Resenhas - Bem está o que bem acaba

NaoTemLogin 19/04/2024

Esse é um dos textos-problema de Shakespeare, onde uma personagem extremamente interessante (Helena) acaba se interessando por um ser de caráter extremamente duvidoso e detestável (Bertram).

Fernanda.Caputo 30/03/2024

Helena merecia mais
Gostei da engenhosidade da Helena, mas honestamente... esse Bertram é péssimo!
Como diz meu pai, um tatu cheira o outro. Ele e o Parolles bem se mereciam.

yvnvitx 10/01/2024

Bem está o que bem acaba, de William Shakespeare
Essa é uma das três peças-problema de Shakespeare, textos escritos para refletir problemas da sociedade contemporânea do artista.

Nela, conhecemos a história de Helena, uma jovem que, ao salvar a vida do Rei da França, ganha o direito de escolher um marido para si. Helena escolhe Bertram, o Conde de Rossilion, que sempre foi seu preferido. Entretanto, o Conde não gosta muito de Helena e prefere dar um migué, fugindo para a Guerra a fim de evitar consumar o casamento com ela. A peça gira em torno das medidas que Helena toma para trazer seu marido de volta e conquistá-lo.

Confesso que não gostei muito dessa peça, achei pouco interessante e um pouco confusa. Talvez porque o bardo nunca chegou a 'revisar' o texto junto a um copista, sendo assim, essa peça é meio que um rascunho do que viria a ser a versão final da obra.

Os pontos altos da trama, na minha visão, são as passagens que envolvem Parolles, um capitão fajuto do exército francês e amigo de Bertram. Além de ser um mentiroso, Parolles é um grande covarde. Esses dois atributos do personagem proporcionam passagens bem cômicas e linhas engraçadas.

olvlarissa 30/04/2023

Rendeu boas risadas!
É a primeira peça que leio de Shakespeare (tirando algumas adaptações) e adorei! Não achei confusa e tem sim os seus "problemas morais" mas isso não desqualifica em nada a leitura. Se analisarmos bem, nem Bertram nem Helena prestam.

Já quero ler todas as outras obras de Shakespeare!

mariksj 06/04/2023

Muito bom!
Segunda peça que leio de shakespeare, renomado dramaturgo.

interessante pontuar que achei as duas obras que li (mercador de veneza e bem está o que bem acaba) muito similares!

o final principalmente, onde as revelações e esclarecimentos acontecem (coincidentemente com mulheres armando planos enganosos para benefícios próprios ou alheios em ambos livros)

gostei da helena, mas não acho que ela seja a dama recatada que todos na obra insistem em dizer que ela é.

durante todo livro ela pôs os interesses dela em primeiro lugar, preferindo ver o amado infeliz do que deixá-lo ir. enganou pessoas e, se entendi bem, forjou a própria morte. também envolveu outros em sua tramoia.

se prestar bem atenção, você percebe a maldade dela.

achei interessante como shakespeare apresentou parolles, famoso personagem cão que ladra, mas não morde. representou bem a sociedade atual, onde tudo é aparência e as pessoas são cada vez menos sinceras ou dignas de confiança como ele.

a peça como um todo é proveitosa, embora cansativa em algumas partes. ansiosa pelas próximas que lerei!

Madu_o 06/04/2023

Não foi dos melhores
Assim, sei que é uma "peça problema" mas ainda achava q ia ser meio comédia, não é. E quando ela tentava ser não era nem de longe tão engraçada quanto Sonho de uma Noite de Verão, por exemplo. Achei mais maçante que outras peças dele e não consegui gostar nem achar interessante nenhum dos personagens. A melhor é a Helena mas ela cansa com toda essa paixão pelo Bertram. Os homens dessa peça são insuportáveis (mais que o normal), não gostei muito do final também, o Bertram não me desce de jeito nenhum...... pensando bem fui muito generosa nas três estrelas.

Ana.Paim 06/02/2023

O 1° foi...
Quando comecei a leitura foi como entrar em terreno desconhecido, não por ser clássico, leio clássicos desde o começo da adolescência, mas por ser um "novo" autor, lembro de ter lido uma versão adaptada pra infantojuvenil na época da escola pra fazer um trabalho de literatura. Minha percepção é que Shakespeare não é o monstro de 7 cabeças que todos dizem, obviamente a tradutora fez um ótimo trabalho, deixando a obra mais acessível, claro que ainda é um escrita "rebuscada", mas nada de mais pra quem já teve qualquer contato com a literatura classica dos séculos passados. Demorei pra ler por preguiça mesmo, um pouco de cansaço também. Shakespeare sabia adicionar falas cômicas, com humor acido, que eu particularmente adoro, e também tem inumeras citações geniais. Eu não grifo livros, mas este recebeu um post it em uma citação que me cativou mais.
"Que te reprovem pelo teu silêncio, mas que jamais te censurem por falar demais."
Ou como em outra tradução:
"Antes ser censurado por calado do que por falador."

Maria 02/01/2023

As comédias do Shakespeare são muito contemporâneas. Comentários ácidos e o dramalhão apaixonado sempre me divertem muito.
Gostei da história ser sobre uma mulher, que mesmo cega de amor, era bem decidida e fez tudo o que pode pelo bem e pelo mal. Odiei o Bertram, top piores homens da literatura!

Marina 17/12/2022

Altas passadas de pano
Sim, sim, "nem todos os homens", mas esse livro, durante a leitura, me fez odiar macho de tão frustrada que me deixou a leitura. Li com meu namorado do lado e coitado dele.

Helena é massa, mas com um gosto péssimo pra marido. Bertram é um bocó. Mas também, a coitada não tinha nenhuma escolha boa, porque não vi nenhum cara decente na história. Até o rei, que defendia ela, passou um super pano pros erros do Bertram. Acho que isso que me incomodou bastante. Levaram de forma leviana o comportamento do cara e não me senti satisfeita como leitora. A escrita de Shakespeare sempre me cativa e me diverte, ri bastante enquanto lia, mas mesmo assim, quis arremessar o livro pela janela.

mariliapgm.livros 09/03/2021

Não é das melhores
Comparando com outras peças de Shakespeare, essa deixa a desejar... a história parece meio "bagunçada", os eventos vão atropelando uns aos outros e sinto que os personagens não são tão marcantes quanto de outras peças.

Ana 30/10/2020

Divertido e surpreendente
Bem está o que bem acaba é uma peça centrada em uma mulher que tem o direito de escolher o próprio marido, algo que, para a época, era incomum e não tão facilmente aceitável. Como em outras de suas obras, Shakespeare escreve de forma brilhante, divertida e bela.
Para ser sincera, não esperava tanto desse livro, mas me surpreendi como uma história divertida, interessante e que mostra uma personagem feminia forte e determinada.

Amanda 04/08/2020

Então...
Foi o segundo livro que li do autor, até gostei, mas esperava um final diferente.

Lucas 17/01/2018

Sério
Não entendo como uma das personagens mais incríveis da literatura shakesperiana tenha se apaixonado por um cara tão desprezível como Bertram o é, ao ponto de se redimir, humilhar-se e correr atrás dele pela França e Florença...
Helena é uma mulher extremamente virtuosa, uma excelente dominadora das artes médicas, possuidora de uma sagacidade incrível para criar estratégias. além de ter salvado a castidade da Diana das mãos do infame Bertram...
Sério
Quem é Bertram no meio de tantos rapazes mais espirituosos que ele.
Acho que é o equivalente nos filmes e séries atuais onde a mocinha comportada, inteligente e sábia se encanta pelo bad boy, como no caso da Rory Gilmore e Jess de Gilmore Girls, por exemplo...
Enfim, deixo aqui não uma resenha, mas apenas alguns comentários meus a respeito desse fato peculiar nessa peça.

Coruja 03/07/2014

Começo hoje confessando que estou olhando para meu volume desse livro aqui em cima da mesa e me segurando para não jogá-lo na parede e não sapatear em cima. Não gosto do Bertram. Na verdade, eu não suporto o Bertram. Minha raiva do Bertram é maior até do que minha cisma com Romeu. Eu realmente, REALMENTE não gosto do Bertram. E eu não faço a menor ideia do que bem acaba nessa história.

Tendo tirado essa questão do caminho... vamos ao que interessa.

Bem Está o que Bem Acaba é uma das comédias problema de Shakespeare (na minha opinião, mais problema que comédia...). Ele começa com uma das heroínas mais interessantes da obra do bardo: Helena.

Helena é tão inteligente quanto ambiciosa e determinada. Filha de um médico – e ela mesma bastante capaz nesse campo – ao ficar órfã é tomada sob a guarda da Condessa de Rousillion, mãe do (detestável) Bertram, por quem ela não demora a se apaixonar, a despeito do fato do moço estar de partida para servir ao rei em Paris.

Embora Bertram não demonstre nenhuma grande consideração por ela, Helena decide que deseja conquistá-lo para si mesmo assim. Para isso, ela se utiliza do fato de que o rei está doente: com seus conhecimentos, ela consegue curá-lo, quando ninguém mais o conseguia e com isso recebe do soberano a promessa de qualquer favor.

Ela pede a mão de Bertram em casamento.

Bertram surta.

O rei deu sua palavra. O casamento acontece. Mas antes da noite de núpcias, Bertram dá jeito de escapar, ao mesmo tempo em que humilha Helena da forma mais completa de que é capaz.

Posso entender que Bertram não tenha se sentido particularmente feliz com o casamento arranjado com Helena. Ainda por cima a se considerar que dentro do sistema da época, ele faz o papel da esposa prometida sem direito de voto, não do noivo que escolhe. Eu não o condenaria por se sentir enganado, preso, forçado a uma situação que entre seus pares – homens da corte, homens da guerra – só conseguem ver com escárnio.

Não importa que Helena seja jovem, bela, inteligente, independente e perfeitamente capaz de se virar sozinha. No mundo de Bem Está o que Bem Acaba, todas essas qualidades apenas depõem contra ela.

Meu problema com Bertram é a forma como ele reage a tudo isso, a crueldade com que trata Helena, a inveja – porque só posso encarar como sendo inveja – do fato de ela ter alcançado a glória e tudo aquilo que desejava ao passo que ele se vê preso a uma mulher que não quer.

A bem da verdade, mesmo antes de todo a confusão, Bertram não era exatamente uma boa bisca. E depois, ele é completamente execrável – motivo, aliás, pelo qual Helena conseguirá mais tarde suplantá-lo de novo...

Eu gostaria que Helena tivesse mostrado mais bom senso em sua escolha. É difícil entender a adoração dela por um homem que a vê como menos que a sujeira sob a sola dos sapatos. Especialmente a se considerar o quão é inteligente. Como diria D. Mãe, “Helena, minha querida, você é digna de melhor sorte”.

Mas o coração quer o que o coração quer e nada se pode fazer sobre o assunto. E assim é que entre traições e subterfúgios, temos o suposto bem acabar do título – embora eu tenha minhas sinceras dúvidas sobre o que realmente acontece após o descer das cortinas...


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2014/07/projeto-shakespeare-bem-esta-o-que-bem.html