Thiana 27/06/2017Tinha tudo para ser bom :( - Blog Garotas de PapelEu não sei ainda o que pensar desse livro. De cara o que mais me chamou a atenção para solicitar esse livro a editora foi a premissa de um Serial Killer como essas características BDSM e o fato de uma das vítimas ser a mulher do policial que está atrás dele. Isso me remeteu a algum filme que já devo ter assistido e gostado.
Apesar de a sinopse nos apresentar ao agente Hector Parker, o livro começa nos mostrando a Nataly. Órfã, não teve a mesma sorte de encontrar uma boa família como seu amigo, que considera um irmão, Marcus.
Mesmo após sua adoção Marcus sempre esteve próximo de Nataly, tanto que quando ela atingiu a maior idade e teve que deixar o orfanato, foi ele quem deu um lar e emprego para ela. Marcus é o dono da boate D’Votion, que muitos acham ser um local como outro qualquer, mas em seus andares superiores, e restrito a clientes exclusivos, é uma local para a pratica de BDSM.
Parece que todos os principais personagens do livro, exceto o FBI, não praticam BDSM. Nataly é uma dominadora, mas vez ou outra também faz o papel de submissa, mas é claro que dominar é sua preferência. Particularmente não consegui criar um vínculo com a personagem, senti uma falta de profundidade nela e em alguns momentos a achei extremamente mimada. Outra questão é que a Nataly tomou banho de açúcar, todo mundo que essa mulher.
O detetive Hector até tenta ganhar minha simpatia, mas achei que ele acabou sendo um mero coadjuvante e isso impede que criemos um vínculo maior com ele.
Alguns capítulos voltam no tempo e nos mostrar o assassino em ação, esses momentos são narrados em primeira pessoa. O vilão narra como mata as mulheres e mesmos já sabendo com antecedência o conteúdo do livro, esses momentos me geraram certo desconforto e confesso alguns até pulei, pela brutalidade dele, mas o modus operandi e tão sistematicamente o mesmo, que também pulei alguns momentos por serem repetitivos.
Outro personagem que ganhou meu coração foi o Félix um dominador, que em todos os momentos tenta demostrar seu amor por Nataly, mas a moça, apesar de se “aproveitar” dele, não deixa muito espaço para que um relacionamento surja.
Não sei muito bem o que pensar do desfecho. Teve leitores que disseram que o vilão era bem previsível, mas eu até a revelação fiquei em dúvida de duas pessoas. As motivações dele também não me convenceram.
Ah e não posso me esquecer de dizer que a autora tem mania de sempre dizer a altura dos personagens, quando estava descrevendo. Isso não teve utilidade nenhuma no final.
D’Votion tinha tudo para me conquistar, mas senti que o enredo foi pouco trabalhado e os personagens muito imaturos para o tema tenso que ele aborda.
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