Thila 07/11/2015
"Em momentos de fraqueza, você vai encontrar sua maior força"
Resenha publicada no blog Nunca Desnorteados
Já inicio essa resenha com um enorme pedido de desculpas porque, quando o assunto é Lucinda Riley, eu não consigo me controlar! Meu coração vai à mil e é simplesmente impossível não dar uns pequenos 'chiliques' enquanto eu descrevo essa história MA-RA-VI-LHO-SA! Falando abertamente, não existem palavras que descrevam a emoção que eu sinto antes de iniciar a leitura de um livro da autora; ou durante a leitura, onde eu solto alguns gritos e xingamentos loucos em qualquer lugar que eu esteja; e depois da leitura quando aquela reflexão bate. Tentarei a partir desse momento ser o mais imparcial e dar o mínimo de spoilers possíveis. Disse que tentarei...
Lucinda terminou o primeiro livro, 'As Sete Irmãs', exatamente quando Ally pega o telefone e tem a impressão de ter escutado a voz de seu amado pai, Pa Salt, que está morto (preciso falar que acredito imensamente que ele ainda está vivo). Agora a pergunta é: Ela começa o segundo livro a partir desse exato momento? É claro que não. Estamos falando de Lucinda Riley e ela nunca entrega o jogo assim tão facilmente.
O livro começa com Ally, a segunda irmã mais velha, um pouco antes de receber a notícia que seu pai está morto. Então, por volta das primeiras 140 páginas, Lucinda descreve a vida dessa irmã, onde descobrimos que ela é uma velejadora profissional e que seu grande talento como flautista foi deixado de lado devido sua atual profissão. Logo depois, todo aquele começo do primeiro livro, onde todas as irmãs voltam para Atlantis, recebem as cartas e as coordenadas sobre o seu passado, é narrado novamente, porém na visão de Ally é claro. As pistas que ela recebeu foi um pequeno amuleto em formato de sapo, suas coordenadas correspondiam à Noruega e a frase escrita na esfera armilar era: "Em momentos de fraqueza, você vai encontrar sua maior força".
Diferente de Maia, Ally não parte rumo ao seu país de origem para descobrir suas verdadeiras linhagens logo de cara, ela primeiramente volta para Londres, onde poderia ficar nos braços do amor de sua vida, Theo, e em alguns dias, participar de uma importante regata juntamente com ele e o restante da equipe. Após sofrer, o que eu posso resumir como um 'choque tremendo', para não dar spoilers , Ally parte para a Noruega para investigar o seu passado.
Quando somos levados para esse passado, conhecemos Anna, uma camponesa que levava uma vida bastante simples em Heddal cumprindo suas tarefas na fazenda e cantando para as vacas. Sua vida muda completamente quando Herr Bayer descobre o seu talento e oferece uma oportunidade única de virar a sua protegida e estudar música. Com certa relutância e cheia de incertezas, Anna parte para Cristianina com a missão de se tornar uma cantora de renome.
Após alguns meses de estudo, uma oportunidade única aparace para ela: interpretar as canções de Grieg para a famosa obra de Ibsen, Peer Gynt, no papel de Solveig. Entretanto, para a sua surpresa, ela faria somente a voz da protagonista pois a atriz contratada para interpretar o papel principal já havia sido escalada. Ela não pisaria no palco mais famoso da Noruega. Ficaria só nas coxias, em anonimato. Algumas pessoas do elenco e da orquestra não faziam a mínima ideia de quem era aquela voz tão pura e única, o que desperta um certo interesse, principalmente em Jens, conhecido como 'O Canalha', que está disposto a descobrir quem era a dona daquela voz incrível.
"Ela é uma voz fantasma. Ninguém faz ideia de quem ela seja"
Qual a relação da vida de Anna e Jens com a de Ally? Só lendo você vai descobrir, maaaas já posso revelar que os personagens sofrem tantas reviravoltas que eu fui, literalmente, à loucura muitas vezes. Preparem os corações porque muitas lágrimas, pelo menos no meu caso, rolaram.
O que eu mais adoro nos livros da Lucinda são justamente essas viagens entre presente e passado e as conexões tão bem amarradas que a autora vai revelando aos poucos, ou melhor... muita coisa é revelada apenas nas ultimas 50 páginas, deixando qualquer leitor apavorado imaginando se ela conseguirá descrever tudo que falta em poucas páginas. Para a minha alegria, mais uma vez ela revela os grandes segredos com maestria, originalidade e muita habilidade.
Os seus personagens são tão bem moldados com os seus talentos, defeitos e particularidades que é impossível não acreditar que eles não sejam reais. Confesso que o livro, principalmente a história narrada no passado, me lembrou um pouco o livro 'The Italian Girl' e 'Hidden Beauty', o que foi super positivo para mim, já que amo Hidden Beauty incondicionalmente.
Como no primeiro livro, o ultimo capítulo é narrado na visão da próxima irmã, nesse caso, começamos a conhecer Estrela (Star) e, se você ficou 'sem chão' com o final de 'As Sete Irmãs', se prepare psicologicamente para mais esse, porque eu levei o famoso 'tapa na cara a la Riley' com esse final.
Agora é esperar mais um ano para o próximo livro e mais 5, para o final.
Já estou sofrendo por antecedência.
Leiam, leiam, leiam!
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