Adução

Adução Pedroom Lanne




Resenhas - Adução


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Olipe Sisão 07/04/2021

Joe de Lima - Gamer & Escritor de FC
O ano é 1978, a família Firmleg sobrevoa o Triângulo das Bermudas à bordo de um pequeno avião quando se veem envolvidos por um fenômeno inexplicável e acabam abordados por seres alienígenas. A partir daí, um mundo diferente se abre para a família, especialmente as crianças, Billy e Sandy, que irão viajar para um futuro longínquo, se deparando com uma sociedade avançada a um nível quase inimaginável.

Adução é uma obra do autor Pedroom Lanne que pode ser encontrada em volume único na versão física, ou dividida em três partes na versão digital.

Falando do livro em si, essa é uma resenha difícil de escrever, isso porque Adução é um livro difícil de definir, ficando em algum ponto entre a ficção cientifica e uma fantasia utopista baseada em teorias quânticas e propostas sócio-evolutivas. E se essa explicação parece complicada é porque a intenção era realmente fazer uma obra complexa.

O grande Arthur C. Clarke disse certa vez que "uma tecnologia suficientemente avançada é indiscernível da magia". Em Adução, essa regra se aplica com perfeição. A sociedade que Billy e Sandy conhecem está em um nível que chega a ser difícil de compreender: projeções mentais, tecnologias quânticas, o próprio pensamento molda o mundo ao redor. É na forma como esse mundo é apresentado que o livro se diferencia de outras leituras que vemos no mercado.

Billy e Sandy conhecem tudo através de seu amigo Noll, da doutora Diana, mas principalmente através das lições didáticas do professor Ipsilon. Didáticas mesmo. Chegam até a acontecer numa sala de aula. As explicações são detalhadas até os mais simples pormenores, com muitos termos técnicos. Boa parte dos diálogos do livro são extensos e verborrágicos. Ás vezes, um personagem pode falar sem parar por várias páginas.

Toda essa conversa não é gratuita. Aqui o autor extrapola teorias e estudos científicos na tentativa de visualizar a evolução da sociedade e da tecnologia à longo prazo, assim como a evolução do ser humano a um ponto em que nem se parecem mais conosco, tanto física quanto psicologicamente.

Não é um livro fácil, e com certeza não é uma leitura para qualquer pessoa, mas cumpre sua proposta à risca. Se você se interessa pelos temas propostos, se é um estudioso na área ou se procura experiências de leitura diferentes, vale a pena dar uma conferida.

site: http://www.pedroom.com.br/portal/miniblog/2016-2020.htm#resenha_joe
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Suicide Blonde 08/07/2016

Salvem as árvores!
Quem me conhece, sabe que esse livro teria tudo pra me seduzir. Desde criança, quando vi um OVNI na estrada indo de Curitiba para Floripa, me apaixonei pelo tema dos alienígenas e nunca mais larguei. Ganhei esse livro de uma amiga, como lembrança de São Paulo e, num primeiro olhar, lembrei de um livro de Whitley Strieber.

Ao começar a ler, entendi o porquê de a editora Novo Século ter tão má fama, fazendo esse trabalho de "vanity press", em que qualquer um publica qualquer coisa - basta pagar! É uma pena, pois já vi coisas boas da Novo Século.

Esse livro, infelizmente, foi intragável. Sem revisão, repleto de erros de digitação e ortografia, além de uma escrita pomposa, pretensiosa e uma estória chatíssima.

Clustrígeno?
Psicorrobótica?
Robotomia?

Valha-me Deus, prefiro um enema!

E pensar que árvores foram derrubadas pra fazer essa coisa de mais seiscentas páginas...
Pedroom Lanne 11/07/2016minha estante
É realmente triste uma pessoa em perfil suspeitoso se dispor a tal crítica sem qualquer fundamento e muita falta de educação. Demonstrando certa incapacidade de compreensão de texto ao listar três neologismos como se fossem erros ortográficos que criei para descrever um universo cerca de 300 mil anos mais evoluído que o nosso (com um dicionário com mais palavras que o atual). Se não bastasse, atribui demérito à publicação como se o texto pudesse ser escrito apenas com dinheiro. Por fim, não aceita minha contra-argumentação como se eu também não tivesse o direito de dizer o que penso.


El Tiburón 23/07/2016minha estante
Engraçado que bastou Pedroom Lanne brigar com o escritor Alexey Dodsworth que pintou essa resenha mal educada aqui. Que coincidência, hein?


Suicide Blonde 25/07/2016minha estante
Quer dizer que além de tudo nós leitores temos que lidar com um autor vaidoso que não tolera críticas, que intima quem não dá as estrelinhas que ele pensa merecer e que avalia o próprio livro dando cinco estrelas a si mesmo? Eu, hein, vivo e não vejo tudo. E pode deixar sua paranoia de lado, queridinho, porque eu nem sei quem é seu desafeto e sou bem crescidinha pra comprar lado em treta dos outros. A única coisa que sei dele é que concorreu ao Argos e ganhou. Não votei nele e nem conheço o trabalho da criatura. Meu voto foi para Eneias Tavares, pelo fantástico livro "Dr. Louison". Tente sobreviver ao fato de que nem todo mundo gosta de seu livro. Acolha a crítica se quiser e melhore. Ou ignore, afinal por quê o que eu penso de seu livro pode mudar em sua vida? Não bata boca com seus leitores, é feio e apenas expõe sua insegurança, sua fragilidade.


Suicide Blonde 29/07/2016minha estante
Não estou escondendo identidade nenhuma, menino. Deixe de ser paranoico. Meu nome é Mariana Marchesini. "Suicide Blonde" é apelido antigo da época do mIRC e serve como referência para meus amigos antigos. Não sei quem você pensa que eu sou, mas pouco me importa. Sobre seus neologismos, vou explicar melhor: não é isso o que eu chamo de erro. O neologismo é uma liberdade criativa que, quando usado em excesso, polui a leitura. Leve como crítica construtiva para suas próximas produções, o que eu digo é coisa básica no ramo literário: não se usa neologismo desnecessariamente, nem todo mundo é um João Cabral de Melo Neto. Você usa neologismos o tempo todo. Veja o seguinte: neologismo é como um tempero. Você vai socar tempero demais numa salada? Ninguém vai sentir o gosto da salada, só dos temperos. Quando eu me refiro aos erros gramaticais, falo de erros GRAMATICAIS que existem no livro, desde a página 1. Se você quer mesmo saber, acho isso mais um demérito da editora do que seu. Veja bem, pessoas cometem erros gramaticais. Eu, você e o mundo inteiro. Ninguém sabe tudo. Só que a obrigação da editora, ainda mais de uma editora PAGA e que LUCRA FORTUNAS com marinheiros de primeira viagem que pagam por "vanity press", é REVISAR o que publica. Eles não revisaram seu livro. Não fizeram leitura crítica. Apenas pegaram seu dinheiro e publicaram a obra em estado bruto. Qualquer editora séria teria pego seu livro, submetido ele a um enxugamento, a uma revisão decente e a pelo menos três leituras críticas. Entenda que quando se critica um livro, não está se criticando apenas o autor, e sim tudo o que sustenta o livro. No caso, eu diria que é PRINCIPALMENTE a editora. Tivesse você pego uma editora preocupada com qualidade, que não fosse apenas uma indústria de "vanity press", o seu material bruto poderia ter sido transformado em uma joia. Sugiro que leia isso, se quiser: https://en.wikipedia.org/wiki/Vanity_press Por fim, desejo boa sorte e melhores escolhas para seus futuros livros.


Pedroom Lanne 02/08/2016minha estante
Suicide Blonde/Mariana,

A sociedade alienígena se organiza em clusters, por isso, aportuguesando a palavra, é CLUSTERÍGENA. Possui uma ampla gama de robôs inteligentes cuja psique é objeto de estudo de uma ciência chamada PSICORROBÓTICA. E se um robô, por problemas psicológicos precisa apagar dados de sua memória, faz um processo similar a uma lobotomia, a ROBOTOMIA.

A obra acompanha um glossário que explica cada um dos neologismos, estrangeirismos e aportuguesações, e como você agora admite não se tratar de erros, justifica meu contra-argumento pela falta de fundamento da sua crítica, o que me obriga a responder para que qualquer leitor saiba que não são erros como pode perceber.

Quando ao uso de neologismos, me perdoe se não gostou, mas se eu tiver que esperar me tornar um João Cabral de Melo Neto para escrever quantos neologismos quiser, talvez nunca escreva, convenhamos. Eu parto de dois princípios, o de que se já tivemos alguém consagrado por usar neologismos, não precisamos nos consagrar primeiro para fazer o mesmo, afinal, o caminho já foi aberto. O segundo é que o jovem atual tem um linguajar cheio de neologismos, de estrangeirismos e palavras modificadas ou gírias, por isso os uso como quiser.

Por fim, tu mentes quando diz que o livro está repleto de erros pois não está. Tem sim um erro no primeiro parágrafo, uma letra W digitada sem querer pela editora. Pelo tamanho do texto, os erros que existem, como em qualquer obra, são mínimos e não comprometem a leitura. O texto foi revisado oito vezes, incluindo uma revisora contratada por mim.

E já que você demonstrou certa incapacidade de leitura ao atribuir erro aos neologismos que criei, talvez você deva estar atribuindo erro ortográfico ao meu estilo de escrita, com parágrafos longos e separando frases com vírgulas ao invés de pontos. Uma pena que não gostou.

Quanto a editora, não tenho nada que justificar para uma pessoa que se dispõe a vir aqui tecer um texto mal educado e maldoso, se fosse educada e se dispusesse a conversar, talvez eu pudesse te contar uma série de detalhes que não cabe aqui dizer e que demonstram que o que está dizendo sobre a editora que escolhi é uma grande besteira.


Suzana.Oliveira 16/11/2016minha estante
Porque nao consigo excluir um comentario?


El Tiburón 07/12/2016minha estante
Sem querer me intrometer na conversa, mas realmente fiquei na dúvida o que significa o autor ser "pretencioso"? Isso é bom ou ruim?

Também tenho dúvidas do que seria uma escrita "pomposa"? É xamanista, rebuscada ou quê...?


El Tiburón 21/03/2017minha estante
Mariana Marchesini/Suicide Blond: pra quê essa baixaria? Você mesma já confessou ser membra do CLFC e está aqui VANDALIZANDO o livro do autor em represália aos problemas pessoais que ele teve com o tal Alexey, o "vencedor" aí do prêmio oferecido pelo clube.
Minha sugestão é: RETIRE sua resenha e apague esse seu perfil falso do Skoob. Depois não diga que não foi avisada. E vê se deixa de ser pau-mandada dos outros, coisa feia.


Pipe 17/07/2017minha estante
É perfil fake de Clinton Davisson Fialho, que o o honorável presidente do clube de panelinhas da FC criou para vandalizar os escritores que consideram concorrentes! Resenha encomendada por Alexey Dodsworth, puta babaquice!


Pedroom Lanne 19/08/2017minha estante
Num é, descobriu-se que esse fake é do próprio Alexey...


Orlando 19/12/2017minha estante
Suicide Blonde 08/07/2016

Salvem as árvores!
Quem me conhece, sabe que esse livro teria tudo pra me seduzir.

sério mesmo isso? você abre uma resenha falando "quem me conhece"? e quem, por acaso, vem procurar resenha porque conhece você? e o que tem a ver conhecer você com o livro e outros fatores literários? o que tem a ver conhecer você ou não para a experiência? conheço várias pessoas e nem por isso esse fato tem algo a ver com um livro cativá-la ou não...
o que importa numa resenha é fala da qualidade da obra por si mesma, de sua originalidade, de sua criatividade, narrativa e capacidade de imersão e não o fato das pessoas te conhecerem ou não...
parece que quer dar uma "carteirada" já de cara na resenha... francamente, uma das piores "resenhas" que já vi aqui no Skoob, você bem que poderia apagá-la, além de ruim, não tem respaldo algum se ocultar atrás de um fake


Pedroom Lanne 21/12/2017minha estante
Vc fala a respeito de erros nesse livro? Mas e o que me diz a respeito do presidente do CLFC, o clubinho que vc tanto ama e vem em nome deles vandalizar meu livro, que sequer sabe escrever o próprio nome na capa do próprio livro?




Valeria183 17/03/2020

Denso
Eu sempre tive problemas com calhamaços, prefiro mil vezes uma série ou trilogia. Este, em particular aumentou mais ainda meu medo de calhamaços, não porque a história é ruim, longe disso. Eu gostei da história e do Billy, que por sua vez não fazia birra, entendendo a situação e dando exemplos aos seus pais.

O que não me cativou foi a história ser muito linear, nada realmente interessante acontece, nenhum "booom", é somente o Noll e os outros explicando como funciona tudo naquele novo mundo, o que é avisado desde a sinopse. Além disso, a leitura não é fluída por conter palavras difíceis e envolve muuuuita matemática/física/química como se todo leitor soubesse disso.

Foram 640 páginas com nada acontecendo, era como se eu estivesse em uma aula de física/química.
Pedroom Lanne 08/01/2021minha estante
Esse livro foi feito para ser assim mesmo, ele narra a história do homo sapiens, da evolução da sociedade, da conquista do espaço, da ascensão dos robôs. Billy e sua família são passageiros da história, um link com a nossa realidade.
A história de Billy, sua irmã e outros personagens são objetos das obras que dão continuidade a esse livro, a série ABDUÇÃO: Relatório de Terceiro Grau; Contato de Terceiro a Quinto Grau; e Clonagem Experimental Humana. Nesses títulos, há menos explicação e mais história, só não sei se o suficiente para suprir seu gosto, pois são todos calhamaços como esse primeiro.
Fico triste que não tenha gostado, mas acho um pouco injusto você dizer que "não há história" face ao drama vivido pelos protagonistas durante toda a narrativa.




Solivanda 07/11/2016

O MELHOR LIVRO
Adução é oposto de Abdução, termo mais conhecido que significaria uma retirada forçada por alienígenas, enquanto adução remete a conduzir, levar o outro a ampliar seus conhecimentos com auxílio de seres mais evoluídos que expõe, argumenta e explica situações desconhecidas pelo homem ainda primitivo para os patamares desses seres.
Descrevendo situações fantásticas aprendemos muito sobre nós, nosso mundo e sobre o futuro.
O livro pode parecer infantil no início, uma história protagonizada por um adolescente que atravessa um portal para outro mundo. A medida que a narrativa avança, vai ganhando densidade e complexidade, nos desafia a questionar nossos sentimentos e convicções sobre nossa vida na sociedade atual.
A partir de certo ponto, a narrativa descreve a história e a evolução de uma espécie que se torna alienígena, e traça um paralelo crítico aos fatos de nossa própria história. Sem dúvida, a parte mais densa da obra se dá quando o autor narra com profundidade as forças quânticas que delineiam este universo alienígena. A parte mais interessante quando narra as guerras da humanidade e dos alienígenas contra uma força psíquica que equivale a Deus.
Sem dúvida, este foi o melhor livro do gênero que já li. Uma obra marcante que ajudou a mudar minha percepção do universo e da possível existência de Deus.
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Pipe 12/11/2016

Uma obra incomum
Adução - O Dossiê Alienígena não é uma obra comum. Um livro de mais de 630 páginas, em que o autor imerge em um conjunto de conceitos verdadeiramente diferentes do que estamos acostumados a ler e ouvir. Explicações muito elaboradas permeiam este tour-de-force, um desafio para o autor e o leitor.

Adução nos fala de nós mesmos, uma possível evolução do Homem em Homiquântico, um quadro que ocorre centenas de milhares de anos no futuro.

É uma obra que exercita a mente do leitor, como após cinquenta partidas de xadrez contra o computador. Quem escreve, percebe que, após elaborar uma história, complexa ou não, sua mente sofre modificações. O escritor torna-se mais atento, sua memória aumenta, seu raciocínio melhora, torna-se mais claro. O escritor possui cada vez mais capacidade
de escrever melhor, consegue novas ideias, aprimora-se, tanto a língua em que escreve gramaticalmente, seja pela pesquisa nos variados temas interligados com sua obra.

Adução não é um livro chato. Quem já leu obras do famoso John Brunner percebe que elas não são nem bem escritas, nem foram bem elaboradas. Carecem de qualidade literária. O livro de Pedroom Lanne é um livro de fôlego. Apresenta ideias complexas e avançadas, como se o autor aplicasse seus conhecimentos de física quântica em um plano totalmente
novo e original.

É uma extrapolação, uma nova faceta que o autor desenvolve.

O português é correto, seu vocabulário é bom. É necessária uma dose de paciência e imersão na história, nada banal. Mas quem leu a obra sempre terá algo novo e melhor a acrescentar à sua experiência de vida, uma vez que neste livro somos convidados a participar de explicações muito exóticas e avançadas. Pode-se comparar tal livro às obras complexas de Asimov e Clarke, com a diferença que em Adução, o texto é hermético, mais fechado e simbólico do que as obras dos mestres.

Quem leu este livro terá sua mente mais aguçada, mais penetrante, do que antes de ler a obra.
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Pedroom Lanne 09/07/2016

O Autor e Sua Obra
Adução – O Dossiê Alienígena
Pedroom Lanne

“Muito bem escrito” – A. J. Gevaerd (Editor-chefe da Revista UFO)
“Genial” – Maria Dolores D. Sierra Mata (Editora de textos)
“Um bom livro que merece estar nas prateleiras das grandes livrarias” – Sérgio Carvalho (Conhecimento Editora)

A complexidade do título “Adução” não permite descrever a obra de uma só maneira, o romance navega pela história do homem através das dimensões do tempo que se multiplicam a cada segundo, tem começo, meio e fim, mas não necessariamente nesta ordem ou apenas um só, de modo que é somente assim que é possível tentar explicá-la para qualquer um que chegue até essas palavras: de várias maneiras.

Poderia começar pelo começo, de quando pela primeira vez o seu autor pensou em escrevê-la: uma ideia que começou após a leitura do livro “O Triângulo das Bermudas” de Charles Berlitz, quando a seguinte questão passou por sua mente: “e se em um desses desaparecimentos no Triângulo das Bermudas alguém de fato houvesse cruzado de dimensão? O que poderia existir do outro lado?”. Em resposta a essa questão veio a ideia da qual parte a obra: poderia existir uma dimensão paralela aqui na Terra mesmo mas muito, muito mais avançada que a nossa, a 834 mil anos no futuro. Mas, também, que não fosse qualquer dimensão, que fôssemos nós mesmos em outro tempo e que a nossa evolução ao futuro nos levaria a sermos alienígenas, esses mesmos alienígenas que navegam no tempo e no espaço em discos-voadores que muitos dizem ver por aí. Eis a história: contar como seria a nossa evolução ao ponto de nos tornarmos alienígenas. Só faltava dois elementos: os personagens e como inserir o Brasil na trama, dado que estamos escrevendo sobre o futuro naquele que é tido como o país do futuro. Isto posto, basicamente, então, foi assim solucionada a adição desses dois elementos: os personagens que cruzam de dimensão são norte-americanos, pois o Triângulo das Bermudas fica próximo da Flórida e, também, porque foram eles quem incutiram essa ideia, tanto do Triângulo quanto dos OVNIs, em nós brasileiros (embora há de se dizer que o autor não critica a cultura americana, a satiriza juntamente a brasileira); por outro e do outro lado, os alienígenas são brasileiros, ou, ao menos, o desenvolvimento de suas respectivas personalidades compõem o reflexo do coletivo-imaginário do brasileiro.
Nos personagens, recaímos no autor, pois não há mistério algum na maneira como foram construídos: são todos eles o próprio autor ou as pessoas que à sua volta ajudaram a construir e espelhar sua psique – é mais fácil se conhecer o autor pela leitura do livro do que por seu próprio currículo –, são amigos, colegas e entes queridos transformados em homens, extraterrestres e/ou robôs. Desse modo, é a trama dos personagens que contém a “novela” dentro daquele sentido bem brasileiro, e esta não vai além de um drama pessoal e familiar, não existe nenhuma “super aventura através do espaço”, retrata a problemática de uma família cruzando o plano dimensional, e que nos leva a uma segunda pergunta, justo aquela que remete ao título da obra: Será que um homem conseguiria se adaptar em um mundo alienígena? Certamente, pois a história é, sim, de final feliz. Todavia, se não é uma super aventura, o processo de adaptação da família, a adução, se coloca como pano de fundo para a narrativa que, esta sim, através de fatos históricos do Brasil e de nosso mundo moderno/contemporâneo, reescreve ludicamente a evolução de nossa sociedade atual até um patamar capaz de habitar o sistema solar por completo, como um grande conto de fadas – ainda que satirize, até, o próprio conto de fadas e a nossa real capacidade de chegarmos a tal patamar “alienígena”.

E como se dá esse processo de “adução” de uma inteligência humana ao patamar alienígena que a obra descreve? Ora, se os personagens da obra são o próprio autor e o autor é professor, a adução ocorre na sala de aula. De modo que a partir de certo ponto, quem narra a história desse mundo alienígena e como evoluímos até ele é o professor (um professor alienígena). E o professor vai perpassar diversos campos da ciência para ensinar sobre o sexo dos anjos para quem antes acreditava que anjo não tinha sexo.

O parágrafo segundo deste texto também indica o embasamento desta obra quando ela se propõe navegar pela temática anteriormente exposta através da ficção-científica: a bibliografia que segue em anexo – acredite: ela não está lá para encher linguiça; palavra do autor –, que não só embasa, mas inspira e, direta e indiretamente, aparece por completo no texto da obra, pois procura atender a metodologia científica de estudo, busca retratar referências de uma narrativa lúdica e completamente fictícia, mas que possui e se descreve por meio de uma linguagem científica de cunho epistemológico – pois parte do pressuposto que no futuro saberemos muito mais sobre a nossa ciência atual enquanto descrevem campos ainda inéditos –, e tenta se estruturar como um estudo-científico, dado que aborda elementos das áreas de exatas, humanas e biológicas – diz o autor, brincando, que esta obra seria sua tese de doutorado se as ciências que aborda fossem factíveis.

Se ressaltarmos o cunho científico da obra, vale frisar também como o autor procurou organizar e estruturar a mesma, e aqui vale recorrer à experiência e à formação do autor, que vem da área editorial e convive de perto com o mundo acadêmico. Partindo desses dois fatores, o objetivo do autor com seu livro busca cumprir duas metas: ser útil para os alunos e comercialmente viável para os publishers. Assim como Érico Veríssimo se colocou na pele do índio Tibicuera para narrar a história do Brasil, Pedroom Lanne tenta contar a história do Homem pela perspectiva do alienígena, mesmo que desprovido da maestria do primeiro, mas objetivando o mesmo, que o livro sirva para estimular o debate em sala de aula em torno de como se compõe a nossa atual sociedade globalizada. Para cumprir esse objetivo é que a história vai navegar em um grande e divertido exercício de futurologia e imaginação que perpassa vários campos da ciência, conforme se procura destacar aqui. Nessa meta, o autor procurou trabalhar uma linguagem simples, direta e acessível para seus alunos, ao mesmo tempo em que busca ser complexa quando adota o discurso científico para descrever o mundo dos alienígenas – para fisgar e capturar os desacostumados e agradar aqueles que conhecem o mundo literário acima dos 144 caracteres por frase. Levando-se em conta que o personagem central da obra possui 11 anos e o coadjuvante cinco anos, também considerando uso da linguagem com ausência de expressões de baixo calão, daí entendemos porque o autor identifica seu público como jovem e adulto ou, como ele próprio diz, “para todas as idades”.

Quanto ao cunho comercial da obra, para tal o autor procurou se utilizar de dois fatores básicos: o uso e a quebra de clichês. O primeiro grande clichê é o próprio alienígena, pois a obra não tenta reinventar essa figura, e sim trabalhar dentro do que há de mais comum no imaginário popular em torno do assunto, mas, claro, levando em conta as ideias do autor em torno de sua proposta criativa. Por outro lado, para que a história não se tornasse apenas mais um grande clichê, o autor procurou quebrar alguns tabus em torno desses clichês. Por exemplo, na tentativa de não inserir a figura do antagonista na obra, de deixar de lado a ideia de que alienígenas são bons ou maus – eles são como nós –, ou trabalhar em torno do clichê da ameaça ou da invasão alienígena. Há de se dizer também que o autor optou por personagens humanos de origem norte-americana, linguagem politicamente correta e o uso de alguns clichês sobre os alienígenas também pensando em um possível apelo sobre o público e o mercado editorial dos Estados Unidos e países consumidores de sua respectiva cultura (começando pelo Brasil).

Por fim, o autor poderia tentar descrever sua obra por meio do que ele próprio se espelhou como fã da literatura e, mais especificamente, da ficção-científica, ou seja, pelos grandes escritores que o inspiraram. Nesse sentido, a primeira coisa a se dizer é que se ele falhou ao tentar ser Veríssimo, talvez tenha conseguido razoável sucesso ao personificar Monteiro Lobato, construindo personagens humanos e alienígenas que mais se parecessem com meninos(as) levados(as), bonecas inteligentes, bichos falantes ou espigas de milho robotizadas, mas fato é que o reflexo mais nítido que o autor buscou no espelho foi o do escritor francês Jules Verne. Ele próprio afirma que, em dado momento no início de seu trabalho, fez uma ampla pesquisa sobre a vida e a obra de Verne para tentar imaginar aquilo que tanto Verne quanto outros autores clássicos de ficção não haviam imaginado, a fim de escrever algo tão fantástico quanto inédito e que, já quando completa a obra, percebeu que havia atingido o objetivo a que se propôs, ainda que não pudesse afirmar que sua imaginação não tenha criado com alienígenas algo muito diferente do que J. K. Rowling criou em um mundo de magia e bruxos. Apenas pode-se dizer que ninguém descreveu os alienígenas e o sistema solar, tampouco o nosso mundo e o Brasil nesse contexto, como imaginou Lanne, pois, se ele fracassou ao mirar tão alto no reflexo do espelho – “sim, existem muitos escritores muito melhores que você”, foi a resposta –, encontrou o sucesso ao fazer de sua obra, sobretudo, apenas divertida.


site: www.pedroom.com.br/aducao.htm
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Um Simples Leitor 06/12/2016

Adução - Resenha
A família Firmleg, está voltando de férias juntamente com o piloto do avião, amigo de Bob, Kelly. O fim das férias de Bermudas representa uma enorme tristeza para toda a família assim sendo marcado por brincadeiras que a irmã de Billy, Sandy, não gosta nenhum pouco. Nessas brincadeiras tinha justamente um avião em mãos colidindo na barriga dela dizendo "Bum! Estão todos mortos". Depois de perceber que algo não está normal, Billy chama seu pai para olhar a janela do avião onde podem se deparar com uma parede de água que cerca todo o avião. Júlia, esposa de Bob e mão dos dois meninos estavam gritando loucamente e pensando o que seria das crianças. Ambas estavam se segurando nos assentos e desprovidos do cinto de segurança já que nunca imaginariam algo desse tipo numa volta das férias. Billy diz ao pai que não quer morrer e sente tão impotente sem poder fazer absolutamente nada e naquele momento percebe que o avião parou de girar e segue caindo em forma retilínea e vê a morte próxima ao enxergar o chão logo à frente. De repente o avião para em um movimento rápido e todos ficam sem entender o que aconteceu. Depois de todo o turbilhão de momentos, toda a família percebe que ainda não tinha acabado. O teto estava se mexendo e eles não sabiam identificar exatamente o que era. Eles encontram o corpo de Kelly debruçado em meio ao calor da emoção e tentam trazer o piloto de volta mas já é tarde.




E em meio aos pensamentos de acharem que estão mortos, Julia faz a pergunta se morreram e para não assustar as crianças, Bob tampa a boca da esposa rapidamente. Billy está olhando a janela e aflito diz ao pai que há algo la fora e imaginam ser ajuda. Algum tempo de desespero depois, acabam vendo que não são humanos e sim alienígenas que está ali. Não é apenas um, são dois. Assustados eles não sabem o que dizer e acham que vão morrer. Billy sabe que não são criaturas ruins e tenta acalmar o pai ao mostrar que um deles está tentando ajudar Kelly. Depois de trocarem uma ideia e todo o medo já ter ido embora, até se comunicando estão de uma forma que consideravelmente normal. Billy sempre gostou de criaturas assim em filmes e está mais que animado e sem receio de algo ruim possa acontecer.



Um diálogo de forma bem estranha começa com os dois alienígenas que estavam resgatando a família Firmleg e que me deixou bem confuso. De forma diferente, o diálogo da as duas personagens o direito de fala com palavras aleatórias onde explicam o que está acontecendo. Depois de saberem que os Firmleg são homo sapiens, vão atrás de repostas para saber se é verdade. Perguntam a data para Billy, ele responde e captam que são terráqueos de um calendário antigo. Nesse primeiro diálogo, depois de Billy ser Lobotomizado, eles iniciam uma conversa com ele fazendo perguntas. Billy não consegue mover nenhum membro de seu corpo e pensa estar morto e é aqui que explicam o porque de Billy estar ali e começam a interagir normalmente. Essa forma de diálogo me assustou muito.



A história é muito complexa e difícil de entender. Para ser bem realista, a minha vontade que fez eu terminar toda a leitura. Em um certo momento me vi cansado de tudo isso. O livro tem forma de um livro didático e isso me deixou estressado no momento em que mais queria ler porque logo eu me sentia exausto. Tem muita explicação de como tudo acontece e deixa de lado toda a ação. Como é um livro futurista, imaginamos de cara que iremos ler sobre algo muito foda como lutas épicas e uma briga por viver em um espaço desejado e toda essa emoção, morrer ao ler textos extensos de explicações que são importantes para a trama e que por fim, não conseguimos captar tanta coisa escrita.



Reforçando para o lado de como tudo acontece em base da sociedade alienígena em paralelo com a nossa existência, é muito bem explicada. Se eu tentar procurar um erro grave aqui, certeza que custarei achar. Tudo é tão real, que me fez acreditar que realmente pode existir alguns universos paralelos por ai, que existe vários Jalysson's com outros formados que me sinto lisonjeado de saber e seria meu sonho conhecer cada um. Não queria eu passar por toda experiência que Billy e Sandy passaram. Ao saber que os pais estavam ficando loucos, delirando a achar que estavam no céu e que tinham morrido e ao mesmo tempo não saber que estava grávida, me deixa angustiante.



Um tema pouco aceitável e totalmente proibido aqui no nosso país, Pedroom reflete a um sistema onde a eutanásia é considerável normal a todo momento que qualquer ser queira usar. Durante a história, Billy e Sandy são obrigados a escolher como será o futuro de seus pais. Eles não conseguem viver na condição aceitável como eles e apenas suas consciências estão vivas. Depois de um tempo de quase se acostumarem com isso, as crianças vê que preferem deixar seus pais em uma paz, mas o fato de matar os pais, Billy volta a trás e obviamente, eu faria o mesmo. Brigaria por isso. Como assim esses alienígenas tem tecnologia para manter uma super Mãe ativada e não conseguem normalizar o caso de vida dos meus pais? Como assim eles não conseguem curar um câncer?.



A ligação dos personagens é de suma importância para toda a trama. Desde James kelly que morreu logo no primeiro capítulo até a super Mãe e Pai, nos mostra toda competência que um livro pode ter. Ao descobrir o que podem fazer, ao lado de seus pais recreativos e aprendendo as coisas que é importante para sua formação, deixa a curiosidade de Sandy e Billy aguçada e saber mais ainda. Sandy é o tipo de personagem sombra. É impossível saber em quem se tornará. Ela mostra que uma garotinha medrosa que fala errado, pode se tornar alguém mais útil a sociedade deixando esse lado corajoso assumir a posição. Com uma inteligência que não parece ter fim, acaba colocando o próprio irmão ao qual achei que seria o espertão de lado.




Temas cruéis são analisados nesse livro. Como por exemplo, deve imaginar que não existe uma coisa tão triste como o bullying! Opa, existe sim. E nesse atual ponto infinitivo não é aceitável. Muito bom abortar temas assim em livros desse tipo porque mostra que mesmo sendo tudo muito bonito, sempre tem alguma coisa que corta o barato das pessoas. A intolerância racial também tem um reforço adquirido logo após.

site: umsimplesleittor.blogspot.com
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Natasha 02/02/2023

?
Não possui plot, é apenas uma grande exposição à esse universo intrinsecamente perfeito, e se é perfeito não tem nada a ser feito, só exposto.
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