Resenhas - Cidade das Cinzas

Ju Neves 27/09/2011

Depois do final que Cassandra Clare deu a Cidade dos Ossos, eu não poderia deixar de ler a sua continuação, não só por seus personagens tão psicologicamente bem estruturados, mas também por sua história tão envolvente. Apesar de com um final muito parecido com o de Cidade dos Ossos (uma revelação, e uma conclusão que não explica basicamente nada, apenas deixa dúvidas), Cidade das Cinzas tem um perfil mais agitado, enquanto no primeiro, vimos Clary descobrindo o mundo dos Caçadores de Sombras, nesse vemos ela se descobrindo enquanto filha de quem é, vendo que, apesar de não ter crescido nesse meio, ela, assim com seu irmão, pode fazer coisas mais extraordinárias que os Caçadores de Sombras comuns.

Mas não pensem que o livro é mais uma vez focado em Clary. Agora temos também Jace, que mostra que não está lá apenas para deixar a cabeça da protagonista confusa, e sim que ele pode dar uma reviravolta na história. De um lado existe a família que criou ele com muito carinho e de outro tem o pai dele, que pode estar fazendo coisas terríveis, mas ainda assim é seu pai. Será que ele é capaz de dar as costas ao seu pai e fazer o que é certo. Muitas pessoas parecem duvidar disso, o que faz Jace ficar muito confuso.

Deixando seus charmes a parte, eu devo dizer que Jace é, de longe, um dos personagens mais interessantes que já tive o prazer de conhecer através de um livro. Ele trás uma sensação de que é real, o que é muito difícil para um autor, penso eu. Ele não é perfeito, longe disso, suas qualidades e defeitos aparecem sutilmente durante a leitura, fazendo com que você se identifique. Os personagens de Cassandra Clare são tão humanos (não estou falando de sua condição, uma vez que em humanos, também incluo os lobisomens e vampiros da história), eles são egoístas, impulsivos, tentam esconder suas emoções, ou se deixam levar por elas, coisas que todos nós fazemos, mesmo que sem querer. Este é o ponto mais forte da autora.

Além de tudo, enquanto eu lia, não pude deixar de destacar algumas expressões e diálogos muito inteligentes. Se ela já tinha ganhado minha admiração em seu primeiro livro, ela aumentou no segundo. E, devo dizer, não vai demorar muito para que eu leia o terceiro livro da série. Quem é curioso como eu, vai roer seus dedos.

Mais resenhas em: www.booksjournal.org

Juh 09/02/2021

Um pouco mais do universo dos caçadores...
Este segundo livro tem quase o mesmo padrão de Cidade dos Ossos: o vilão quer algo, levanta um exército inteiro para conseguir, consegue. Então, os mocinhos se envolvem e lutam contra ele. Particularmente gostei mais desse volume, pois já conhecemos o universo e também há maior exploração dos personagens secundários, que são o verdadeiro tesouro dessa saga.
 
Veja mais em: ninhodepirilampos.com.br

gisely 08/02/2022

"Crescer acontece quando você olha para trás e percebe que há coisas que gostaria de poder mudar."
Comparado ao anterior, esse teve uma decadência.

Primeiro quesito: relativamente parado. A escrita continuou impecável ? mesmo contendo capítulos enormes ?, a leitura permaneceu fluída. Contudo, não existiram cenas que realmente prendessem a atenção do leitor. Se comparado ao primeiro, quase não houve reviravolta ? não que me incomode, porém, era algo que eu temia, até comentei sobre na outra resenha. Então, senti muita enrolação. Por isso ficou um pouco cansativo.

Segundo quesito: personagens. Volto a mesma tecla da resenha anterior. Os personagens secundários deveriam ser mais trabalhados e enaltecidos ? literalmente da pra contar as vezes em que Isabele apareceu, coitada KKK.

Na resenha de Cidade dos Ossos critiquei a presença de Alec, Magnus, Izzy... ou melhor, a falta ? e eu até compreendi por ser o primeiro volume. Mas, dessa vez, queria o desenvolvimento dos três.
Tudo bem que os primeiros foram mais introduzidos ? inclusive, sofro pelas migalhas desses dois ?, mas a última sumiu.

Entretanto, reconheço a inclusão de mais personagens e até mais pontos de vistas — muito necessário. Do meio para o final consegui sentir uma faísca de evolução no Simon — acho até que vou me surpreender com ele em Cidade de Vidro ?, e também mais desenvolvimento com relação aos poderes da Clary ? torcer para continuar assim.

Terceiro quesito: triângulo amoroso.
Cenas Jace X Clary X Simon se tornaram completamente exaustivas.

?No tópico abaixo contém um spoiler do próximo volume, Cidade de Vidro, qualquer coisa, pode prosseguir a leitura na outra exclamação?

Incesto. Por mais que os dois não sejam realmente irmãos, nesse livro eles ainda acreditam que são ? e, obviamente, a gente acredita junto. E tipo, Cassandra literalmente romantizou o negócio. Seguinte, ela tinha todas as oportunidades de trabalhar o romance do Simon e da Clary ? por mais que não haja química alguma ?, visto que nesse volume eles eram o "casal". Ou seja, Cassie tinha essa opção e escolheu romantizar um "incesto".

 ?Pode continuar agora!

Quarto quesito: desenvolvimento. Foi explorado mais sobre o Reino Seelie, sobre as Crianças da Noite e consequentemente mais sobre o Mundo das Sombras. Apesar do desenvolvimento ter sido enrolado e o vilão não ter feito tanta coisa, foi um final ótimo e repleto de ação.

Sobre recomendação. Quase não tive o que falar, foi mais resumo do que resenha ? então, se vc leu até aqui, tô orgulhosa de ti KKKK. Porém, mesmo que o livro tenha tido essa decadência, a ideologia da série em si, salva-o totalmente. Enfim, recomendo, com certeza, leiam!

????

softstydia 06/04/2024

"Família é mais do que sangue." ?
Gente, eu tô amando reler Os Instrumentos Mortais, de verdade! Eu sempre tenho a sensação de que estou lendo pela primeira vez e me apaixonando cada vez mais pelos personagens (como se eu não fosse cadelinha da maioria deles, né? ?)!

A minha cena favorita desse livro, com toda certeza, é da Corte Seelie. Mano, eu amo demais essa parte e quando eu vi na série, foi do jeitinho que eu imaginei! Sem contar que também vemos Simon virando vampiro e Diurno!

E o que dizer de Malec? Ai gente, eu já disse que eles são tudo pra mim? Eu lembrava que o primeiro encontro deles era um desastre mas não tanto assim kkkkk! Mas é claro que no final vale cada segundo, né amores? ?

Ansiosíssima pra reler Cidade de Vidro, vulgo meu favorito ?

Toriizkw 03/01/2022

E agora?
Eu to achando incrível tipo a "construção" dos livros da Cassandra, uma escrita leve que consegue te chocar quando necessário (e machucar). Além do tanto de coisa que existe nesse universo tipo é MUITA COISA e eu quero muito ver o desenvolvimento dele junto com a história:)

Aquela Bia lá 27/02/2021

Cidade das cinzas (instrumentos mortais livro 2)
Começando dizendo q o Magnus carregou esse livro nas costas (sim sou totalmente cadelinha dele.)

Eu ri, fiquei ansiosa, feliz, chocada, tudo isso nesse livro, e eu fui sem esperar nada e eu achei isso incrível.

Eu não suporto a Clary e o Jace, mas ok né fzr oq, eles são os protagonistas.

Mas enfim, Malec>>>>>>

Izzy perfeita tudo pra mim, e eu achei q o Simon teve um desenvolvimento mesmo sendo pequeno nesse livro.

A escrita da cassandra é tudoooo, eu demorei bem pouco para acabar pq eu tinha aquela ansiedade de continuar.

Não foi um livro MARAVILHOSO, mas eu acho q valeu a pena ler sim.

rayssa756 28/12/2023

Crescer acontece quando você olha para trás e percebe que há coisas que gostaria de poder mudar.
Não muito diferente do primeiro.

as coisas ainda estão tomando forma, então muito do livro é baseado nas mesmas discussões do primeiro. achei esse bem mais rápido e também mais irritante e nojento com a forçação do casal clary x jace.

gostei de ver mais dos outros personagens, espero que isso se mantenha nos próximos livros.

bibia 08/03/2021

Quero ler a saga inteira para ver o que eu não vi na série, e pra isso eu tenho que passar pela pior fase (que todo leitor de instrumentos mortais sabe qual é). Eu amo demais a escrita da cassandra nessa série de livros, mas o plot dos primeiros livros é horrível.
Os personagens secundários carregam o livro nas costas, vulgo Izzy, Alec e Magnus e eu to lendo só por eles. Os momentos que eles tem e as frases são tudinho pra mim.
Adoro as referências da escritora para várias coisas como Harry potter, Sonic e animes em geral. Também gosto das frases importantes e dos momentos engraçados ( a escrita dela faz tudo ficar melhor )

itsaboutlara 03/01/2023

o amor nos tira as escolhas.
caramba.

cidade das cinzas é muito bom!!!! é perceptível a evolução na história e nos personagens, principalmente nas relações, o que eu amei.

eu senti muita falta da relação familiar dos lightwoods em relação ao jace, não é pq ele é adotado que é menos, me sentia mal por ele.

o coitado do jace sofreu tanto, só queria proteger ele de tudo, sei que vem mais caos pela frente, mas fiquei feliz em como as coisas se resolveram.

a mãe da clary nao acorda nunca, espero que acorde nesse terceiro livro, pq olha.

Jéssika Dayana 12/04/2021

Uma continuação muito boa...
Definitivamente é melhor do que o primeiro, tem mais envolvimento nos personagens, mais coisas acontecendo de uma vez. A mudança de um dos personagens principais, na primeira vez que li, me impactou, agora me impactou muito mais, mesmo eu já sabendo o que ia acontecer. Acho que foi essencial pra história desenvolver. Clary e Jace continuam chatos. O romance de Alec e Magnus começando a se formar é tudo pra mim. Neste livro também começamos a conhecer mais da Clave, e saber de outros Caçadores de Sombras. Enfim, uma continuação muito boa. Só faltou mais cenas com Alec e Isabelle.

Dani 29/09/2021

Eita que é uma perturbação atrás da outra hein kkkkkkkk [*****] esse povo n tem um min de paz, mas o livro até que é legal, temos um matt de tvd em tmi, o Simon no caso, o bichinho n morre de jeito nenhum kkkkkkk

Maria 18/10/2021

Finalmente eu acabei
Acho que gostei mais desse livro do que do primeiro, parece que mais coisas acontecem. A autora deixou algumas perguntas sem resposta, pra serem respondidas no próximo livro provavelmente, e eu não tenho muito o que falar não KKKKKK
É um livro bom, os personagens não mudaram muito continuam na mesma construção de sempre, senti falta de alguns deles e por enquanto é isso, provavelmente começo a continuação essa semana

Bia.Ribeiro 10/06/2021

Mas esse é o problema.” Clary disse, “Quando você ama alguém, você não tem uma escolha.” ”O amor tira suas escolhas.”
O ritmo é constante e fluido assim como o primeiro. Gostei que o Simon ganhou mais destaque ,a autora conseguiu deixá-lo mais relevante e explorar a fantasia ao mesmo tempo. Alec e Magnus muito amorzinhos , queria mais deles e da Isabelle também ,que me parece muito legal e podia ter mais destaque.

O aprofundamento no qual Cassandra ela está trabalhando deixa a trama cada vez mais rica em elementos e complexidade e isso me faz muito feliz. Jace e Simon protagonizaram uma cena no final que me deixou com uma ansiedade enorme pra descobrir como a autora vai dar continuidade.

Clary continua repelindo qualquer tipo de relação com mulheres, queria muito ver amizades femininas e espero que a protagonista cresça um pouco nesse sentido nos próximos livros.
Mais carisma nos personagens e principalmente no vilão viriam a calhar. As cenas seriam mais emocionantes e eu conseguiria me apegar mais aos protagonistas, porque até agora Clary e Jace não me cativaram.

AlanVinicius 04/12/2023

Ótima continuação
Gostei bastante desse segundo livro, achei melhor que o primeiro, principalmente por outros personagens terem ganhado mais destaque.

Apesar de ter me acostumado com à escrita detalhada da Cassandra, acho os capítulos grandes demais e eu particularmente odeio.

O final foi bem satisfatório e estou ansioso para ler o próximo, conhecer essa tal Madeleine e ver finalmente a Jocelyn fora da cama kkkkkk

Blog MVL - Nina 23/06/2011

Blog: Minha Vida por um Livro | Marina Moura www.minhavidaporumlivro.blogspot.com

Cassandra Clare é o novo nome da literatura fantástica. Com seu estilo sarcástico e refinado, tem levado milhares de leitores por todo o globo à loucura com a saga que conta a batalha travada entre nephilins (descendentes de anjos), e demônios. E acima de tudo, uma história de amor que comoveu a todos.

Dizer que Clare é ousada seria subestimar seu trabalho produzido até aqui, em apenas uma obra ela aborda tópicos como homosexualida, incesto e religião. Definitivamente uma autora que não tem medo de desenvolver suas idéias livremente, penso que deve ter sido difícil para os editores cortarem ou indicarem um caminho à Cassandra. Não acho que ela concederia esse direito a ninguém.

Em Cidades dos Ossos, primeiro volume da série publicado em 2010, o leitor foi introduzido ao universo dos Caçadores de Sombras. Nephlins (humanos híbridos de anjos) que protegem e guardam a sociedade “sobrenatural”, tudo aquilo do qual nós mundanos (na expressão criada pela autora) não podemos nos defender. Vampiros, lobisomens, fadas e bruxos. Eles são a grande CIA desse universo fantástico. Conhecemos também a protagonista Clary, aparentemente uma humana comum que após o ataque à sua mãe, descobre que pertence a uma longa linhagem de Caçadores de Sombras e que é filha do grande vilão da história desse mundo, que até então lhe era desconhecido. Clary conhece Jace, ambos se apaixonam e em seguida descobrem que são irmãos. Cidade dos Ossos termina concedendo a seguinte perspectiva a seus leitores: Valentim (pai de Clary e vilão nazista) está de volta e com o objetivo de governar o mundo, a Clave pode não ser suficiente para impedi-lo. Clary e Jace devem lidar com a realidade de que o amor que compartilham é o mais proibido e condenável de todos.

Existe, em qualquer vertente e gênero da literatura, uma linha tênue que separa o bons livros dos maus livros, ou apenas, o bons escritores dos maus escritores. O equilíbrio entre descrever em excesso ou não liberar suficientemente detalhes da história, a caracterização de personagens autênticos e carismáticos que consigam guiar o leitor pela narrativa sem se sentir enfadado,é o que decidirá se uma obra foi ou não escrita por uma mente habilidosa. Eu então afirmo que, literariamente, Cassandra Clare é capaz de transitar por essa linha com destreza e talento. É admirável a forma com que a autora consegue administrar e manipular as emoções e pensamentos do leitor.

Cidade das Cinzas é a colossal continuação da saga Os Instrumentos Mortais. Neste novo momento da estória,Clary descobre alguma novas características sobre si mesma,tenta lidar com o triângulo amoroso que lhe foi imposto pelo irmão Jace e o melhor amigo Simon. Apesar de algumas ácidas críticas sobre o romance entre dois irmão, assumo que o fato não me incomodou por questões morais ou religiosas,me ressenti da situação por querer que os dois protagonistas ficassem juntos. Obviamente, tive meu desejo negado.

Os personagens são tão carismáticos e interessantes quanto o próprio conceito do universo extraordinário criado por Cassandra. Magnus Bane é um dos meus personagens favoritos na série,a empáfia e o humor sagaz me fizeram dar boas e gostosas gargalhadas. E o romance protagonizado entre o bruxo e Alec é simplesmente delicioso de se acompanhar. A homosexualidade é cuidadosamente explorada, e obviamente um conflito real para Alec,que deve considerar revelar esse aspecto de sua natureza aos pais algum dia. Apesar de o livro ser de Fantasia,neste aspecto em especial o dilema vivido pelo personagem é tão real quanto o de muitos jovens por aí. Eu,pessoalmente,não me incomodei com o relacionamento amoroso e obviamente sexual entre Magnus e Alec,e me descubro torcendo ferozmente para que eles formem um casal à sério nos próximos livros.

Algumas pessoas me questionaram porque sou tão apaixonada pelo personagem Jace e eu ainda me surpreendo e penso “O que há para não gostar?”. Após pensar cuidadosamente sobre o assunto, cheguei à brilhante conclusão. Eu me identifico com Jace. Sinto uma intensa e profunda empatia pelo menino que ele foi,torturado pelo Pai,e depois pelo jovem que apesar de forte e capaz,não sabe ao certo onde e com quem é o seu lugar. Jace aparenta ser rude, charmoso, arrogante e impertinente. E eu não nego que ele o seja. No entanto a característica mais pronunciada e latente no personagem é a carência. Jace não sabe o que é ser realmente amado e cuidado. As pessoas mais sensíveis que você vai conhecer na sua vida são aquelas que usam máscaras. Proteções que lhes permitem sobreviver. Esse é Jace. E quando pela primeira vez ele realmente quis algo, seu desejo escapou entre seus dedos. Ela amou Clary praticamente desde a primeira vez em que se viram, e descobriu que esse amor jamais poderia se concretizar porque ambos compartilhavam o mesmo DNA. Tudo o que afirmei nasce da minha percepção individual do personagem, está além dos diálogos e do que a autora revela sobre Jace.

Clary é uma protagonista admirável. Determinada, impulsiva e ao mesmo tempo frágil e vulnerável. De uma perspectiva analítica, ela é a típica moçinha que “vende” bem na literatura. Próximo ao final do livro, a personagem faz escolhas e realiza coisas que ela nem mesmo se imaginava capaz. A Clary que conhecemos na boate Pandemoniom em Cidade dos Ossos já não existe. Ela amudereceu e seus talentos também. Cada vez mais a protagonista assume seu papel de guerreira e tenho a sensação e a certeza de que ela será o maior trunfo contra Valentim.

Cidade das Cinzas é ação, sem espaço para tomar fôlego. O ritmo da narrativa se estabelece em momentos de extrema tensão e lutas, não há descanso, nem para os personagens e muito menos para os leitores. O final poderá partir os corações mais frágeis e instigar as mentes mais aguçadas, já que várias pistas para o próximo livro foram lançadas. Basta que cada um crie suas próprias teorias agora e boa sorte ao tentar descobrir o que a mente insidiosamente brilhante de Cassandra Clare ainda vai aprontar.