A mentira

A mentira Helen Dunmore




Resenhas - A mentira


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Igor_Resenha 31/12/2023

Uma história emocionante !!!
O livro é muito bem escrito pela autora, Helen Dunmore. Conseguindo prender sua atenção do inicio ao fim. A narrativa mistura presente e passado e realidade e loucura. A história conta o retorno de Daniel, um combatente da Primeira Guerra Mundial, a sua terra natal. Nesse retorno, Daniel vai ter que lutar contra muitos traumas de guerra e se ver envolto em um terra que já não representa mais seu lar. Apenas uma velha senhora e a irmã do seu melhor amigo parecem se importar com ele...o restante da sociedade se mantem fria e distante.
Os horrores que Daniel e Frederick passaram durante o combate são muito bem descritos pelo livro quase fazendo você se encolher na poltrona de medo de levar um tiro ou um fragmento de morteiro. O fardo que Daniel carrega é enorme !!! O personagem principal terá que aprender a lidar com os traumas e fantasmas enquanto luta para seguir com sua vida...até que uma grande mentira o leva a uma conclusão fatal. O fim de Daniel pode ser representar, alegoricamente, o fim de muitos veteranos da Grande Guerra (e de todas as outras).
A autora consegue traduzir de forma muito lúcida a carnificina da guerra e ainda trazer a realidade dos veteranos que conseguiram sobreviver em uma escrita emocionante e profunda.
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Alice 16/12/2022

Ruim
História fraca com personagens perturbados pela guerra todos devastados mas a história nem teve um fim que fosse justo com os personagens.
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Andrea238 29/08/2022

A mentira (da escritora Helen Dunmore)
Um livro perturbador, intenso e muito denso
O livro conta a história de Daniel, garoto pobre da Inglaterra,
Conta sobre sua amizade de infância com Frédéric e sua irmã
O livro narra sua trajetória pós 2 guerra, sua dificuldade em se ajustar na sociedade, conta a história de sua vida antes, durante e depois da guerra, narrando principalmente as marcas psicológicas permantes do pós guerra
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LUNII 19/01/2019

Podia ser bom, mas é meio ruim
Eu fiquei mt empolgada cm esse livro, pq pra mim prometia uma personagem totalmente perturbado sobre a guerra e tal. E realmente ele é, só que só é isso o livro.
Tem capitulo e capitulo dele fazendo nd enquanto lembra de coisas chatas do passado, que n desenvolve nada até metade do livro.
Comecei num animação e terminei num total desanimo.
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Rafaela 24/02/2016

Sabe quando você vê um livro com temática de guerra e automaticamente conclui que você irá se emocionar de alguma forma? Pois bem, foi exatamente isso que aconteceu comigo na leitura de A Mentira.

O ano é 1920, e nosso protagonista, Daniel Branwell, retorna da guerra muito ferido psicologicamente. Ele volta para sua cidade natal em Cornuália, na Inglaterra, em meio à tristeza de não ter mais família e ter perdido sua mãe para uma doença enquanto esteve nos conflitos, muito longe de casa.

Como não gosta das pessoas da cidade, Daniel acaba por ir morar no recluso interior, nas divisas da terra de uma boa senhora, que lhe permitiu ficar por ali, e cuidar da terra e dos animais que ela tinha.

O problema é que Daniel não está bem, já que ele vem sendo assombrado pelo fantasma de seu melhor amigo, Frederick, que morreu durante a guerra.

Sua única distração além dos serviços da terra, é visitar a irmã mais nova de Frederick, Felicia, que acabou se casando, mas também passou pelo luto e perda do marido, e está criando sozinha a filha pequena.

A história toda é permeada por uma melancolia angustiante, com a narrativa do protagonista alternada entre o presente e suas conversas com Felicia, o passado com a infância difícil e sua amizade com Frederick, e as horríveis memórias dos difíceis tempos que viveu.

A tristeza do protagonista é transmitida também ao leitor, então acaba sendo impossível não se sentir tocado pelo que você lê. Todas aquelas lembranças, o cheiro e gosto da morte, da terra, as dores e todos os momentos difíceis vividos nas trincheiras chegam e nos abalam muito, justamente pela veracidade dos sentimentos abatidos que a gente enxerga em Daniel.

É incrível como, mesmo nunca tendo presenciado situações tão horríveis quanto uma guerra, o leitor consegue se sentir tocado pelas lembranças do protagonista. Principalmente pelo fato de ele ver o fantasma de Frederick e isso lhe afetar muito, já que ele se sente culpado pela morte do melhor amigo.

Esse acaba sendo um dos fatores que mais nos deixa ligados ao livro, por querermos saber de que maneira Frederick morreu, e se Daniel realmente está certo em sofrer e se culpar.

É muito angustiante ver esse sofrimento se arrastar ao longo de toda a história. Em alguns momentos, eu realmente quis poder chegar e sacudir o protagonista, dizer pra ele acordar desse torpor no qual estava vivendo e se permitir aproveitar a vida, a segunda chance que teve ao conseguir voltar da guerra, se permitir mudanças e ser feliz.

E apesar de o final ter me deixado incomodada de início, percebi que nada seria mais justo do que esse destino que a autora deu ao protagonista, demonstrando que algumas ligações são realmente muito fortes para serem quebradas.

Sei que a sinopse do livro não nos revela muito a respeito do real caminho e teor da história, mas no meio desse cenário difícil de sentimentos após uma guerra, teremos ainda uma mentira, algo que apesar de parecer irrelevante ao longo do livro, será de extrema importância para esse desfecho final. Quando você menos esperar, aquele segredo voltará e mudará o curso dos acontecimentos.

A Mentira é mais do que recomendado pra quem gosta dessas leituras com temática de guerra / pós-guerra. Helen Dunmore conseguirá fazer você sofrer e torcer pelo protagonista, um livro forte que ficará marcado na sua mente.

site: http://eterna-leitora.blogspot.com.br/2016/02/resenha-mentira-helen-dunmore.html
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Fernanda 21/01/2016

Resenha: A mentira
CONFIRA A RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/01/resenha-mentira-helen-dunmore.html
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Clã 03/01/2016

Clã dos Livros - A Mentira
A mentira é um romance de Helen Dunmore capaz de nos envolver e emocionar a todo momento.

O jovem soldado Daniel Branwell relata a sua história ao retornar à casa após a Primeira Guerra Mundial. Seu retorno não é fácil, principalmente quando recebe a notícia de que a sua mãe faleceu enquanto estava na guerra.

"Quando voltei, o jazigo parecia mais estreito do que eu me lembrava...queria saber o que minha mãe dissera e de que maneira estava antes de morrer, mas ninguém me contou. O médico disse que morrera em paz. Não acreditei nisso."

Daniel não se sente à vontade ao lado de muitas pessoas e mantém-se distante do povoado. Seu único contato é com Mary Pascoe considerada uma bruxa pelas crianças. Mas ele sempre soube que não era verdade.

"Minha mãe constumava visitá-la levando um buquê de rosas amarelas do nosso jardim, flores não muito maiores que botões, mas que possuíam aroma doce. Elas conversavam à porta, nunca dentro da casa. Eu tinha ciúmes dessas conversas."

Mary Pascoe está doente e precisa de cuidados. Daniel preenche seus dias com as tarefas na terra de Mary Pascoe. São estas tarefas que o ajudam a afastar os fantasmas da guerra.

Até que um dia alguém aparece a sua porta: Felicia, a irmã mais nova do seu melhor amigo Frederick Dennis.

"Ela estava com dezenove anos agora. Ninguém confundiria aquela mulher com uma criança. Não era a Felicia que provocávamos e de quem corríamos e depois ajudávamos a levantar quando caía pelos caminhos."

O reencontro faz com que os dois revivam as boas lembranças da infância. Felícia está viúva e tem uma bebê. Talvez sejam estas as companhias que poderão consolar e transformar a vida de Daniel.

A saudade! Felicia é a imagem viva de Frederick. Como seus traços físicos o lembram... Daniel sente sua falta...

A amizade entre os dois começou quando a mãe de Daniel passou a trabalhar na casa dos Dennis e deste dia em diante, os meninos não se separaram mais. Filho de um engenheiro de Minas, Frederick recebeu as oportunidades de estudo, negadas a Daniel, que aos 11 anos deixou a escola para trabalhar. Mesmo sendo o trabalho contrário a sua vontade, Daniel não sentiu inveja de Frederick. Sentia por ele uma grande adoração.

A diferença social nunca foi um problema, pois eles eram companheiros e mesmo que outros pudessem se aproximar, o vínculo entre eles era muito mais forte.

Sempre que possível, Frederick emprestava livros da biblioteca do pai para Daniel. Frederick não conseguia acompanhar. Sua satisfação era ouvir Daniel recitar os poemas.

"Eu recitava os versos em voz alta para Frederick, quando estávamos sentados com as costas apoiadas no muro do porto. Eram as férias de verão dele. Eu trabalhava nas manhãs de sábado até uma hora, mas folgava à tarde."

"Frederick e eu erámos irmãos de sangue. Fizemos nosso juramento com palavras de O livro da selva e um canivete. Somos de um só sangue, você e eu. Ninguém mais sabia disso. Frederick me chamava de IS, que era nossa senha."

A amizade sincera manteve-se pelos anos seguintes e findou-se nas trincheiras de uma guerra que se fez no sofrimento dos inexperientes jovens soldados.

"Prestávamos atenção quando parecia que nos ensinavam algo que poderia nos matar se não o fizéssemos. A maior parte era o de sempre: treinamento e conversa mole, horas disso, mas ninguém desmaiou nem morreu de insolação, como nos disseram. Não era uma vida ruim."

"Frederick foi designado para a companhia A, para liderar nosso pelotão, depois que o Sr. Tremough foi morto. Ele me fez voltar a ser o que eu era, embora não soubesse o que estava fazendo."

A guerra não era previsível. Planejamentos executados nem sempre eram garantia de sucesso. Os chucrutes poderiam avançar e alcançar a posição em que estavam.

"Dois dias de treinamento. Isso devia significar que era maior o risco de termos a cabeça arrancada. Então pensei: por que não? A morte estava me esperando em algum lugar... Mas, acima de tudo, sabia que, se Frederick fosse naquele assalto noturno eu também iria. A ideia de participar daquele grupo de ataque retorceu minhas tripas, mas eu me acostumara a isso."

Para Daniel a guerra terminaria ali com a morte de Frederick. Daniel mentiu sobre os detalhes da sua morte por não conseguir aceitar a verdade. Como explicar o que não se entende?

Agora o futuro de Daniel dependerá da sua capacidade de conseguir vencer a dor de uma vida devastada por tantas perdas.

O livro A mentira é um romance forte, tenso e ao mesmo tempo poético. A mentira transforma e se torna a vida de um jovem. Uma vida sem expectativas.

"Aquele tempo desapareceu como fumaça. Mas Frederick era real, mesmo na melancolia fantasmagórica daquele jardim. Sempre era mais real que qualquer um. Lá estava ele rabiscando no cascalho com um graveto, riscando linhas e as apagando como se fossem contas que não dava certo. Nem certeza, nem paz, nem ajuda para a dor..."

São histórias como essas que nos fazem pensar sobre a nossa realidade.
Recomendo que leiam e emocionem-se. Não irão se arrepender.

site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2015/12/resenha-mentira-de-helen-dunmore.html
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Ricardo Brandes 31/12/2015

A mentira
Olá pessoal! Já tiveram aquela sensação de ter em mãos um livro promissor, de uma autora premiada, com um tema que te agrade em cheio? Eu tive essa sensação ao primeiro contato com A mentira, de Helen Dunmore, da editora Companhia Editora Nacional.

Uma capa perfeita, um romance com temática histórica da Primeira Guerra (Sou fã!), de uma autora premiada, traduzida para mais de trinta idiomas. Um material bonito e bem diagramado, com páginas amarelas que facilitam a leitura. Promissor, não é mesmo? Mas no meu caso, os elogios acabam logo após os primeiros capítulos. Aí começaram os problemas e decepções...

Os capítulos são muito extensos, o que atrasa bastante a leitura, que corre lenta nas 293 páginas. O enredo, que intercala momentos de lucidez e devaneios de um soldado que voltou da guerra, não se desenvolve adequadamente, seguindo arrastado e morno até o fim da obra. Não sei se esperei demais do livro, mas li até o fim, acreditando que algo aconteceria para salvar a história, nem que fosse em seu final. Acabei decepcionado com a obra, tanto com o estilo de escrita da autora quanto com o desenvolvimento do enredo em si. Um romance sobre afetos e perdas na Primeira Guerra, que por fim, acabou me deixando somente a sensação de desafeto e tempo perdido.

Mesmo com a extensa pesquisa feita pela autora sobre a guerra, e os excertos de poemas históricos, talvez o livro da autora inglesa careça de um problema comum com obras estrangeiras: as diferenças culturais entre povos e países, que dificultam a absorção do conteúdo cultural e da mensagem do escritor a seus leitores. Mas o fato é que este livro, pra mim, fez jus ao título e entrou no meu top 10 dos piores do ano...

Por Ricardo Brandes

site: http://www.amoreselivros.com.br/2015/12/a-mentira-helen-dunmore.html
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Entre Resenhas 09/12/2015

A mentira, de Helen Dunmore - Companhia Editora Nacional
Resenha:

Finalista da edição 2015 do prêmio Walter Scott de Ficção Histórica.

Quando vi a divulgação desse livro pela Companhia Editora Nacional fui arrebatada pela capa e sinopse da obra, achei simplesmente incrível, não hesitei em solicitar. O pano de fundo usado pela autora para criar a história é a Primeira Guerra Mundial. Um romance lindo e tocante ambientado em um cenário devastador e real.

Daniel Branwel e Frederick Dennis são amigos desde a infância, são de classes sociais diferentes, Frederick filho de um engenheiro de minas, estudou nas melhores escolas da sua cidade e não demonstrava o mínimo interesse pelos estudos, Daniel, filho da empregada da casa de Frederick sempre foi apaixonado pelos livros, mas não pode estudar por ter que trabalhar para ajudar a mãe no sustento da casa.

Já adultos e no mesmo clima de amizade e companheirismo da infância partem para a guerra, Frederick deixa para trás a irmã Felicia e seus pais, Daniel, sua mãe.

Quando Daniel retorna para seu vilarejo em Cornualha – Inglaterra, abalado pelos horrores que presenciou nas trincheiras e pela morte de Frederick, descobre que perdeu a mãe e o lugar onde morava e assim passa a viver nas terras de uma senhora solitária, começa a cuidar dela enquanto doente e de suas terras, e no momento em que acha estar fazendo a coisa certa pela velha senhora, toma uma decisão que mudará sua vida para sempre.

A história é narrada por Daniel, que passa a contar sobre sua infância, o tempo em que esteve na guerra e seu retorno ao vilarejo. Daniel vive momentos de lucidez acompanhados de momentos de loucura, sua mente vagueia entre o passado e presente.

Helen Dunmore soube como prender o leitor já nas primeiras páginas, li o livro em um final de semana, não da para largar, me vi envolvida pela narrativa de Daniel do início ao fim, tudo que viveu durante sua infância, a guerra, a perda do amigo, da mãe, o reencontro com a irmã de Frederick, todas essas lembranças dolorosas vindo à tona durante a história, nos vemos com o coração apertado, torcendo para que Daniel queira sair deste torpor e tentar uma vida normal.

Os personagens apresentados na história beiram o real, são especiais e cativantes.

Adorei a escrita da autora, além de simples e ágil é encantadora, em cada capítulo ela nos apresenta epígrafes de material produzido pelo Serviço Gráfico do Exército durante a Primeira Guerra mundial, trechos de poemas de Lord Byron e muitos outros que deixaram a leitura muito mais prazerosa.

É uma história que mostra perdas, afeto e amizade no cenário trágico da guerra. Atitudes, escolhas e suas consequências.

É dolorosa, intensa e comove até o fim.

Eu já esperava pelo final que foi apresentado, não poderia ter sido outro apesar de triste - a ligação entre Daniel e Frederick talvez fosse para ser eterna...

Recomendo,

Um romance lindo, cheio de afeto, dor e saudade.

A capa está linda demais, as páginas e tamanho da fonte uma delícia para ler, a edição está perfeita. A Companhia Editora Nacional está de parabéns pelo trabalho.


site: http://entreresenhas.blogspot.com.br/2015/11/resenha-mentira-de-helen-dunmore.html#more
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Leila 03/12/2015

Um livro que perturba e prende o leitor
A história toda é narrada por Daniel, que acabou de retornar da guerra. Ele sobreviveu, mas não está feliz. Está muito perturbado por causa dos horrores que viveu nas trincheiras e compartilha conosco suas lembranças. Também lembra constantemente de momentos da sua infância na companhia do amigo Frederick, que não sobreviveu à guerra.

Daniel reencontra Felícia, irmã de Frederick, com quem também convivia muito quando criança. Os dois começam a se encontrar mais e criam um forte laço de afeto. Daniel poderia recomeçar sua vida, mas não consegue, por causa da culpa que não o deixa em paz.

Daniel não é má pessoa. Sempre foi pobre e começou a trabalhar ainda criança para ajudar sua mãe. Sinto pena dele por tudo o que viveu na infância e também pelo que passou na guerra. Mas Daniel também não se ajuda! Agora que poderia ser feliz, fica se atormentando pela culpa que carrega. E para piorar, comete um erro que vai lhe trazer problemas no futuro.

Felícia é uma mulher forte, apesar de não parecer. Mesmo sendo de uma família rica, ela e Frederick sofreram muito na infância. Além do irmão, Felícia também perdeu o marido na guerra e agora está sozinha com uma filha pequena.

O final do livro foi mais ou menos como eu esperava. Os acontecimentos já me levaram deduzir como a história terminaria.

É um livro perturbador. Ao mesmo tempo em que perturba, também prende o leitor. Durante a leitura, as lembranças de Daniel surgem em fragmentos e não seguem uma ordem cronológica. Por isso, fica um suspense no ar, o que nos deixa aflitos para saber o que realmente aconteceu.

Resenha publicada no blog Meus Livros e Sonhos

site: www.meuslivrosesonhos.blogspot.com.br
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