Vou chamar a polícia

Vou chamar a polícia Irvin D. Yalom




Resenhas - Vou chamar a polícia


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Carla Martins 02/01/2013

um bom passa tempo
Depois de ter lido Quando Nietzsche Chorou, foi a vez de cair de cabeça em outro livro do autor, o Vou Chamar a Polícia. Gostei muito mais desse do que do anterior. Me envolvi muito mais, achei a leitura mais dinâmica e adorei as histórias contadas por Yalom.

A história sobre seu amigo - a que abre o livro - e a última delas - que fala sobre uma parte de outro livro seu, sobre uma jovem paciente que se envolve com seu médico idoso - são excelentes! Além disso, adorei a análise e as explicações dadas para algumas passagens de Quando Nietzsche Chorou. Elas foram mega neriquecedoras.

O ideal mesmo é ler esse livro depois de já ter lido toda a obra do autor, já que ele cita todos os seus livros neste exemplar. Mas, mesmo para quem é novato na literatura de Yalom, Vou chamar a Polícia vale a pena!

Eu sou suspeita, porque sempre fui fascinada pela mente humana, seus mistérios e peculiaridades. Outra coisa que me fascina é a capacidade que esses profissionais têm de "investigar" e "descobrir" a causa para alguns maus que aparentemente não possuem relação nenhuma entre si.

É muito legal ler um livro em que o autor abre completamente sua profissão, seu dia-a-dia, questões éticas e complexas para o mundo conhecer. Eu, que não sou dessa área, mas sou mega curiosa, achei bárbara a possibilidade de me aproximar mais dessa realidade.
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Sarah.Yasmin 17/05/2023

Nesse livro o Yalom retoma textos anteriores dele, comenta sobre o processo de criação e aproveita pra inserir algumas colocações pedagógicas, como de costume.
Eu pessoalmente prefiro (muito) esses livros em que ele pontua casos de psicoterapia, pq o estilo dele de escrever romance não me agrada muito (não é exatamente ruim, mas muito arrastado e repetitivo pro meu gosto).
A particularidade desse livro é que, justamente por ele comentar textos anteriores, talvez quem não os tenha lido fique incomodado.
Minha experiência: eu já tinha lido alguns dos livros que ele menciona, mas não todos. Preferi ler os capítulos sobre os livros que eu NÃO tinha lido, porque pude ter o primeiro contato com a história.
Ao contrário do que vejo algumas pessoas falando, pra mim reler sobre o que eu já conhecia foi mais incômodo do que ler os comentários dele sobre livros com os quais eu ainda não havia tido contato.
Resumindo: é um bom livro e eu recomendo, mas tenha em mente que é uma experiência diferente de leitura e vá com a mente aberta:)
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SilDT 25/01/2015

Uma leitura simples e substancial tanto para leigos quanto familiarizados ao tema da psicoterapia
Esse livro é um daqueles que o escritor lança após um tempo de sua carreira e consegue apresentar análises sobre sua própria obra e profissão, mas de maneira sutil, simples. Mesmo quem nunca tenha lido Irvin Yalom antes poderá entendê-lo facilmente.

Como professor e psiquiatra, o autor consegue justamente ser didático a respeito dos significados da terapia para um terapeuta e para um paciente. Aprofundamento para quem é da área e aproximação e apresentação convidativa para quem não é ou tem apenas curiosidade sobre o assunto.

A primeira história/ capítulo, “Vou chamar a polícia”, como o próprio sub-título diz, é sobre um caso de recalque e recuperação, demonstrando de maneira bem psicanalítica como através de situações inusitadas e palavras-chave uma pessoa pode ter acesso ao que estava ‘oculto’ em sua mente, e passar pelo ‘talking-cure’, a cura pela fala.

Este e os demais casos narrados no livro são descritos do ponto de vista de como o terapeuta vai lidando, se situando aos poucos, e estabelecendo seu método de ação a partir do vínculo/relacionamento que é construído com cada paciente-cliente em particular, revelando que o agir e o pensar do terapeuta e do analisando é uma experiência fenomenológica (embora ele não use esse termo) constante, a cada sessão. Faz refletir sobre qual possa ser o papel do profissional da escuta e intervenção clínica, e o quanto ele poderá estar envolvido e precisará saber o que fazer com questões que são recorrentes num divã ou sett de grupo: as dificuldades das pessoas lidarem com a morte, com perdas e separações, com a responsabilidade de suas escolhas e das consequências destas, de se falar sobre o sofrimento de uma doença, entre outros ‘problemas’. Yalom ressalta e discute pontos muito importantes a qual um terapeuta vai estar exposto: os riscos da profissão, por exemplo, para alguém que tem que trabalhar com o sigilo, com a transferência e contra-transferência, com dilemas e os limites e descontroles de pessoas que estão ao ponto de cometer suicídio, estupro, abuso sexual, acusações, manipulações e chantagens em cima do próprio psicoterapeuta.

O mais bacana do livro são os desfechos das histórias, como as coisas se desenlaçam naturalmente, disseminando a concepção que a psicoterapia estabelece sua própria verdade, e o autor ter colocado prólogos e notas das suas outras obras, a saber, constam trechos completos de Quando Nietzsche Chorou, O carrasco do Amor, e Mentiras no Divã. Assim, “Vou chamar a polícia” é um prato degustativo, que só faz termos um enorme apetite em ler e continuar ampliando o aprendizado sobre Psicoterapia, de modo bem ‘existencial’, eu diria.
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Rodrigo 12/06/2015

O Dr Yalom é fantástico quando aborda sobre a forma de se aplicar um método na terapia, onde ele mostra que para cada paciente é necessário que se use um método individual,pois cada um é complexo dentro do seu eu profundo, e colocar suas dores pra fora não é nada fácil. É um livro de leitura obrigatória para quem esta se iniciando no mundo da psicologia. eu recomendo.
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Sally.Rosalin 11/09/2016

Vou chamar a polícia
Quinto livro do autor!
"Esse sujeito, que ao falar pode identificar as raízes de seus sintomas, embora silenciados pela ciência em um dado momento, nunca deixou de viver nas tradições orais, nas narrativas épicas e mitológicas, na poesia e no romance e moderno. O que convencionamos chamar de literatura evidencia a necessidade que tem o homem de dar uma forma a seu sofrimento e de compreender melhor a complexidade dos dramas que o afligem."
"Vou chamar a polícia", primeiro capítulo do livro, é uma narrativa sobre seu amigo, Robert L. Berger. Devido um episódio na vida adulta, Robert faz um link com uma ação que estava recalcada em si mesmo. O autor então demonstra a importância da psicoterapia para auxiliar o paciente nesses feedbacks. Para o autor, a literatura pode instrumentar a psicologia, e para demonstrar o seu pensamento, recorre, com frequência, a grandes autores, em busca de uma frase ou de um recurso literário que possibilite uma forte e clara compreensão. Também aborda temas como: Isolamento interpessoal, isolamento intrapessoal e isolamento existencial. O autor traça paralelos com a obra "Todomundo" (famosa peça medieval sobre a moralidade); Sobre isolamento existencial, ele utiliza Lewis Carroll para discutir uma dessas funções: usar o outro para corroborar nossa existência (e etc: Camus, A Queda; Guerra e Paz, Tolstói; As moscas, Sartre; Grendel, John Gardner). No capítulo "A viagem da psicoterapia à ficção", Yalom rescreve episódios sobre pacientes presentes no seu livro "O carrasco do amor". No capítulo: "O romance pedagógico", Yaslom trata sobre seu livro "Quando Nietzsche chorou". Interessante, pois muito do que sabemos sobre o filósofo está filtrado pela ação da sua irmã Elisabeth, e isso não é fonte segura e nem justa sobre ele. Yaslom traz muitas observações das suas pesquisas para elaboração da obra.No capítulo final "Romance psicológico", ele conta sua experiência sobre seu livro, "Mentiras no divã". Na minha opinião, seu melhor livro ficcional. A grosso modo, esse livro é um diário sobre seu trabalho como escritor, que serve para autores e psicoterapeutas. Eu, como sempre, indico!


site: http://sallybarroso.blogspot.com.br/2016/09/vou-chamar-policia-dr-yalom.html
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Karine.Medeiros 12/07/2020

Gostei, mas acho ideal pra quem já está engajado nessas literaturas filosóficas e psicológicas.
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Mariella Ayana 23/01/2021

Isso realmente é um livro?
Esse 'livro' é composto por uma história/relato inédito de aproximadamente 20 páginas, o prefácio do livro 'Cada Dia Mais Perto', um capítulo de 'Quando Nietzsche Chorou', um capítulo de 'Mentiras no Divã' e alguns parágrafos aleatórios que parecem transcrições de entrevistas.

A impressão que eu tive é que a editora pediu mais um livro, o autor não tinha nenhuma ideia para um novo trabalho e então a editora disse 'junta qualquer coisa que você já tem'.

Como leitora me sinto enganada.
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jota 02/11/2013

E chame o terapeuta depois...
De Irvin D. Yalom não li justamente sua obra mais conhecida, Quando Nietzsche Chorou; apenas vi a adaptação cinematográfica que não me agradou tanto assim. Antes deste Vou Chamar a Polícia li dele apenas Mentiras no Divã, que achei um ótimo romance. Nele, Yalom analisava a relação terapeuta-paciente de um modo irônico e irreverente, quando geralmente outros escritores tratam o assunto com imensa seriedade. E, às vezes, até mesmo com certa chatice, incluindo aí um excesso de jargão psicanalítico.

Bem, nessas histórias de terapia e literatura de Vou Chamar a Polícia, exatamente seus livros Quando Nietzsche Chorou, Mentiras no Divã e outra famosa obra sua, O Carrasco do Amor, são profundamente analisados. Yalom explica a gênese de tais livros e transcreve vários trechos ou capítulos inteiros dessas obras para mostrar a intrínseca relação entre os dois temas que motivam sua vida e profissão.

Desde a adolescência, quando lia Dickens, Melville, Hawthorne, Kipling e outros, ele almejava ser escritor, porém acabou se tornando psiquiatra por conta de forças culturais, como ele reconhece. Mas sempre foi um grande leitor e a certa altura do livro diz que lê um pouco toda noite, antes de dormir.

Daí que lemos este livro, que traz apenas histórias reais (os nomes dos personagens foram alterados, claro; exceto na primeira delas), melhor, casos terapêuticos, quase como se fosse ficção. Ele faz inúmeras referências a autores e obras e até mesmo as usa como material para reflexão em sua profissão (dá vários exemplos disso ao longo de suas histórias). E a história que dá título ao livro na verdade compreende duas histórias numa só. São contadas a Yalom por um cirurgião cardíaco de 76 anos (Robert L. Berger, judeu húngaro, mas morando nos EUA há muito tempo), que as protagonizou.

Uma delas se passa na Caracas bolivarista (e perigosa) de Hugo Chávez e a outra quando Berger tinha apenas 15 anos e Budapeste vivia sob o jugo nazista, época em que os colaboracionistas magiares (ou nyilas) eram tão ou mais cruéis que os alemães. Ambas aventuras perigosas e ainda que Berger tenha escapado com vida, Vou Chamar a Polícia é sempre interessante pois apresenta mesmo certo suspense.

Depois dessa história escrita conjuntamente por Yalom e Berger temos: A literatura instrumentando a psicologia; A viagem da psicoterapia à ficção; O romance pedagógico e encerrando o livro, O romance psicológico. É quando, além de inúmeras citações às suas próprias obras, encontramos também muitas referências a geniais escritores e filósofos ocidentais que Yalom (e muita gente, claro) admira: Dostoievski, Tolstoi, Freud, Nietzsche, Sartre, Camus, Lewis Carroll, etc. Um verdadeiro banquete literário e psiquiátrico, enfim. Não com a mesma excelência de Mentiras no Divã, mas mesmo assim, muito bom.

Lido entre 30/10 e 02/11/2013.

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Carla 07/06/2017

Um livro complementar.
O livro é interessante mas tem um jeito mais didático, embora tenha lido outros livros do autor, é mais interessante se houvesse lido todas as obras por ele mencionadas visto que ele conta como foi a construção do livro.
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