Quando me descobri negra

Quando me descobri negra Bianca Santana




Resenhas - Quando Me Descobri Negra


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fl.gil 21/03/2021

Quando me descobri negra!
A cada frase lida, uma reflexão. Lembranças dolorosas rolaram nessa leitura. A autora é negra, descoberta há pouco mais de dez anos tem sido figura presente (mesmo que apenas como referência) em rodas de conversa pretas, sendo percebida como uma importante figura da contemporaniedade negra. Agora, quatro anos depois de sua primeira edição, eu, também recém descoberta como negra, me permiti ler a obra de talvez maior reconhecimento da autora. ?Quando me descobri negra?, da SESI-SP, mais parece meu próprio diário, tanto passado quanto presente, do que um livro originado no meu exterior. Acredito que para toda pessoa negra criada no Brasil deva ser semelhante. Não somos criadas para nos percebermos como negras. Toda cor de pele digamos que seja isso o resumo do ser negro que vá um tom além do bronzeado de peles brancas, torna-se desde o nascimento um motivo de intenso tabu, sendo contornado ao longo da história do país e da vida de seus indivíduos. Leitura curtinha e obrigatória! ?
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Flavinha 06/11/2020

Existem muitas meninas-maravilhas negras no Brasil
Logo na primeira linha Bianca Santana se apresenta: "Tenho trinta anos, mas sou negra há apenas dez. Antes, eu era morena". Essas duas frases carregam um universo, uma vida, uma experiência de estar no mundo. Infelizmente, um mundo racista. Bianca escreve seu livro dividindo-o em três partes: Do que vivi; Do que ouvi e Do que pari. Na primeira ela conta sua própria experiência de se descobrir e de se transformar em uma mulher negra, sim, se transformar, porque foi e é um processo diário; na segunda ela conta histórias de racismos cotidianos que atingiram outras pessoas negras e, na terceira, ela inventa histórias não tão fictícias assim. Dessa forma ela denuncia que o racismo está em toda parte, não é um ato isolado, é um ato que atinge toda uma comunidade.

"Quando me descobri negra" conta em pequenos episódios situações cotidianas de racismos, mas também conta as formas variadas de resistências. É um livro sensível e dolorido de ler. Eu, como mulher branca, nunca sentirei aquela dor descrita por Bianca da menina que quer alisar o cabelo para que as amiguinhas queiram brincar com ela ou da mãe vendo a filha negra ser ridicularizada por usar uma fantasia de mulher-maravilha. O que posso realmente sentir é indignação, empatia e solidariedade. Posso vibrar com as conquistas e as demonstrações de resistência, como nas histórias em que Bianca fala do uso do turbante em determinados espaços ser uma demonstração de coragem ou de resgate e conexão com uma força ancestral. Um símbolo de poder. 

Na última página a autora pergunta: "Você se lembra de quando foi racista com uma preta ou um preto? Não precisa contar pra ninguém. Só tente não repetir."

Sim, me lembro, e tento não repetir. Busco aprender e ensinar, principalmente minha filha, sobre as diferenças, sobre os nossos privilégios de cor e de classe, e sobre o desejo de viver numa sociedade mais justa e igualitária.

Obrigada, Bianca, por esse texto bonito, forte e reflexivo.
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Laris 18/06/2020

Se reconhecer nas palavras...
Um livro que você pode ler em pouco tempo, mas que as palavras continuam ecoando por muito tempo. Me vi nos relatos, senti a dor no meu coração e quis chorar.

Se ver como mulher negra é um processo, o embranquecimento que somos submetidas desde o nascimento nos faz querer excluir o pensamento da negritude, até que conseguimos ir aos poucos nos libertando.

Um livro para ler sempre que possível.
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Silva579 12/12/2023

Quando me descobri negra.
Ler esse livro foi um de uma importância surreal. Estou passando pelo processo de me descobrir uma mulher negra e as pessoas vivem querendo dizer o que sou, o que não sou ou o que eu deveria ser mas quem tem que descobrir tudo isso, sou eu.
Quando sou assediada na rua são sempre as mesmas falas ?olha que morena linda, moreninha linda? o que é um saco já que estou tentando me afirmar e me descobrir uma mulher negra e saber que não estou sozinha e nunca estive é o que me motiva a não desistir desse processo de autoafirmação de que sou sim negra.
Além de negra, sou adotada e por ter dois pais brancos as pessoas fazem questão de afirmar que não sou negra, sou morena, pra mim ouvir isso é como se quisessem arrancar a negritude que em mim existe, e já afirmo que isso nunca irá acontecer.
Sou uma menina de 16 anos, negra e de cabelo preto cacheado, tenho amigas negras de cabelos com lindas tranças, crespos, um pouco mais cacheado, uma com o cabelo mais liso. O nosso cabelo carrega história e sei que não tem uma de nós que não tenha ouvido ?arruma esse cabelo, vc deveria alisar? mas também sei que nós (eu e minhas amigas)criamos uma rede de apoio em que conseguimos nos apoiar e responder esse racismo estrutural a altura, lutamos contra isso e vamos continuar.
É o meu cabelo, meu jeito de querer usar, minha liberdade e meu direito usar como eu quero.
Além disso tudo que estou falando ser abordado no livro, no livro também tem a famosa situação de aer confundida com funcionária de uma loja na qual estou apenas passeando e olha que passei por muitas situações assim, ainda estou aprendendo a lidar com essa situação em específico, pq é difícil e MUITO mas vou conseguir, vou continuar tentando e tentando.
Esse livro é necessário!
Obrigada Bianca Santana pela obra de arte.
Gabi Silva 27/12/2023minha estante
Amei, filha! ?




Paula Cristina 30/03/2020

Leitura necessária e emocionante
Acredito que toda mulher negra deveria ter a oportunidade desta leitura. Desta leitura e também da troca de experiências com outras mulheres negras. Saber que tudo o que foi vivido na infância e na adolescência foi experimentado também por outras entristece, mas também acolhe, permite a identificação, permite o vislumbrar de que não estamos sozinhas embora seja o que sempre nos pareceu.
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Wilderlane Oliveira 16/02/2020

Um livro pequeno, porém grande em essência. Infelizmente muitas pessoas ainda precisam se descobrir negra. O processo de clareamento que sofremos desencadeou uma legião de pessoas que não reconhecem suas origens.
Através de pequenos fatos cotidianos a autora exemplifica como é a vida e a condição dos negros em nossos dias atuais. O racismo existe sim! E o pior ainda é ver muito afrodescendente que vê o negro nos outros é não em si mesmo.
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Isa 03/03/2022

Um choque!!
Confesso que gosto de livros de fantasia, romance, aventura etc... Por alguns motivos li esse livro, e realmente me surpreendi. Nele são descritos vários relatos pessoais da autora, e alguns compilados de situações que ela ouviu ou presenciou, relatos esses, que estão relacionados a preconceitos de cor. Muito bom para quem quer começar a estudar melhor esses assuntos. É um livro de fácil leitura, com a gramática bem levinha e curtinho. Recomendo!!
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Andressa 19/05/2023

Que livro!
Eu amei esse livro, devorei ele em algumas horinhas e me emocionei muito com ele. O livro me fez refletir muito sobre a minha cor e me trouxe várias lembranças tristes, porém que me fizeram ser uma pessoa melhor. Eu adorei ele!
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lau 14/12/2021

leitura leve e rápida
super recomendo! li em 1 horinha pra um trabalho escolar, e nos mostra diversas situações de racismo no dia a dia.
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Dani_. 07/07/2022

Quando me descobri negra
A minha escola que mandou ler esse livro, e sinceramente eu só comecei a ler por que ia valer ponto kkkk. Eu não achava que esse livro ia ser capaz de me prender tanto. Foi a primeira vez em que eu consegui me indentificar com os personagens, as minhas inseguranças eram muito parecidas com as das personagens. Os relatos do que aconteceu com as pessoas pretas e o fato que algumas pessoas não consideram a cor de pele mais claro como negro é chocante.
O livro é bem curtinho e muito fácil de ler. Eu super recomendo para as pessoas que são negras mas ainda não se indentificaram como.
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Lele 16/03/2020

Maravilhoso! Direto, simples e de leitura fácil. Essencial!
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Vivi.ana 08/11/2022

Impactante
Eu li esse livro a primeira vez na biblioteca da minha escola no primeiro ano do ensino médio, bem no finzinho do ano, eu devorei as páginas do livro de uma forma quase que inexplicável.
Depois disso já reli ele algumas vezes e agora comprei para reler sempre que me der vontade.
Recomendo muito essa leitura!
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Milena.Tonkiel 24/12/2020

Eu passei a admirar a coragem e ousadia da autora ao escrever de forma tão realista a posição do negro no Brasil, e ainda, ser negra e mulher. Pelo processo de transformação que ela mesma sofreu sobre sua raça, eu me identifiquei em vários momentos.
É uma leitura pesada, triste, mas necessária, não dá mais para ignorar o racismo, preconceito e discriminação, é impossível! Todos precisam ler este livro para se conscientizar!
"E, antes de me despedir... Você se lembra de quando foi racista com uma preta ou um preto? Não precisa contar pra ninguém. Só tente não repetir".
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Caroline.Santana 22/01/2021

Belissímo livro
De longe esse livro se destaca pela beleza, ele tem as páginas pretas com belissímos desenhos e poemas.
Aquele tipo de livro que pode ser lido rapidamente, como também pode ser visitado novamente e novamente, porque é belo e profundo.
Apesar de sua harmonia, o desconforto é constante, são feridas sociais expostas. Dói.
Amei o livro, sempre terei como referência de beleza (sim, eu amo livros com belas edições), e também como referência de uma sofrida vida poética.
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