Carla.Parreira 04/10/2023
Quebrando o Código da Vinci
Pelo nome dá para perceber que o livro fala sobre o outro livro chamado O Código da Vinci, escrito por Dan Brown. Eu não li este ultimo, mas assisti ao filme. Darrell em seus estudos sobre o assunto divide o livro em oito códigos.
Na versão e opinião dele, a associação de Maria Madalena com prostituição é muito improvável (código 1);
Jesus tinha uma vida diferente por causa de sua relação com Deus, de seu acesso ao poder divino e de sua ressurreição. Uma das crenças básicas da fé cristã é que Jesus era humano. Então, se tivesse se casado e fosse pai, sua relação conjugal e sua família teoricamente não diminuiriam sua divindade, mas seriam apenas reflexos de sua completa humanidade. Se Jesus tivesse se casado, não haveria motivos para que tal fato fosse escondido e os argumentos racionais sobre o acobertamento de supostas relações não possuem fundamentos na teologia (código 2);
Era antijudeu o fato de Jesus não ter sido casado, mas o fato de ter sido solteiro podia ser compreendido e respeitado por outros judeus do seu convívio. O casamento não era um passo necessário para que Jesus tivesse credibilidade cultural no contexto judaico de seu ministério. Além do mais, Jesus não seguiu as limitações culturais impostas na época, tanto é que, em relação às mulheres, envolveu varias delas em seu ministério. De tal modo, o romance ficção não é bem fundamentado quanto às suas alegações e conclusões históricas (código 3). Os dois códigos seguintes (4 e 5) falam dos evangelhos gnósticos (secretos) e os quatro evangelhos do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas e João), mas não me acrescentaram maiores esclarecimentos sobre o assunto. Posso ressaltar que o dualismo da seita Gnóstica é interessante para principio de esclarecimento, mas suas teorias me pareceram desconexas e incabíveis do meio para o final. Além disso, acho muito hipotético investigar se houve modificação ou omissão dos escritos evangélicos por parte de Constantino e o Concílio de Nicéia. Em seqüência, comprovei que a pintura de Da Vinci tem de fato, embora menos evidente, outro ?V? em seu lado direito, com outra mulher pintada, a qual em nenhum momento é mencionada por Dan em seu livro. Conclusivamente, Jesus estava valorizando todos os seres humanos, e não apenas um gênero (código 6); Todas as teorias relacionadas ao Priorado de Sião, aos Templários, à Opus Dei e à linhagem merovíngea ligada à descendência de Jesus podem até ser fascinantes, mas não tem nenhuma relação verdadeira com uma linhagem de Jesus. Quem quer que tenha sido Maria Madalena, ela não é o cálice sagrado com uma linhagem de descendentes reais de Jesus (código 7);
Por fim, Maria Madalena é muito mais importante como discípulo do que como esposa de Jesus (código 8).