Sinatra

Sinatra James Kaplan




Resenhas - Sinatra


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Bryan54 10/01/2024

O Caminho Frank Sinatra: e o que podemos aprender com ele
A biografia do grande Frank Sinatra dos seus primeiros dias, quando ele ia ao pier em 1931 da praia sonhar em se tornar um cantor. Até os seus últimos momentos em 1998, enquanto a lua nasce alaranjada no céu e ele enfrenta o curtina final.... Seu último show da vida. As palavras finais: i'm losing"

Muito mais que um cantor, um homem que lutou contra a própria solidão, as adversidades e proporções do mundo..... Enfrentou os próprios demônios, melhor uma legião deles. Por vezes perdeu, ganhou, vagou em um limbo e com certeza provou tanto o mel quanto o veneno que o poder, o luxo e a fama traz ao espírito do homem.


Frank Sinatra poderia ser considerado um herói Byroniano, no meu entendimento. Voz e um talento extraordinário, mas envolto em escândalos, brigas, traições e até mesmo com a máfia. Carismático, generoso e leal aos amigos, mas também arrogante, agressivo e infiel às mulheres. Ele era admirado por milhões de fãs, mas também perseguido por críticos, inimigos e me atrevo a dizer, até por si mesmo.

Depois de tantas páginas, cada dor que o Frank enfrenta, Cada perda.... O leitor sente-se conectado não mais ao cantor imponente, mas ao homem por traz do Fedora, o menininho sonhador e incompreendido de Hoboken. Cheio de limitações e fragilidades, mas com a convicção de que será ouvido nas rádios pelos próximos 100 anos. Apesar de narcisistas, ele estava correto quanto a sua futura trajetória.

A canção que sempre fora a minha favorita, "my way" de Frank Sinatra, não é mais apenas uma das muitas marcas registradas na impecável discografia do "Old Blue Eyes". Fazer seu próprio é uma escolha... Uma estrada árdua para provar a todos o porquê a originalidade do espírito, sempre será a mais valiosa espada contra as ilusões e golpes que o mundo nos dá, inevitávelmente.

Não acho, apesar de tudo, que ninguém deveria viver a maneira desgastante de Sinatra, mas ainda assim viver a sua genuína vida. Isto é, Viver a sua melhor maneira. Ser como a melhor faceta de nós mesmos que pudermos ser e ainda sermos honestos, com nós e com os outros. Sinatra sabia que a vida era um espetáculo grandiosa demais, para que alguém se aborreça interpretando um personagem que não gosta.

Parafraseando o Sir. Sinatra (em uma versão imaginaria mais sábia), ele diria que: " Deixe-se levar uma boa vida, se viver da maneira certa, uma vez nesse mundo basta."

Boa leitura!!
comentários(0)comente



Luiz Pereira Júnior 05/12/2023

Uma biografia como deve ser (parte 2)
A meu ver, “Sinatra: o chefão”, de James Kaplan, é uma das melhores biografias de artistas já escritas.

Neste volume (continuação, obviamente, do volume 1), Kaplan relata os anos dourados e a decadência daquele que foi uma das maiores vozes de todos os tempos (e não é sem razão que o primeiro volume fazia justa referência a isso). Mas não se engane, pois Sinatra é retratado em seu lado brilhante mas também em seu lado francamente (sem trocadilhos) monstruoso.

Narrando a gênese de seus maiores sucessos (e de seus não tão sucessos assim, além dos óbvios fracassos), mostrando as benfeitorias feitas a diversas instituições, delineando a sua lealdade (quando lhe convém, é bom dizer) a seus amigos, sua ampla e variada gama de conhecidos e milhares de celebridades, Kaplan nos mostra o lado mais belo e louvável do grande cantor.

Mas Sinatra é humano, demasiado humano. Seu lado obscuro é por demais assustador para ser deixado de lado: misógino (produto de sua época, é bom que se ressalte), homofóbico (idem), extremamente egocêntrico, violento (principalmente contra os que não podem revidar - são citadas dezenas de agressões contra repórteres, garçons e mulheres), racista em diversos momentos, ligado ao submundo do crime, amoral, ganancioso ao extremo, perdulário a perder de vista, desleal com seus supostos amigos (já disse isso) e por aí vai.

Sim, Sinatra foi um dos maiores artistas de todos os tempos. Ponto. Mas também pode não ter sido um dos humanos mais dignos que já passaram por esse planeta. Mas quem sou eu para julgar, né? Se tudo em Sinatra parecia ser hiperbólico, também seus defeitos o parecem ser.

Enfim, uma biografia para ser lida como um romance – como diz uma das resenhas do livro. Um calhamaço que vale cada centavo. E a menção a grandes sucessos, certamente, fará muitos leitores correrem a algum site de vídeos ou de música para conhecê-lo. E só isso já vale cada centavo de seu rico e suado dinheirinho...
comentários(0)comente



Su Martins 12/11/2022

That's Life
Continuação sobre a vida de uma das vozes mais lindas desse mundo. Pai, avó, amante, produtor, cantor, o livro mostra as várias facetas desse grande artista.
comentários(0)comente



Valesi 20/06/2022

O maior homem do século XX
Nessa incrível e detalhadíssima conclusão da biografia de Frank Sinatra (o primeiro livro, Frank - A Voz, trata da infância, o início da carreira como cantor e a queda da popularidade até o ressurgimento como ator), James Kaplan levanta uma quantidade inacreditável de informações e oferece-as ao leitor de maneira organizada e de fácil leitura. Apesar de não se tratar de um romance, a forma como o livro é escrita nos faz passear pelas mais de 1000 páginas levemente, com uma sensação de boa história contada.
Imperdível para qualquer um que goste de boa música, boa História (com H maiúsculo) e boas histórias.
comentários(0)comente



Camila Faria 03/03/2017

No finalzinho do ano passado eu embarquei numa missão (que eu não imaginava que seria tão divertida): ler as mais de 1700 páginas da biografia do Frank Sinatra, escrita pelo jornalista, roteirista e romancista James Kaplan e dividida em dois livros Frank – A Voz e Sinatra – O Chefão.

Existe um bom número de biografias do cantor já publicadas e, se você é fã provavelmente já esbarrou com alguma delas. O interessante desse trabalho monumental de Kaplan (ele levou 10 anos para concluir os dois livros) é que ele se aproveitou da grande quantidade de material já publicado sobre Sinatra ~ e sobre pessoas determinantes ao seu redor ~ para construir uma intrincada rede de informação, que só contribuiu para esmiuçar ainda mais a vida do maior cantor do século XX.

Nesse segundo volume Sinatra está no auge do sucesso ~ na música, no cinema e nos negócios. O livro narra o encontro e o relacionamento do cantor com personalidades como John Kennedy, Elvis Presley e os Beatles, além, é claro, das suas relações amorosas com Marilyn Monroe (!), Mia Farrow e sua última esposa Barbara Marx. Sua ligação com grandes nomes do crime organizado e a vida boêmia que levavam nos casinos também são destaques.

Sua parceria (genial) com Antonio Carlos Jobim na década de 60 e o seu show no Maracanã em 1980 não poderiam ficar de fora. Kaplan encerra a “saga” com os últimos anos do cantor: o amadurecimento, a chegada da meia-idade e da velhice (com as suas respectivas crises), até os seus melancólicos dias finais.

Antes de começar a ler os dois livros eu estava apreensiva porque são dois livros ENORMES, sobre uma personalidade que eu admiro, mas não sou super fã. Já nos primeiros capítulos esse receio desapareceu devido a capacidade incrível do James Kaplan de narrar a história em forma de romance (usando técnicas de ficção, mas nunca ficcionando os fatos), tornando-a agradável e até viciante. A gente mal pode esperar para saber o que acontece em seguida.

Penetramos na mente e na alma de Sinatra, sofremos com ele e por causa dele (ô homenzinho complicado e cheio de paradoxos!). O autor também foi mestre em evocar a atmosfera de cada período e eu fiquei bem impressionada com a rede de informações que ele conseguiu reunir (de relatórios do FBI a depoimentos recolhidos de outras biografias, com espaço para novas entrevistas). Definitivamente uma introdução perfeita ao universo Sinatra.

site: http://naomemandeflores.com/frank-a-voz-sinatra-o-chefao/
comentários(0)comente



5 encontrados | exibindo 1 a 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR