Alessandra825 04/09/2020Buscando respostas para um acontecimento ocorrido há 16 anos atrás, que fez abandonar a sua família quando tinha apenas 11 anos de idade, Meg está disposta a rever sua mãe, por quem ainda tem um enorme rancor e que se encontra internada em um hospital da cidade.
Entretanto, para possuir tais respostas – que podem ou não desfazer um trauma que a envolveu por todos estes anos -, Meg terá que contar alguns detalhes da sua vida, e assim, em troca, sua mãe lhe dará partes de um diário que está sendo escrito em seu leito de morte.
📌Onze semanas contém capítulos curtos e uma narrativa fluida e agradável de desfrutar, apesar de fornecer temas intensos como abuso sexual, alcoolismo, agressão física e gravidez na adolescência, sendo, portanto, não acessível para todos os públicos.
A protagonista meg, é de suma importância na trama por compartilhar um verdadeiro sentimento profundo que a rodeia imensuravelmente, entretanto, ao meu ver, a genialidade do autor que me fez adentrar em suas páginas está nas partes do diário escrito por sua mãe, pois ali são descritos horrores de uma vida prejudicada por sequelas e cicatrizes muitas vezes provocadas por atos desumanos e que, por infelicidade, podem ser vistos como reflexos da nossa realidade.
Em suma, o exemplar tem a quantidade certa de drama para desenvolver uma identidade própria. E conseguiu em cada capítulo me entreter unicamente, seja pelos tópicos fortes, pelas cenas que muitas vezes acarretaram compaixão ou repulsa, e pelos personagens bem desenvolvidos com seus diálogos articulados – mesmo que, vez ou outra, sejam diálogos descartáveis e que pareçam saltar de outra personagem.
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