Resenhas - Os Miseráveis

Diego.Rates 24/08/2020

Um Clássico Histórico
O livro mais surrado que possuo, possui uma história espetacular, simplesmente uma leitura essencial, que te faz sentir um peso no coração do início ao fim.

Os questionamentos sobre a sociedade e as injustiças sociais são o aspecto central desse livro, que junta eventos históricos, em uma França pré-revolução, com um conto simplesmente espetacular, da história de Jean Valjean, nome que fica marcado pra sempre no coração de quem lê.

Bruno Gaspari 22/05/2010

Li certa vez alguém dizer que nas 1500 páginas d’Os Miseráveis havia um livro excepcional de 600 páginas. E, realmente, não é algo sem fundamento. Em meio à história do livro há imensas descrições políticas, sociais e históricas que, mesmo tendo ligações indiretas com o enredo principal, funcionaram pra mim como um balde de água fria em determinados momentos. Apesar de serem capítulos relevantes para a imersão na sociedade descrita no livro, alguns dessas longas passagens descritivas podem se tornar simplesmente insuportáveis para aqueles que querem saber o que acontece após determinado acontecimento, mas que precisam lidar com dezenas de páginas de informações bastante densas e, muitas vezes, jogadas ao leitor.

As longas descrições que ele dedica aos personagens também podem ser um incômodo em determinados momentos. Para descrever Myriel, ele dedica 60 páginas, onde TODAS as características desse personagem são destrinchadas ao leitor: onde vivia, no que acreditava, quem vivia com ele, como as contas de sua casa eram administradas, qual a opinião da sociedade sobre ele, etc. Isso enriquece o perfil do personagem, mas torna-se longo demais tendo em vista que a mensagem principal dessa descrição, que aliás é constantemente relembrada pelo autor durante todo o capítulo, é que Monsieur Myriel era um homem muito bom e caridoso. No volume 1 o capítulo que representa melhor a imensidão descritiva um tanto desnecessária é aquele que ele fala sobre um convento. Todas aquelas páginas podem agradar por tratar de um retrato bastante acurado de uma vida enclausurada daquelas freiras, mas o momento e a duração foram bastante frustrantes para mim.

A parte em que ele conta sobre determinado ano, dedica umas 4 páginas com 2 ou 3 parágrafos imensos de nomes e datas para depois dizer que nada daquilo seria tratado no livro. Esse tipo de situação acontece algumas vezes durante todo o livro, como no caso de Waterloo, onde as dezenas de páginas descrevendo as questões da guerra são um acessório para o que realmente importava: o encontro de dois personagens, que acontece nos parágrafos finais do capítulo. Ele também descreve coadjuvantes obscuros com riqueza de detalhes. Então, quem não gosta de livros muito descritivos, fique longe d’Os Miseráveis.

No entanto, os personagens são simplesmente fabulosos. Jean Valjean, Cosette, Fantine, Marius, Thénardier… Todos são inesquecíveis e valem a leitura e a persistência. A história e seus personagens estão entre os melhores que eu li até hoje. O livro merece as 5 estrelas, mesmo com tudo o que me incomodou, pois ele consegue, apesar de ser cansativo, não fazer o leitor deixar de pensar nas situações que foram apresentadas e querer saber o que acontece em seguida. É claramente um épico e merece ser lido, pois mesmo escrito há mais de 100 anos, ainda é extremamente atual e ainda retrata muito bem a civilização em que vivemos.

Cris 19/08/2020

Mais que redenção
Marcada por revoltas e revoluções, a França do século XIX vive tentando equilibrar-se na instabilidade política que flerta ora com republicanos, ora com imperialistas, levando pessoas pobres a irem mais fundo em suas misérias.
Foi sob tais circunstâncias que Jean Valjean, cansado de ver seus sobrinhos passando de fome, sucumbiu ao desespero de furtar um pão, sendo então pego em flagrante e condenado a trabalhos forçados. Sua pena, inicialmente dada a quatro anos estendeu-se aos dezenove anos por diversas tentativas de fuga. Tantos anos de reclusão e trabalho árduo lhe causaram indignação e ao ser posto em liberdade, sem família e sem meios de viver, comete novos roubos, um dos quais o leva à redenção.
O livro dispõe de vários personagens marcantes com essências bem trabalhadas que inicialmente nada têm de comum a não ser a miséria. Em dado momento essas histórias começam a se cruzar de maneiras completamente improváveis, tendo como elo principal a figura de Jean Valjean.
Como grande participante da política francesa, o autor deixa clara sua crítica social, tanto do ponto de vista político quanto religioso, na forma como a história é narrada com o seu humor ácido, e com a própria história da França traçada nas digressões encontradas ao longo do livro (em algumas edições essas digressões são suprimidas).
Mais do que um romance de redenção, Os Miseráveis nos convida a refletir sobre como nossas atitudes por ínfimas que sejam podem afetar radicalmente o destino de alguém, seja para o bem, seja para o mal. Além de nos mostrar de forma escancarada o que é viver quando a esperança já não passa de uma distante fantasia.

Livro açucarado 05/04/2022

Leitura concluída ??
Os Miseráveis - Victor Hugo 5/5?+??

"Ele dorme. Embora a sorte tenha-lhe sido bem estranha, Ele vivia."

?Jean Valjean é condenado às galés 6 meses por ter roubado um pão para poder dar de comer à seus sobrinhos, tenta fugir e assim fica preso por 19 anos, nesse tempo não se sabe oq aconteceu com sua irmã ou seus sobrinhos,

?Quando sai da prisão vai andando até uma cidade lá encontra um bispo que o ajuda, mas como o seu coração já está cheio de raiva e rancor pelos anos na prisão, o jeito que ele agradece é roubando oq o bispo tem de mais precioso, seus castiçais de prata,

?O bispo como é um homem bom e humilde lhe perdoa e com isso Jean Valjean sente na alma que errou, e faz de tudo para se tornar um bom homem novamente,

?Passado uns anos, Jean Valjean faz uma promessa a uma mulher desconhecida, uma que ele acolhe como se fosse da família, Fantine pede à ele para que cuide de sua filhinha, que teve que deixar com umas pessoas para poder dar-lhe oq comer,

?A partir de então tudo oq Jean Valjean faz é para Cossete, a sua vida é para Cossete, a menina não sabe quem ele é mas sente que deve confiar nele e o chama de Pai,

?Um livro maravilhoso, o tanto que chorei no final não tá escrito, recomendo pra todos, não se trata somente de um livro de romance mas como a sociedade pode ser cruel com aqueles que são mais pobres,

?Em vários momentos do livro eu chorei porque sei que tem pessoas na mesma situação de Fantine ou dos Thenardier, que tem que se prostituir ou ser uma pessoa ruim para dar de comer aos filhos, o mundo pode ser muito cruel com quem não tem dinheiro. Li o livro em 2 meses.

"Enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, é de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis."

Aylana Almeida 12/05/2022

Livro INCRIVEL!
Foram 4 meses e meio de jornada para finalizar mas termino esta leitura com a alegria e satisfação de ter conhecido esta história fascinante que de fato faz jus à sua fama! Sem palavras ainda para definir o que tô sentindo com essa conclusão mas tudo me trás apenas sentimentos bons. Que livro! Favorito da vida!

babi 17/01/2021

complexo e intenso
comecei a ler no dia 01/12/20 e acabei hoje. foram quase todos os dias lendo uma história bem boa! é incrível como o livro tem muita MAS MUITA contextualização histórica, coisas que eu tive que pesquisar bastante e ver até vídeos no youtube pra entender kk muitas partes tiveram tantos detalhes que levavam umas 200 páginas para se concluir. é uma leitura densa e que requer tempo. espero reler quando eu tiver meus 50 anos por aí

Jack 07/07/2021

Virou meu xodó
Os miseráveis foi o livro que me tirou da minha zona de conforto, não deixe se assustar pelo tamanho do livro, acho que é livro pra ser degustado aos poucos, em alguns momentos a história flui muito e em outras ela fica muito detalhista, a forma que Vítor Hugo faz um emaranhado na história é surpreendente, vc se vê dentro da revolução, dentro da cabeça de Jean Valjean, sente a dor e tristeza dos personagens. Isso só nos mostra o quanto a humanidade pode ser cruel independente ou não de uma guerra.

Ramiro.ag 02/11/2023

"Morrer é simples; não viver é que é horrível."
"As pessoas oprimidas não olham para trás. Elas sabem muito bem que a má sorte as segue."

Eu simplesmente não sei como desenvolver uma resenha que esteja à altura desse livro, o que eu sinto nesse momento é apenas privilégio. Privilégio por poder ter tido acesso a uma obra da literatura tão grandiosa, privilégio por poder ter em mãos não só um livro, mas um pedaço vivo de história.

Foi uma experiência que me trouxe muitas emoções, que me puxou ao limite, me fez sentir medo, esperança, indignação, pena e empatia. Não brinco quando digo que existia uma versão de mim antes desse livro, e uma versão de mim depois desse livro.

"É sempre a mesma história. Aqueles pobres seres, aquelas criaturas de Deus, a partir de então sem apoio, sem guia, sem abrigo, foram entregues à própria sorte, quem sabe? Cada um a seu modo, talvez, afundando pouco a pouco na fria bruma que engole os destinos solitários, mornas trevas onde tantas cabeças desafortunadas desaparecem sucessivamente na sombria marcha do gênero humano."

A obra nos estapeia com a realidade dura e crua, sem adoçar nada, escancarando com as duas mãos a podridão da sociedade, a injustiça social, a hipocrisia, a desigualdade e o abandono. Esse último, o abandono, nunca me fez refletir tanto quanto agora, ele não escolhe hora nem lugar, criança ou velho, simplesmente agarra um indivíduo e o leva até o subsolo da existência, abandonado pela sociedade, pelos entes, e por ele mesmo.

No entanto, apesar de tanta miséria, a luta do homem com ele mesmo fica bem presente, a luta contra sua consciência, e a tentativa de cumprir seu dever consigo mesmo apesar da situação caótica. Personagens como Jean Valjean e o Gavroche vão ficar comigo pelo resto da vida, o primeiro por sempre batalhar contra a sua consciência, o segundo por ser luz mesmo frente a um abismo.

Enfim, poderia comentar sobre inúmeras passagens do livro, sobre inúmeros personagens e inúmeras cenas, mas nunca seria suficiente. Que livro, meus amigos, falo com todas as letras: uma obra prima.


"Escuridão, sujeira, tristeza; e de tudo isso emanava uma impressão austera e augusta, porque nisso se podia sentir essa grande invenção humana que se chama lei e essa grande invenção divina que se chama justiça."

Andressa.Mikaely 25/08/2021

Que livro!
Não tenho nem palavras para descrever tantos sentimentos que tive lendo essa obra prima! É perfeito, me agradeço por ter lido esse livro, com certeza uma das histórias mais lindas sobre o amor, sobre Deus e o que realmente é amar. Nunca irei me esquecer desses personagens incríveis. Espero um dia reler, pois acho que ainda há muitos aprendizados para tirar desse livro e que só será possível com mais experiência de vida. Incrível.

Agatha 28/03/2021

Desgraça atrás de desgraça KKKKKKKK
* Achei que não fosse gostar, porém eu ADOREI é uma história cheia de misérias literalmente mas é extremamente comovente e envolve o leitor até o fim. Você vai começar um capítulo sem entender nada mas no final tudo se conecta e é INCRÍVEL como o autor sabe escrever um livro, vai se passar na revolução francesa e tratará de assuntos como o preconceito da sociedade que mesmo tendo passado anos ainda acontece de forma frequente no nosso cotidiano. Recomendo MUITO essa história li o livro resumido mas daqui alguns anos pretendo ler o texto original e me envolver ainda mais com esses personagens que vão permanecer para sempre em minha lembrança!
??

Eduarda.Silva 28/06/2022

Um favorito da vida! ??
Esse "pequeno" clássico de 1511 páginas não tem um tema central (o que é ótimo na minha opinião, não deixa o livro cansativo).

Dentro da obra, vários temas são retratados, como por exemplo: a Batalha de Waterloo, a realidade de pessoas pobres e miseráveis, prostitutas, moradores de rua etc. E o período que retrata essa França podre e suja com inúmeras pessoas sofrendo com fome é 1815 a 1832-34.

O livro começa com Jean Valjean, um homem que ficou 19 anos preso por roubar pão para dar ao seu sobrinho. Após cumprir seus anos de prisão, se enxerga da pior maneira possível.

Uma passagem que me marcou muito foi que, ao sair da prisão, Jean Valjean foi rejeitado por muitos lugares, ele gostaria de um local para passar a noite.

Porém, foi recebido por um bispo, ao passar da noite, roubou alguns utensílios de prata e fugiu. Jean Valjean foi pego pela polícia e levado ao bispo novamente.

E aí que surge a parte surpreendente, o bispo dá para ele dois castiçais de prata e expele um motivo.

O bispo diz que estava comprando a alma de Jean Valjean e ele deveria ser bom e viver para Deus pelo resto de sua vida. Isso mudou totalmente a vida de Jean Valjean.

Essa obra tem muitos personagens, em alguns capítulos, o narrador "vai e volta", há muitas digressões e isso cansa um pouco. Porém, é indispensável, a maioria serve como introdução para o que está por vir.

Outra coisa que me encanta muito nesse livro é que os personagens (que são muitos) acabam se encontrando ao decorrer da história.

Lembrando que Victor Hugo fez um excelente trabalho e conversou com pessoas reais para escrever esse livro. E com uma linguagem extremamente simples e tranquila de entender nos mostrou que as revoluções e revoltas foram nulas, não melhoraram nada para Os Miseráveis.

Ayan_lucca 04/09/2020

Maravilhoso
Uma leitura que nos prende fascinante, me deixou completamente apegado ao personagens.

Ana Paula Avila 06/01/2021

O melhor livro da vida.
Nossa... que livro ESPETACULAR!!!!!!
Os dilemas morais e a miséria social são os principais temas abordados nesse romance de Victor Hugo.
Aqui, acompanhamos principalmente a história do ex preso Jean Valjean, que sai dos trabalhos forçados nas galés após ter cumprido 19 anos de prisão por ter roubado um pão, e tenta recomeçar sua vida em sociedade.
Após sua saída e com o passaporte amarelo em mãos (documento que define Jean Valjean como ex detento perigoso), não conseguindo encontrar comida e abrigo, cruza seu caminho o bispo de Digne, senhor Benvindo, e a partir desse encontro Jean Valjean deixa de lado o seu ódio pela sociedade e dedica sua vida a fazer o bem e ajudar os miseráveis que encontra, tudo isso a partir de muito sofrimento e tristeza.
São mais de 1500 páginas de uma história que se passa entre a batalha de Waterloo e os motins de 1832 na França. Alguns capítulos descrevem a Paris da época, as batalhas, as redes de esgotos, a moda, os costumes, tudo isso para nos fazer entender o que acontecia na França enquanto acompanhamos as histórias dos personagens.
Apesar de ter sido escrito a mais de 159 anos, a história de Os MIseráveis pode ser considerada ainda a realidade de muitas pessoas mundo afora.

Giovanna 31/08/2022

necessário e ao mesmo tempo um clássico ~clássico~ (rs)
o livro é muito bem escrito (apesar da linguagem ser mais rebuscada devido à época), amarra quem lê na trama, envolve o coração dos personagens com o do leitor numa mistura de empatia e compaixão intensa e traz críticas que podem ser postas nos dias atuais (o que faz com que o leitor reflita sobre termos realmente evoluído socialmente ou não).

Rubens 17/07/2020

Acabei de ler o livro e estou simplesmente devastado. Nunca um livro me fez chorar tanto, sempre me avisaram mas nunca imaginei que seria tanto. Me apaixonei por cada detalhe e me recuso a acreditar que acabou... São ensinamentos que vou levar pro resto da vida, beiram às parábolas bíblicas. É o apogeu do romantismo, puro e encantador. Nos emocionamos até com as descrições de um simples jardim. Têm digressões um pouco cansativas, mas agora, tendo uma visão total, holística, sem elas o livro não seria o mesmo. Com toda certeza, costurei "Os Miseráveis" à minh'alma