Resenhas - Jovens de Elite

AnaLi3 03/07/2023

Tão bom quanto da primeira vez que li
?Sinto muito, sempre a mesma coisa. O que se pode comprar nesse mundo com um pedido de desculpas??

Em uma era medieval, a febre do sangue devastou grande parte da população, deixando seus poucos sobreviventes marcados com uma maldição que muitos diziam ser a ira dos deuses. Também chamados de malfettos, essas pessoas eram excluídas da sociedade, viviam sem nenhum previlégio e eram condenadas à morte ou a prisão. Contudo, alguns desses sobreviventes herdaram além. Eles possuíram dons, poderes que preferem deixar em segredo, os denominados ?jovens de elite?.

?Alguns nos odeiam, pensam que somos fora da lei a serem pendurados na forca. Alguns nos temem, pensam que somos demônios a serem queimados na fogueira. Alguns nos adoram, pensam que somos filhos dos deuses. Mas todos nos conhecem.?

Adelina Amouteru, junto com sua irmã, é uma sobrevivente que vive nos maltratos do pai até o dia em que descobre que ele irá vendê-la. Pasma, ela resolve fugir e é durante essa fuga que suas habilidades sobrenaturais são descobertas e o caos de sua história ganha vida.

Quando terminei esse livro passei horas com ele na cabeça. Me emocionou muito, me prendeu e eu nunca mais tinha terminado uma história com tanta raiva e indignação (Em um sentido bom, se der para entender, pq não só de emoções boas se vive um leitor). Marie Lu criou um universo maravilhoso, com uma narrativa muito bem trabalhada e equilibrada. Mesmo com várias coisas acontecendo de uma vez, como guerras, batalhas e tretas internas, ela consegue fazer com que cada assunto chegue ao leitor em doses certas e com isso vamos captando detalhe por detalhe, emoção por emoção, sem ficar disperso.

Tenho pouquíssimos personagens favoritos, sempre vou juntando pedacinhos durante as leituras mas a Addie é fascinante (mesmo as vezes sendo meio idiota). Ela foi criada para ser uma anti-heroína/vilã. Suas ações são duvidosas. Sua mente é traiçoeira. Ela pode errar mas ainda assim você vai ficar do lado dela. Adelina é a prova do que acontece se você der ouvidos ao seu lado negativo e deixar todos os seus demônios tomarem conta da sua mente. Os poderes dela se alimentam da revolta, do medo e da escuridão que começou com ela própria.

Ainda não acredito que demorei sete fücking anos para dar continuidade a essa história. Já iniciei o segundo livro e minhas expectativas estão lá em cima para o desenvolvimento da Addie ainda mais por ser o mais sombrio (segundo a autora). É uma pena essa trilogia não ser muito conhecida. (Aponto o dedo facilmente para dizer que jovens de elite dá um belo banho em muito livro hypado por aí).

?Se você me expulsar da sociedade do punhal, formarei minha própria sociedade. Estou cansada de perder. Cansada de ser usada, ferida e jogada fora. É minha vez de usar, minha vez de ferir. Minha vez.?

? Você está comentando um erro por não me matar agora.

Clio0 08/05/2020

Leitura rápida e bem escrita.

A autora me surpreendeu ao escrever o início da história de uma vilã. Especialmente por esse tipo de abordagem não ser tão comum em livros infanto-juvenis.

Talvez chamar a protagonista de vilã seja um pouco de exagero... O mundo de Jovens de Elite é essencialmente um mundo político, e tudo o que é feito têm mais de um viés. Adelina, a personagem principal, é carismática e representa bem os problemas que uma pessoa com uma infância traumática pode ter.

Infelizmente, a única boa caracterização termina com ela. Os outros personagens, incluindo o antagonista e o interesse amoroso não tiveram o mesmo desenvolvimento, apresentando motivações e expressões que não fogem muito do chavão.

Enfim, poderia ter sido melhor.

emysants 18/05/2023

Protagonista burra.
Eu criei muita expectativa com esse livro pq me falaram que a autora iria desenvolver a protagonista como uma vilã.
Porém, achei a protagonista bem burrona mesmo. A personalidade dela se resume em "oh, eu só sinto raiva, medo e blá blá blá" nota dó. A forma como ela pensa é bem básica e não houve nenhuma profundidade para ela virar uma vilã, os motivos são tão???????
Sobre o romance, não tem romance. Aquilo não pode ser considerado um romance.
Os únicos personagens que eu gostei foram o Enzo e o Raffaele. No entanto, achei bem rasos, foram mal explorados.
O final não me deixou muito animada para ler os outros livros da trilogia. Espero ver essa "grande vilã" que tanto falam no segundo livro.

zoni 01/02/2020

Não funcionou pra mim, e sendo bem sincero, só as descrições dos cenários e vestimentas me fizeram ficar levemente entretido por aqui.
Antes de começar a ler esse desabafo ou resenha, depende de como você quer chamar, precisa ter em mente que esse texto estará repleto de spoilers. Então se você não quer ler esses spoilers pois pretende ler esse livro em algum momento da sua vida, é melhor parar por aqui. Está disposto a continuar e não quer parar? Você tem certeza? Então vamos continuar o nosso papo. Esse livro não funcionou pra mim de forma nenhuma, e eu realmente tentei encontrar alguma coisa que chamasse a minha atenção, que me fizesse criar algum tipo de afeição, e quando eu finalmente encontrei... bem, foi a personagem mais negligenciada da história.

Eu iniciei a leitura totalmente incomodado com a extensa narração sobre o passado da protagonista, era um texto tão arrastado que estava me causando sono, mas foi somente quando iniciei um novo capítulo que percebi que realmente não iria gostar, já que o texto estava me incomodando. Geralmente eu não compro a ideia de dois ou mais POV, porque na maioria das vezes, isso não é feito de uma forma muito boa, e aqui não deu muito certo. Os capítulos da Adelina, a protagonista, são narrados em primeira pessoa, já os outros capítulos, narrados por outras personagens, são feitos em terceira pessoa, e isso me leva a acreditar que a autora tinha medo de confundir a voz de suas personagens, e admito que essa sacada poderia até dar certo, e pode ter dado certo para todos os outros, mas eu, fiquei muito incomodado, às vezes o menos é mais. Os meus problemas com Adelina começaram logo na narração, mas não pararam por aí, enquanto me arrastava por uma história original, mas cheia de elementos clichês, ficava me perguntando se a personagem era realmente o que aparentava, já que o líder dos Jovens de Elite não confiava nela, ficava aquele ar sombrio e cheio de suspense, "heroína ou vilã?" e a resposta não demora a vir, enquanto a história corre em passos rápidos em capítulos arrastados, Adelina descobre um lado sombrio em seu coração, nos mostrando uma garota invejosa, rancorosa, e bastante ambiciosa, uma anti-heroína bizarra.

Os personagens secundários, são pouco explorados, não dão profundidade ao mundo que a autora faz a gente acreditar ser real, não movimentam a trama e torna difícil o ato da gente passar a se importar ou até mesmo notar a maioria deles. E um bom exemplo disso é Raffaele, o melhor personagem de longe. Ele bonito e charmoso e tem bastante potencial, mas esse potencial é totalmente desperdiçado pela autora. Nos agradecimentos a autora nos conta que estava escrevendo um outro personagem protagonista, mas que não estava gostando de sua história porque não queria escrever um mocinho, e sim um vilão, e foi por isso que correu para babar ovo da Adelina, uma personagem chata e clichê. Em poucas pesquisas na internet descobri que o personagem que ela fala nos agradecimentos é Raffaele, e caramba, como ela foi burra, ele é o único personagem, que mesmo com pouco destaque, consegue cativar todo mundo, mas não bastando a idiotice de largar o melhor personagem de lado, ela mata (literalmente) a possibilidade de um romance LGBTQ+ na história, quando faz a aprendiz de vilã assassinar o interesse romântico de Raffaele, o Enzo.

Esse livro não me deu o que prometeu, e o achei muito fraco, o carro chefe de uma trilogia, principalmente de uma fantasia, deve ter muito mais vida, deve brilhar e encantar seu leitores para os deixar instigados e com um gostinho de quero mais. Eu realmente não tenho motivos para continuar essa trilogia, mesmo sabendo que as coisas podem melhorar no segundo volume.

site: www.instagram.com/nomeiodatravessia

ana lú 08/08/2021

?Jovens de Elite? é um livro diferente de todos que li. Nele você não lerá a história e a trajetória de uma personagem que irá salvar o mundo, mas sim a história de Adelina Amouteru, uma menina que assim como várias crianças contraiu a febre e sobreviveu, mas foi marcada pela doença com seus cabelos e cílios prateados e um poder recém descoberto.
O livro traz uma narrativa leve e fácil de ler. Com uma escrita fluída e um universo bem construído.
Gostei bastante do livro todo, sendo que, a única coisa que me incomodou um pouco foi o fato de sempre que a personagem tentava resolver o problema algo acontecia e as vezes isso parecia meio forçado, mas de certa forma isso foi importante para a história!
Um livro rápido e gostosinho de ler! Perfeito para você que quer algo diferente e rápido!

fer 08/02/2022

Jovens de Elite
Um livro com universo e intrigas políticas muito bem trabalhados!

Confesso que me surpreendi com o livro, é outro dos que eu comprei porque o valor era baixo e ficou parado na estante por meses.

O desenvolvimento dos personagens é muito bom, da pra entender a mente e quando acontece a mudança dos pensamentos da protagonista principal ao longo de cada página. Achei muito legal em alguns momentos poder ler como os outros pensavam, era interessante ver o que todos achavam da personagem principal enquanto ela não fazia ideia de nada.

Como disse no começo, o universo e as intrigas políticas é muito bem trabalhado, com detalhes que fazem sentido e coisas que nem podemos suspeitar ao longo do livro, o que torna a leitura prima e super fluida.

Gostei muito e estou muito ansiosa para ler o próximo!

Jeny 20/05/2021

Desde que li a sinopse desse livro, já fique interessada nele, mas lendo as resenhas, despertou minha curiosidade e eu não aguentei.

Confesso que no começo eu estava meio receosa com ele, por causa das resenhas dizendo que nem era tão bom e tals, mas não podemos formar opiniões só pelos outros, né? Então eu continuei, li tudin. E se eu gostei? Amei! Recomendo pra quem me perguntar!!

Esse livro me surpreendeu, mas foi uma surpresa boa. Gostei do desenvolvimento dos personagens ao longo do livro, e eu me iludindo também, foi ótimo.

Enfim, pra quem tá em dúvida se lê ou não, dá uma chance, talvez você goste ;)

Fernanda938 28/01/2022

Me surpreendeu!!
Bom, primeiramente eu gostaria de dizer que eu gostei muito do universo em si, achei um mundo muito bem construído e a escrita da autora é bem fluída, o que ajuda bastante na hora de ler, mas também acho que acaba pegando um ritmo melhor mesmo mais para o meio do livro.

Um outro ponto bem interessante são os personagens. A protagonista em si acaba fugindo um pouco do padrão de mocinha, encarnando muito mais uma anti-heroina com um pézinho (e bota pézinho nisso) em ser vilã. Isso acaba acontecendo devido a um passado cheio de traumas que acaba gerando inseguranças e sentimentos sombrios (sabe aquele personagem com uma vibe mais sombria que a gente passa pano? Então... É ela mesma!).

Na minha opinião, alguns outros personagens também acabam sendo bem interessantes como, por exemplo, o Rafaelle e o Enzo, que por mais que não tenham sido TÃO explorados, acabam tendo personalidades e histórias de fundos interessantes. Até mesmo os personagens que eu não gostei ( Teren, tô falando de você mesmo!) Acabam tendo suas próprias histórias e motivos (por mais que você não concorde com eles).

No modo geral, a história de fundo em si é interessante e foi bem construída, por mais que não seja nada que eu já não tenha visto antes, foi muito bem trabalhada aqui. Do meio para o final acaba pegando um ritmo BEM maior, com bastante coisa acontecendo. O final me arrancou umas boas lágrimas (sigo levemente desidratada ?), e por que entendesse o lado deles, não pude deixar de sentir a dor da Adelina e só queria dar a mão para ela e levar ela junto comigo para a terapia.

Aline Michele 02/09/2022

Elite
Eu li Jovens de Elite por ser da mesma autora de Legend, Marie Lu e pensei, amei Legend e posso amar esse também.

Bom, eu não amei, mas gostei bastante.

O livro gira em torno dos chamados Malfettos, pessoas que formam acometidos com a febre do sangue, e que ao sobreviverem, ficaram com uma espécie de marca visível, o que os tornava defeituosos e sem valor aos olhos da maioria. E alguns deles, desenvolveram poderes, o que os tornava poderosos. E isso deixava as pessoas com medo. E povo com medo, já sabe né? Fazem coisas impensáveis e cruéis.

Adelina é uma malffeto. E ela tem poderes. E seu pai a detesta por isso. Ela parece se detestar por isso. Se recente da irmã, pelo carinho e atenção que essa recebe do pai. Pai que foi cruel com ela em vários momentos, a parte da venda para mim foi uma das piores.
Por isso Adelina é aquela personagem que promete. Como eu sei que o livro tem continuação, eu fiquei bem animada com o que ela pode fazer. Se será aquela heroína clássica ou se será mais real e não tão perfeita? Torço para a segunda opção.

Os personagens aqui são bem promissores na verdade. Raffaele me surpreendeu no final e eu adoro ser surpreendida e Teren é aquele personagem cheio de camadas e que acho que vai surpreender mais para frente.

Aliás eu fui surpreendida algumas vezes. Não esperava certas mortes e nem certas pessoas com poderes. E isso foi algo muito muito positivo e que me deixou curiosa para o segundo livro.

Não posso deixar de falar da escrita da Marie Lu que continua ótima. Capítulos escritos de forma apaixonante, naquele ritmo maravilhoso e gostoso de ler.

Não vou escrever muito, porque eu posso dar algum spoiler e estragar a experiência de alguém, nem todo mundo é igual a minha mãe que lê ou assiste depois de saber o que acontece né?

Recomendo.

Tamirez | @resenhandosonhos 29/08/2018

Jovens de Elite
Acho importante começar dizendo que minha primeira experiência com Marie Lu não foi lá muito positiva. Eu li Legend como um dos últimos livros de 2015 e o romance desnecessário me incomodou muito naquele livro, porém, em Jovens de Elite é quase como se outra autora estivesse escrevendo. A escrita evoluiu muito e a trama também parece ser bem superior e claramente mais sombria.

“É como uma infecção em sua mente. Há algo muito errado com ela.”

Os personagens de Jovens de Elite não são bons e de coração puro. Todos eles tem um objetivo e as imposições de vida que lhes foram feitas por serem quem são acabou amargurando-os de uma maneira quase sem volta. Por mais que tenhamos sim personagens mais sensíveis ou amáveis, a aura do livro é bastante sombria e a um certo ponto é possível perceber que nossa protagonista talvez não seja a heroína, mas sim a vilã de uma história que ela não controla ainda.

Adelina será um mix de sentimentos durante todo o livro, ela vai da menina indefesa à garota forte e de manipulável à sombria em 200 páginas e não é um salto desproporcional ou não justificável, ela simplesmente aprende ao longo da história que ninguém vai protege-la se ela não o fizer, e que estar a mercê de qualquer outra pessoa pode ser um erro mortal.

“O fantasma dele me faz companhia. Toda vez que desperto de um sonho febril, vejo-o de pé, no canto da cela, rindo de mim.”

Ela foi muito mau tratada pelo pai e sofreu uma série de abusos e isso não passa despercebido. Além das cicatrizes físicas, há muito em sua alma que à atormenta, lhe trazendo pesadelos e fazendo que muitos de seus atos sejam um reflexo desse temor que ela tem de ser novamente machucada e rejeitada. Compreender Adelina pode não acontecer num primeiro momento, mas conforme as páginas forem passando é possível ver que ela é assim por um motivo, e que mesmo tentando ser forte, esses fantasmas do passado ainda a assombram.

Uma coisa muito interessante sobre esse mundo é que a sociedade ainda não se definiu completamente sobre qual é o sentimento ou sua posição com relação aos Jovens de Elite. Eles são rejeitados pela maioria, mas também há várias pessoas que os apoiam ou os ajudam por baixo dos panos, criando uma rede de comunicação que ao chegar ao fim do livro, descobrimos ser bem maior que o imaginado.

E não vamos ficar presos em um lugar só, aparentemente. Uma coisa que sempre me deixa chateada é quando a história não anda por lugares diferentes para contar como o resto do mundo se comporta com aquela realidade, ou então nos mostrar qual é essa realidade em outros lugares. Mesmo chegando até o fim do livro andando apenas por alguns quilômetros ao redor dos personagens, logo somos levados a outro lugar, bem mais distante, onde uma configuração parecida, mas não completamente igual também está estabelecida e vai influenciar nos acontecimentos.

Acho que a capa e edição estão bem bacanas, mas sei que a tradução do nome não agradou a todos, colocando o livro aparentemente num degrau abaixo do que ele merecia estar. The Young Elites parece ter muito mais peso no título original e acaba perdendo um pouco disso ao ser traduzido. Mas a gente nunca está satisfeito né?

Eu gostei bastante dos twists do livro, principalmente dos três finais. Foi uma alegria imensa ser surpreendida em uma história que parecia se encaminhar para ter um final parecido com tantos outros livros iniciais de séries. Mas não, Marie Lu conseguiu carregar a dose certa de novidade, suspense e ~ trevas ~ nas páginas finais. Por vários momentos pensei: “não acredito que ela fez isso?”, “não acredito que isso aconteceu”; e acho que não há sensação melhor para o leitor do que ser surpreendido pela história.

Esse é um livro de fantasia que pode parecer semelhante em alguns aspectos com outras histórias, mas que vai acabar trazendo uma carga diferente e o leitor vai percebendo conforme a história caminha. Além da evolução da escrita da autora e do ar mais nebuloso que a trama traz, ter personagens que podem ser ao mesmo tempo heróis e vilões sempre causa no leitor um dúvida cruel e aquele sentimento de perda sempre que algo terrível acontece. E sim, cabeças vão rolar.

site: http://resenhandosonhos.com/jovens-de-elite-marie-lu/

Queria Estar Lendo 30/05/2016

Resenha: Jovens de Elite
Quando a pessoa sabe escrever bem, ela sabe escrever bem até o fim dos tempos. Marie Lu já se provou uma mestra na arte da narrativa e do bom desenvolvimento de uma história na trilogia Legend, e chegou arrasando tudo o que tinha direito com Jovens de Elite. Uma trama surpreendente, absolutamente original, que tem tudo para arrebatar a sua atenção.

Uma estranha febre dizimou a população do mundo antigo criado pela autora. Os que sobreviveram à doença adquiriram poderes sobrenaturais, forças inexplicáveis que derrubam os pilares do controle imposto pelo governo autoritário. Eles se tornam uma ameaça, e ameças são julgadas como atrocidades - os chamados "malfettos" são condenados a morte sempre que encontrados pela impiedosa Inquisição, e os que escapam dela buscam refúgio no desconhecido. Adelina perdeu a mãe para a Febre de Sangue, perdeu um dos olhos e perdeu a sua humanidade - aos olhos do pai, ela se transformou em um monstro. Os cabelos pálidos lhe conferem um ar sobrenatural, e há algo nela a ser despertado, uma força oculta que, quando controlada, será capaz de destruir nações. Ao receber auxílio dos Jovens de Elite e ter sua vida salva por eles, Adelina é confrontada com uma opção: ela pode se rebelar. Pode ajudá-los a derrubar o rei tirano que governa aquele mundo e impor mais justiça às atrocidades nas ruas lá fora. O preço para essa rebelião, no entanto, vai ser mais caro do que ela pensara.

Pareceu clichê? Pense de novo. Marie Lu não conta uma história de heróis. Não há um personagem completamente honrado, bondoso ou altruísta nessa trama. Jovens de Elite é uma história sobre vingança, sobre o embate entre a política medieval e a magia oculta. É uma trama sobre guerra e sobre empoderamento e sobre os limites da sua própria força. Até onde você estaria disposto a ir para derrubar um tirano? O quanto do seu poder você estaria disposto a usar para alcançar os fins desejados? Adelina é incrivelmente poderosa, mesmo instável. Ela pode criar ilusões, pode alcançar tanto poder que fará um homem acreditar estar sentindo a pior dor do mundo mesmo não infringindo nada a ele. E, por isso, ela é uma arma. Uma arma a ser controlada que, se liberta, pode se tornar irrefreável.

Adelina tem o arquétipo de uma anti-heroína. Ela não é corajosa, mas também não é covarde. Ela sabe o que quer e sabe o que precisa fazer para conseguir isso. Quando sua lealdade é posta à prova, especialmente com a irmã em risco caso falhe em sua missão, Adelina é confrontada com terríveis verdades e precisa tomar a melhor decisão para ela, mesmo com sua devoção aos Jovens de Elite. Adelina não se engana quanto ao grupo. Sabe que é uma peça no jogo de poder, que só foi salva e resgatada porque é uma arma a mais na luta contra o trono. O fato de os outros personagens nunca mentirem a ela sobre isso tornam a trama muito mais interessante, porque você nunca sabe se pode confiar completamente neles - a história cria empatia, mas também cria uma perigosa desconfiança. A Marie Lu transformou o que deveria ser mais do mesmo em uma obra surpreendente, de novo.

Além da Adelina, temos os Jovens de Elite. Liderados por um príncipe exilado - o herdeiro legítimo do trono - são um grupo rebelde que vêm tocando o terror silenciosamente, criando lendas em cima de seus feitos, deixando rastros e sombras onde o governo pode ver, mas jamais encontrá-los. São todos dotados, todos malfettos, todos amargurados com o modo como o mundo os tratou depois da doença. São poderosos e estão em busca de vingança; uma combinação muito perigosa.

Enzo é o príncipe herdeiro, marcado pela Febre de Sangue e exilado pela própria força. Enzo pode drenar fogo de dentro de si mesmo, e ele é um incêndio prestes a flamejar sobre o seu próprio reino. Enquanto os seus seguidores são mais ressentidos, mas não tão marcados pelo abandono, há em Enzo uma sombra fria e uma determinação cruel. Ele é um herói, mas também é um vilão. Ele está disposto a se arriscar, mas também a sacrificar o que for necessário, contanto que consiga derrubar o rei do trono que lhe pertence. Adelina sente admiração e temor e a necessidade de impressionar Enzo, especialmente para se provar mais que uma menina assustada; conforme seus poderes se desenvolvem frente ao príncipe, nota-se o crescimento de uma relação muito forte entre os dois.

Mas o meu ship principal definitivamente não foi esse!

Raffaele é um Jovem de Elite, e um muito poderoso. Ele também é um acompanhante na corte de prazeres que esconde o covil dos rebeldes, de modo que seu encanto e charme natural servem a ele de todas as maneiras. Adelina sente profunda simpatia pelo rapaz logo que o conhece, e melancolia também. Raffaele é marcado pela tristeza, pela solidão que impõe a si mesmo. Ele é tão... Tão. A presença e o encantamento que ele carrega nas páginas passam para você durante a leitura. O Raffaele é quase real de tão bem construído e de tão carinhoso e cuidadoso e querido.

Há marcas nele que não podem ser vistas, e talvez Enzo seja aquele que mais o entenda, que mais o ame por isso. Ambos se protegem e entendem, e isso foi tão poderoso, tão marcante. A admiração e devoção do Raffaele para com o príncipe, e a resguarda e carinho do Enzo para com o Raffaele, eu queria GRITAR E SAIR ROLANDO PELO CHÃO! MEU SHIP LINDO PODEROSO O SONHO É REAL!

Os outros Jovens tiveram seus momentos grandiosos, e sei que ainda ascenderão como grandes forças - especialmente por causa do final. Eu já vou falar sobre o final, aliás, através de um gif. Cada malfetto tem um dom único que o torna inestimável para a causa. Aranha, Arquiteto, a Caminhante do Vento. São jovens excepcionais que se erguem contra um poder menor, mas tão poderoso quanto. Eu estou ansiosa pelo segundo volume para ver como a Marie vai desenvolver os conflitos, já que o final foi um choque. Um choque absoluto, mesmo. Nem nas minhas teorias mais loucas eu tinha imaginado que a autora seria capaz de fazer aquilo, aos quarenta e cinco do segundo tempo. Foi um tapa na cara e de repente VOCÊ ACHOU QUE TINHA ACABADO? NÃO, AINDA TEM MAIS UM SUSTO! A força da Adelina, o alcance do seu poder ali no capítulos finais. Cara, essa menina vai salvar o mundo ou reduzi-lo ao pó.

Do outro lado da história, conhecemos o antagonista, Teren - sim, não é uma história sobre heróis, mas existe um vilão. Ele é a alma profana da trama, um homem que acredita na pureza da Inquisição, um fanático pela rainha e pelo desejo de servi-la a todos os custos. Existe algo de errado com Teren, muito além das ideologias cruéis e a necessidade de extinguir todos os malfettos existentes. Conforme a trama se aprofunda na história desse personagem as coisas a respeito dos seus trejeitos e dos seus ideais vão ficando mais claras e ainda mais assustadoras. A devoção dele à rainha é diferente daquela que Raffaele e os outros Jovens de Elite têm para Enzo. É uma paixão arrebatadora, quase como se a sua alma pertencesse completamente à mulher que deveria sentar no trono. E todo mundo sabe como um fanático apaixonado é perigoso.

Marie Lu me conquistou completamente com a trilogia Legend, especialmente pela narrativa frenética muito bem orquestrada e pelos momentos surpreendentes e corajosos. Seus personagens são vivos, são bem caracterizados e são muito fieis às suas personalidades, mesmo que isso pareça cruel, mesmo que suas decisões sejam arriscadas, mesmo que isso os leve à morte. Jovens de Elite conta a história de garotos e garotas lutando pela própria liberdade, pelo direito de ascenderem sobre a sociedade que os julgou descartáveis. Conta a história de uma garota capaz de controlar ilusões e de criar uma realidade para ela mesma, poderosa no que pode ser uma vingança sangrenta. É um livro altamente indicado para todos que gostam de uma trama poderosa e um final incerto.

Taylor33 01/05/2022

Eu nunca pensei q amaria tanto ler o livro de uma "vilã"
Pra ser bem sincera eu não sei quem é o vilão e quem é o bonzinho nessa história. Acho q nem existe um bem e um mal. A nossa personagem é alguém q sofreu MUITO, q nunca teve alguém em sua vida q foi bom com ela sem pedir algo em troca (Ela descobre no final q teve SIM uma pessoa, mas isso é algo q vc vai precisar ler para entender), ela sempre foi vista como um mostro, como uma aberração. E quando finalmente ela encontra pessoas q talvez a vejam como ela realmente é, essas pessoas também a deixam. Ela sente como se não pertencesse a lugar nenhum.
Os sentimentos dela são muito contrastantes, por um lado ela tem um pensamento racional, onde não se deve machucar os outros e etc.. mas ela sabe q se sente bem fazendo os outros sentirem oq ela sentiu. O poder é algo q ela deseja. Sentir as pessoas sendo submissas a ela é algo q ela adora. Lendo isso vc pode até pensar q ela é alguém horrível e sem coração, mas na vdd ela é alguém q foi muito machucada, alguém q tem uma raiva e um rancor muito profundos guardados dentro de si.

Esse livro é diferente de tudo q eu já li, pq toda expectativa q tu coloca o livro quebra. Quando vc acha q vai acontecer uma coisa acontece outra. É é incrível ler o ponto de vista de uma "vilã", pq eu tava tão acostumada a ler o herói salvando todo mundo, q esqueci como era ler alguém q pensa em si próprio. Alguém machucado q age como alguém machucado.

A experiência q esse livro me trouxe foi espetacular. E sem dúvidas eu vou ler os outros dois livros.

mica 06/03/2022

"Me diga, lobinha. Quer punir aqueles que ofenderam você?"
Já tinha tentado começar esse livro duas vezes mas a leitura nunca engatava, tentei pela terceira vez e finalmente fluiu. Já li outros livros da Marie Lu e gosto bastante da escrita dela. Gostei bastante da Adelina, mas senti que o desenvolvimento dos demais personagens foi fraco. Além do desenvolvimento do romance, mesmo que não seja o foco do livro, acho que podia ter sido melhor.

Já sabia de uma das mortes que acontece mas mesmo assim fiquei bastante chocada na hora, principalmente por ser um personagem que achava que iria estar no segundo livro.

Num todo é um livro bom e fácil de ler

Isa 07/05/2021

Eu deveria ter lido mais devagar
Ok, que livro maravilhosamente incrível, o universo que a Marie criou é de se arrepiar, nas primeiras 30 páginas eu já estava totalmente conectada com a história e com o universo, fluído demais, você lê no desespero de querer saber mais.
E nós vimos a história na visão de uma "vilã", acho incrível como a autora descreve a energia dela, como ela tem essa oscilação de sentimentos e ações...
Eu li devagar, mas parece que foi em um suspiro e terminou, me prendi de um jeito que lia e esquecia do meu redor. Incrível.

Jupiter_ 23/12/2022

Uau
Eu não sei nem o que falar direito.
Passei por momentos muito difíceis, principalmente nesse mês e nem a leitura estava me salvando de mim mesma.
Mas decidi dar uma chance para outro livro da Marie Lu (autora na qual eu me apaixonei pela escrita) e? uau.

Ainda sem acreditar que ela teve a coragem de fazer AQUILO, mas mesmo assim, que estória incrível.
Ansiosa para ler as continuações (e com medo também).