Os Judeus Que Construíram O Brasil

Os Judeus Que Construíram O Brasil Anita Novinsky




Resenhas - Os Judeus Que Construíram O Brasil


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Leituras e Reflexões 30/06/2020

Que livro!

Em toda a minha vida nunca fiquei sabendo que os judeus tiveram uma importante atuação na História do Brasil. Somente neste ano, quando assisti a uma reportagem na TV Record a respeito dos "cristãos-novos" no nordeste brasileiro, é que percebi que existia muitos fatos encobertos a respeitos dos descendentes judeus que eu ainda desconhecia.
"Cristão-novo" foi o termo usado para designar os judeus forçados a se converterem ao Catolicismo. Muitos deles fingiam a conversão para serem poupados da pena capital (morte na fogueira), mas no interior de suas casas, em segredo, continuavam mantendo as práticas de sua própria religião.
A historiadora renomada Anita Novinsky, junto com sua equipe, revela dados históricos realmente impressionantes.
Tive que ir digerindo aos poucos. São muitas histórias tristes!
Nunca soube, nem sequer imaginei, que a Inquisição tinha chegado ao Brasil. E tendo como foco principal o povo judeu. Se estes confessavam a "heresia" (cultuar a Deus conforme o judaísmo), eram condenados. Se não confessavam, eram tido por mentirosos e condenados também.
Ao final do livro, Novinsky traz uma série de imagens de documentos e lugares interessantíssimos a respeito da perseguição a este povo.
Foi bem chocante a leitura pra mim!
Recomendo a todos. Aos cristãos principalmente.
CONHECER A HISTÓRIA É IMPORTANTE. AJUDA A VALORIZAR NOSSAS RAÍZES E TAMBÉM ENXERGAR O QUANTO SOMOS PRIVILEGIADOS.

Amei!!!!!
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Júlia Lorenzato 22/04/2022

Cuidado!
O livro promete novas fontes, e realmente as dá, mas nem por isso é confiável e as tem em abundância. Muitas partes do livro são desonestas e a autora parece, propositalmente, fazer omissões importantes para elevar a moral do povo judeu. Um exemplo disso foi o que ocorreu quando Anita expôs a história de Bento Teixeira, assassino e cristão novo julgado pelo Tribunal do Santo Ofício. Ela esconde o fato do moço ter sido preso por matar a própria esposa, afirmando que seu crime foi praticar o judaísmo, que foi detido pela Igreja Católica por ser um homem muito inteligente, que lia livros proibidos e que tinha opiniões que contrariavam a moral de sua época.

A mesma coisa foi feita com Raposo Tavares, bandeirante que levou a morte e destruição para todos os lugares por onde passou: destruiu igrejas, sequestrou indígenas, assassinou monges e, certamente, depois, foi capturado e devidamente julgado por seus crimes. Este livro, porém, mesmo prometendo fontes históricas, simplesmente nega tudo o que os documentos dizem sobre Raposo, dizendo (sem provas) que todas as suas atrocidades não ocorreram, mas foram mentiras inventadas pela Igreja e que, na verdade, ele fora julgado por ser judeu. Esse tipo de desinformação se repete ao longo de toda a obra, apesar dela também apresentar muitas informações interessantes e verdadeiras.
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Alipio 03/06/2020

mais uma parte oculta da nossa historia
Em "Os Judeus que construíram o Brasil ", as historiadoras Anita Novinsky, Daniela Levy, Eneide Ribeiro e Lina Gorenstein baseadas em documentos históricos em especial, no até então secreto arquivo do Santo Ofício da Inquisição, relata a fatídica história da Inquisição portuguesa que transferiu para a colônia a perseguição aos judeus

A Inquisição contra os judeus foi autorizada pelo Papa na Europa no final do século XV, atingiu os judeus aqui no Brasil no final do século XVI. As prisões e condenações, dependiam mais de suas fortunas e de sua origem judaica do que de suas heresias e aqueles que se pussessem à favor do judeus, também eram punidos severamenteo

Uma obra escrita a partir de pesquisas historiográficas inéditas.
História em que a intolerância é praticada de uma forma deliberada
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Darlan.Grossi 14/11/2016

Os Judeus que descobriram o Brasil
É um livro sério fruto de pesquisas e de anos de dedicação de uma equipe, com muitas refererências e bíbliografia rica. Para quem gosta de saber as verdades por traz da história do Brasil que conhecemos esse livro traz um ponto de vista das mais diversas personalidades que estiveram nas terras do Brasil; Cabral, Fernando de Noronha e os tão obscuros bandeirantes. Nesse livro você descobrira o porque não se sabe muito dos bandeirantes. Nosso país tera muitos porques respondidos e conheceremos com profundeza de detalhes o que Judeus e Cristãos Novos passaram no Brasil Côlonial.
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Aduana 31/03/2019

Interessante
Bom livro. Conteúdo muito bom sobre as práticas da Inquisição. Práticas que desconhecia. Como também desconhecia a extensão e a violência da perseguição aos judeus e aos cristãos-novos. Um pedaço da história do Brasil que devia ser contado, pois, com certeza, temos fortes laços de herança com os judeus e cristãos-novos que vieram fugidos para cá.

O que me fez ler o livro foram costumes que minha avó tinha e que eu observava desde criança. Só agora vim entender suas relações com judaísmo. Para mim foi muito importante descobrir esse passado e um pouco da história desse povo aqui no Brasil.
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Ju Ragni 17/07/2020

Excelente trabalho de pesquisa
Eu até sabia que houve inquisição no Brasil, mas pensava que tinha sido um evento isolado e passageiro, não que tivesse durado 300 anos... E nem imaginava que tantos personagens importantes da nossa história fosse judeus... Um livro esclarecedor e necessário para mudar nossa visão da história. Parabéns à pesquisadora pelo excelente trabalho.
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Hilton Neves 24/07/2020

Entristecedor, mas leitura obrigatória. Ensinou-me que a presença islâmica no século X na Península Ibérica foi SUPER MENOS CRUEL aos judeus do que foi a católica nos séculos seguintes!!! Nos ensina muita coisa a respeito da contribuição judaica no Brasil, num pouco dos EUA e na Colômbia. Muitas criações interessantes feitas na Bahia e em Pernambuco, não vou lhe contar pra não perder a graça, toneladas de inteligência, garra e pioneirismo.

P.S.: Quem quer que pudesse encarar a Inquisição conforme dita em OJqCoB dá conta de lidar com os onze abutres(sim, aqueles no DF).
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Jenner Azevedo 03/03/2023

Os Judeus que Construíram o Brasil" de Anita Novinsky é uma obra indispensável para quem deseja entender a influência dos judeus na história do Brasil. A autora, historiadora e professora da Universidade de São Paulo, faz uma análise minuciosa dos registros históricos, traçando um panorama que vai desde a presença dos judeus nas Grandes Navegações até a sua participação no desenvolvimento econômico e cultural do país.

O livro é organizado de forma cronológica e estruturado em capítulos que abordam diferentes momentos históricos. Novinsky descreve com precisão o contexto em que os judeus chegaram ao Brasil, em meados do século XVI, e a sua atuação em setores como o comércio, a mineração e a cultura.

A autora também faz uma análise interessante da presença dos judeus na sociedade brasileira, apontando os preconceitos e estereótipos que foram sendo construídos ao longo dos anos. Ela mostra como, apesar das adversidades, os judeus conseguiram se estabelecer e se destacar em diversas áreas, contribuindo para o desenvolvimento do país.

Além disso, Novinsky faz uma análise da trajetória dos judeus durante o período colonial, a independência e o Império. Ela também discute a influência dos judeus na cultura brasileira, mencionando escritores, artistas e músicos que deixaram sua marca no país.

Um aspecto interessante do livro é a forma como a autora aborda a questão da religião. Novinsky descreve as diferenças entre as diversas correntes do judaísmo e mostra como elas foram se adaptando à realidade brasileira ao longo do tempo. Ela também faz uma análise da relação dos judeus com a Igreja Católica e as demais religiões presentes no país.

"Os Judeus que Construíram o Brasil" é uma obra de grande valor histórico e cultural, que ajuda a compreender a rica diversidade que constitui a sociedade brasileira. A autora, com sua vasta experiência e conhecimento, apresenta um panorama detalhado e enriquecedor sobre a presença dos judeus no país e a sua contribuição para a construção da nação.
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Camila1856 16/08/2022

Recomendo
O livro é muito bom bom, muito interessante, não só pra pesquisadores como para interessados no tema de uma forma geral.
Traz muitos exemplos reais, baseados em diversas fontes documentais, casos muito tristes, mas que nos dão uma boa visão do que foi a Inquisição.
Dessa forma, o livro é bastante esclarecedor sobre o tema, e muito bem embasado documentalmente. Além disso, a leitura é fluída e não cansa, pelo contrário, prende o leitor. Recomendo bastante essa leitura.
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Leoni 24/10/2016

Somos todos de sangue judaico ?
Livro fantasioso, e cheio de incoerências, por exemplo:
Ao lê-lo a impressão que me passa é que toda a nação portuguesa e por conseguinte os brasileiros de ascendência lusitana também possuem sangue judaico, o que não explica a falta de resquícios da presença dessas pessoas no Brasil antigo.
Ao que me parece mesmo após toda essa tortura, os inquisitores foram muito bem sucedidos, já que até a algum tempo boa parte dos brasileiros eram católicos fervorosos.
Nada ficou de judaico em nossa cultura, como pode ser isto, se não fosse apenas lendas ?
Onde estão o mínimo de cultura passada por estas pessoas a nossos antepassados ?
Acho o livro tendencioso, assim como outros grupos também tentam angariar outros para o seu grupinho, principalmente com pessoas já mortas.
Vitor.Lobo 01/01/2017minha estante
Para quem ignora a história e em especial os relatos do próprio Santo Ofício da Inquisição, de fato, não verá muito sentido e\ou achar tudo muito fantasioso. Sua visão me parece muito "negacionista".


tinaventuri 12/06/2017minha estante
Você está sendo muito estremado, me desculpe.
O livro foi bem claro que netos já herdaram poucas tradições, imagina séculos depois.
Outro ponto foi a segunda guerra que também calou milhares de judeus que acharam seguro negar sua religião e tradição em nome da vida de seus descendentes.
Se você não conhece, eu conheço descendentes de judeus. Eles não praticam nada, são na maioria católicos, mas sabem suas origens.
Não é porque não estão em nosso núcleo de conhecimento que não existem ou existiram.
Este é um livro para ler desarmado, ele está mostrando uma pesquisa histórica, foi escrito por pessoas altamente gabaritadas, não é um livro de ficção.


Márcia Naur 14/06/2017minha estante
Parabéns A Tina e ao Vitor.


Benaiah 15/07/2017minha estante
Aqui no Brasil, está inclinado para que sejamos na maioria descendentes de judeus entre os diferentes grupos sociais que são comentados habitualmente em história. Minha mãe é protestante fervorosa por 27 anos - antes era católica não praticante e eclética -, meu pai é católico apostólico romano praticante. Não viveram juntos e ainda assim cada um me revelou suas origens judaicas somente ao envelhecerem. Fui criado por ninha mãe com várias regras básicas de uma vida judaica que ela nunca aprendeu em sinagoga/igreja alguma ou estudando e boa parte das posições de vida dela denotam herança judaica. Conheço muitos idosos assim. Goste ou não, o Brasil é bem judeu, mesmo nas partes sofridas e desprezadas. Isso se faz lógico humanamente; você ia querer sair da proteção de uma vida metropolitana lusitana rumo ao desconhecido cheio de guerreiros desconhecidos sem fortíssimo motivo? Quem disse que nada ficou de judaico? De onde vem por décadas a tendência natural de se declarar católico não praticante? 'Acredito em um só Deus, nada mais'. E as escolas iniciáticas, além das religiões espiritualistas que desde muito recorrem à autoridade cabalista judaica? Pesquise escritores brasileiros dos últimos dois séculos. O que você faria diante de tanta tortura agonizante? Exporia suas gerações futuras ou tentaria anular sua identidade? Não se trata apenas de dna e genealogias pois os judeus são identificados também por posicionamento, atitude e como a sociedade vê o indivíduo. O Brasil é judeu.


Pedro.Alexandre 24/10/2017minha estante
Eu não li o livro mas pesquisei sobre as autoras do mesmo, são todas judaicas praticantes e pertencem a diversas associações, não tenho nada contra mas eu gostaria que vocês me respondessem através da interpretações de vocês, se esse livro é um livro de judaicas feito para a comunidade judaica, representando os judeus ou é um livro de tese histórica que independente da religião das autoras quer divulgar uma linha de raciocínio baseado na pesquisa? Muito obrigado. Agora uma provação, vocês acham que a religião delas motivaram e influenciara na escrita do livro? Obrigado!




Daniel432 25/12/2018

Visão Superficial
A autora diz ter tido acesso a inúmeros documentos inéditos porém sua exposição restringe-se a repetir as mesmas situações (práticas judaicas escondidas e cristã em público) em diversas localidades da Espanha, Portugal, Holanda e Brasil.

A depender da riqueza de detalhes que os documentos dispõem a autora poderia ter escolhido alguns exemplos para melhor demonstrar o sofrimento dos judeus partidos políticos pela Santa Inquisição.

O que ela mostrou de diferente, pelo menos para mim que já li o livro de Alexandre Herculano, foi a respeito da migração de judeus do Brasil para Nova Iorque, onde apresentou alguns detalhes que desconhecia.

No geral, se você não tiver lido nada sobre a inquisição ou sobre a invasão holandesa no nordeste brasileiro Será uma boa leitura.
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Wagner 29/12/2018

dos BANDEIRANTES...

(...) um grande número de bandeirantes, entre eles Raposo Tavares, eram de origem judaica, descendentes dos forçados a se batizar em 1497. O fato de serem cristãos-novos transforma radicalmente o quadro de Guerras das Missões Jesuíticas. O ódio que os bandeirantes nutriam pelos jesuítas tinha profundas razões ideológicas (...)

in: NOVINSKY, Anita. Os Judeus que construiram o Brasil. São Paulo: Planeta, 2015. pg 154.
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Kelly Moura 27/01/2019

Revelador
Livro histórico sobre a Inquisição contra os judeus. A autora nos presenteia com a verdade nua e crua com uma narrativa que surpreende e emociona. Terminei a leitura com a boa sensação de ter ampliado minha visão do fato, até então desconhecido para mim.
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Amanda 01/02/2024

Origens
Um excelente livro que conta o fluxo migratório dos judeus desde o 2 êxodo dos judeus (península ibérica) até a dispersão desse povo, sobretudo, no Brasil.
Esse livro é relevante, principalmente, porque é a história dos ancestrais de aproximadamente 1/5 da população brasileira. A história dos Rodrigues, Mendes, Nunes, Tavares, etc que sequer conhecemos.
Nesse livro, há o resgate da história de luta dos judeus para preservar sua cultura, sua historia mesmo com a perseguição violenta da Inquisição na Idade Média.
A divulgação de livros como esse impacta significativamente para a construção da identidade nacional.
Leiam. Coloquem na sua lista de leitura porque vale muito a pena.
Parabéns as autoras pela excelente pesquisa e redação.
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Ray (@padawanliterario) 01/05/2019

Para quem, como eu, nunca tinha ouvido falar.

“Subitamente, a religião judaica que portugueses professavam havia séculos foi considerada uma fé herética, proibida em toda a Península Ibérica e em seu império sob pena de morte”.

Ganhei este livro no final do ano passado e depois das notícias recentes sobre ataques e assassinatos de cunho antissemita na França e sobre muitos deles estarem deixando o país por medo, eu simplesmente me joguei na leitura e não me arrependi.

Anita Novinsky, historiadora e professora emérita da Usp, faz um apanhado da história judia quando se instituiu a Inquisição na Europa. A igreja perseguia tudo que fosse contra o que pregavam e os Judeus mais uma vez foram alvo. Eles se espalharam por todo o mundo e o livro traz informações sobre vários grupos que fugiram para França, Holanda e até mesmo o que hoje é Nova York. Mas foca em nos contar sobre aqueles que fugindo do Santo Ofício Ibérico (Espanha, Portugal) fugiram para o Brasil.

Os marranos (judeus que vieram da Espanha e Portugal) se espalharam pelo Brasil e devido a importância que sempre deram a instrução, muitos deles ocuparam cargos importantes no decorrer da história. Muitos se “converteram” à fé Católica buscando encobrir suas origens judaicas perante a sociedade, mas continuavam com as práticas de sua religião em suas casas. Uma vez descobertos, entregues ao Santo ofício, torturados e se dessem qualquer vacilo eram condenados à fogueira.
Muitos foram condenados sem prova alguma, outros por não concordarem com vinha sendo feito. Tudo era crime de #Judaísmo.

É uma parte da nossa história que eu não conhecia e que só mostra o quanto a intolerância é vil. Numa linguagem acessível, autoras descrevem a sina de um povo que ainda hoje sofre com o preconceito fundamento apenas no ódio. Viva a literatura que não nos deixa esquecer a nossa própria história.

Leitura super recomendada!
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