Aqui na terra

Aqui na terra Alice Hoffman




Resenhas - Aqui na terra


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KessyCosta 06/12/2023

Que loucura
Nem sei se dei a quantidade de estrelas certas. Nem sei como avaliar direito essa leitura, mas eu sei que acelerei essa leitura assim como sentindo o que ia acontecer e por sentir agonia com esse tema. Violência doméstica é um tema bem pesado pra mim. É bem assim, o cara tem ciúmes e acha que manda. As coisas vão acontecendo tão devagar que você até duvida que está acontecendo.
Mas ess3 final é só em livros mesmo. Ah, se todo agressor tivesse o mesmo fima, ahhhh.
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Bekah Abreu 29/01/2016

"A gente só vê o que está na nossa frente, o resto é suposição."
Hey galerinha que adora um ebook!

Tinha lido o ‘ O Morro dos Ventos Uivantes’ há pouco tempo e quando vi a sinopse desse livro, morri de amores. A temática, estória e personagens eram quase como uma adaptação do grande clássico da Emily. Só que ao começar a ler, percebi que a autora foi esperta e deu rumos totalmente inesperados para a trama. Por isso, se você for ler esse livro, achando que ele vai ser EXATAMENTE igual ao que se inspirou, está enganado. Alice Hoffman tentou fazer uma estória que buscasse o mesmo ponto de ‘’O Morro’’, que seria o amor obsessivo, mas em quesitos diferentes; portanto se você for fã do clássico e ficaria triste se algumas coisas mudassem, aconselho que leia com cuidado.

March não vai para casa a tempos, desde que teve sua filha, ela resolve se dedicar apenas ao marido e a pequena, e agora, rebelde Gwen. Só que, com a morte de sua babá Judith, ela resolve voltar ao local. Só que ao chegar lá, ela é envolvida por um passado pesado e sufocante que envolve Hollis, seu irmão de criação e primeiro amor. Hollis que veio do nada, agora tem tudo e é quase o Rei daquela pequena cidade. Ele tem quase tudo e só falta apenas uma coisa que seu coração, obscuro, almeja: March.

Lembro que esse não é um romance ‘a lá’ Cinquenta Tons. Então não esperem um cara obsessivo, mas fofo. Acredito que a escrita tentou passar, de forma mais real, os relacionamentos de dependência, co-dependência e doentios.
O amor é envolvido por uma lama de desejo e possessão. O que nos faz refletir, sobre o que seria o amor e o que seria sentimento de posse, até obsessão.

A autora mudou um pouco as personalidades dos personagens, para que se encaixassem no seu proposito. Alguns, eu achei legal, como a Gwen, a filha desmiolada. Porém acho que ela pecou com Hollis, deixando ele, em certos pontos, totalmente diferente do proposito do Heathcliff. Quem amou o amor exacerbado e fiel do Heatcliff, não deve tentar vislumbrar ele em Hollis, por que há diferenças consideráveis.
Outra coisa que não gostei, mas entendo, é o fato da autora ter focado numa relação sexual tórrida. Mas acho que, mesmo eu não gostando, deu mais realidade.

Hollis sofreu demais e de certa forma eu realmente entendo o porquê da sua alma ter se tornado tão negra. Acho que o sofrimento dele criou um monstro. Só que algumas coisas não justificam outras.
Já March me representou uma pessoa que é fraca perante o desejo da paixão. Por vezes eu quis ‘quebrar a cara’ dela e mostrar o quanto ela estava perdida. Só que isso foi o mais legal. A autora construiu bem a personalidade de uma co-dependente.

Bem, além dos personagens conhecidos, também tem os intrínsecos da estória, como o juiz e a melhor amiga de March que foi uma das que mais gostei.

Bem, voltando à estória.

Adorei o ‘folclore’ obscuro, criado ao redor da trama, envolvendo o frio e as conversas secretas das raposas. Acho que deu um clima bem sobrenatural que tanto amo. Além disso, a cidade inteira é cheia de segredos, por isso fica interessante à leitura. Vamos abrindo estórias que nunca deviam ser abertas e escutamos segredos inaudíveis.

A leitura é sempre focada num personagem, então vemos vários pontos de vistam dando um ‘quê’ a mais na estória. A cidade

Além dos que já falei, amei demais o Hank. Ele é um sofredor nato, que mesmo com tantas coisas, consegue manter a alma pura. Acho que amei ele demais e fico pensando nele, mesmo depois do livro. Torcendo para que ele seja feliz (sou doida, eu sei).
Também adoro o marido sofredor, Richard. Acredito que ele é o que chamamos de perfeito e acreditei até no fim que ele ia receber uma recompensa.

O amor entre Gwen e Hank quebrou meu coração e torci muito por eles. Adorei a relação deles dois com o ‘covarde’. Acho que foi um dos momentos que mais amei do livro.

Agora, o grã-finale: Quem estava preparado para um fim daqueles? Eu chorei demais e realmente fiquei tocada. Acho que quem ler, vai sentir seu coração tocado e cheio de sentimentos, aos montes. Só posso dizer que gostei demais.

Recomendo sim e claro. Acho que todos precisamos de um momento de reflexão. Que coisa melhor do que refletir sobre o amor?

Beijos leitores viciados!
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Alana Homrich 24/01/2012

"Não sei expressar-me; mas, sem dúvida, você e todo mundo têm noção de que há ou deverá haver uma existência para além de nós. Qual seria o sentido de eu ter sido criada, se eu tivesse contida apenas em mim mesma? Os grandes desgostos que tive foram os desgostos de Heathcliff e eu senti cada um deles desde o início: o que me faz viver é ele. Se tudo o mais acabasse e ele permanecesse, eu continuaria a existir; e, se tudo o mais permanecesse e ele fosse aniquilado, eu não me sentiria mais parte do universo.“ (Catherine – O Morro dos Ventos Uivantes)

Há vinte anos, March Murray tomou a decisão de esquecer o passado e mudar-se para a Califórnia. Mas agora ela precisa retornar à cidade natal para o funeral de Judith Dale, a governante que a criou. Ela viaja com sua filha rebelde, Gwen, em rumo às lembranças de perdas e amores de sua infância. Seu marido, Richard, não pode acompanha-las, pois é professor e tem que ficar na Califórnia dando aulas e palestras. March promete voltar rapidamente, levando pouco tempo para arrumar os pertences de Judith Dale. Mas promessas podem ser quebradas, afinal March não conseguirá ficar longe de seu antigo amor, Hollis.

Hollis era órfão, um menino de Boston que quase ninguém cedia tempo para ajuda-lo, comia somente o que conseguia roubar, uma criança abandonada, delinquente e desconfiada. Ao viajar a negócios para Boston, o pai de March trouxe Hollis para sua casa, para conviver com seus filhos e fazer parte de uma família. Mas Alan, irmão de March, não puxou a bondade de seu pai e quando o mesmo morre, Alan fica com todos os seus pertences e praticamente expulsa Hollis de Fox Hill. Alan nutria um ódio e ciúmes inacreditáveis por Hollis, enquanto March, totalmente o oposto, tinha um amor incurável pelo mesmo.

Tal amor mostrou-se forte para as forças do tempo, pois vinte anos depois, casada e com uma filha, March está disposta a perder tudo para unir-se novamente com Hollis. O que trás uma gama de sentimentos, que combinados, resultam em amor, ódio, possessão e vingança.

“Um amor que consome pode sobreviver, ou mais importante, pode-se sobreviver a um amor que consome?“

Aqui na Terra ressoa os temas de O Morro dos Ventos Uivantes, um romance forte, com um amor doentio e obsessivo.
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