Os Crimes do dançarino da Sé

Os Crimes do dançarino da Sé Marcelo Antinori




Resenhas - Os Crimes do dançarino da Sé


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Ana 23/02/2023

Os Crimes do Dançarino da Sé é o segundo volume da coleção Sereia de Vidro e continua sendo uma boa pedida para quem não tem muito tempo para ler ou até mesmo para quem está começando a se aventurar no mundo da literatura.

A história já se inicia com um corpo sendo encontrado no centro de São Paulo, na Praça da Sé. Ele se encontrava dentro de um carrinho de supermercado, totalmente destroçado e "enfeitado" de maneira inusitada, causando terror nos moradores da região. E adivinhem só: a região em que o corpo foi deixado é justamente o território de Coutinho, líder do tráfico.

Por ser um livro bem curtinho, é difícil falar sobre a trama dele sem soltar algum spoiler, portanto vou apenas deixar minhas opiniões. Arrisco dizer que gostei mais de Os Crimes do Dançarino da Sé do que de Sereia de Vidro, principalmente por causa do crescimento dos personagens. Além do mais, os elementos de mistério não deixam de estar presentes em nenhum momento.

É claro que algumas coisas me irritaram durante a leitura: por exemplo a hipocrisia do personagem principal. tudo bem ele realizar mil e uma atividades ilegais e manter uma amante, mas quase morre ao descobrir que sua esposa não é tão devota à ele quanto pensava. Umas coisas dessas me tiram do sério demais, vocês não têm noção. E o pior é saber que é assim mesmo que acontece na vida real.

Uma coisa eu não posso negar: a escrita do autor é tão prática e fluida que a história toda passa em um piscar de olhos, tanto que mal vejo a hora de ler o terceiro volume. Para mim, Marcelo Antinori pode ser considerado um dos melhores autores nacionais da atualidade.

site: https://www.roendolivros.com.br/
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Carla Brandão 26/06/2016

Os crimes do dançarino da Sé é o segundo volume da série Sereia de Vidro. O livro segue a mesma proposta do anterior, tanto no que diz respeito ao tamanho como em relação ao conteúdo. Nele, continuamos a acompanhar o protagonista do volume anterior (resenha aqui) e mais crimes na cidade de São Paulo.

Logo no primeiro parágrafo já somos apresentados ao mistério que rondará todo o livro: um corpo é encontrado todo retalhado dentro de um carrinho de supermercado bem no meio da Praça da Sé. Objetos inusitados colocados junto a ele dão um ar macabro ao crime e fazem todos se perguntarem que tipo de assassino faria algo do tipo. Para completar o cenário, testemunhas afirmam terem visto o responsável por deixar o carrinho ali sair dançando enquanto saía da praça.

É claro que toda a situação chamou a atenção da polícia, da imprensa e dos moradores e frequentadores da região. Coutinho, líder do tráfico local, não gosta nem um pouco de ter tantos olhos voltados para o seu local de "trabalho" e trata logo de dar um jeito na situação. A partir daqui fica difícil falar mais alguma coisa sem soltar spoilers acidentais, já que o livro é mesmo bem curtinho.

O que posso dizer é que mais uma vez Marcelo traz para o leitor uma história cheia de acontecimentos, mesmo em poucas páginas. Neste volume, há um espaço maior para a vida conjugal do protagonista, e sua personalidade também é mais explorada e trabalhada. Todos os personagens são importantes e formam um conjunto bem característico dos grandes centros: o velho bêbado que toca violino na praça, o traficante, a moça cheia de piercings e cabeça raspada...

O livro não tem enrolações desnecessárias, o que por um lado é ótimo, mas, por outro, nem tão bom assim. Como o narrador é o próprio protagonista, muitas vezes as falas, a visão e a descrição dos fatos são diretas e masculinas demais, o que me incomodou. Também não consegui me identificar com nenhum dos outros personagens. Não é raro gostarmos do vilão da história, que muitas vezes é mais interessante que o mocinho, mas nesse livro isso não aconteceu. O lado cruel, criminoso e hipócrita de cada um dos personagens falou muito mais alto e tornou impossível qualquer tipo de empatia.

Para quem gosta de livros policiais, leitura rápida, bem amarrada e com pitadas de crítica social, a série é super indicada!

site: https://blog-entre-aspas.blogspot.com.br/2016/04/resenha-os-crimes-do-dancarino-da-se.html
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Marcos Pinto 05/05/2016

Uma ótima continuação
Sabe aquela história de que tamanho não é documento? Marcelo Antinori mostra, mais uma vez, que esse ditado popular é verdadeiro. Novamente, com um livro pequeno, mas muito bem construído, ganha o leitor sem qualquer dificuldade. Como? Confira abaixo.

Outra vez, há um narrador-protagonista, o mesmo do primeiro enredo. Ele é empresário corrupto, visto que paga propina para integrantes do governo a fim de ganhar licitações. Não apenas, ainda tem envolvimento com Coutinho, chefe do tráfico da região central de SP. Está pouco? Tem mais. O narrador é casado com Luciana, mas é amante de Ana Pérsia, uma mulher que ganha um salário “por fora” vendendo drogas.

Apesar de não ter uma vivência dentro dos “padrões”, o narrador está com sua vida acertada. O casamento vai bem, os filhos, idem; os negócios estão ótimos e ele já consegue vislumbrar um futuro ainda mais próspero. Porém, quando tudo parecia perfeito, um defunto aparece na Praça da Sé, centro de São Paulo, área de Coutinho, o que incomoda muita gente. Pior: o assassino é sádico e dança na cena do crime. A partir daí, a vida do narrador começa a mudar.

“São Paulo despertou no meio da madrugada com um corpo retalhado no Marco Zero da cidade. Os pedaços ensanguentados estavam empilhados dentro de um carrinho de supermercado bem no centro da Praça da Sé. Por baixo, o torso sem cabeça protegido por um plástico azul empapado de sangue” (p. 7).

Partindo dessa premissa, Marcelo cria um livro bom e envolvente, principalmente por causa da verossimilhança. Afinal, basta fazer um check-in para perceber a realidade presente na obra: 1. Empresário corrupto se aproveitando da máquina pública: confere; 2. Empresário envolvido com o crime organizado: confere; 3. Político corrupto: confere; 4. Tráfico de drogas agindo com liberdade em uma grande cidade: confere; 5. Pessoas vivendo de aparências: confere. 6. A família tradicional brasileira composta de homem, mulher, filhos e amantes: confere. Preciso dizer algo mais?

Além da semelhança, outro ponto alto da obra é a boa construção dos personagens. O narrador é totalmente real, possível, aprofundado e consegue cativar o leitor, mesmo com sua vida não muito honesta. Ana Pérsia, peça fundamental no enredo, é uma mulher inteligente, forte e que toma as rédeas da própria vida, o que foge daquele clichê de mocinha indefesa. Além desses, ainda temos figuras marcantes como o Coutinho, o velho que toca violino na Praça da Sé, Luciana...

Se isso não fosse o suficiente, o autor ainda brinda o leitor com uma escrita rápida, chamativa e direta. Por sua diminuta quantidade de páginas e escrita acessível, o livro pode ser em algumas horas, o que torna tudo mais viciante. As páginas são devoradas e queremos saber sempre mais sobre o enredo e os personagens.

“Ana Pérsia conversava sobre os pontos de droga com a mesma naturalidade com que minha mulher conversava com as amigas depois das partidas de tênis. Curiosamente aquilo não me incomodava” (p. 13).

Quanto à parte física, o livro segue o padrão da obra anterior: tamanho de bolso – visto que o objetivo é criar pequenas leituras para serem desbravadas no transporte público –, páginas brancas e diagramação simples. Uma capa bonita e uma ótima revisão também continuam fazendo parte do repertório.

Diante desses aspectos, só me resta indicar a obra. Leiam, pois vocês não irão se arrepender. Para quem gosta de um suspense leve e uma leitura rápida, a obra é mais do que indicada.

Adendo: É possível ler esse livro mesmo sem ter desbravado o anterior. Apesar dos personagens serem os mesmo, os enredos são independentes.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/05/resenhadancarinodase.html
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Fernanda 04/02/2016

Resenha: Os crimes do dançarino da Sé
CONFIRA A RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/02/resenha-os-crimes-do-dancarino-da-se.html
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Lina DC 27/01/2016

Instigante!
"São Paulo despertou no meio da madrugada com um corpo retalhado no Marco Zero da cidade. Os pedaços ensanguentados estavam empilhados dentro de um carrinho de supermercado bem no centro da Praça da Sé. Por baixo, o torso sem cabeça protegido por um plástico azul empapado de sangue. Em cima, os braços com os dedos decepados, colocados um ao lado do outro, e as pernas espremidas por falta de espaço; uma delas, a esquerda, afundada dentro do carrinho, e a outra meio dentro meio fora; o pé empinado como um mastro e uma xícara de porcelana presa pela asa no dedão." (p. 07)

É assim que se inicia "Os Crimes do Dançarino da Sé" segundo livro da série Sereia de Vidro. Ainda acompanhando a vida do narrador do primeiro livro, o leitor se depara com um assassinato brutal que acaba bagunçando a vida tão bem arquitetada do protagonista.
No primeiro livro ele arruma uma amante e descobre o trabalho sujo que o sogro realizava, pouco antes de morrer. Assumindo tal tarefa, ele continua dando suas "saidinhas" e tendo uma vida tranquila, até que sua esposa Luciana começa a agir de forma estranha.
Curioso, ele visita novamente Madre Cristina, que lhe faz novas revelações perigosas.
O livro é pequeno (possui apenas 100 páginas), mas contêm um vasto universo. Além da trama central, onde o autor discute o assassinato e suas implicações, ele também faz novas reflexões sobre o comportamento humano.
Enquanto o protagonista acha que pode realizar atividades ilegais e até mesmo manter uma amante, age de forma hipócrita ao perceber que não recebe a devoção integral da esposa.
Com personagens secundários pitorescos e cheios de mania, "Os Crimes do Dançarino da Sé" é uma continuação de qualidade, que prende a atenção do leitor do começo ao fim.
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Lê Golz 29/11/2015

Ágil e envolvente!
Os crimes do Dançarino da Sé é o segundo volume da Coleção Sereia de Vidro e já começa em um ritmo eletrizante. Um corpo, ou melhor, pedaços de um corpo dentro de um carrinho de supermercado é encontrado na Praça da Sé em São Paulo. O mais estranho é a maneira com que é encontrado, cheio de adereços, e o modo com que chegou ao local depois de uma "procissão" feita pelo assassino pelas ruas da cidade. Apelidado de "Dançarino da Sé", pelo seu comportamento ao sair saltitando depois de deixar sua vítima no meio da rua, ele começa a ser investigado. O crime chama atenção de todos, mas principalmente de Coutinho, que como chefe do tráfico na região, quer manter as aparências de boa segurança do local.

Neste volume teremos então, nosso narrador, também presente no primeiro livro, tentando desvendar esse crime juntamente com sua amante Ana Pérsia, e outros personagens secundários. Dessa vez, Luciana, a esposa de nosso protagonista, terá mais espaço no livro. Um segredo revelado por ela dará um novo rumo para a história, e poderá estar ligado aos crimes do Dançarino da Sé.

"Por baixo, o torso sem cabeça protegido por um plástico azul empapado de sangue. Em cima, os braços com os dedos decepados, colocados um ao lado do outro, e as pernas espremidas por falta de espaço..." (p. 7)

Como já citei, a narrativa é sempre em primeira pessoa e a escrita do autor continua ágil e envolvente. E, mais uma vez, mesmo com o tamanho do livro, a gama de acontecimentos e construção dos personagens foram muito bem desenvolvidos. Algumas coisas resolveram-se rápido, acredito pela quantidade de páginas, porém não tornou a história menos interessante.

A diagramação segue a do primeiro volume, com folhas brancas e fonte em tamanho ideal. A revisão também continua ótima e não notei erros. A capa e título combinaram muito com o conteúdo, e achei bem criativo os pés do dançarino em meio a um rastro de sangue.

"Em seguida, imagino que tão curiosa quanto eu, ela me pediu para abrir a terceira carta: a do futuro. Abri e me assustei: uma caveira, o símbolo da Morte!" (p. 33)

Como já citei, esse segundo volume tomou novos rumos, mas ao mesmo tempo permitiu conhecer melhor os personagens. Aqueles que tiveram um maior destaque neste volume como, por exemplo, Luciana, ainda me intriga. Posso estar enganada, mas acredito que o terceiro volume vai trazer ainda muitas revelações. Devo citar também, que achei o protagonista um pouco hipócrita e só não digo o motivo, pois seria spoiler.

O que ficou ainda mais claro para mim em Os crimes do Dançarino da Sé, é a forma com que o autor conduz os fatos, sempre com a criação de personagens que parecem reais, e uma rotina comum nas ruas de São Paulo. Apesar dos personagens serem fictícios, eles retratam diversos rostos que habitam a metrópole, desde artistas aos drogados na cracolândia. Mesmo para quem não mora na cidade, como eu, ainda consegue identificar facilmente a riqueza com que o autor trabalhou isso. O desfecho não poderia ter combinado melhor com a personalidade deles.

Acho que nem preciso dizer que recomendo, não somente a obra, mas a leitura de toda a coleção. Ainda teremos outros volumes, e estou muito curiosa pelo desfecho. Recomendadíssimo!

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2015/11/resenha-os-crimes-do-dancarino-da-se.html
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Dani_LJI 11/11/2015

Resenha Os crimes do dançarino da sé
Neste segundo volume de Sereia de vidro, Marcelo Antinori surpreende com mais um conto muito bem elaborado e inteligente. Ele é sucinto em sua narrativa enriquecida com os principais lugares do Centro da cidade de São Paulo, esse detalhe foi o que mais curtir, sendo uma boa paulistana apaixonada pela selva de pedra.

Neste livro o personagem do primeiro livro se torna mais ousado e consciente que sua vida antes monótona, nunca mais será a mesma. Seu dia a dia como marido exemplar, pai e genro responsável é algo que ele deixa aberto a todos, porém sua vida com Ana Pérsia é algo que ele deixa fechado a sete chaves.

Um crime abala o marco zero no centro da cidade. Um corpo é encontrado esquartejado com todos os requintes de crueldade e algumas pistas curiosas do seu assassino. A impressa sedente por informação começa a fazer de tudo para descobrir quem poderia ser essa pessoa. Para infelicidade de Coutinho no novo chefão do tráfico de drogas que manda na região, ele manda seu pessoal descobrir quem é essa pessoa, pois toda essa história começa a ser uma pedra no sapato para seus negócios.

Com isso ele e Ana Pérsia começam a investigar o crime, tentando encontrar brechas e possíveis ligações, eles contam ainda com ajuda de Carmem um personagem excêntrico que vai se empenhar para descobrir o assassino.

O que ele não contava em meio aos acontecimentos, é a mudança de humor de Luciana sua esposa, ela começa a ficar distante e aparentemente abatida, ao confronta-la ele se depara com revelações inusitadas, a sua vida dupla começa a se fundir de um jeito que ele não esperava.

Os crimes do dançarino da Sé, nos traz uma história inteligente e instigante, em apenas poucas páginas a história se desenvolve ricamente, os personagens inseridos são bem aproveitados e conhecemos ainda mais sua personalidade, como Coutinho, Carmem, Verônica, são pessoas com detalhes peculiares e exóticos.

Para quem gosta de romance policial e suspense, podem contar com uma abordagem inteligente do autor, ele explora a ambientação do livro mencionando lugares e nomes conhecidos do centro da cidade, dando veracidade aos acontecimentos do enredo, conduzindo dois fatos que no final se interligam manipulando todos os personagens envolvidos. Recomendo.


site: http://www.livrosajaneladaimaginacao.com.br/2015/11/resenha-os-crimes-do-dancarino-da-se.html
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