Resenhas - O Livro Secreto

danimotta_ 07/04/2021

Esperava mais da história
A proposta do livro é ótima e bastante provocativa, mas muitas coisas me incomodaram no desenrolar da história: a falta de detalhes, o excesso de crueldade em alguns personagens que perdem sua humanidade para serem apenas bons ou maus...
Outro ponto é que, apesar de ser chamado de sábio, o personagem principal se perde em sua paixão e sede de vingança e o desfecho acaba sendo uma ocasionalidade, sem planejamento nenhum, apesar do tempo que o personagem principal passa pensando sobre isso.

De toda forma, a mensagem principal é muito forte e nos faz lembrar que o mal está na humanidade e não apenas em um ou outro ser humano.

Helen.Francineli 13/11/2020

O título e a sinopse, nos cativam a querer lê-lo. A história começa interessante, contanto a história de uma criança judia com um nazista no jogo de xadrez.. No caminhar da leitura, descobrimos quem é essa criança, o porque o Sr Elias mudou de cidade e o que tem de mais importante na casa: O livro sagrado. Ele descobre que nas escrituras, contém a data de nascimento e morte de todas as pessoas que habitaram e habitarão na terra. E com isso, Elias tenta mudar o passado para melhorar o futuro, viajando no tempo para matar Hitler. O livro é bem curto e de rápida leitura. Esperei bem mais do livro, pela sinopse, imaginei que a história teria outro rumo mais peculiar.

Celso 17/12/2015

O livro secreto
Um livro que chama a atenção pelo título, pela capa e pela sinopse bem elaborada. Porém, a primeira pergunta que me veio à mente: Será que uma história com a proposta que nos é apresentada na sinopse pode ser bem trabalhada em tão curto espaço? Um livro muito curto, com narração acelerada, ou seja, perde-se muito por não haver detalhes. Um bom livro, mas poderia ser melhor porque a proposta é bacana.

Luiz 03/10/2022

...
Eu confesso que amei o livro, a história, a sinopse, enfim... Mas algo que me decepcionou foi o final do livro, não houve ponto G algum, parece que o autor foi preguiçoso, ele poderia ter escrito mais umas 300 páginas com essa história, o livro é muito lindo eu amei, porém poderia ter sido melhor

Lucas.Rocha 27/05/2022

Der mann ist schlecht!
Independente de nossas ações, a natureza humana continuará perversa. Mesmo se a cada dia nós nos esforçarmos para vencer nosso lado sombrio, no fundo sabemos quem somos.

A humanidade produziu seus tiranos ao longo da história, eles se foram mas deixaram vários adeptos ao longo de gerações.

Uma história interessante, o personagem principal é cativante, e nos solidarizamos com ele. Apesar de ter furos no desenrolar da trama, a leitura é boa e continua empolgante.

Ao abrir o livro em um ônibus, me deparei com olhares pouco desconfiados, observei que pessoas estavam jugando o que eu lia, pela capa. Pois há na capa do
livro uma imagem do famigerado símbolo nazista, símbolo esse que ainda hoje causa espanto para uns e admiração a outros. Com essa breve experiência ainda posso constatar que a humanidade é má, mas que ainda há pessoas boas que se incomodam com uma capa de livro, mesmo sem saber o seu conteúdo, mas por saber que uma imagem vale mais que mil palavras.

Ladyce 31/12/2015

Em tempo de lamentações
"O livro secreto" é uma fábula. Partindo da premissa que estamos à beira de esquecer o passado, Samak pondera sobre as lições no nazismo. E, concluindo que continuamos a puxar para debaixo do tapete a magnitude do que aconteceu durante a Segunda Guerra, podemos repetir o erro e contribuir para um novo “genocídio de todos os indesejáveis — fossem eles comunistas, judeus, ciganos, homossexuais, enfermos” (109). Esta é uma obra de alerta.

É um conto fantástico sobre um livro sagrado onde estão escritos todos os detalhes das vidas dos seres humanos, desde seu nascimento até a morte. O livro chega às mãos de Elias Ein, um senhor aposentado, que trabalhara com seguros, austríaco, sem família, que se muda para uma pequena cidade às margens do rio Inn, para aproveitar os últimos anos de vida. Elias percebe que além da lista dos seres humanos, esse livro também lhe dá o poder de viajar no tempo. Ele já se encontrava pessimista com os rumos da humanidade:

“Guiada pela culpa, a pós-modernidade europeia, a do século de Elias, se emaranhava na obsessão neurótica pelo esquecimento, uma vontade de “virar a página”, que era nada mais do que a página do seu fracasso moral.

Elias via a memória do antigo mundo se apagar, o mundo de seus pais e de seu velho legado, abrindo a porta para uma nova era de perigos semelhantes aos do passado…”(89)

Elias pensa então: já que pode visitar o passado, por que não mudá-lo?

Apesar de ser um livro de 170 páginas, Grégory Samak constrói uma trama com diversas referências culturais que servem para honrar todos os que morreram nas mãos assassinas do nazismo. Ele nos dá a chave desse entendimento ao dividir a obra em três partes e nomeá-las em latim: Rex, Tremendae, Majestatis, uma referência musical.

Réquiem é uma composição musical fúnebre de oração aos mortos. É triste. É uma lamentação que começa com as palavras “requiem aeternam” que querem dizer: repouso eterno. Em 1791, o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart se dedicou à composição de um Réquiem, hoje conhecido como “O Réquiem em ré menor“, que foi, possivelmente, sua última composição e, hoje, uma das mais conhecidas. Uma das partes deste Réquiem, chama-se: Rex tremendae majestatis. [Rex tremendae majestatis/qui salvandos salva gratis/salva me, fons pietatis. Tradução: Ó rei de tremenda soberania/que salva os escolhidos livremente/salva-me, ó fonte de piedade]

É dessa maneira, então, que Grégory Samak nos avisa que se trata de uma obra de queixume. É uma lamentação, uma elegia. Assim como o Livro das Lamentações do Velho Testamento chora pela destruição do primeiro templo em Jerusalém, O livro secreto é um livro de lamúrias, de lástima e queixa sobre o rumo da civilização europeia após a Segunda Guerra.

E quem melhor para desfiar seus clamores numa melancólica meditação do que Elias Ein, que fica conhecido como Elias, o sábio, homem que leva o nome do profeta bíblico, numa referência direta ao milagre de ressuscitar os mortos? Elias que trouxe o fogo dos céus e que foi levado aos céus numa carruagem em chamas? Ele, o profeta que retornará antes que venha o grande e assustador dia do Senhor? Não é a toa que ele está nessa obra, liderando a repulsa quanto aos caminhos tomados pela civilização ocidental.

Para um pequeno livro, essa é uma grande mensagem. Um texto rápido, corrido, de pequeníssimos capítulos, cheios de referências que o alargam, o engrandecem e o fazem relevante. É uma meditação em forma de fábula e como esta nos dá um questionamento moral.

Leitura muito recomendada.

Adny 20/05/2020

Trata-se de um senhor que ao se mudar para uma nova casa encontra uma biblioteca em seu subsolo, que contém livros que detalham a vida de cada ser humano que existiu, existe ou existirá no mundo. Por ter perdido sua família na época sombria do Holocausto, ele se vê tentado a alterar o destino de seus entes queridos.

É uma leitura tranquila, envolvente, mas que deixa a desejar em termos descritivos e poderia se prolongar um pouco mais.

Nos faz pensar se é válido nos preocuparmos tanto com o dia de amanhã, porque apesar das provações que passamos, são também os momentos ruins que nos tornam quem realmente somos, e de qualquer forma, quando chegar a hora de partirmos, deixaremos tudo para trás.

Guilherme Aura 01/12/2015

O que você faria se carregasse um grande pesar e pudesse alterar o passado?
Com essa premissa conhecemos a historia de Elias Ein, um senhor sobrevivente do holocausto que perdeu em meio de sua trajetória de vida sua esposa e toda sua esperança em dar continuidade a linhagem dos Ein, já que sua irmã Yelena também não teve filhos.

O velho sábio encontra em uma casa recem comprada o livro secreto e etc etc etc, isso está na sinopse do livro, e que inclusive começa com uma boa carga dramática, explorando as decepções e tristezas dos personagens, dando o impulso necessário para nos atentarmos ao mote de poder consertar nosso passado, e inclusive nos incitar a pensarmos o que nós faríamos se tivéssemos tal possibilidade.

Porém ao meu ver o livro se perde na parte final quando tenta transformar a história em uma nova Operação Valquiria, tendo inclusive rebeldes ao governo nazista comprando facilmente a idéia do sábio Ein ser um viajante do tempo e não um velho maluco e gagá, com meia duzia de palavras consegue convencê-los sobre a integridade da história e nobreza de sua missão e jogá-los inclusive ao quase suicidio, mesmo que essa fosse a causa primária da existência do grupo (a aniquilação da NSDAP), o que na minha opinião não sustenta a história e argumenta fracamente.

O livro ao final deixa um nuance de que aparentemente se você mudar os alicerces da história o que se altera é apenas o "visual" do edificio, ou seja, ele continuará lá, isso é evidente no final do livro.

Mesmo com esse desvio de rota das intenções do livro e de alguns personagens mal aproveitados e outros inseridos bobamente e sem motivação convincente como o "mal" Boser, o livro é de fato um bom livro para se ler e apreciar uma história curta, rápida e com pitada sci fi e religiosa.

Jocemar 16/07/2023

Vale a leitura
Livro de leitura fluida e agradável, com uma proposta que poderia rede mais. Mas é uma boa história.

_maaah_ 11/04/2020

Surpresa agradável
"Se ao menos houvesse pessoas ruins em algum lugar cometendo insidiosamente atos maus, e se bastasse isolá-las e extermina-las...Mas a fronteira entre o bem e o mal passa pelo coração de cada ser humano. E quem quer destruir um pedaço do próprio coração?."

O livro é maravilhoso, foi uma surpresa muito agradável. Não conhecia o autor e por gostar do tema resolvi me arriscar na leitura e recomendo para todos.

antribeiro 07/03/2020

Gostei , ao mesmo tempo que é triste também consegue ser magico , super recomendo .

Gabriela 12/02/2022

Que história triste, tudo que aborda sobre o nazismo traz muita comoção e tristeza. Já estava com uma pontada de esperança de que realmente a história da humanidade seria consertada... Porém a própria moral do livro está nos últimos trechos do livro: "Se ao menos houvesse pessoas ruins em algum lugar cometendo atos maus, e se bastassem isolá-las e exterminá-las... Mas a fronteira entre o bem e o mal passa pelo coração de cada ser humano. E quem quer destruir um pedaço do próprio coração?" Logo, infelizmente pessoas más tanto como as boas sempre irão existir, até pq todo mundo carrega com si um pedaço desses dois extremos, só que ele se sobressai de forma diferente em cada um de nós. No entanto não basta conter somente uma pessoa que faz um ato ruim, pois outra irá fazer o papel em seu lugar.

jackfowl 02/10/2020

História boa com final confuso
Achei muito boa essa ideia, apesar de ter sido explorada de muitas outras formas em diversas outras mídias. Mas o final foi meio confuso demais para um livro tão curto.

Victor Costa 20/01/2021

Se perde na própria história
Não vou negar que só comprei esse livro porque estava na promoção, mas a sinopse me chamou muita atenção, a premissa era ótima tinha tudo pra dar certo mas o autor não soube usar o que estava em suas mãos, primeiramente que ele poderia ter feito uso da religião ou crença do Elis pra justificar os acontecimentos ou mudar as ideias dele em relação a isso,segundo o que a história fala tanto de tudo que ele perdeu e não tem, que não o vemos buscar veementemente o que foi perdido e sem falar na pouca profundidade de alguns personagens quando você acha que o autor vai mergulhar no mesmo ele muda a história pra momentos totalmente inconveniente e o Livro poderia mostrar o egoísmo que há dentro de todos nós mas, mais uma vezes o autor passou correndo por isso , e pra finalizar a cagada esse final não faz totalmente sentindo onde o personagem LITERALMENTE se perde na história e no que ele está fazendo e acabamos com um final sem pé nem cabeça onde ele fez mal uso de um Livro que tinha uma mágica tão grande e poderia mudar o rumo da história de forma mais precisa em várias décadas, lugares e formas diferentes mas o Velhoo Não sabia nem o que ele estava fazendo e acaba da mesma forma sem saber o que fazer, e sem falar da finalização de alguns personagens que não houve , que foram cruciais na história mas depois do pulo temporal foram esquecido mostrando que ou o rumo do passado os apagou ou só o que Elis queria importava afinal.

Ana Paula 19/12/2015

Será que temos mesmo o poder de escolha?
“Se ao menos houvesse pessoas ruins em algum lugar cometendo insidiosamente atos maus, e se bastasse isolá-las e exterminá-las... Mas a fronteira entre o bem e o mal passa pelo coração de cada ser humano. E quem quer destruir um pedaço do próprio coração?”

Para mim, essa foi a mensagem do livro: TODOS temos a bondade e a maldade dentro de nós, dependendo das nossas experiências vividas, fica difícil manter o fiel da balança, ela sempre penderá para um dos lados..

Este livro me chamou a atenção logo de cara tanto pela capa quanto pela sinopse....
Começa de uma forma muito interessante, descrevendo um personagem cativante e cheio de possibilidades.... Elias é um senhor adorável, impossível não criar expectativas quanto ao desenrolar de sua história....
Viúvo por muitos anos, Elias se muda para uma outra cidade a fim de aproveitar sua aposentadoria e seus últimos anos de vida. Na nova casa, ele encontra uma biblioteca escondida, um verdadeiro tesouro. Nela está o LIVRO SECRETO, um livro que põe em cheque tudo o que ele acredita em relação ao passado, presente, futuro e principalmente livre-arbítrio.

Apesar do enredo interessante, o livro não chega a ser envolvente. Talvez pelo ritmo, talvez pela pouca prpfundidade e tempo que se dedica a abordar cada questão.... ou mesmo pelo reduzido numero de páginas. Sim,achei pequeno, sem dúvida merecia mais.....

Um livro interessante pela idéia em si,mas ao meu ver, deixou um pouco a desejar.

Bjs

ANA PAULA