazer o que, né? Triste isso que fizeram com a obra do Terry Pratchett no Brasil, viu? Aff...

Ah, e obrigada pela resenha, me deixou ainda mais animada a ler o livro! Meu livro favorito do Pratchett até agora é Guardas! Guardas!, e estou com uma sensação de que vou gostar muito do Small Gods.




Edu 29/04/2021

Maravilhoso
Que livro gostoso de ler. Personagens sensacionais, diálogos muitíssimo bem elaborados, cheios de humor, ironias, críticas e sarcasmo. Livro maravilhoso, pode ser lido separado dos outros da série Discworld sem problema nenhum, inclusive até recomendo ser o ponto de partida pra qualquer pessoa. Terry Pratchett é realmente muito bom, tem um humor sarcástico e cheio de nuances. Recomendo fortemente
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Charles Lindberg 31/08/2022

Uma masterpiece
Terry Pratchett é criminosamente desconhecido no Brasil. Small Gods provê um comentário genial sobre as "grandes religiões" monoteístas, suas relações sociais, de poder, e com elementos como filosofia e ateísmo.

Quando o Grande Deus Om vem ao mundo na forma de uma tartaruga, precisa contar com a única e última pessoa que realmente acredita nele, o jovem Brutha, um acólito inocente que nunca se esquece de absolutamente nada, para restaurar sua relevância num mundo em que sua religião já foi tão deturpada pela política que se tornou apenas um instrumento de controle social pela temível Quisição de Omnia.

Personagens únicos e o humor característico do autor, que lembra mesmo Douglas Adams, contam uma história maravilhosa e aprazível para os mais diversos públicos. Discworld precisa de uma adaptação televisiva pra ontem.
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Fimbrethil Call 12/06/2014

Deuses lutando para não serem esquecidos.
Muito bem humorado e inteligente esse livro. Recomendado.
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Thais Gonçalves 04/02/2024

Pequenos Deuses é o décimo-terceiro romance da série Discworld de Terry Pratchett, publicada em 1992. Ela aborda a origem do Deus Om, e a sua relação com o seu profeta, o reformista Brutha.
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