O Despertar da Fúria

O Despertar da Fúria Eduardo Kasse




Resenhas - O Despertar da Fúria


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Ka 27/01/2016

O Despertar da Fúria
Sabe quando você lê uma história, que quando termina, você senta, larga o livro e dá um suspiro? Fica um tempo absorvendo tudo aquilo, tentando colocar tudo em ordem na sua cabeça, porque a história foi tão... extasiante. Assim eu me senti com O Despertar da Fúria, quarto livro da série Tempos de Sangue. Se você veio até aqui sem ter lido os livros anteriores, dá um pulinho nas minhas resenhas deles e volta!

Recomendo que você leia os outros livros antes de vir aqui, pois talvez alguns fatos importantes que merecem ser falados, talvez soe como spoiler. Dado essa informação, vamos prosseguir.

O Despertar da Fúria é o quarto livro da série Tempos de Sangue, do autor Eduardo Kasse. Em Guerras Eternas, vimos Harold, Liádan e Stella unidos a Tita e Alessio, Unidos pelo inimigo em comum que sempre os assombrava: A Igreja. O maior inimigo dos Imortais não são os Deuses que desaprovam a criação deles, assim como Thor odeia Harold por rejeitá-lo e tornar-se um filho de Loki. É a Igreja Católica, com toda a sua perseguição ao que julgam como "o mal", "os demônios", os "filhos de Satã". Pelos séculos desde o primeiro livro, desde o nascimento de Harold como imortal, a Igreja os persegue, sem nunca obter sucesso. Harold foi capturado diversas vezes e quase morto (o que me deixou bem apreensiva) e em Guerras Eternas um exército é mandado para tentar matá-los, fazendo com que unam suas forças.
O Despertar da Fúria é a continuação após essa batalha que culminou na separação de Harold e de suas amadas Liádan e Stella. Stella, extremamente machucada, recolheu-se em um profundo sono. Liádan foi de uma extrema importância nesse livro e afirmou ainda mais porque é minha personagem preferida. Ela é forte, em ambos os sentidos e interpretações. Sua conexão com a natureza, com os deuses e a sua percepção do mundo sempre me fazem pensar: "Ela devia ser real, Nós conversaríamos durante tanto tempo...". Liádan observou e sentiu o grande evento que se aproximava, que mudaria a sua vida e de Harold e Stella. Então ela procurou Harold, que como sempre, havia se metido em alguma encrenca por ser totalmente o contrário de Liádan: sutil. Harold é a força, como ela mesmo sabe. Ela é a harmonia.
Liádan sabe que precisa salvar Harold para que as energias que ela sente se acumulando ao seu redor sejam preenchidas. Esse grande evento que ela sente se aproximar é algo que nem mesmo eu, que sempre peço (praticamente imploro) spoilers ao autor, imaginava. É algo tão excitante e empolgante que eu não consegui largar o livro até ler tudo e quando terminei, fiquei segurando o livro aberto, esperando que alguma página extra com mais informações brotasse magicamente e acabasse com minha curiosidade. Eu estava na metade do livro e de uma vez o terminei, porque o fluxo se tornou não energizante que eu não conseguia parar. As horas passaram-se mais rápido que os séculos dos Imortais.
Outro ponto que me chamou bastante atenção e sempre me rendia boas risadas, foram os nossos queridos (hurrr) católicos. Como eu já expliquei, a Igreja persegue os Imortais, por julgarem que eles são demônios, enviados de Satã e tudo isso. Eu sempre adorei a forma como Eduardo coloca os religiosos nessa série. Você pensa: eles deviam ser os heróis do seu povo. Mas não é isso que eles são. Quem já leu sobre a Idade Média (eu devorava material sobre isso e devoro até hoje), sabe que a Igreja era poderosa não só espiritualmente, mas financeiramente (o que não mudou muito). A Igreja era dona de terras, equitares de terra, com criados e até mesmo escravos. Nesse livro, o religioso da vez é o bispo Robert de Salisbury, um homem poderoso, mas atormentado e ele me rendeu boas risadas com seus pensamentos distorcidos do mundo, o que o perturba bastante. O bispo e sua criada tão prestativa...

Eduardo narra com a maestria que um dia eu espero possuir (quando eu crescer, quero ser como você, senpai) o universo da série. Os sentimentos de cada personagem, porque cada um deles é dotado de personalidade única, o que sempre me faz viajar pensando no que cada um deles faria em cada situação diferente. A construção dos cenários e até mesmo personagens que nem nome tem, que apenas estão ali para ser uma ligação entre uma cena e outra são bem construídos. Eu me tornei fã dessa série e do autor desde o primeiro livro, desde o meu primeiro minuto com Harold. Quer tornar-se um Imortal? Você aceita a dádiva dos Deuses?

site: http://amaranthadur.blogspot.com.br
Eduardo Kasse 28/01/2016minha estante
Obrigado pela excelente resenha!




Marcos Pinto 27/04/2016

Incrível!
O Despertar da Fúria é uma daquelas obras que nos mostram que séries podem ter todos os livros em altíssimo nível. Mesmo após três livros e alguns contos, Kasse continua surpreendendo o leitor e criando obras excelentes. Como? Confira comigo.

Novamente, vamos acompanhar a trajetória de Harold Stonecross meu vampiro favorito . Vagando pela Europa, ele presencia diversos dramas ocasionados pela peste negra. Homens, mulheres e crianças; ricos e pobres; cristãos e pagãos: a peste não faz acepção, ela devora a todos. Nesse ambiente, apesar de seu apetite descomunal e sarcasmo típico, Harold começa a ter incertezas. Afinal, com os milhares de mortos, seu alimento também pode começar a faltar.

Se não bastasse ter que caçar os poucos humanos saudáveis, Harold tem um novo velho problema: sua fama lhe precede. Os padres já ouviram falar e muito do demônio chupador de sangue chamado Stonecross. Com isso, mais uma vez, vão armar uma caçada ao vampiro. Logo, além de provavelmente ter problemas com alimentos em um futuro próximo, nosso protagonista ainda terá que se livrar dos seus incômodos perseguidores.

Despertei. Estalei os ossos do pescoço e afastei os ratos que passeavam pelo meu corpo. Eles estavam cada vez mais gordos e atrevidos. A comida agora era farta, pois as pessoas morriam aos montes e deixavam suas casas livres para eles, para os ladrões e para mim (p. 11).

Partindo dessa premissa, Eduardo Kasse novamente cria um grande enredo que prende o leitor, principalmente por causa da minuciosa pesquisa feita. Mesmo sendo um universo fantástico, Eduardo se preocupa bastante com a verossimilhança, o que gera uma obra com profundo embasamento histórico. Assim, além de acompanhar a saga de um grande matador e se divertir com suas intempéries, é possível aprender bastante.

Outro ponto muito positivo é a mistura de mitologia com a saga dos vampiros que acompanhamos. Mais uma vez temos menções a diversos deuses, o que deixa toda a saga muito mais interessante, fugindo do clichê de simplesmente sugar sangue para sobreviver. As batalhas vampirescas possuem uma forte influência divina, seja na batalha contra o cristianismo ou contra alguns deuses pagãos.

Ademais, novamente, temos os personagens como o ponto alto da narrativa. Quem acompanhou as resenhas anteriores sabe da personalidade cativante de Harold. Nessa obra, além dele, temos a possibilidade de rever antigos amigos e conhecer novos personagens, tão fascinantes quanto o Harold, o que demonstra que esse quarto livro é ainda a preparação para algo muito maior. Ou seja, o autor continua trabalhando muito bem os personagens já consagrados da série e insere novos com um intenso potencial, o que já deixa o leitor ansioso pelo quinto livro.

Você nunca vai ter a minha alma o monge encarou-me, convicto. Não quero a sua alma, velho, apenas o seu sangue mordi seu pescoço magro e suguei com força (p. 39).

Quanta à parte física, o livro mantém o mesmo padrão de qualidade das obras anteriores. Temos uma capa bonita e que foge do convencional, chamando a atenção. A diagramação é bem confortável, o que, aliada à escrita excelente do autor, deixa a leitura ainda mais rápida. Por fim, ainda temos uma boa revisão.

Desta forma, diante dos aspectos apresentados, só me resta indicar a obra e também toda a série. Se você não conhece o Harold, não perca tempo! Essa é sua chance de conferir uma ótima obra de vampiros dos de verdade, não os que brilham no sol com um embasamento histórico de fazer inveja.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/04/resenha-o-despertar-da-furia.html
Eduardo Kasse 27/04/2016minha estante
Marcos, como sempre você escreve resenhas muito bem-feitas! Obrigado mesmo.




spoiler visualizar
Eduardo Kasse 17/02/2020minha estante
Aline, Uau!!!! Gostei muito da sua resenha! Suas dúvidas também são bem pertinentes, e muitas delas deixei abertas de propósito. Gosto demais quando cada leitor constrói as suas teorias ;) Outras você pode ter respostas nos contos dos antigos imortais: https://www.amazon.com.br/beijo-Rudra-Tempos-Sangue-ebook/dp/B0195NMXIY/ - e https://eduardokasse.com.br/portfolio/ Muito obrigado!


alinepickles 19/02/2020minha estante
Obrigada, pode deixar que vou ler sim!




Dy 12/01/2023

Insta: @literaryvamp
A Inglaterra sofre de um terrível mal, e por mais que a igreja insista de que a culpa seja dos demônios bebedores de sangue, eles nada tem a ver com isso.
A peste bubônica toma conta dos vilarejos e mosteiros. A morte não tem favoritos. Seja jovem ou velho, religioso, nobre ou ladrão.
Mas para manter o controle de tudo, os religiosos precisam culpar algo ou alguém por isso, e Harold Stonecross é o bode expiatório perfeito para isso.
Mesmo que alguns saibam, e que ele mesmo diga que não tem nada a ver com isso. O "enviado de Satanás" levará a culpa de qualquer forma.

Harold segue contando suas aventuras, dores e amores.
Liádam, sua amante, sente que algo está por vir, uma força latente parece os convocar.
Velhos amigos e novos inimigos surgem nessa nova etapa da vida no nosso pomposo imortal.

Está difícil saber qual livro dessa série será meu favorito, já que a cada novo livro eu me apaixono mais por esse universo. Kasse mantém sua escrita e descrições impecáveis, o que me faz entrar no livro e esquecer completamente o mundo aqui fora.
Eduardo Kasse 12/01/2023minha estante
UAU!!!




Marcos Antonio 19/07/2017

A Fúria
Um mundo tomado pela peste negra, será que alguém sobreviveria a desoladora doença que dizimava sem pena e nem dó, ricos, pobres, padres, fieis e infiéis. Mostra as manobras para prender o povo a uma fé que só queria prender as pessoas nas suas garras. Agora a peste estava assolando os ricos e a igreja precisava de um culpado para não perder seus bens.
Harold Stonecross o imortal mais conhecido pela história, não o mais forte, nem o mais habilidoso. Ele fora preso novamente e torturado mais consegue sair sozinho todo quebrado.
Só não gostei da parte da reunião dos imortais e a morte do Alessio e a parte Loki levando um soco. Livro muito bom;
Eduardo Kasse 20/07/2017minha estante
Valeu pela resenha, Marcos!


Marcos Antonio 20/07/2017minha estante
De nada




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