O Reino de Deus Está em Vós

O Reino de Deus Está em Vós Leon Tolstói




Resenhas - O Reino de Deus Está em Vós


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Vivi.Montarde 04/07/2020

Tolstói realmente era uma pessoa à frente da época em que viveu. Quando finalizamos a leitura é inevitável chegar à conclusão de como ele era inteligente e sábio.

Com muita sensibilidade ele nos mostra que o cristianismo não é algo abstrato e impraticável. Pelo contrário, o cristianismo na sua essência requer uma mudança de vida, que mudemos de comportamento.

De acordo com Tolstói, o cristianismo prega o amor, inclusive aos inimigos, a fraternidade, o perdão das ofensas. Portanto, é incompatível com a guerra, com o homicídio e a tortura. E quem comete e defende tais atos não pode se dizer cristão, pois seria hipocrisia. Daí vem a crítica aos governos e as instituições religiosas, que deturpam o cristianismo.

Por isso ele pede que ouçamos nossa consciência, a voz da razão, que não continuemos a ignorar o verdadeiro cristianismo.

O cristão não briga com outrem, não ataca o próximo, não usa de violência para com ninguém. (Pág. 207).
Scila 18/10/2022minha estante
O livro tão necessário nesse momento


Vivi.Montarde 18/10/2022minha estante
Verdade. Até hoje o cristianismo não foi entendido por muitos né?!


Scila 18/10/2022minha estante
Infelizmente ?, só tem piorado




Reynaâ¤ï¸ 12/01/2022

Revolucionário
A leitura foi um tanto cansativa, é um livro antigo e a escrita não prendeu muito, é o tipo de livro que precisa ler, parar, e digerir as informações, de forma que foi bem demorado.
Apesar disso os temas apresentados são muito interessantes, e o autor fala deles não com indiferença mas parece ter toda a alma nesse livro, coloca toda sua revolta nele de forma que se parece muito revolucionário, tanto que foi banido de seu país de origem.
Não concordei com todas as coisas que o autor expõe, mas muitas delas são verdadeiras e funciona muito para abrir os olhos. É um livro para ver como os mandamentos cristãos que discordam da violência são ignorados ou apenas não seguidos.

"Fala-se da hipocrisia dos fariseus. Mas a hipocrisia dos homens de nosso tempo supera em muito aquela, relativamente inócua dos fariseus."

"Os homens vivem, já há muito tempo, contrariamente a sua consciência."
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Guilherme.Oliveira 17/01/2023

Gosto das obras do Tolstoi e está não foi diferente.
Durante boa parte da leitura, o filme "Até o último homem" do Mel Gibson me veio a memória.

Notei umas nuances anárquicas nesta obra dele.
Mais que nas outras já lidas...
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Wilton 17/07/2015

Arauto de uma nova era
Livro surpreendente, não pelo tema, mas pelo autor. Liev Tolstói nunca foi tão sensível e religioso como nesta obra. Nela, o grande escritor exige que o cristão assimile os ensinamentos de Cristo. Revela-se adversário da religião constituída de celebrantes, ritos, dogmas etc. Para ele, o ensinamento de Cristo é bem simples e impõe ao homem que ame ao próximo como a si mesmo e que não resista ao mal por meio da violência. Mune-se de argumentação sólida. Tolstói é competente na defesa de sua tese. Não ouso dar um parecer sobre a concepção religiosa do autor. Mas, afirmo que ele soube defender galhardamente o seu ponto de vista.
Edy Marques 16/04/2017minha estante
"Não ouso dar um parecer sobre a concepção religiosa do autor. "

Ness parte eu fiquei confuso, não sei se ele acreditar no lado espiritual ou místico do cristianismo. Aparentemente parece que ele não acredita, pois ele chega a falar que esse lado é ultrapassado. Mas de fato no restante ele é fenomenal. Os argumentos são fantásticos e leva o leitor a pensar, repensar, se autoavaliar enquanto cristão.




Nícolas 31/12/2022

A filosofia pacifista de Tolstoi
Nesta obra, Tolstoi expressa seu credo e elabora como a filosofia da não violência do sermão da montanha de Jesus implica na rejeição se todo e qualquer tipo de violência.

O conceito em si é utópico e o próprio autor mostra ter ciência disso, uma vez que é impossível um ser humano seguir a risca o que é proposto. Tratando-se mais de uma filosofia para guiar nossas escolhas do que um manual literal para ser seguido.

Trata-se de um livro importante quanto a crítica do conceito animalesco da guerra e ler um livro de tal natureza, de um russo, em plena guerra da Rússia contra a Ucrânia mostrou o quanto nós valorizamos nossos grandes pensadores mas, ainda assim, seguimos sem levar suas ideias em consideração.
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Maiara.Reinert 28/12/2023

Violência inata do Estado...
Aprendo que como juíza terei muitas decisões difíceis a tomar que a princípio parecerão contrárias ao Cristianismo. Porém creio que se Deus me colocar lá é para honrá-lo sem me importar com o perigo de perder a posição, pois se Ele me deu, somente Ele pode tomar e as minhas contas eu devo a Ele e não a este mundo. Para isso eu só peço coragem meu Deus, para que seja sempre feita a Tua vontade e não a minha.
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Luan Carvalho 16/12/2015

Revelador
Tolstói, após uma fase de amadurecimento espiritual, se dedicou a escrever textos que se diferenciavam de suas demais obras - que o público já estava acostumado e que o levaram a ser um renomado escritor russo, como Guerra e Paz e Anna Karenina - pelo teor puramente filosófico e religioso. Eu por exemplo li O Reino de Deus Está em Vós logo após ter lido A Morte de Ivan Ilitch. A Morte de Ivan Ilitch, apesar de ser um livro com uma reflexão muito mais profunda do que a aparenta à primeira vista, não despertou em mim o entusiasmo que senti ao ler O Reino de Deus Está em Vós. Essa última é uma obra reveladora - se eu fosse descrever para um amigo eu trocaria a palavra reveladora por mind blown - e posso dizer que mudou a minha forma de encarar as turbulências da vida, assim como a minha própria vida, e a maneira como eu enxergo a religião. A obra possui várias críticas negativas, porém a grande maioria parece não entender a essência da mensagem transmitida por Tolstói.
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Saori 9¾ 15/01/2021

Bom.
Tolstói faz uma crítica as sociedades cristãs, ressaltando toda hipocrisia existente ao tentar conciliar religião e Estado; para o autor, o não matarás não pode ser justificado mesmo mediante a um juramento ao Estado, enfim, uma ótima leitura, mas, não indicaria como primeiro contato com o autor (como foi meu caso).
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Daniele.Couto 10/05/2020

É um ótimo livro para refletir. Apesar de eu não concordar com a opinião do autor em vários momentos, os argumentos são fortes e faz questionarmos sobre o real sentido do Cristianismo.

"E, não obstante todos os esforços dos homens, não é possível esconder que uma das principais condições da vida cristã é o amor não a palavras, mas a fatos."

"Aquele que ataca seu próximo, ou que o ofende, provoca sentimentos de ódio, origem de todo o mal. Ofender o próximo porque ele nos ofendeu, com o propósito de repelir o mal, é reprovar uma má ação, é despertar ou pelo menos liberar, encorajar o demônio que pretendemos repelir. Satanás não pode ser expulso por Satanás, a mentira não pode ser purificada pela mentira e o mal não pode ser vencido pelo mal."
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Welliton 30/09/2020

Livro com linguagem fácil de ser entendida, mas cuja leitura requer seja contextualizada no seu tempo, notadamente porque não reflete os movimentos cristãos recentes, cujas dinâmicas e axiomas alteram significativamente as categorias de análise utilizadas pelo autor.
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Monique 02/02/2015

O tempo passa, mas as coisas continuam as mesmas.
Tolstoi elucida com perfeição que o militarismo, a submissão da Igreja ao poder dos homens e do Estado não estão de acordo com o que Jesus pregou há tanto tempo atrás.
Nada do que ele informa está errado, é imaginativo ou subjetivo. Pelo contrário, é real e nós vemos tudo o que ele diz até hoje. O que ele viu, nós continuamos vendo. Chega a doer.
A única coisa que não vemos mais é um pobre coitado, lutando apenas pelo seu alimento e por suas terras, ser chicoteado pelos homens do Estado através dos militares. É triste. Mas, todo o resto ainda continuamos vendo.
Eu não sei como anda aos sacerdotes da Igreja ou de qualquer religião que seja a respeito do serviço militar e de como isso contradiz as leis de Deus. Acredito que eles deixaram de se manifestar e tomaram seu próprio lado sobre isso.
Eu apenas sei que as coisas se repetem e tudo que aconteceu de ruim, ainda acontece. Toda a exploração e a vilania do poder.
Eu desejaria do fundo de minha alma, bem como Tolstoi desejou também, que a cena do conto A nova roupa do imperador se repetisse entre nós e os hipnotizados, acordassem do transe e voltassem para a realidade. E que os hipnotistas não tivessem mais a quem hipnotizar.
"Vejam! O imperador está nu!"

"Vejam! Eles estão nos oprimindo e nos explorando!"
Mauricio186 23/10/2015minha estante
Acho complicado ver em Tolstoi um precursor da Teologia da Libertação. O título da obra, O Reino de Deus está em vós", é quase uma negação da tese fundamental dessa teologia: o cristianismo como um programa de construção de um "reino justo na Terra" por obra dos próprios cristãos. Tolstoi nunca desespera de ver uma sociedade melhor a partir do testemunho dos bons cristãos, mas ele não é pragmático. Dando o resultado que der, devemos sofrer as consequências de nossas escolhas. Para ele é sempre possível que uma minoria cruel (a classe dominante dos marxistas) reine violentamente contra multidões desarmadas e "exploradas". E daí? Se o cristianismo for mais que uma bela lenda, então os poderosos daqui se perderão, enquanto os bons herdarão a vida eterna num mundo melhor - seja lá onde for isso.
O que eu mais aprecio em Tolstoi é essa capacidade de tornar o cristianismo a pergunta fundamental da existência. Ele é real ou ilusório? Se o tomarmos por realidade, sendo ele uma ilusão, teremos desperdiçado a única vida real que dispomos. Se o tomarmos por ilusão, sendo ele real, perderemos a eternidade. Façam suas apostas.




Deymos 10/10/2019

Decepcionante
O pior livro que já li na minha vida. Simplesmente horrível.
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Felipe 22/08/2020

Uma visão interessante sobre a não-violencia.
Comecei a leitura pensando que seria um livro evangelístico, mas concluí que ele é muito mais filosófico e político.
Não concordo com a maioria dos pensamentos do autor com respeito à interpretação dos evangelhos. Em minha visão, Jesus não veio para trazer posicionamento político, mas sim par anunciar o Reino de Deus, e através da fé, operar milagres e levar as pessoas à Salvação.

Decidi expor em tópicos o que penso da obra, por isso, ela tem SPOILERS!!!!!!:

Pontos que não concordo:

? Tolstói começa o livro respondendo à críticas recebidas de outros autores e jornalistas da época, defendendo-se das acusações e discordâncias. - Segundo a própria visão do autor sobre os ensinamentos de Jesus, ele mesmo não deveria estar se defendendo de criticas, mas dando a outra face. Permitindo que a injustiça ocorresse mesmo que com a intenção de humilha-lo.

?Segundo o autor, toda a Bíblia é anulada por uma ou duas passagens que exaltam a não-violência. O próprio Senhor Jesus afirmou que não veio para ANULAR A LEI, mas para CUMPRI-LA. Ele mesmo chegou a usar da violência para expulsar os cambistas do templo.
Creio que a intenção de Tolstói não era exprimir que nenhuma violência seria cometida de maneira alguma, mas que ela usada para destruir ou matar o próximo é pecado, mas em suas próprias palavras: qualquer tipo de violência é pecado.

? Tolstói crítica a igreja, os empresários e a política, dizendo que as três são as promotoras da violência e que o evangelho só poderia ser de fato cumprido quando as três fossem extintas.
A própria palavra de Deus fala da necessidade da igreja, quando afirma em Hebreus 10 da necessidade de congregar e nas cartas do apocalipse, endereçadas pelo próprio Senhor Jesus à igreja, ora repreendendo, ora exaltando. Como poderíamos extingui-las, sabendo ao mesmo tempo da importância delas?

Sobre a política, também recorro à bíblia para identificar a importância de liderança. - Tolstói defende indiretamente uma Anarquia - Desde o êxodo, Deus instituiu lideres (tais como Moisés, e posteriormente Josué, Saul, Davi, etc...) Para que guiassem o povo segundo as suas leis.

Quanto aos empresários, levo em consideração que Tolstói viveu na época da explosão da revolução industrial. O trabalho era pesado e haviam poucas ou nenhuma leis trabalhistas, portanto, é inegável que havia uma exploração do patrão sobre os funcionários. Hoje existem leis estabelecidas, sindicatos, justiça social que defendem o trabalhador.
Não estou afirmando que estamos numa situação ideal, mas evoluímos muito em 120 anos (creio que ainda iremos evoluir a ponto de uma equidade organizacional).

? Tolstói também não considera a indefesa pessoal. É claro que a militarização em sua época só crescia, mas ela não serve apenas para ataque, mas também para defesa do cidadão.
Imagine um mundo onde ninguém pode se defender. Àqueles que não se declaram cristãos poderiam oprimir a sociedade, violentando as pessoas e, constantemente, tomando o poder.

Pontos que concordo:

?Precisamos entender que a realidade em que Tolstói estava encaixado era uma bomba relógio: Uma época em que as tensões internacionais cresciam e as ameaças de uma Grande Guerra surgiam o tempo todo. Era natural o medo na população e o investimento massivo na militarização só contribuia para a insegurança das nações.
De fato, Jesus disse que "aquele que vive pela espada, pela espada morrerá" (Mt 26:52). Concordo que guerras e assassinatos devem ser vistos como pecado e se possível, extintos.

?Ainda lembrando da situação da época, onde a igreja católica (e a ortodoxa na Rússia) detinham o poder, é compreensível que haja uma revolta com relação ao domínio eclesiástico sobre os países, apesar de não justificar a defesa do desigrejamento. O apoio a causas anti bíblicas eram comuns às entidades religiosas desde os tempos de Constantino. Hoje, apesar de ainda haver muita apostasia, existem igrejas sérias, comprometidas com o evangelho do Senhor Jesus.

?Apesar de eu discordar de muita coisa, houve algo que mudou meu pensamento. Antes da leitura dessa obra, eu acreditava que o que corrompia o homem era o sistema. Mas Tolstói nos mostra que é responsabilidade do homem se posicionar e FORMAR O SISTEMA. Ele tem toda razão.
O sistema não é um organismo vivo, nós somos! A ação do indivíduo causa uma reação, inicialmente por outro indivíduo, depois aos grupos, depois aos meios, até que o sistema é alterado. Tolstói exemplifica isso através do exemplo do enxame de abelhas. Mudei minha forma de pensar... Ou você é transformado pelo sistema, ou TRANSFORMA O SISTEMA!

No geral foi uma leitura muito agradável. Agora pretendo conhecer os romances do autor!
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