Um Cântico de Natal: e Outras Histórias

Um Cântico de Natal: e Outras Histórias Charles Dickens




Resenhas - Um Cântico de Natal e Outras Histórias


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Diego Rodrigues 31/12/2019

Escrita gostosa e com críticas a sociedade nas entrelinhas
Nunca tinha lido nada do Charles Dickens, conhecia o autor apenas de nome e resolvi pegar essa bela edição da Martin Claret para tirar o atraso. Além do famoso "Conto de Natal", aqui traduzido como "Cântico de Natal", o livro traz ainda outros contos também com temas natalinos. Mesmo que você ainda não tenha lido esse famoso conto, como era o meu caso, provavelmente já tenho ouvido falar a respeito ou visto alguma referência em outras mídias, como por exemplo a animação "Os Fantasmas de Scrooge", lançada em 2009.

Na história, conhecemos o emblemático personagem Scrooge, um velho ranzinza e avarento que só pensa em dinheiro, trata as pessoas mal e não tem nenhum espírito de Natal. Até que um dia ele recebe a visita do fantasma do seu falecido ex-sócio e este lhe revela que ele será visitado nos próximos dias pelos espíritos do Passado, do Presente e do Futuro. Esses espíritos vão levar o velho numa viagem temporal em cada período da sua vida e provocar profundas reflexões no personagem.

A premissa é simples e pode soar até um pouco clichê hoje em dia, mas a escrita de Dickens e tão envolvente e gostosa que não tem como não ser transportado para o cenário vitoriano repleto de neve e lareiras, enquanto fazemos a leitura. Ou outros contos presentes no livro vão se passar nesse mesmo cenário mas vão contar as histórias de outros personagens e divagações sobre o Natal. Destaque para o conto "O Homem Possesso e o Pacto Com o Fantasma", que é tão bom quanto o "Cântico da Natal" e talvez até mais profundo, vai falar sobre a importâncias das angústias e tristezas que guardamos e como isso nos torna mais humanos.

site: https://discolivro.blogspot.com/2019/12/um-cantico-de-natal-e-outras-historias.html
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Anna Bonniee 03/07/2019

UMA HISTORIA MAGICA
Conforme fui avançando nas historias um conceito me veio à mente: 'confort food'.
Foram histórias tão agradaveis e interessantes que eu poderia definir esse  livro como 'confort book'.
Eu me senti bem,  leve, angustiada e também reflexiva diante dos dilemas enfrentados pelos personagens.
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Marili 26/12/2018

Tão maravilhoso quanto angustiante
Basta iniciar o mágico mês de dezembro para ser seduzida pelo espírito natalino. Meus dias são inundados por diversos entretenimentos deste tema, com uma atenção especial aos filmes. Em um desses natais dos meus acanhados vinte anos, me deparei com o clássico filme O Fantasma do Sr. Scrooge e, claramente, decidi assisti-lo — assim como qualquer outra pessoa que habite esse planetinha — em alguma noite de dezembro. O longa de animação é inspirado no conto mais famoso de Charles Dickens: Um Cântico de Natal, que acabou se tornando um dos maiores clássicos natalinos de todos os tempos — e que, diga-se de passagem, até hoje é utilizado como referência em várias histórias do mesmo tema.
O que a menina Marili de alguns anos atrás não esperava é que o famoso filme natalino a bofetearia com inúmeras reflexões e críticas sociais, sem dó nem piedade. Vale ressaltar que decidi assistir justamente para entrar no clima mágico natalino, de pura leveza e alegria, mas fui surpreendida com uma certa melancolia e alguns fantasmas aqui e ali. Melancolia digna de canções natalinas, pensando bem — tão dóceis quanto tristes. Ainda assim, fiquei encantada com o filme. Prometi a mim mesma que em algum natal de algum ano em alguma década leria o famoso conto de Dickens.
Eis que dezembro de 2018 bate na porta, me presenteando com a compilação de alguns contos do autor. Ressalto que a edição da Martin Claret ficou maravilhosa, com incontáveis ilustrações e detalhes dourados.
A impressão que tive de cada história apresentada não foi tão distante das sensações que afloraram ao assistir o filme. Deparei-me, na verdade, com páginas e páginas de reflexões, angústias e fantasmas — diria que um pouquinho de Halloween em pleno Natal. Ainda não li outro livro do autor, mas senti que Dickens escancara todas as mazelas e sofrimentos da humanidade de forma angustiante, para, ao final, trazer um certo alívio e cura. Ele tece isso não como uma forma desesperada de trazer um final feliz ao leitor, mas mostrar a importância de trilhar por nossas sombras e monstros. Isso fica muito evidente em "O Homem Possesso", em que o personagem perde suas lembranças de angústias e sofrimentos, mas percebe que o esquecimento de tais situações acaba por torná-lo um homem raivoso e, ao final, clama pela volta de suas memórias ruins — são elas que tornam ele uma pessoa melhor.
Talvez esta seja a grande união entre os principais contos do livro: a importância de abraçar as próprias dores e se reconstruir a partir delas. Caminhar ao lado de suas sombras e monstros e encará-los da forma que realmente são — nada mais que partes de ti. Dickens sabe que somos construídos e revestidos de fantasmas e monstruosidades. A grande dádiva está em reconhecê-los e aconchegá-los em algum cantinho confortável — afinal, são eles que nos ensinam a caminhar.
Não leia esperando apenas magia e leveza. Esteja pronto para esbarrar com todas as tuas sombras escancaradas, mas fique feliz pelo privilégio de poder enxergá-las (e por aprender junto com os personagens).

Finalizo com um trecho do conto "O Homem Possesso" que resume tudo muito bem:

"Quando vi que se comovia tanto com a gentileza e a atenção da pobre gente que mora no andar de baixo, senti que considerava aquela experiência uma espécie de compensação pela perda da saúde, e li em seu rosto, como se fosse num livro aberto, que, sem os problemas e a angústia, jamais teríamos consciência da metade do bem que há ao nosso redor."
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Guilherme Amaro 08/04/2018

Um Cântico de Natal e Outras Histórias
Charles Dickens é um Mestre, criou o verdadeiro conceito de Natal, e também inspirou um personagem marcante da Disney e mais pão duro do mundo Tio Patinhas ( Scrooge).
Um velho sovina na Inglaterra que era egoísta e odiava o Natal, até que a vida lhe surpreende com 3 fantasmas que irão assombra - lo durante o enredo , Espírito do Natal Passado, Presente e Futuro, levados por cada espectro através de épocas diferentes no tempo Scrooge verá profundamente sua essencia, erros cometidos e seus legados.

" Honrarei de coração o Natal e me esforçarei para fazer isso a cada ano . Viverei no Passado , Presente e Futuro. Os espíritos dos três hão de encontra-se dentro de mim. Não vou esquecer-me das lições que eles me ensinam. Ah diz -me que posso apagar a inscrição dessa pedra!." Scrooge página 149
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Paulo 24/12/2017

Dickens é um poeta. Só isso que eu tenho a dizer de pronto. Como um autor consegue um nível tão elevado de escrita? Cada linha de Um Cântico de Natal é uma obra de arte em prosa. Se você, leitor, ler as linhas com atenção, vai perceber que cada parágrafo tem musicalidade, cadência, harmonia. Não apenas nas linhas e na narrativa, mas na escrita a gente consegue ver a qualidade do autor. Escrito em terceira pessoa, tudo contribui para uma absoluta fluidez, proporcionando uma leitura agradável e gostosa. Mesmo tendo sido traduzido, Roberto Leal conseguiu transportar a qualidade da escrita de Dickens para o português, não prejudicando a leitura.

Tive que iniciar esta resenha desta novella falando da escrita que é absolutamente linda. Mas o que eu posso destacar desta história é a forma como essa história consegue se manter eterna. Mesmo tendo sido escrita há quase dois séculos, a mensagem colocada por Dickens vale para todas as temporalidades e para todos os povos. Mais do que falar de Natal, ele fala da condição humana, de ajudar o próximo. Um Cântico de Natal toca o coração em seus recônditos mais profundos. Não há como não se emocionar com o que é colocado por Dickens nessa narrativa.

"Os caminhos percorridos pelo homem irão prenunciar certos finais, para os quais, se persistidos, irão levá-los adiante. Mas, se o caminho puder ser evitado, o final poderá ser mudado."

O livro fala de escolhas. O que escolhemos fazer de nossas vidas e quais as consequências de nossos atos. Ebenezer Scrooge desejava manter sua riqueza apenas para si porque acreditava que os demais eram inferiores ou não desejava compartilhar com eles suas benesses. Mas, quando se depara com as consequências de suas escolhas para si ele começa a perceber o mal que ele havia causado para si. Somos seres sociais... é impossível viver separado da sociedade. Não apenas porque dependemos dos outros para coisas básicas, mas porque dependemos emocionalmente dos outros. A solidão causa angústia, sofrimento. A vida é sem sentido se não tivermos o próximo com o qual compartilhar nossas alegrias e tristezas.

O Natal é um momento de regozijar e de alegrarmos por tudo aquilo que passamos ao longo do ano. É o momento de abraçar família e amigos, mesmo que sejam aquelas pessoas das quais não gostamos. Mesmo que tenhamos que comer aquele arroz com passas, aquela salada de maionese com maçã. Dickens coloca nessa história o significado real do Natal: celebrar um momento de felicidade com o próximo, sendo este alguém realmente próximo ou apenas aquele que convive conosco ou até mesmo um desconhecido que merece felicidades em uma data tão especial. Independente de você, leitor, ser cristão, evangélico, muçulmano, budista, hinduísta, bater um tambor, tocar uma flauta, fazer rituais aos deuses. Scrooge representa o nosso lado egoísta, aquela mesquinhez que habita em nosso interior. A mensagem deixada no final é que sempre é possível tomar outro trajeto.

Os fantasmas representam o elemento fantástico da história. Eles são o meio pelo qual Dickens utiliza para mostrar ao protagonista como suas escolhas interferiram em seu modo de vida. O Natal Passado mostra a Scrooge como sua vida foi sofrida e suada. Como nas pequenas vitórias, ele foi formado e como algumas de suas escolhas erradas acabaram formando seu ser. O Natal Presente serve para apresentar ao protagonista como outras famílias conseguem gozar do Natal mesmo tendo tão pouco para si. O exemplo do Pequeno Tim talvez tenha sido o que mais tenha tocado o coração do velho avarento. E o terror colocado pelo Natal Que Virá é absoluto. Imagine ver a si mesmo em um futuro abandonado por tudo e todos e sendo alvo de comentários jocosos daqueles que ele acreditavam serem seus iguais. Os fantasmas nada mais são do que fragmentos da própria consciência do protagonista que lutava contra tudo aquilo que aparecia. Tanto é que estes fantasmas eram efêmeros, não tinham vida além daquela noite.

Dickens continua a me surpreender com mensagens magníficas. Uma escrita que me encanta a cada novo livro que me deparo, o autor se transformou no meu parâmetro para tudo aquilo que existe de bom na literatura. Com personagens que se comunicam com o leitor, que tocam o coração, Dickens entrega mais uma história imortal, capaz de superar a barreira do tempo e ainda ser impactante mesmo séculos depois de ter sido publicada pela primeira vez. Se você ainda não leu nada deste autor, dê uma chance. Seja encantado!

site: www.ficcoeshumanas.com
Mayara945 24/12/2017minha estante
Também li durante esse mês e gostei muito!




regifreitas 24/12/2017

Esperava bem mais! Excetuando o clássico "Um conto de natal" (talvez a obra-prima sobre o tema), o restante é apenas razoável e dois ou três são bem cansativos até!
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Michelle Trevisani 20/01/2017

Um clássico belíssimo!
Olá caros amigos leitores, tudo bem com vocês? Hoje a resenha que trago é desse livro que é um clássico, escrito por Charles Dickens - Um Cântico de Natal e outras histórias. A edição que li está belíssima, publicada pela editora Martin Claret em 2015.
Amo livros e filmes que falem do Natal. É uma das épocas do ano de que mais gosto. Eu comecei a ler este aqui bem no finzinho de dezembro, fui lendo devagar para apreciar a leitura, já que se trata de contos, um gênero que gosto muito também, aliás. Já havia lido algumas frases soltas de Dickens, mas essa foi a primeira oportunidade que tive lendo um livro inteiro seu. Essa edição que a Martin Claret publicou está de brilhar os olhos. Em capa dura, com uma ótima escolha de imagem, o livro traz ótimas letras para serem lidas em seu interior, páginas amareladas e gravuras belíssimas, presentes em quase todos os contos. Algumas letras, principalmente os títulos de cada conto, contam com detalhes em dourado, fazendo alusão à época a qual se remete - o Natal.

Um Cântico de Natal é seu conto mais conhecido e me encantei com a abordagem do autor. Neste conto vamos conhecer um comerciante mesquinho e avarento, chamado Ebenezer Scrooge, que não quer nem saber desse negócio de espírito natalino. Seu sobrinho tenta em vão convence-lo a passar o dia com a família e seu empregado fiel quase se humilha para lhe pedir um dia de folga, o dia de Natal, para que possa passar com os seus. Scrooge só pensa em si mesmo, em sua fortuna e em seu egoísmo. É então que na véspera de Natal o espírito de seu ex sócio já falecido há um tempo, lhe aparecendo trazendo informações. Scrooge receberá três visitas - três outros espíritos virão. Scrooge de início não entende nada, e até caçoa do espírito do amigo, que demorou tanto para chegar (estava perambulando por onde, aliás? rsr). Mas a medida que as visitas começam a questionar a vida de Scrooge e lhe mostrar seus natais passados, seus natais presentes e futuros, Scrooge se arrepende de imediato por ter praticado tantos atos egoístas. O primeiro espírito lhe mostra os natais da infância e Scrooge se recorda de como era feliz. Onde será que foi parar toda a sua vivacidade, sua alegria?; o segundo espírito vai lhe mostrar o Natal presente, seus familiares reunidos sem ele, os apertos que a família do se empregado passa por receber tão pouco salário e que mesmo assim se lembram de agradecer pelo emprego que tem e pelo sustento que este gera; já o terceiro espírito de forma calada e provocativa lhe mostra o Natal futuro, sua morte, as pessoas dizendo que Scrooge só deixou avareza e mesquinhes em vida. Esse choque de informações altera o coração de nosso protagonista, que na manhã de Natal acorda outro - reconhece seus erros e resolve abrir o coração à vida e às cores natalinas. Uma história bastante comovente e que nos faz refletir nossas ações.

Leia o restante da resenha lá no blog: LIVRO DOCE LIVRO

site: http://meulivrodocelivro.blogspot.com.br/2017/01/resenha-um-cantico-de-natal-e-outras.html
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