Priii Reis 12/02/2022Foi tão confuso quanto a própria viagem... Não foi um livro fácil de entender, não tem a ver com os termos científicos nem sobre o multiverso e as viagens isso ficou super claro, pra mim. O que mais me deixou com vontade de desistir foi a trama inicial,foi tão bagunçado e a primeira parte tão inútil,que já devia ter pulado direto para a próxima dimensão que foi a mais fofa no quesito romance,época,estrutura, poder tudo isso foi bem legal.
Depois em diante a dinâmica do livro flui muito bem. Entender o ponto principal mesmo é só nos 80℅ do livro onde você já teve que ter paciência e diz a agora já estou aqui né?! Então tudo se desenrola e vem o choque das descobertas. Posso dizer que aproveitei 90℅ desse livro e o que me prendeu de fato foi nem a ficção.. Foi o romance!! Rs :D
A estrutura foi perfeita, a montagem muito boa, personagens realmente envolventes.
O pecado maior foi:deixar o leitor no escuro sendo jogado no meio da trama, não que foi impossível continuar mas ainda bem que deu certo. ( ͡~ ͜ʖ ͡°)
Resenha:
"O livro gira em torno de Marguerite, jovem que foi criada por pais amorosos e incomuns, por cientistas famosos que são responsáveis pela grande invenção do século: o Firebird, uma engenhoca que possibilita a viagem entre dimensões. O fato é que eles descobriram que o mundo é composto por infinitas dimensões, ou seja, que a cada escolha ou possibilidade que surge em nossos caminhos acabamos criando uma nova dimensão com versões diferentes de nós mesmos. Assim, temos uma dimensão em que a Alemanha ganhou a guerra, uma em que a América foi colonizada pelos Chineses, uma em que a Inglaterra permanece como grande potência mundial e tecnológica, e inúmeras outras… todas refletindo um mesmo mundo mas com escolhas individuais diferentes. Por exemplo, eu fiz administração, mas e se tivesse feito medicina? Qual seria meu futuro? Nessa dimensão, em que sou administradora, não tem como sabermos, mas a teoria é de que existe outra dimensão por aí em que fiz essa escolha e fui modificada por ela. Incrível não é mesmo? A criação é tão especial e única que, como já era de se esperar, a ganância corroeu homens próximos ao investimento, resultando no assassinato do pai de Marguerite. Agora ela quer vingança e, para isso, viajará entre as dimensões ao lado do amigo Theo em busca de Paul, o pupilo responsável pelo roubo do último Firebird e da morte do seu amado pai.
De início é confuso imaginar e assimilar a teoria das dimensões – até porque a autora não faz uma introdução, muito pelo contrário, já começamos a leitura acompanhando Marguerite em sua primeira viagem para outra dimensão. Porém, com o avançar da leitura vamos compreendendo a grandiosidade da invenção dos pais da protagonista ao mesmo tempo em que nos encantamos com cada dimensão que ela visita. Primeiro temos uma dimensão altamente tecnológica e fria (na qual vivemos mais online do que qualquer outra coisa), depois temos uma dimensão focada na realeza russa em que acompanhamos Marguerite como uma duquesa (e percebemos como nossa vida teria sido sem a invenção de coisas fundamentais como a energia elétrica), e ainda temos uma dimensão em que a vida humana só é possível em casas no fundo do mar (tudo graças ao aquecimento global). Dessa forma, além da descrição de cenários incríveis, também temos momentos de crítica e reflexão à nossa sociedade atual. E eu amei isso: as críticas veladas, os mundos tão distantes (principalmente o da realeza com direito a vestidos rodados e romances proibidos), e o fato da Marguerite ser ela mesma em cada uma dessas dimensões.
Além dos cenários descritos, da jornada de crescimento da protagonista e da força dessa mocinha incrível e determinada, também amei o mistério por trás da história. Logo de cara não dá para ter certeza se Paul é ou não culpado pela morte do pai de Marguerite, portanto ficamos curiosos para desvendar o segredo e descobrir quem é Paul: o vilão ou o mocinho. Fora que toda a participação de Paul na trama sofre uma grande reviravolta e dá lugar para o surgimento da verdadeira batalha por trás dessa história. E se tanta aventura e mistério não fossem suficientes, ainda temos a descrição de um belo romance (que me conquistou completamente e me fez entender melhor o título do livro) e o detalhamento de relações familiares que superam até mesmo as mudanças entre as dimensões – Marguerite ama a família de um modo tão lindo; fiquei encantada com a forma com a qual ela luta por aqueles que ama..."
Resenha de:
https://www.livrosefuxicos.com/2016/02/resenha-mil-pedacos-de-voce-claudia-gray.html