Paulo 12/09/2020
O autor olha diretamente as partes da vida que preferimos deixar no escuro, e essa coletânea é o resultado desse desbravamento.
A maioria das histórias acontecem próximas ao rio Hudson, no nordeste dos Estados Unidos, próximo a Nova York. Estão cheias de solidão, mas ao serem colocados juntos, as vidas de cada personagem montam um mosaico na luta comum de viver a vida na América contemporânea. Os personagens estão perdidos, presos em um purgatório sem ter morrido, o que não é nem tão distante, nem tão repulsivo quanto parece. Em vez disso, os contos são atrativos, convidam a se aquecer na incerteza que todos nós sentimos, mas que não ousamos reconhecer.