Verônica 31/01/2019
PRINCE ALBERT - POR: PENSAMENTO LITERÁRIO
Príncipe Albert vem praticamente se formando em minha cabeça desde que publiquei o meu último livro da Série Stepbrother. É a história mais ridícula, exagerada e totalmente improvável que já escrevi. E espero que você ame. O país, Protrovia, é fictício. E há mais sexo do que você está acostumado em meus livros. Por isso, bem, não posso dizer que me sinto culpada.
Essa resenha começa um pouco diferente das demais, e isso é decorrente da nota da autora. A sinceridade de Sabrina Paige na introdução acentua muito toda a sua escrita, pois existe um exagero na narrativa, algumas cenas ridículas e principalmente sexo.
Ao contrário do que imaginei a princípio; gostei dessa estória. Esse é um daqueles livros para ler depois de uma “ressaca” literária, mas não recomendo para quem gosta de tramas bem articuladas, com personagens bem construídos e teias que tem alguma proposta reflexiva. Literalmente, tudo gira em torno de sexo e do prazer.
O príncipe Albert é um personagem com uma moral inescrupulosa, e mesmo que em alguns capítulos a autora tente minimizar essa realidade, é difícil o ledor o observar por outra óptica. Ele é um cara que não tem responsabilidade e sabe que o seu título lhe dá muitas vantagens, e esse privilégio se estende para diversos campos, inclusive o de ter facilidade em ter muitas mulheres. Paralelamente a personalidade enigmática do príncipe Albert, Belle já é a menina com uma moral impecável. E a grande utopia é que ela foge dos holofotes, ao ponto de fazer trabalho social na África, no entanto as maiores cenas de sexo acontecem em locais públicos.
Esse volume, pelo que compreendi, foi traduzido por fãs. Com exceção de alguns pequenos erros ortográficos a tradução é muito bem feita e fluída. Embora, haja* uma cena com um erro grotesco, já que, em um momento é descrito que Belle esta sem calcinha, mas na mesma cena ela está com a roupa íntima. Por ser uma tradução realizada por fãs as folhas tem uma cor de fundo e imagens com transparência e isso prejudicou a minha leitura pelo kindle. Por fim, é um livro fluído que mesmo com uma linguagem vulgar não é tão chocante como se poderia imaginar, mas sem grandes emoções, pois tudo gira em torno de sexo, prazer e orgasmos.
Partes contradizentes na narrativa:
"Deslizo minha mão em sua coxa, meus dedos tocam a borda da sua calcinha, mas eles não vão muito longe. Ela respira bruscamente" (p. 208).
"O fato dela não usar calcinha — ela decidiu não usar roupas íntimas, apesar de estar chateada comigo — não escapa a minha atenção" (p. 211).
*Haja no sentido de haver.
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