A Rainha da Neve

A Rainha da Neve Michael Cunningham




Resenhas - A Rainha da Neve


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Bruno Malini 18/07/2023

Gostei não
Uma pena. O autor descreve uma série de eventos para tentar dar um quê de transcendência que não acompanha a obra.
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Daniel 28/10/2015

Quando se perde o trem
Os personagens principais desta vez são dois irmãos: Tyler, compositor frustrado, sub empregado como bartender, viciado em cocaína, tentando compor sua obra prima em homenagem à sua mulher, Beth, que está gravemente doente. O outro irmão é Barret, formado em Yale e atualmente tem um trabalho frustrante num brechó – ou seja, tinha um futuro brilhante no passado. Ele é gay, sente que já não é mais jovem e atraente como antes, e vai tentando superar suas desilusões amorosas. Numa noite fria no Central Park, após levar um fora do namorado, acredita ter vivido uma experiência mística, apesar de seu ceticismo – a primeira cena do livro.

Numa entrevista o autor falou sobre o título, “A Rainha da Neve”, homônimo ao conto de Hans Christian Andersen: a personagem Beth, mulher de Tyler, é apresentada como um ser majestoso e frágil na sua doença; há outras referências, como o cisco de gelo que, como se crava no olho de um dos personagens; um clima meio onírico de condenação; e há ainda o jogo de palavras que relaciona características dos irmãos: snow também quer dizer cocaína, e queen, gay.

Que conhece a obra de Michael Cunningham, vai identificar cenas que remetem a outros livros do autor, sejam os cenários ou as situações: o Central Park, mais especificamente a Fonte Batesha, de Dias Exemplares; o ritual de atirar cinzas no rio Hudson, próximo à Estátua da Liberdade, de Laços de Sangue; conversas ao crepúsculo no terraço de um prédio em Nova York, de Uma casa no fim do mundo; idéias suicidas, de se jogar por uma janela, de As Horas.

O mais importante na trama é a inquietação dos personagens, seus questionamentos – o temor que George Bush fosse reeleito - suas percepções do mundo e da vida, do inexorável correr do tempo, com seus reveses e suas benesses. São personagens maduros, neste estágio em que já não somos nem jovens nem velhos... Eles trazem um certo desapontamento com a vida, como se esta não tivesse cumprido todas as suas promessas de um futuro brilhante – amor eterno, realização profissional, etc.

Há partes chatas e cansativas.... E trechos lindos e comoventes, como quando Beth vê um jovem casal na rua depois do réveillon (pag. 153), com sua vida compartilhada apenas começando, “como se amor e abrigo fossem as coisas mais simples do mundo.


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Ladyce 28/12/2015

Não perca tempo
Há livros que não merecem resenhas para que não se promova uma vez mais uma obra ruim, que não precisava ser escrita. Mas coloco aqui minhas razões para não gostar do que li, honrando o grande poeta Ferreira Gullar que se manifesta sem pudor sobre os absurdos que vê na arte contemporânea: chega a hora em que alguém precisa dizer que o rei está nu. Micahel Cunningham parece ter involuído desde que ganhou o mais prestigiado prêmio de literatura americana, Pulitzer. Isso foi em 1998.

A Rainha da Neve é uma obra que não tem razão de existir: seus personagens são rasos, têm preocupações infantis, não amadureceram, apesar de estarem com mais de 30 anos, são mais egocêntricos do que o normal, mesmo diante da morte vagarosa de alguém que lhes é próximo. Nenhum deles, nem mesmo Beth, que luta contra um câncer mostra qualquer atenuante que venha a interessar o leitor. É uma obra com uma escrita sem zelo, pedestre, que torna o livro insípido e monótono. Infelizmente nem os diálogos de Michael Cunningham salvam a obra porque são irrelevantes, corriqueiros e assim como os seus personagens são pobres de substância.

Há livros que têm prazo de validade. Esse é um deles. As ponderações políticas são irrelevantes, não têm uma razão para estarem ali, e em 2015, depois de oito anos de Obama no governo, as preocupações de Barrett com a possível eleição dos republicanos se perdem no horizonte cinza de um passado que não existiu.

A faceta que mais agrada é esse livro ter meras duzentas e poucas páginas, em letras maiores do que a média: o sofrimento é menor.
Joice (Jojo) 28/12/2015minha estante
Ótima resenha.


ElisaCazorla 15/01/2017minha estante
Faço minhas as suas palavras. Concordo com tudo. Senti exatamente tudo isso!




MiriA16 02/04/2023

Melancolia
Um livro muito difícil de ler por suas descrições excessivamente detalhadas.

Barrett Meeks vê uma luz no Central park, que mesmo sendo um incrédulo, para ele parece divino.
O irmão mais velho, músico e viciado em cocaína, Tyler, cuida de sua amada que aos poucos está sendo levada pelo câncer.

Uma história um pouco caótica, mas com partes que nos deixam pensativos.
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 29/12/2015

Irmãos
"O universo só pisca para aqueles nos quais ninguém acredita." (página 244)

O livro é narrado em terceira pessoa e neles conhecemos os irmãos Tyler e Barrett. A história se inicia no ano de 2004 e se passa nos Estados Unidos. Tyler é irmão o mais velho (e sempre foi o mais bonito dos dois), está na casa dos 40 anos, é músico e quer compor uma canção especial para o dia de seu casamento com Beth, sua noiva que está com câncer, Tyler acha que usando drogas terá mais inspiração para sua música. Barrett é o caçula, com 30 e poucos anos, gay, acaba de ter mais um relacionamento amoroso terminado.

"Na noite passada o céu despertou, abriu um olho e viu nem mais nem menos que Barret Meeks a caminho de casa vestindo um sobretudo estilo cossaco, de pé no solo gelado do Central Park. O céu o encarou, notou-o, fechou novamente o olho e voltou ao lugar onde, conforme Barrett pode apenas imaginar, estão os sonhos mais reveladores, incandescentes e galácticos." (página 26)

Num dia, enquanto volta para casa onde mora com Tyler e Beth, Barrett vê uma luz no céu, não a luz de um avião ou de uma estrela cadente, mas uma luz especial. Seria um sinal? Algo sobre a doença de Beth? Ao que parece, ninguém mais viu essa luz, e a visão de Barrett passa a ser um segredo dele, um segredo difícil de guardar.

Mas como ele poderia contar sobre a luz para seu irmão, quando Tyler já tem que lidar com a doença da noiva e com seu vício em drogas? Seria certo correr o risco de o irmão achar que Barrett pudesse estar com problemas mentais e ter mais uma preocupação? Mas como esconder algo tão fantástico de seu melhor amigo e confidente durante toda a vida?

"- Você fala igual à mamãe.
Barrett diz:
- Eu sou igual à mamãe. E quer saber? Na verdade não vai fazer diferença se a canção não for boa. Não para Beth.
- Vai fazer diferença para mim.
A solidariedade de Barrett transparece em seus olhos, que escurecem ao fitar Tyler, do jeito como acontece com o pai de ambos. Embora o pai não seja um pai especialmente talentoso, esse é um de seus talentos. Ele tem a habilidade, quando necessário, de encenar essa pequena mudança no olhar, aprofundá-lo e dilatá-lo, como se dissesse aos filhos: Vocês não precisam ser mais do que são neste exato momento." (página 41)

Talvez Liz, patroa de Barrett e sócia de Beth pudesse ser uma opção para compartilhar o segredo, mas Liz tem um jeito diferente de ser. Se relaciona com caras mais jovens e parece durona, mas será que ela é mesmo tão durona assim?

Eu quis ler A rainha da neve porque achei a capa linda quando vi o livro entre os lançamentos da editora. O fato de o autor ter vencido o Prêmio Pulitzer também contribuiu, assim como o título que chamou minha atenção, e eu tenho que dizer que valeu muito a pena ter lido A rainha da neve!

Em termos de trama, de história, o livro é simples: fala sobre câncer, drogas, política, amizades, sem se aprofundar demais em nenhum assunto, mas o encantamento do livro, para mim, está na capacidade do autor de fazer com que nos identifiquemos com os personagens. Enquanto eu lia, ficava fascinada ao constatar o quanto eu, com 24 anos, moradora de uma cidadezinha minúscula do Brasil, universitária, podia ter sentimentos, anseios e pensamentos tão parecidos com os de Tyler e Barrett, norte-americanos, mais velhos... Nossas diferenças são muitas, mas a vontade de cuidar dos irmãos e de quem amamos é muito parecida. Assim como aquelas ideias que me acompanham e que, creio, ocorram também a todos os seres humanos: "será que eu vou fazer parte de alguma coisa especial?", "será que eu vou deixar alguma marca importante na Terra", "será que eu fui escolhido(a) para algo único e determinado acontecimento é um sinal?".

Barrett passa boa parte do livro tentando entender qual o significado da luz que ele viu, Tyler faz dos cuidados com Beth a sua missão na vida, além de sua fixação sobre quem vai ser o próximo presidente dos Estados Unidos. Tyler cuida de Beth, de Barrett (como sua falecida mãe pediu), sabe que o irmão caçula é especial, mas não cuida de si próprio e continua usando drogas. Barrett procura um sentido para sua vida, se não um sentido, ao menos os motivos que fazem seus relacionamentos amorosos não durarem e um pouco mais de autoconhecimento.

"É isso. Na verdade é isso. Tyler quer que todos que ele conhece se mostrem igualmente indignados e virulentos. Está cansado de se sentir tão só." (página 150)

"Não é que Barrett não tenha perguntas. Quem não tem? Mas nada que demande respostas de um profeta ou oráculo. Mesmo se tivesse a chance, será que haveria de querer que um discípulo corresse calçando apenas meias por um corredor sombrio e interrompesse o vidente com a finalidade de perguntar por que todos os namorados de Barrett Meeks acabam se revelando nerds sádicos? Ou que tipo de ocupação finalmente há de manter Barrett interessado por mais de seis meses?" (páginas 26 e 27)

Eu poderia ficar horas e horas falando sobre A rainha da neve e ainda teria muitas coisas para dizer, mas não quero estragar as emoções para os futuros leitores. Como já mencionei, os acontecimentos são aparentemente simples (excetuando-se a luz), e Michael Cunningham escreve de uma forma quase poética (fatores que talvez não agradem a todos os leitores), mas a história é daquele tipo que vai nos tocando aos pouquinhos e, no final, já não somos mais os mesmos.

Gostei da forma como Beth, Tayler e Barrett se relacionavam com o apartamento super velho em que moravam, gostei da forma como a família que os três formavam foi retratada, uma família tão cheia de amor! E gostei de Barrett, de sua curiosidade (tão parecida com a minha) para descobrir se havia recebido um sinal ou não. E gostei também de seu "projeto Síntese de Absurdos", onde ele cataloga algumas reflexões culturais. Destaco a sobre Madame Bovary (livro que li e resenhei, mas não curti muito).

"Acaso Flaubert não executou Emma pelo seu crime? Sim, mas, por outro lado, não. Flaubert não era um moralista... ou melhor, não teria apontado seu dedinho rechonchudo para Emma pelo crime de adultério. Era um moralista no sentido mais amplo. Estava, no máximo, escrevendo sobre um mundo burguês francês tão sufocante, tão apaixonado pela mediocridade respeitável... Emma vinha recebendo spams, certo? Não foi o adultério que a desgraçou, mas, sim, sua tendência a acreditar em tolices. Esse é o prazer de Barrett, sua busca incessante. O projeto Síntese de Absurdos. É um livro de recortes mental; uma árvore genealógica imaginária, não de ancestrais, mas de acontecimentos e circunstâncias e estados de desejo. Optou por partir de Madame Bovary simplesmente por ser seu romance favorito. Porque é preciso partir de algum lugar." (página 90)

Abaixo, mais um trecho que gostei, sobre o pai dos rapazes:

"Mas como o pai deles pôde deixar de ser o solícito penitente da mãe? O acordo sempre foi tão claro! Ela era o tesouro permanentemente em perigo (um raio a encontrou), estava estampado em seu rosto (a delicadeza branco-azulada de suas feições eslavas, que mais pareciam esculpidas à mão, o brilho de porcelana). O pai era o motorista autonomeado, o cara que monitorava seus cochilos, que ficava em pânico quando a mulher se atrasava meia hora; o garoto de meia idade que se sentava sob a janela da esposa na chuva até pegar pneumonia e morrer." (página 41)

Continuo achando a capa linda, embora imaginasse que ela seria menos esverdeada antes de ter o livro em mãos. A diagramação está boa, com margens, letras e espaçamento de bom tamanho, as páginas são amareladas e o livro está bem revisado.

Encerro a resenha indicando o livro para todos os que gostam de histórias com uma narrativa mais poética ou de histórias sobre família e amigos. Ler A rainha da neve foi diferente do que eu imaginava, mais foi bom. Abaixo, um trecho (meu preferido) que pode sintetizar bem a mensagem do livro, além de ser uma grande verdade:

"As pessoas são mais do que supomos que sejam. E são menos, também. O truque reside em lidar com ambos os aspectos." (página 139)

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2015/12/resenha-livro-rainha-da-neve-michael.html
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ademir.telles 08/10/2021minha estante
Esse eu abandonei, mas ele tem livros excelentes, como "Uma casa no fim do mundo", "As horas" e "Laços de sangue".
"A rainha da neve" foi uma decepção!




Karini.Couto 22/10/2015

"Vazios vastos e frios eram os domínios da Rainha da Neve. O brilho cintilante da aurora boreal podia ser nitidamente visto, quer bem alto ou nem tanto no céu, de qualquer parte do castelo. No centro do salão vazio e interminável de neve havia um lago congelado, cuja superfície exibia milhares de formas, cada qual lembrando uma outra por ser, em si, perfeita como uma obra de arte, e no meio desse lago sentava-se a Rainha de Neve quando estava no palácio. Seu nome para o lago era 'O Espelho da Razão', e ela dizia ser este o melhor e, com efeito, o único espelho no mundo.

- Hans Christian Anderser, A Rainha da Neve


A Rainha da Neve é um desses livros que te coloca para refletir. É uma história ao mesmo tempo tocante e engraçada e um tanto trágica. Essa é a primeira vez que eu leio algo do autor e posso descrever seus personagens como intrínsecos e com histórias muito “reais” que pode estar acontecendo por aí com qualquer pessoa. Os personagens possuem histórias difíceis cada um com seus problemas e um teor psicológico bastante intenso e dramático. Temos vários personagens, envolvidos na trama, porém o foco é nos irmãos Barrett e Tyler; que vivem suas vidas decadentes quando deveria ser muito melhores – Barrett, Tyler e Beth (namorada de Tyler).



"Uma luz celestial mostrou-se a Barrett Meeks no céu do Central Park quatro dias depois de Barrett ter sido maltratado, uma vez mais, pelo amor. Em absoluto o primeiro pontapé romântico que levou, esse foi, contudo, o primeiro a lhe ser comunicado por meio de um texto de cinco linhas, concluído de forma dolorosamente corporativa com votos de boa sorte no futuro, seguido de três x em caixa baixa."


A história tem início com Barrett (38 anos) que terminou uma relação, ou melhor, terminaram com ele (mais uma vez), sem mais nem menos; através de uma mensagem de sms – moderno; impessoal e direto. Ele fica completamente decepcionado ou incomodado como as coisas aconteceram e se lamentando com a situação, pois é algo já recorrente, parece sempre que ele está conectado na relação, amando e a outra pessoa da relação sempre tem um motivo para terminar. Ele resolve olhar para o céu e de repente algo inusitado ocorre; uma visão de uma luz misteriosa no Central Park; uma luz pálida, translúcida, linda; algo divino, celestial; que o põe a pensar e refletir.

"Tyler é o ajuizado ali. em Beth encontrou, finalmente, alguém mais romanticamente visionário que ele. Beth, se acordasse, provavelmente lhe pediria para deixar a janela aberta. Adoraria a ideia de o quartinho apertado e abarrotado (os livros se amontoam e Beth não abandona o hábito de levar para casa tesouros que encontra na rua - o abajur da dançarina de hula, que, teoricamente, pode receber nova fiação; a mala de couro surrada; as duas cadeiras raquíticas e efeminadas) lembrar um globo de neve em tamanho real."

Tyler (43 anos) vive um drama particular com sua namorada Beth morrendo aos poucos em estágio terminal, ele um viciado em drogas decadente, trabalha em um bar a noite e vive meio que delirante por conta das drogas.. Que em alguns momentos parece lhe dar mais lucidez e em outros o leva a pensamentos longos e inconstantes.

"A dor de Tyler, uma dor menos, a umidade de sua engrenagem interior, todos esses elétrons que zumbem e faíscam em seu cérebro, foi enxugada pela cocaína. Um instante atrás, estava sem foco e mordaz, mas agora - após uma rápida inalada de pura magia - ele é todo acuidade e verve. Despiu a própria fantasia, e seu genuíno figurino de si mesmo lhe cai à perfeição."

Ambos os personagens estão em busca de algo mais, algo que os conecte no meio de tantas decepções, incertas e inconstâncias. Tentam entender o que há com eles mesmos, ou ao redor.. Tentam entender o mundo, as pessoas, e a alma.. O que temos e somos; para onde vamos! Tyler acredita que se afundar nas drogas é a solução para ver melhor, ser mais criativo, dinâmico e etc.

Beth está apenas esperando a morte, parece já ter desistido de si. Vive deitada e desenganada.

"- existe uma beleza descarnada produzida pela claridade pré-aurora; uma sensação de esperança comprometida, mas ainda viva."


O autor nos conduz com maestria por tragédias pessoais, nos contando como tudo passou a ser da forma que é nos dias atuais dos personagens, cada escolha que os levaram aquele momento, porém o mesmo também nos mostram como pouco a pouco as coisas podem mudar, como nada é constante e sólido o suficiente que não possa ser transformado; gostei muito da forma como Barrett se saiu e deu uma guinada, assim como Tyler passou a ter ciência de que não precisa das drogas em si para ser criativo ou músico, ou fazer algo melhor!

O livro é cheio de reviravoltas, poesia, realidade tocante e marcante, sem cortinas de fumaça para encobrir o que não é belo. Ele nos mostra a verdade nua e crua de seus personagens e o que acontece com eles através de suas escolhas!


"Deus te abençoe, Barret, é o desejo do seu irmão mais velho no apartamento do quarto andar da Avenida C. Não exatamente um olho no céu, mas, afinal, só podemos oferecer o que temos, certo? A bênção de seu irmão levemente perturbado, que não consegue prover romance, mas provê intimidade e libertação.Conheço você. Já vi isso. E, tudo sabendo, liberto você."
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Olivia.Carvalho 04/01/2016

Não gostei
personagens rasos..história fraca...fiquei com a sensação de o que eu estou fazendo aqui...lendo esse livro.
O único personagem que vale um pouco a pena é o Barret e mesmo assim ficamos na dúvida sobre o que ele quer ou é.
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De Cara Nas Letras 23/01/2016

A Rainha da Neve
Michael Cunningham é um autor americano já muito renomado por suas obras anteriores e chegou a vencer o prêmio Pulitzer na categoria ficção por sua obra prima As Horas em 1999. Em 2014, saiu As Rainha da Neve, seu último romance publicado até então e recentemente foi traduzido pela editora Bertrand Brasil.

A história se inicia em uma noite de 2004 com o personagem Barrett, um homem na casa de seus 30 anos, que levou um pé na bunda de mais um ex-namorado e o pior, por meio de uma simples mensagem de texto instantânea. Caminhando no Central Park e tentando entender o que deu errado dessa vez, ele se depara com uma luz difusa que não consegue distinguir, mas sente ser algo sobrenatural, mágico, como se a luz estivesse olhando para ele. O que acaba mexendo seus princípios.

Barrette é o irmão mais novo de Tyler, e este sempre teve um papel fundamental de ser o irmão mais velho protetor tanto é que ambos são como um só, se entendem e sabem do que se passam um com o outro. Há uma espécie de ligação mais forte entre eles fazendo com que sejam sinceros e não escondam nada entre si. Tyler é compositor e noivo de Beth, a qual esta morrendo de câncer e por isso ele quer muito escrever uma letra perfeita,que emocione, que seja memorável para a futura esposa. Tyler acha que vai chegar a uma boa composição com a ajuda da cocaína, droga que é viciado. Junto com Liz, a melhor amiga cinquentona que se relaciona com homens mais jovens, eles vão tentar ajudar Beth nessa fase tão difícil.

Ao longo do romance, vamos seguindo estes personagens de forma muito hermética, com saltos temporais, mas sempre caindo num período de final de ano, dificultando o apego à personagens criadas, justamente por se ligar a muitas e ter esses saltos. Digo, os personagens são insossos, por vezes inerentes, e isso, acredito, é algo que o autor colocou de proposito em seu escrito, justamente porque não quis ser centrado em tragedias que geram tristezas e choros, mas ao contrário disso, ele traz reflexões bem pertinentes sobre convívio humano, perda e ganhos, dinheiro e usa essa "visão" do principio do livro para tocar em religião de forma suave.

Os personagens em sua maioria são céticos, mas quando Barrette tem essa visão na neve, ele acaba duvidando de seu ceticismo, e mesmo que não vá fazer nada, ele volta a frequentar a igreja, porque segundo ele, a calmaria daquele ambiente o faz bem. Também decide esconder essas coisas do irmão pois ainda fica em dúvida da realidade daquilo. E o autor, ainda nos mostra como pessoas assim, são, aparentemente, mais fáceis de se aproveitar de sua fragilidade para usurpar algo.

A Rainha da Neve, narrado em terceira pessoa, é um livro muito bem escrito, tem uma escrita suave, onde volta e meia recebemos perguntas do narrador ou spoilers do que vai acontecer no futuro das personagens. Não é um livro que vá agradar a todos, os temas são mais maduros e não se preocupa com coisas supérfluas da vida jovem, mas sim em coisas relacionadas ao tempo e ao que ainda podemos fazer; coisas simples e que sabemos que ainda podemos alcançar.

Este foi meu primeiro contato com a escrita do Cunningham e adorei o tanto de referencias literárias que ele coloca em seu livro: F. Scott Fitzgerald, Flaubert, Lewis Carroll, Walt Whitman, Gertrude Stein, Júlio Verne, Flannery O'Connor... isso só para citar alguns.

Não foi um livro muito empolgante, não consegui me apegar tanto, mas fiquei animado para conferir os outros escritos mais aclamados dele, principalmente o Uma Casa No Fim do Mundo, romance este que trata de DST e triangulo amoroso.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2015/12/resenha-128-rainha-da-neve-michael.html
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Fêh Zenatto 27/05/2016

Resenha por Fêh Zenatto - Blog Coisa e tal
Dos últimos livros que li, com certeza, A Rainha da Neve foi o que mais me deixou no limbo, sem saber o que pensar. Lia e lia o livro e não conseguia compreender o que o autor queria contar, contudo, isso não tornou o livro maçante - muito pelo contrário. O autor tem uma capacidade incrível de jogar bombas no meio do seu texto como se fosse algo completamente natural, o que torna a bomba ainda mais difícil de absorver.

Como contei na sinopse, o livro tem vários personagens que compartilham o protagonismo. Enquanto, no início, começamos acompanhando Barret após mais um término de relacionamento, logo após começamos a ver mais da relação de Tyler e Beth e assim as histórias dos personagens vão entrelaçando-se. Muito gente, eu inclusive, implica com essa multiplicidade de protagonistas mas aqui as histórias são extremamente ligadas e a sensação de estarmos acompanhando a história de um grupo de pessoas onde, realmente, todos são protagonistas.

A Rainha da Neve não é um livro de ação. Na verdade, toda a história é apenas o cotidiano das quatro pessoas, encarando a vida, seus problemas e dramas. E isso pode soar como um livro monótono, aí é que entra toda a genialidade de Michael Cunningham, tornando o livro tão incrível, tão surpreendente que, mesmo depois de ter terminado de ler, continuo pensando na história.

Quando comecei a ler o livro, nunca imaginei que ele se tornaria uma das leituras mais incríveis que já fiz mas foi exatamente isso que aconteceu. Um livro diferente, instigante com uma história que vai sendo revelada aos poucos e torna-se tão verídica ao mesmo tempo que nos deixa incrédulos.
Livro indicado para todo mundo que está com a sensação de ler sempre a mesma coisa, que quer surpreender-se e não ter ideia do que pensar sobre o livro nem após o seu final!

site: http://www.blogcoisaetal.com/2016/05/rainhadanevemichaelcunningham.html#.V0iXl5ErLIU
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Carissinha 12/05/2017

Existem alguns livros que são capazes de mexer com o seu emocional de maneira tão poderosa e, ainda assim, ao se terminar a leitura, é difícil encontrar as palavras certas, os sentimentos mais fiéis, para se explicar o motivo de um envolvimento tão forte. Minha primeira experiência com o autor Michael Cunningham foi assim. Mais de uma semana após ter finalizado a leitura de seu livro, ainda não consigo dizer da maneira que sinto necessária, todas as emoções que A Rainha da Neve me fez sentir.

Os personagens principais do livro são Barret e seu irmão, Tyler. O primeiro, formado em Yale, trabalho em uma loja e não realizou na vida nada do que se era esperado dele. Ele é gay e acredita que não tem sorte no amor. Já seu irmão é um músico frustrado, viciado em cocaína e anda tentando compor uma canção para sua namorada, Beth, que está com câncer.

Mais do que a história, o que me impressiona no livro é como a escrita do autor consegue ser única e te trazer reflexões acerca de diversos temas, sem deixar de ser engraçada em alguns momentos. As vidas dos personagens não são as mais fáceis, as escolhas que eles fazem nem sempre são as melhores. O teor psicológico do livro é bastante forte e, de um jeito muito peculiar, profundo.

É uma história real, de pessoas comuns, com sonhos e experiências que não são excepcionais e exatamente por isso a experiência é especial.

O autor nos mostra como a vida é inconstante, como tudo muda em apenas um segundo. Como a vida é efêmera, e por isso mesmo especial. Nos mostra que dores são parte da trajetória na Terra. E que histórias comuns, aparentemente simples, podem ser extremamente especiais.
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Maria.OthAvia 24/01/2023

comprei em uma promo
li sem esperar nada dele. houve muita reviravolta e acabei me apegando, mas não entendi até agora pq o nome é rainha da neve
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Ju Ragni 26/06/2021

Médio
Achei uma história depressiva, os personagens mostram todas as suas fraquezas, e o que por um lado pode ser uma qualidade do livro, por mostrá-los em sua verdade, problemas, aflições, também nos coloca dentro de uma narrativa opressiva e triste. Talvez não tenha funcionado para mim, que esperava uma coisa totalmente diferente.
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Rosi 23/05/2018

A rainha da Neve/ Michael Cunningham
Não entendi quase nada...
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Cissa.Krein 06/03/2019

Incrivelmente chato
Personagens sem muita profundidade, não gostei de nenhum. Um livro seco, a história em si não é horrível, mas não fiquei com uma sensação boa depois de terminar a leitura.
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