Balzac e a Costureirinha chinesa

Balzac e a Costureirinha chinesa Dai Sijie




Resenhas - Balzac e a Costureirinha Chinesa


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Sandra C. 06/07/2010

Apaixonante!!!
A história que nos conta Dai Sijie prova que o amor é muito mais do que um artifício poético.
No contexto da "Revolução Cultural" de Mao Tse Tung, dois amigos são enviados para "re-educação" nas montanhas. Ao longo desta encantadora (ainda que dolorosa) história - que capta a magia da leitura e a maravilha do despertar do romantismo - vamos seguindo as duas personagens, num espaço onde a leitura de livros proibidos vai provocar uma revolução maior do que a do Estado. Uma revolução que os faz tomar consciência da sua individualidade, da sua capacidade de sentir e de se emocionar...

A descoberta de uma mala cheia de romances ocidentais traduzidos - interditos entre os interditos - muda a vida dos dois rapazes e de uma costureirinha chinesa - a mais bela de todas.
E então, deslumbrados, assistimos a uma iniciação no prazer da leitura (e do amor). Esta iniciação pela leitura e a abertura a mundos de cuja existência nem suspeitavam, faz com que os três jovens a vivam como se fossem os primeiros a passar pela experiência.
O que fascina nesta obra é precisamente isso. Numa linguagem simples e límpida, somos levados a sentir a emoção da leitura do primeiro livro, fazendo-nos descobrir o poder das palavras que desfilam perante os nossos olhos.

O poder de um livro, quando o lemos como se fossemos o primeiro e único leitor...

Definitivamente é um dos meus livros preferidos! Recomendo!!! =)
Ladyce 16/08/2011minha estante
Obrigada pela resenha. Vai para a minha lista de leitura. Já tive com esse livro nas mãos e preferi outro. Voltarei a ele.


Marlana.Kiewel 23/01/2021minha estante
Apaixonante!
O próprio Dai, já na França produziu o filme e contou o que acontece mais de duas décadas depois. Não deixem de assistir. Está gratuito no Yoy Tube com o mesmo nome.


Paulinho 24/08/2021minha estante
Alguém tem este livro em pdf Balzac e a costureirinha chinesa
Caso alguém tenha me manda quero muito ler.Meu email é lpluizpaulo8@gmail.com




Bianca 21/07/2021

Um livro leve
Eu achei o livro bom, mas nada demais, sabe? Não foi uma história que me marcou ou que vai me marcar, mas isso não significa que eu não gostei do livro, eu gostei dele sim
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Achei a escrita super levinha. Esse é um livro que você lê ele rápido e um livro sem muita ação, mas não é parado.
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Recomendo esse livro pra quem quer ler algo mais tranquilo, ah, outra coisa, confesso eu não tava esperando pelo oq aconteceu no final
Diego 09/10/2021minha estante
Existe um filme interessante baseado nesta obra, sabia?


Bianca 09/10/2021minha estante
Siim, eu vi


Diego 09/10/2021minha estante
Legal! ?




Nat 02/02/2022

^^ Pilha de Leitura ^^
O livro tem como pano de fundo o centro de reeducação – lugar onde os jovens filhos de pessoas contrárias à Revolução Cultural são enviados, durante o regime de Mao. O autor do livro, inclusive, foi um desses jovens. O narrador da história e um amigo passam por alguns maus bocados no centro, porém o tema central é a relação deles com livros (produto proibido) e a filho do alfaiate da região, a Costureirinha do título. A narrativa é gostosa e o final é interessante, apesar de deixar algumas pontas soltas.
O livro é de 2000 e, alguns anos depois, o próprio autor fez o filme – ele mora na França, onde é também diretor de cinema. O filme está disponível no Youtube.


site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Gio 17/12/2020

Viagem na história
A narração é atrativa e te transporta para outra época, em um contexto inimaginável. Para quem se interessa por história, é um relato incrível.

É interessante perceber que independente do viés político, um regime ditatorial é opressivo e apaga diversos aspectos de uma cultura.
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@tenbooks10 29/07/2020

Balzac e a costureirinha chinesa
A Grande Revolução Cultural Proletária, também conhecida como Revolução Cultural Chinesa, foi uma campanha político-ideológica empreendida por Mao Tsé-tung em 1966, com o objetivo de neutralizar uma crescente oposição. Para isso, lançou uma campanha de ?regeneração? do povo chinês e convocou a população a combater toda a sua estrutura anterior ao comunismo. Velhos pensamentos, velha cultura, velhos costumes e velhos hábitos, deveriam ser substituídos pelas ideias do líder comunista.  
No momento de maior radicalismo do regime maoísta, milhares de pessoas foram perseguidas, mortas, delatadas pelas próprias famílias e amigos; a fome assolava o país; artefatos históricos foram destruídos, universidades foram fechadas. É nesse cenário turbulento e intolerante que começa nossa história.
Durante a Revolução, jovens intelectuais eram mandados ao campo para serem 'reeducados por camponeses pobres'. Entre os que tiveram que abandonar suas cidades e famílias está o narrador de Balzac e a Costureirinha Chinesa e seu melhor amigo Luo.
Os dois são enviados para uma aldeia escondida no topo de uma montanha. Sabendo que as chances de um dia retornarem às suas vidas antigas são remotas, os dois amigos agora precisam se acostumar à nova realidade, com o trabalho braçal diário e a desconfiança dos moradores locais. O único fator que parece diminuir suas aflições é poder contar com a companhia da Costureirinha ? a menina mais bela da região.
O tempo vai passando, até que os dois amigos descobrem uma valise repleta de livros de escritores ocidentais banidos pela Revolução. A mala com livros de Balzac, Hugo, Charles Dickens e outros, vira uma maravilhosa janela para o mundo exterior e os três jovens se veem ? cada vez mais - influenciados pelas ideias ocidentais recém-descobertas.
Aqui fica uma pergunta: o que aconteceria se você descobrisse que existem outras realidades?
obs.: apenas para aumentar a sua curiosidade, o próprio escritor e cineasta Dai Sijie foi enviado para a reeducação no campo, durante a Revolução. Hoje ele vive na França, onde estudou cinema. Seu primeiro romance, Balzac e a Costureirinha Chinesa, foi transformado em filme em 2002 ? adaptado e dirigido por ele próprio. Eu me pergunto o quanto de material autobiográfico deve ter nessa obra.
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Ismia Kariny 16/04/2023

Leve, sensível e poético
Balzac e A Costureirinha Chinesa é um livro de leitura leve e divertida; de caráter sensível e poético, embora retrate uma realidade de opressão, censura e desumanização.

Na obra, o que mais se destacou foi o uso de temas da literatura clássica para despertar e amadurecer os personagens, que ainda são jovens. A mensagem é que a literatura tem poder transformador. Isso fica claro a medida que os personagens desenvolvem sentimentos, buscam novas experiências e despertam o desejo pela liberdade em meio a escassez de esperança. Em resumo, Balzac e a Costureirinha Chinesa é um livro para sorrir e se emocionar.
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EduardoCDias 09/10/2022

Cultura proibida
Durante o regime de Mao na China, no fim dos anos 60, as universidades foram fechadas e os jovens enviados para as aldeias para serem ?reeducados? pelos camponeses e revolucionários. Dois amigos, enviados para a mesma aldeia encontram um tesouro proibido: livros de Balzac, Dumas, Baudelaire,? que transformam suas vidas.
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Sarah 24/06/2021

Encontrei por acaso no sebo e decidi comprar por causa do filme, que havia visto há muitos anos. A leitura é muito suave, o livro acaba num instante. Tanto que deixou de ser a sensação de "quero mais" para ser "algo falta". Leria muito mais.
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Rosie 19/08/2023

É um bom livro, mas não me agradou muito.

Quando o autor começa a descrever os lugares, sensações e sentimentos a escrita fica bem lírica, muitas vezes eu conseguia imaginar as montanhas e toda a característica rural do interior da China.

O problema é que achei a história sem um rumo. Ela é só um relato de algo que deve ter acontecido (já que tem um fundo autobiográfico do autor).

Devo confessar que eu esperava que o final seria os meninos e não a Costureirinha, fiquei bem surpresa com isso. A lição de moral do final do livro é: "livros podem mudar as pessoas".

Ao todo é um livro simples e com escrita simples, nada muito complexo e nada para se pensar muito. Os personagens são sofridos, mas nada que seja torturante de ser lido.

"- Sinto ódio.
- Eu também. Odeio todos aqueles que nos proíbem estes livros."

bjss e se cuide.
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Fernanda :) 05/07/2010

Uma narrativa curta, simples e encantadora, centrada em meio à Revolução Cultural Chinesa. Uma estória sobre amizade e a descoberta do amor, sobre livros e o poder dos mesmos sobre a mente e a vida de um grupo de jovens, o narrador, seu amigo Luo, e a costureirinha.
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milaynne! 11/02/2011

Uma história chinesa sobre sentimentos universais
Se você gosta de histórias sublimes, bem escritas, envolventes e bem contadas, Balzac e a Costureirinha chinesa é uma possibilidade que deve ser considerada.

Como não se encantar por um livro que conta as aventuras de três amigos que através da leitura de livros proibidos pela Revolução Cultural chinesa descobrem os pactos do amor e da amizade?

Gostei muito do livro porque ele fala sobre amizade e toda importância da Revolução Cultural, que é o contexto histórico da narrativa, se transforma em apenas um detalhe e não se sobrepõe ao que realmente importa: a relação entre os três protagonistas.

E como em uma boa história, o final além de ser uma linda surpresa é a certeza que a sua leitura valeu a pena até o último ponto final.
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Zi 04/02/2020

Clube do livro: BMA #desafioSkoob
Fofo. Pesado. Mas fofo...
Não precisa ler Balzac para curtir o livro. Infelizmente é feito para o ocidental ler.
Recomendo? Sempre.

#desafioSkoob
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 19/06/2013

Pitoresco!
Se me permitem dizer, vocês estão diante do review de um livro pitoresco. E lindo.

Desde as primeiras linhas, o narrador-personagem permite que o leitor mergulhe em seu íntimo e faça parte de sua trajetória em um momento bem peculiar – de sua vida e da própria China. Neste narrador, cujo nome não conhecemos, vê-se o próprio Dai Sijie – o autor esteve durante três anos (entre 1971 e 1974) em um vilarejo nas montanhas da China para o regime de reeducação.

Acompanhamos a cumplicidade, as angústias e toda sorte de sentimentos experimentados pelo protagonista e seu amigo Luo. Longe da família – intelectuais burgueses que, por isso, passaram por punições – os garotos são submetidos a tarefas árduas junto dos camponeses e levam uma vida precária, além da dura perspectiva de permanecerem em reeducação por tempo prolongado.

Tudo seria exponencialmente mais trágico se não contássemos com a destreza mental e a ousadia dos dois amigos, características que lhes proporcionam a regalia de poder assistir a sessões de cinema em outro vilarejo para depois contarem os filmes com detalhes para o restante das pessoas. Essa vivacidade dos personagens confere nuance aventureira à trama – ainda que a narrativa se mostre introspectiva.

Dois acontecimentos marcam a vida dos garotos: o contato com a filha do alfaiate da região – por quem ambos se apaixonam –, e a descoberta de uma mala repleta de obras de Balzac, Flaubert, Rousseau, entre outros...

A descoberta da literatura ocidental – em segredo, pois era proibida durante o regime de Mao – opera grandes transformações nos amigos. As palavras, em especial as de Balzac, têm papel fundamental no processo de amadurecimento e no florescer de Luo e do protagonista. Na fronteira com a idade adulta, eles descobrem o amor, o sexo e a própria vida a partir de obras como O Pai Goriot, Ilusões Perdidas e Úrsula Mirouët. Mais que apenas proporcionar descobertas, a literatura balzaquiana guia os garotos no tortuoso caminho do próprio crescer, ajudando-os a lidar com a ebulição que os acomete por dentro. Ebulição que em grande parte se deve à tal da costureirinha.

A graciosa costureirinha chinesa, aliás, também é seduzida pelas palavras de Balzac, e também nela ocorre uma metamorfose – silenciosa e mais intensa do que se pode imaginar.

Balzac e a costureirinha chinesa é um livro sobre descobertas; sobre tornar-se adulto num contexto severamente limitador. E, especialmente, um livro sobre o poder dos livros e a liberdade que só a literatura é capaz de oferecer.


LEIA PORQUE... Ainda que o entorno da trama seja composto por uma realidade dura, a narrativa jamais se afasta da docilidade. O fato de ser em parte autobiográfico faz com que percebamos a leitura de forma ainda mais impactante. Dai Sijie, além de escritor, é também cineasta e foi ele mesmo quem adaptou Balzac e a costureirinha chinesa para o cinema.

DA EXPERIÊNCIA... História impossível de afastar do pensamento, mesmo quando a leitura já tiver sido há muito concluída. Extremamente inspirador!

FEZ PENSAR EM... Balzac e todas as obras mencionadas ao longo do livro. Não sei vocês, mas acho especiais livros que sugerem outros livros; é como se a leitura ganhasse continuidade.


Leia mais em: LIVROLAB.blogspot.com
Baixando 06/11/2013minha estante
Baixar o Filme - Balzac e a Costureirinha Chinesa - A liberdade de pensamento e a ruptura de um autoritarismo intelectual - http://mcaf.ee/cneox




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