Carol 28/01/2016Uma viagem pelo passado e pela música!A Irmã da Tempestade é o segundo livro da série As Sete Irmãs! Para quem não sabe, o primeiro livro foi lançado pela editora Novo Conceito em 2014, e narrou a história de Maia D'Aplièse, a irmã mais velha, que foi em busca de seu passado e chegou ao Brasil.
Pa Salt adotou seis meninas, e cada uma com um passado diferente e origens distintas e todas nunca souberam sobre sua família biológica, e as nomeou em homenagem às estrelas da constelação das Sete Irmãs. Suas vidas tomaram rumos diferentes, mas sua casa sempre foi em Genebra, na ilha particular de Pa, Atlantis. Com a morte do pai, todas se reúnem em casa com Marina, ou Ma, a mulher que as criou, e lá descobrem que antes de morrer, Pa Salt deixou uma carta para cada uma das filhas, além de coordenadas, para caso elas resolvam descobrir suas origens.
Ally, ou Alcíone, é a segunda filha, e apesar de na juventude ter cursado música e tocar Flauta, sua paixão pela vela falou mais alto e ela se tornou velejadora profissional, o que ainda criou um elo especial com seu pai que amava o mar. Com a morte de Pa Salt, ela fica na duvida se procura suas verdadeiras origens, mas outra tragédia faz com que sua decisão seja tomada.
Assim, Ally caminha para o desconhecido passado e chega a Noruega, além das coordenadas deixadas por seu pai, ele também lhe deixa um livro escrito por Jens Halvorsen, narrando a vida de Anna Landvik, que viveu há mais de 100 anos e foi uma cantora de sucesso da época e participou de obras de Edvard Grieg.
Mergulhando de cabeça no passado, Ally precisa descobrir como ela pode ser ligada a essa família e quem sabe descobrir quem foram seus pais biológicos, em uma jornada de perdas e aceitação e talvez encontrar um lugar para chamar de lar.
Narrado em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Ally, a parte atual da história é emocionante e envolvente, assim como o passado de Anna Landvik, esse narrado em terceira pessoa. A autora consegue nos transportar para a época que deseja narrar e com um cuidado enorme com os detalhes do passado. Uma história que começa em 2007, e é transportada para o ano de 1875, e atravessa gerações.
Lucinda nos apresenta não uma, mas duas protagonistas mulheres, fortes e ao mesmo tempo vulneráveis, mas corajosas e determinadas a não deixar que as tragédias da vida as derrotassem, com talentos incríveis. Os personagens secundários na história também são um ponto importante na história, pois são bem construídos e cativantes. Achei que além da vela, a música clássica como tema central muito importante e inspirador, e cheguei a procurar a peças mencionadas para ouvir durante a leitura e a "Canção de Solveig" é realmente linda.
Por essas e outras a Lucinda é uma das minhas autoras favoritas, elas nos passa em suas histórias emoção, e esperança! Esperança de que a vida nos dá aquilo que podemos suportar, e que o futuro pode ser bom ou ruim depende de nós escolher o caminho a trilhar. Ela entrelaça presente e passado de forma magistral e maravilhosa, e utilizando elementos históricos reais e fictícios.
Não vejo a hora de conferir o terceiro livro, que eu não faço ideia de quando será lançado pela autora, mas que eu espero seja logo e pelo que percebi terá como principal a Star/Estrela, a terceira irmã.
Em relação à diagramação do livro, não tenho o que dizer, particularmente, eu achei que ficou muito, mas muito melhor do que o do primeiro livro lançado pela NC, além da capa deste segundo estar muito mais linda, a textura do material utilizado é bem melhor a qualidade, um emborrachado fosco. Ficou uma edição linda mesmo, e fiquei muito feliz de ter a oportunidade de conferir a leitura.
Eu amei a leitura, gostei bem mais desse que do primeiro que também foi muito bom. Super recomendo para quem ama romances, para quem ama viajar ao passado e se emocionar com personagens incríveis.
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