Beowulf

Beowulf J. R. R. Tolkien




Resenhas - Beowulf


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Debora956 24/04/2023

Beowulf
A tradução do inglês antigo de "beowulf" faz parte como exame final do curso de literatura inglesa, na Universidade de Oxford. Tolkien fez a tradução completa do conto, assim como escreveu e reescreveu o conto com sua versão e também como em forma de balada. O livro tem apenas sete capítulos, juntamente com o prefácio, também há em inglês o conto de beowulf. A leitura do conto original, e da versão de Tolkien, é rápida e agradável mas por ser um livro publicado póstumo, seu filho Christopher Tolkien quem editou o livro, além disto escreveu mais 250 páginas de notas e comentários da tradução, da gramática inglesa, do inglês antigo, da mitologia, do cristianismo, da Escandinávia, entre outras coisas, foi a parte mais massante do livro, a impressão que tive quando mais lia, mais página tinha, cheguei a pensar em desistir e abandonar o livro ou até mesmo de pular essa parte para terminar o logo o livro. Mas não desisti, li cada página de comentário, até a última página. Beowulf é um guerreiro que chega na Dinamarca para derrotar um demônio Grendel que está aterrorizando um reino. Com a morte do demônio, a mãe dele fica furiosa e resolve se vingar de beowulf. O conto apesar de escrito por um inglês, é ambientado na Escandinávia e na época em que o vikings já eram convertidos no cristianismo. Tanto que Beowulf derrota Grendel com ajuda de Deus. Tem vários versões  cinematográficas do conto mas apenas assisti a de 2007 com a Angelina Jolie como a mãe de Grendel e Anthony Hopkins como o rei.
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Bruno 23/02/2023

Magistral
Foi lindo ler o primeiro manuscrito Inglês pela visão do grande Tolkien. Sem dúvidas Beowulf é uma das maiores histórias já escritas e isso é comprovado pelo fato de mais de mil anos depois ainda estarmos lendo e apreciando essa maravilha.
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Juliana 31/01/2023

Não dá.
Nem vou dar nota porque reconheço a importância histórica da obra, mas não é meu tipo de leitura.
Quem sabe um dia retomo.
Diana 06/07/2023minha estante
Não curti também...




bolinja 13/01/2023

Beowulf
Adoro épicos, mas Beowulf não me pegou. Os primeiros momentos são empolgantes, o clima tenso de caçada a uma monstruosidade invicta em combate me deixou particularmente empolgado. Contudo, a resolução precoce dos dilemas foi matando meu ânimo, até ficar quase insuportável a conclusão. Apesar de inóquo na maior parte do tempo, sua conclusão é satisfatória.
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Adalberto 05/01/2023

Mas um feito incrível de Tolkien
Apesar de incrível, em alguma passagens é técnico demais beirando o enfadonho, contudo o saldo é positivo. Afinal o que esperar de um filólogo falando sobre a origem das palavras?
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Procyon 12/07/2022

Beowulf ? Resenha
?O destino se desvendará naturalmente?.

Não se sabe ao certo quando o primeiro poema épico anglo-saxão Beowulf foi composto (estima-se que tenha surgido entre séculos VII e início do XI). Ele se trata de uma das maiores epopeias do norte europeu e uma das obras mais antigas da história da língua inglesa. Também não existem registros de como e quem escreveu o texto. Felizmente preservado durante mais de doze séculos, sua importância histórica, literária e cultural, todavia, fora praticamente ignorada até a publicação do formidável ensaio de J.R.R. Tolkien (?Beowulf: The Monster and the Critics?, 1936), um de seus admiradores mais famosos.

Beowulf é uma das obras da época da Inglaterra Anglo-Saxônica mais estudadas. Sabe-se da existência de um manuscrito único datado do ano 1000 d.C. ? quase destruído no incêndio de Copenhague no século XVIII ?, catalogado no Museu Britânico, que, entretanto, não possuía título até meados de 1805, quando fora intitulado e publicado pela primeira vez dez anos depois. Beowulf é hoje considerado o mais importante manuscrito que nos legaram os povos anglo-saxões, quer por seus valores linguísticos, quer por seus valores poéticos.

A tradução do manuscrito, por Tolkien, foi uma realização precoce e muito peculiar. Ele a completou em 1926, porém mais tarde ele retornou a ela a fim de correções apressadas, mas parece jamais ter considerado sua publicação. A edição adjacente é dupla, pois existe um comentário extremamente esclarecedor sobre o texto do poema pelo próprio tradutor, na transcrição de uma série de conferências proferidas em Oxford na década de 1930. Da inerente atração criativa de Tolkien pelos detalhes, nessas conferências, surge um sentido de objetividade e clareza em sua cosmovisão. É de tal modo como se ele penetrasse no passado se imaginado junto a Beowulf e seus homens, por entre cotas de malha ao aportarem com seu navio na costa da Dinamarca. Essa edição traz ainda Sellic Spell, um ?conto maravilhoso? escrito pelo próprio, e que sugere quais poderiam ter sido a forma e o estilo de um conto folclórico sobre Beowulf em inglês antigo, em que não havia uma associação com as lendas históricas dos reinos setentrionais.

No que concerne ao estilo e a versificação do poema, Beowulf pertence a uma tradição heroica herdada dos povos germânicos. Prevalece no poema um tom solene bem como a riqueza de alusões, característico das epopeias clássicas, tal como a Ilíada e a Odisseia de Homero e a Eneida de Virgílio ? aliás, talvez o principal paralelo que se pode fazer com a poesia homérica esteja na sua origem, fruto de uma tradição primordialmente oral. De tal modo semelhante é que Beowulf descreve eventos heróicos na vida de um único indivíduo. Por meio de uma análise da vida do herói, o poeta busca refletir a história de seu tempo, se valendo de diversos artifícios estilísticos ? como, por exemplo, os epítetos, as expressões idiomáticas típicas do anglo-saxônico, os sinônimos, as aliterações, etc. Associadas a isso, o poema apresenta também o emprego recorrente das kennings: um recurso metafórico, uma palavra composta de maneira figurativa em lugar de uma única palavra poética.

É uma narrativa de cunho aristocrático (pois trata-se, na maioria das vezes, de reis e guerreiros), por onde a qual os arquétipos da sociedade medieval escandinava cumprem uma função didática. Essa sociedade, guiada pela glória e pela honra, composta de Daneses, Jutos, Saxões e Frísios (que correspondem a atual Dinamarca), migraram através do Mar do Norte para atacar de surpresa e por conseguinte invadir as Ilhas Britânicas a partir de 449, destruindo os povos célticos nativos que lá habitavam por mais de um milênio e, absorvendo e resinificando sua cultura local, fundando a nação inglesa.

O poema se estrutura dividindo-se em dias partes: a primeira, que narra algumas das proezas da vida de um jovem Beowulf, o guerreiro geata que vem em auxílio de Hrothgar, rei dos dinamarqueses, para libertar suas terras do monstro Grendel; e a segunda, que se foca no declínio da vida do guerreiro, já velho e rei (de Geatland, que a princípio seria parte da atual Suécia), após uma luta com um dragão que aterrorizava seu povo. Paralelamente aos episódios centrais, notam-se episódios secundários e digressões ao longo to texto que se concentram em porventura elucidar os feitos do herói epônimo, sua coragem e bravura, bem como os de outros heróis e reis do passado, como, por exemplo, a morte de Hyegelac.

Ele também se estrutura na utilização de contrastes, como o efeito dialético de luz e sombra, além dos conflitos entre juventude e velhice, coragem e medo, imprudência (do rei Hygelac) e crueldade (rei Heremod). Personagens e situações, dessa forma, tornam-se arquetípicos através de repetições verbais e expressões que (re)afirmam os valores éticos ? que é o código germânico de lealdade aos chefes e suas tribos, e a vingança aos inimigos ? reais ou imaginários. Assim, trata das lendas daqueles povos, de seus mitos de origem legitimadores, como forma de identificação histórica de um grupo, e dos indivíduos, a fim de se legitimar ideologias e poder político ? ou como parte do mundo religioso.

O poema parece ter sido escrito sob uma perspectiva cristã. As histórias eram contadas por recitadores de poemas, conhecidos como ?scops?, com raízes na Escandinávia oitocentista. Os povos germânicos (pagãos) continuaram adorando seus deuses até que viesse a introdução do Cristianismo na Europa ? que teve início no século VIII com a chegada de missionários à Dinamarca. O paganismo escandinavo, em contraposição, não possuía uma teologia sistemática e carecia de conceitos absolutos do Bem e do Mal ou da vida após a morte. A religião era uma questão de cumprimento de certos sacrifícios e rituais ao invés de espiritualidade individual. Um ciclo de mitos falava da criação do mundo e de sua destruição final. Assim, acreditavam que todas as coisas estavam sujeitas aos desígnios do destino ? inclusive os deuses, que deveriam perecer no Ragnarök, o cataclismo final que destruiria o mundo.

Nesse sentido, as celebrações e reuniões são itens indispensáveis na narrativa heróica de Beowulf, visto que a função social das poesias heroicas anglo-saxãs era enaltecer os feitos e atos de coragem da sua aristocracia, assim como os valores de honra, bravura e lealdade estimados nos círculos sociais. O cenário que o poema evoca é lúgubre, antigo e distante; a história que remete a antigas linhagens de reis e guerreiros, salões reais, relíquias, armas lendárias, grandes batalhas, heróis e monstros que personificam o próprio mal, transmite temas como a lealdade, o amor fraternal, a efemeridade da vida, o perigo do orgulho e da arrogância, e por fim o destino fatal da humanidade.

Grendel é a nêmese de Beowulf. Grendel, descendente de Caim e sua maldição, personifica o pecado (o da inveja, a princípio), pela qual Beowulf, por sua vez, confronta-se na medida em que personifica esse discurso moralizante, cercado do tema do orgulho, da moral e da mutabilidade da existência humana. Portanto, o poema é tanto uma elegia como um épico (triste, porém heróico); é não apenas um lamento pela morte do herói epônimo, mas também uma elegia nostálgica por uma forma de vida em declínio, e de nossos esforços contra as fatalidades.
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Patcha 18/06/2022

Tolkien sabe o que faz
Quando soube que o Tolkien possuía sua versão comentada do poema épico, não tive como fugir. E realmente, a melhor versão desse poema é de longe a escrita pelo professor. Extremamente enriquecida e com comentários muito válidos a respeito da obra. Se tem interesse em épicos fantásticos ou mitológicos, recomendo fortemente a leitura.
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stella87 15/06/2022

tolkien, o filólogo
um livro que realmente mostra mais o lado acadêmico de tolkien (ou seja, uma leitura?densa), diferente de suas obras ligadas à mitologia e contos de fada, porém interessante, inclusive pela própria leitura da tradução para inglês feita pelo autor no livro?
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Porsani 20/05/2022

Muito bom
Sempre bom conhecer contos clássicos, ainda mais os de um grande guerreiro como Beowulf. Melhor que o filme.
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nnamaria 05/05/2022

Precisei reler Beowulf e me surpreendi com a quantidade de detalhes que não lembrava! Essa tradução me ajudou muito e os comentário feitos também!
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Lia 06/04/2022

Temo não ter uma inteligência tão desenvolvida para ler a parte em Inglês. Sorte a nossa que todos os trechos possuem tradução.
O livro é legal, o conto por si só é bastante interessante e dá pra identificar Tolkien nesse texto até nas entrelinhas. Uma boa leitura para os fãs do autor.
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Thais645 09/03/2022

Leitura difícil, mas interessante
Esse livro é considerado um clássico da literatura anglo-saxonica. Narra histórias da mitologia de diversos povos chamados vikings. Embora tenha tentado ler em inglês e português, infelizmente só consegui ler em português, pois é um texto muito denso.
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Kenny 03/01/2022

Extraordinário é a palavra que melhor define esta obra.
A violência e a fé presentes são de uma dualidade incrível. Beowulf é guerreiro ao mesmo tempo em que é um grande sábio.
A história prende bastante (devorei em 2 noites). É fácil gostar dos personagens e as características medievais ajudam muito no tom épico do poema. Meu único problema na história foi as recapitulações meio desnecessárias e algumas pausas na narrativa meio longas, mas nada que diminua muito a grandiosidade do poema.
A edição é maravilhosa. Os comentários de Christopher são muito bons para os que desejam ter um conhecimento mais pesado acerca da tradução de tolkien e a balada de beowulf é incrível.
O livro tem uma dificuldade média para ser lido, mas o tradutor fez uma excelente trabalho em não deixar o texto muito arcaico.
Em geral uma obra maravilhosa e bela edição que irão satisfazer os apaixonados por histórias medievais e os estudantes de literatura inglesa.
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Victor.mcrv 30/12/2021

Diferente do que imaginava
O livro me surpreendeu, pensei que a leitura seria arrastada e difícil mas me enganei, foi de boas, possivelmente foi a tradução que ajudou.
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Fabio Shiva 24/11/2021

A DICA DE TOLKIEN PARA VOCÊ NÃO SER UM “TRADUTOR TRAIDOR”
Meu primeiro contato com a lenda de Beowulf, como talvez tenha acontecido com a maioria das pessoas atualmente, foi mesmo através do filme de 2007 (https://youtu.be/DaShOr5AeKA), dirigido por Robert Zemeckis e com roteiro de Neil Gaiman e Roger Avary. Neil Gaiman, celebrado criador de “Sandman”, aliás, em uma entrevista sobre esse filme tocou em um ponto crucial da história de Beowulf:

“O que é mais interessante em Beowulf é o que leva as pessoas a recontarem essa história. Ela foi criada originalmente como um conto de tradição oral - não era um produto de caneta e papel escrito por um monge. Alguém chegaria na sua casa e contaria a história de Beowulf. E era uma coisa emocionante, interativa, Grendel vindo pelo corredor, a mãe de Grendel ainda mais assustadora, tanto que ela nem tem nome. É uma história obsessiva. Não acho que a versão que Anthony Hopkins e Angelina Jolie filmaram vai ser definitiva, assim como ninguem vai fazer a versão definitiva do Rei Arthur, ou a versão definitiva de Hamlet. É algo para ser contado e recontado.”

É inegável o fascínio exercido pela narrativa do valente Beowulf, que tinha a força de trinta guerreiros e que se voluntariou para livrar o reino do Rei Hrothgar do monstruoso Grendel, enfrentando a fera devoradora de homens apenas com as mãos nuas. Esse fascínio fica mais do que evidente durante a leitura dessa “tradução comentada” de J. R. R. Tolkien (que no Brasil ganhou uma excelente edição bilíngue da Editora Martins Fontes), com nada menos que cinco versões da mesma história. Temos a tradução feita pelo próprio Tolkien, que verteu o poema original em inglês antigo (anglo-saxão) para o inglês moderno, a tradução para o português (feita por Ronald Eduard Kyrmse, membro da Tolkien Society e do grupo linguístico “Quendily”), seguida pelo conto “Sellic Spell”, que é uma variação dos temas centrais do poema feita por Tolkien, e fechando com duas versões da “Balada de Beowulf”. Está bom para você ou quer mais?

Se quiser mais (como eu quis), encontrará muitos motivos para deleite nos extensos “Comentários complementares à tradução de Beowulf”, que ocupam a maior parte das mais de 500 páginas do livro. São basicamente anotações de aulas e conferências feitas pelo professor Tolkien a respeito de sua tradução do poema.

Tenho um interesse natural pelo estudo de outras línguas, especialmente o inglês. Amo tanto Shakespeare que cheguei a ler boa parte de suas obras no original, em inglês “arcaico”. Ou ao menos, era o que eu pensava! Não sabia que o termo “inglês antigo” refere-se, na verdade, a uma língua pelo menos meio milêncio anterior à utilizada por Master Shakespeare e tão diferente do inglês contemporâneo que precisava ser, literalmente, traduzida!

“Nosso manuscrito é de cerca do ano 1000 d.C., 250 anos, aproximadamente, depois que o poema foi composto.”

“O tempo dramático de Beowulf é o século VI, com um pano de fundo de tradições mais obscuras e mais antigas do século V.”

Confesso que minha intenção inicial era apenas ler a história principal e, na hora da aula de tradução, disfarçadamente sair de fininho da sala. Para minha sorte, porém, decidir ler apenas o comecinho desses comentários… e só conseguir largar o livro na última página!

Sem a menor dúvida, os comentários de Tolkien são muito mais empolgantes que a própria saga de Beowulf. Até porque, para aqueles que, como eu, conheceram a história primeiro através do filme, o poema guarda poucas emoções e chega a parecer pálido em comparação. Neil Gaiman e Roger Avary acrescentaram muitos elementos perturbadores à história, fazendo com que sua ausência seja agudamente sentida no texto original.

Mas o maravilhamento dessa leitura não é tanto o poema em si, mas a tradução feita por Tolkien e, especialmente, todo o intenso processo intelectual envolvido nessa tradução. É inspirador travar contato com a extensa erudição de Tolkien, bem como com o seu perfeccionismo e intensa atenção para as minúcias. Lendo suas anotações, entramos um pouco na colossal mente do criador de “O Senhor dos Aneis”.

Existe um conhecido ditado que diz “Tradutor, traidor”, que implica que toda tradução acaba sendo de alguma forma desleal com aquilo que está traduzindo. Isso é muito bem (e poeticamente) expresso nessa paradoxal definição (ignoro o genial autor): “Poesia é aquilo que fica de fora na tradução”. Seguindo-se a nobre escola de Tolkien, penso eu, muitos dos abismos inerentes à tradução podem ser superados. Se eu pudesse resumir em um ensinamento o que aprendi nessa leitura, seria: “um bom tradutor ama aquilo que traduz”. Vejam o amor que emana dessas palavras de Tolkien:

“Uma recompensa (que ele mal podia ter esperado) foi-lhe concedida: sua obra haveria de ser a principal peça de poesia em inglês antigo a sobreviver às ruínas do tempo, ainda proveitosa para os homens lerem por seu próprio mérito, muito além do valor que adquiriu como janela para o passado. Uma punição para seus pequenos defeitos (que ele não merecia) é que homens ignorantes, mesmo da sua própria fé, zombem do poema ou o chamem de ‘café pequeno’. O fato de agora sua obra não poder ser lida sem dificuldade, nem compreendida e valorizada em detalhes sem muito esforço, deve-se sob Deus a wyrd, a sina dos homens de viverem brevemente num mundo onde tudo murcha e é esquecido. A língua inglesa mudou – mas não necessariamente melhorou – em mil anos. wyrd delegou ao esquecimento quase toda a sua parentela. Mas Beowulf sobrevive, por algum tempo, enquanto a erudição possui alguma honra em sua terra.”

Muitos outros aprendizados tive nessa leitura, sobre a própria arte de contar histórias:

“Aprender de cor, de outros membros mais velhos do seu ofício, era parte da ocupação do scop ou menestrel, e do pyle, ‘registrador’ de genealogias e de histórias em prosa. Mas também era seu dever fazer baladas, ou contos, ou listas mnemônicas acerca de assuntos submetidos à sua própria observação contemporânea.”

“É característico de nosso poeta (e da maioria dos poetas anglo-saxões que deixaram algum vestígio) inserir essa obscura nota do destino imediatamente após descrever o esplendor recém-construído do salão.”

“No inglês antigo, a atenuação não é mero hábito coloquial, apesar de constituir, por assim dizer, um modo linguístico. Ocorre com grande frequência em momentos de ‘alta tensão’, nos quais os romancistas posteriores (medievais) tendiam a empilhar palavras e superlativos, como se o poeta (e o modo linguístico que herdou) subitamente se desse conta de que gritar só torna surdo, e que às vezes é mais eficaz baixar a voz.”

“Podemos ver que ele se baseia em uma história ou lenda histórica bastante extensa, lenta, detalhada, com muitos atores, à moda inglesa, e não contraída, concentrada e intensamente pessoal, à moda nórdica.”

Terminei a leitura, por incrível que pareça, com um gostinho de “quero mais”. Acho que vou assistir ao filme de novo!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2021/11/a-dica-de-tolkien-para-voce-nao-ser-um.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Mattheus 25/11/2021minha estante
resenha excelente, como sempre!


Fabio Shiva 25/11/2021minha estante
Salve, amigo Mattheus! Gratidão pelo comentário e por essa energia boa!




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