O Coronel Chabert

O Coronel Chabert Honoré de Balzac




Resenhas - O Coronel Chabert


21 encontrados | exibindo 16 a 21
1 | 2


Gláucia 17/12/2014

O Coronel Chabert - Honoré de Balzac
O coronel Chabert é dado como morto em batalha e após quase 20 anos reaparece vivinho da silva. Mas tudo está mudado: sua esposa, atual condessa Ferraud, acreditando-se viúva casa-se novamente, o cenário político de Paris é outro e o coronel precisa provar sua identidade a fim de recuperar sua pensão, fortuna e principalmente, seu lugar na sociedade parisiense. Para isso procura o famoso advogado Derville, presente em outros processos da comédia humana.
Amei a primeira parte do livro em que o ambiente de um escritório de advocacia é o palco e Balzac soube descrever de forma muito divertida e realista seus personagens: escreventes, advogados, juízes, estagiários, etc, usando piadas que tornam a novela muito atual. Aos poucos vão se delineando as intenções dos envolvidos e seus carácteres. Uma situação que parece ser simples vai se mostrando cada vez mais difícil de se resolver, especialmente por conta da forma de agir de cada um. A probidade de uns contra a malevolência e perfídia de outros. Torci por um final diferente mas achei coerente.
Fernanda 18/12/2014minha estante
Maravilhosa obra!


Gláucia 18/12/2014minha estante
Fernanda, agora quero ler Os Enamoramentos, vc já leu?


Fernanda 18/12/2014minha estante
Já li, Gláucia!! E gostei, achei que foi uma história bem surpreendente! Do Javier Marias tb havia lido o livro de contos "Quando fui Mortal", que tb achei otimo! Bjos!




jota 04/11/2013

De volta à vida...
O coronel Chabert é uma novela (tem apenas cerca de oitenta e três páginas) que faz parte do profundo painel que Honoré de Balzac (1799-1850) traçou da França do seu tempo em A Comédia Humana.

A história - muito bem escrita e interessante como quase tudo que esse genial francês nos deixou - é sobre o militar que, digamos assim, volta dos mortos e contrata um advogado para recuperar sua antiga vida, que inclui sua mulher (que acreditando-se viúva casou-se com outro e dele tem dois filhos), suas propriedades, sua pensão do exército, sua honra e sobretudo sua identidade: ele está vivo; foi vítima de um mal-entendido e consegue provar tudo o que afirma sobre si.

Essa é a parte mais interessante da história, especialmente quando acompanhamos o desempenho pérfido de sua mulher (ou ex-mulher, seria melhor dizer assim); ela nutre por Chabert um profundo desprezo e se recusa a reconhecê-lo (diz que ele é um impostor), a abrir mão de parte de sua fortuna em benefício do militar, reduzido agora a pouco mais que um mendigo não fosse a ajuda de um velho companheiro de armas e do próprio advogado que aceitou sua causa.

E daí vamos para o final, que podemos aceitar como redentor, mas que é profundamente melancólico, e que talvez nos dissesse menos sobre esse curioso personagem caso Balzac o tivesse escrito de modo diferente...

Lido entre 02 e 04/11/2013.
Daniel 04/11/2013minha estante
Estou muito a fim de ler Balzac... Vou primeiro terminar o Proust


jota 04/11/2013minha estante
Recomendo Ilusões Perdidas, meu preferido e que muita gente afirma ser sua obra-prima. Concordo.




Wilton 09/01/2013

Livro realista e romântico simultaneamente. Realista pelas descrições e características psicológicas de Chabert. Romântico pelo caráter passional das personagens. Livro de facílima leitura; li-o em dois dias.
comentários(0)comente



Christiane 07/01/2013

Mortos que revivem
Li o livro como complemento ao livro de Javier Marías "Os Enamoramentos", mas ele vale ser lido por ele mesmo. É uma brilhante percepção do medo que temos que os mortos revivam, voltem e nos atormentem, só que no livro, o morto não estava morto, foi considerado morto e com isto a vida de todos que faziam parte de sua vida se altera após a passagem do luto, seguindo seu curso, o que normalmente acontece com todos que perdem alguém. Mas o Coronel retorna e está vivo, só que retorna para um mundo onde está morto para os outros e para a lei. Aí começa seu drama, a tentativa de voltar à vida, e tudo que terá que enfrentar para isto. Por outro lado, há o choque nos que o consideravam morto, que ao se deparar com o "fantasma" que retorna, não gostam disto. É uma situação que pode ser real como a descrita no livro, mas também pode ser lida como uma metáfora sobre o medo que temos de que os mortos voltem, e atrapalhem nossa vida, interfiram, e mudem o que já está novamente ordenado, e devido à isto cumprimos os rituais para deixá-los onde estão e em paz, e como no livro, tudo se fará para mantê-los em seu lugar, o sepulcro.
comentários(0)comente



Xxxxxxxx1 06/01/2013

Interessante
Gostei muito. O livro é sobre a perda de identidade! Nele, o coronel chabert é dado como morto na guerra, mas reaparece vivo e disposto a ter de volta sua esposa(que casou e já tem dois filhos) e sua fortuna.
Com a ajuda de um advogado, chabert vai ver que o mundo jurídico nem sempre é justo, e que dificilmente o sentimento se sobrepõe à razão.
Livro pra se ler em uma sentada!
comentários(0)comente



Pseudokane3 14/01/2011

'Ipsis literis' de mim mesmo:
Acabo de acordar de um sono vespertino de 4 horas, única medida não-farmacêutica de que eu dispunha para aplainar a dor violentamente unilateral que me assolava desde que terminei de ler “O Coronel Chabert”, escrito por Honoré de Balzac em 1832. É um romance demasiado curto, no qual um velho soldado aparece numa cidadela francesa reivindicando ser um soldado dado como morto há quase 20 anos. Sua mulher casou-se novamente, todos o destratam atualmente por causa de sua penúria e feiúra (decorrentes dos severos ferimentos de guerra que sofrera) e um advogado aceita a sua causa honorífica: ele não quer fortunas, mas apenas o direito de ser novamente quem é.

Sendo parte do grande compêndio de personagens que foi reunido pelo próprio autor sob o título de “A Comédia Humana”, “O Coronel Chabert” é um de seus romances menos conhecidos, mas isto não implica que é genialmente triste e realista: é genialmente triste e realista! Tanto que, mesmo sendo um romance muito curto, precisei de longas pausas entre um infortúnio personalístico e outro, enquanto rememorava as mais do que convenientes feições de Gerard Depardieu no papel-título de “Coronel Chabert – Amor e Mentiras” (1994), portentosa versão fílmica do livro, realizada pelo conceituado diretor de fotografia francês Yves Ângelo, vista por mim faz tempo. Lembro que não entendi as miudezas sociais do filme à época, mas, no plano romântico-dramático, como me inquietou aquela estranhíssima e pertinente definição do que seria a morte...

Segundo li numa biografia rápida do escritor Honoré de Balzac (1799-1850), seus personagens trágicos não raro “se constroem e se destroem na insana busca por ‘ouro e prazer’”. É mais ou menos o que ocorre com os personagens que circunvizinham o personagem-título desta pequena obra-prima literária, ao qual o autor reserva um destino mais digno, prenunciado por um apotegma que, com certeza, seguir-me-á até o fim dos dias: “Mas o que podem os infelizes? Eles amam, nada mais”. Anotarei isto na agenda como sendo mais uma preciosa lição aprendida. E minha mãe preparou sopa!

Wesley PC>
comentários(0)comente



21 encontrados | exibindo 16 a 21
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR