A nova Atlântida

A nova Atlântida Francis Bacon




Resenhas - A nova Atlântida


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Paulo Silas 14/08/2015

Nova Atlântida mostra um lugar imaginado por Francis Bacon no qual o bem comum é almejado por todos os habitantes da cidade, prezando por tudo o que é natural, cuja visão da natureza é a mesma para todos. Uma utopia escrita pelo famoso autor.

O relato é feito em primeira pessoa mediante a narrativa de um quase náufrago e seus companheiros de viagem. Após um tempo perdidos no mar, o grupo chega na cidade em questão (ilha de Bensalém), a qual é totalmente desconhecida do mundo. Lá são recebidos por um sacerdote, o qual de imediato indaga se os recém chegados seriam cristãos. Ao notarem um símbolo na ilha que ostentava a religião mencionada, os visitantes confirmam que eram. Daí em diante, são convidados para se instalarem na cidade, aproveitarem o que a ilha tem a oferecer e receber diversos ensinamentos de como funciona aquela comunidade.

É com a utilização dos relatos dos habitantes que são passados para o narrador que o autor conta a sua ideia de sociedade perfeita. Dentre os pontos fortes que pode se destacar dentre as ideias de Bacon encontra-se a cientificidade como regra, o louvor às coisas naturais, o amor à natureza e o cristianismo como religião imperante.
Dada a época em que o livro foi escrito, o autor mescla a ciência com a religião como questões coesas que estabelecem a sociedade. Isso pode ser observado inclusive no excesso de formalismos ritualísticos presentes em situações tanto especiais como do próprio cotidiano presentes na obra (um jantar em família, uma reunião com um sacerdote...).
O regramento da cidade também é exposto, o qual zela pela temperança, pelo amor, pela bondade e pela boa convivência entre todos os seus habitantes. Leis de asilo, regras para estrangeiros diversas das dos habitantes, especificações sobre o casamento, determinações de proteção à cultura, enfim, a exposição do autor se dá abrangendo diversos fatores: sociais, econômicos, religiosos, científicos e afins.

A leitura não encanta, mas se tornou referência. Fica a dica para quem se aventurar a ler o pequeno escrito de Francis Bacon.
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Antonio Aresta 16/11/2012

Pena que faltou tempo a Bacon
Bacon não completou Nova Atlântida. Como diz no início do livro o secretário particular que editou as obras póstumas de Bacon, este pensou “em um corpo de leis, ou no melhor dos Estados, ou numa comunidade exemplar”, que não chegou a descrever. O trabalho publicado, relativamente pequeno, vale em especial pela rica descrição que o Padre da Casa de Salomão – dirigente maior de uma espécie de organização responsável pelo progresso da ciência – faz “da interpretação da natureza e da produção de grandes e maravilhosas obras para o benefício do homem” que havia lá. Depois disto, a história termina. O relato é feito ao líder do navio que vagava pelo mar do Sul e foi levado a essa ilha por um vento forte que desviava pouco para nordeste. A ilha tem umas mil milhas de raio, e os ilhéus, cristãos, pacíficos e ordeiros, após alguma relutância, receberam bem os estrangeiros.
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