Assombrações do Recife Velho

Assombrações do Recife Velho Gilberto Freyre




Resenhas - Assombrações do Recife Velho


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Polianny Martins 09/04/2024

Perfeito! Muito bom para quem é de Recife ou quem tem a oportunidade de visitar, porque ele fala lugares bem específicos que podem ser visitados.
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Lucas.Rocha 15/01/2024

O Misticismo e a Realidade Sociohistórica de Manguetow
O Recife com suas insurreições passadas, que de um passado de glórias e levantes populares, caracterizou o jeito de sua gente, forte e aguerrida. Porém, não é só de revoluções que vive a cidade Maurícia. O Recife, devido a sua forte religiosidade e seus credos, a mistura e as diversidades de suas religiões de matriz africana, dão uma espiritualidade muito marcante, que só é vivenciada nos ares tropicais da Veneza brasileira.

Um dos principais responsáveis por esse misticismo, é o sincretismo religioso, muito presente na região, o Recife de forte influência católica, cresceu sob os moldes da mistura entre a religião cristã e os xangôs, dos becos, subúrbios e encruzilhadas da velha cidade.  

Tais influências religiosas na capital pernambucana, moldaram o modo de vida ''malassombrado'' da cidade e de seus habitantes. Os becos, vielas, ruelas e ermos, são herança do crescimento rápido e mal organizado de metrópole, e sua forte miscigenação de povos da Europa, África e de terras brasileiras, ajudou e influenciou diretamente na crendice em lendas e contos de espíritos, lobisomens, mulas encantadas, fantasmas e mal-assombros. 

Neste livro que de maneira genial é narrado o modo de vida dos habitantes do Recife velho, hoje comumente chamado de Recife antigo. O autor, de forma bem elaborada, tece uma narrativa fantástica e, ao mesmo tempo, histórica, descrevendo concisamente os aspectos culturais, urbanos e da crença popular nas assombrações e lendas. 

O credo em tais assombrações e em lugares místicos não são desse tempo, pois vem de muito antes que a cidade se modernizasse de vez, antes dos arranha-céus de boa viagem fazerem sombra para os tubarões e turistas.

Sempre cresci ouvindo dos meus pais, avós e tios essas histórias populares do velho Recife assombrado, a imaginação popular da região é bastante rica, muitas dessas histórias, há quem afirme serem verídicas, há quem duvide de sua credulidade. A verdade é que a cidade pode ser realmente mágica, com suas manifestações de ''malassombramentos'' e vultos em seus velhos sobrados do tempo do nordeste holandês, dos velhos casarios da rua da aurora e da velha rua do bom jesus, a dos judeus. Mas também por suas manifestações culturais, do som que ecoa das orquestras de frevo e do retumbante baque dos maracatus em suas pontes, da magia dos seus rios e morros.

 Portanto, essa obra é um prato cheio para quem gosta dessa temática, para quem gosta do fantasmagórico e do deslumbrante mundo das aparições e crendices. A de se destacar os contos, (O boca de ouro), conto fantasmagórico e um tanto horripilante. (O papa figo) essa era o terror dos meus tempos de criança. (Um barão perseguido pelo diabo) conto realmente desolador e bem narrado, e por fim (A velha branca e o bode vermelho) bem escrito, tem uma mensagem social por trás, conto que traduz em sua narrativa um retrato histórico e cultural dos velhos tempos do Recife, velhos tempos que obviamente ficaram num passado longínquo, que o Recife não conhece mais, o Recife de hoje em dia é somente assombrado pela velha politicagem, pelo vasto desemprego e por seus trombadinhas, maloqueiros e batedores de carteira, em seus becos malcheirosos.
rscmenezes 15/01/2024minha estante
Fui em recife no começo do ano passado e fiquei encantado com a riqueza cultural presente na Veneza brasileira! Mal posso esperar pra ler essa obra e conhecer um pouquinho mais da história dessa capital!


rscmenezes 15/01/2024minha estante
Ótima resenha, meu amigo!


Lucas.Rocha 16/01/2024minha estante
Você vai gostar muito do livro, já visitou Recife, então a imersão e familiaridade com a narrativa vai ser ótima.


Lucas.Rocha 16/01/2024minha estante
Obg??




Matheus656 18/08/2023

Assombrações do recife velho
Esse livro conta várias histórias do recife antigo como a do papa-figo. A história do papa-figo é muito top o papa-figo era um senhor que pegou uma doença incurável e ele começou e sequestrar pessoas qualquer tipo de pessoas.
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Miguel 17/05/2023

Interessante, mas vá preparado
Incrível como ele não consegue parar de ser racista Uma página, porém tentando relevar essa questão por causa do contexto histórico, temos alguns casos interessantes reunidos nesse livro e uma memória de uma cidade do Recife que não existe mais nos dias de hoje, o que acaba fazendo essa leitura ter algo de positivo, apesar do racismo que sempre era presente e me deixou desconfortável durante o livro inteiro
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Renata 16/04/2023

Todo recifense precisa ler
É um livro bastante interessante, não somente pelo tópico abordado mas também pelas alusões feitas. Vários trechos do livro te põem pra pensar sobre como desde sempre a sociedade se vê admirada pelo assunto dos mortos, e claro que Recife, com seus mais de 400 anos, não ficaria de fora. São histórias que contam sobre acontecimentos sobrenaturais e malassombros que caracterizaram várias partes da cidade, como a Praça Chora-menino e a Emparedada da rua Nova. Vai ter histórias que você nunca ouviu falar e outras que são contadas até hoje. Recomendo.
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Dulci 22/01/2023

E tão rica nossa cultura e dá um imenso orgulho leituras assim! Quando estive no Recife, foi uma rápida visita e não consegui conhecer a parte histórica...mas espero algum dia voltar para este lugar maravilhoso!!O livro retrata as memórias da população recifense....memórias sobre coisas que como diz o autor, não podem ser explicadas pela ciência...podem ser sentidas por alguns, ou vistas, mas acima de tudo para quem acredita ou não, são histórias que valem a pena ser contadas e alimentam nossa curiosidade concerteza.
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LottysMaffhaus 07/01/2023

Era o lobisomem!!
O livro é escrito pelo polêmico autor pernambucano Gilberto Freyre, onde ele narra na metade do século XX o seu sobrenatural e suas histórias "anti-ciência" numa das cidades/capital mais antigas do Brasil: O recife.

No livro Gilberto Freyre vai passando por casas abandonadas que criam sons sozinha, mexem móveis de lugar, obviamente suas pontes/rios e os espíritos que aparecem de todas as formas.

Aproveitando o eixo dos espíritos, enquanto estava lendo as críticas e resenhas deste livro, encontrei comentários que afirmavam comportamento de preconceito racial e religioso na sua escrita. Eu não percebi, porém voltei trechos e a uso de palavras,sim racistas, como "negritude" e "negrada", e na intolerância religiosa existe a diferença do tratamento, se pagarmos o Freyre comentando sobre os espíritos ingleses iremos sentir as fortes "ofensas" a religiões que vem de matriz africana para o Brasil em comparação.

Mas, sobre o livro: ainda o achei fraco, as histórias começam a se tornar
Repetitivas e a sua importância sócio urbana vai diminuindo com cada vez mais frequência até chegar no zero, sem nem ter acabado o livro. Gilberto Freyre escreve muito bem em compensação, não se tornou um livro científico com termos difíceis ( além, de algumas citações de autores sobre o desnatural) e muito menos um livro sem importância alguma para a comunidade científica.

Achei um excelente livro para ser porta de entrada para o mundo do autor, fácil e útil. Como primeiro livro que li dele, teria sim curiosidades de ler outra obra deste sociólogo que é tão importante para os vestibulares e estudiosos deste Brasil.
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Viviane @resenhasdaviviane 21/09/2022

Assombrações do Recife Velho
Realizei a leitura desse livro para a LC "Entre Casas e Letras Assombradas", organizado pela Andrea Bistafa, ontem aconteceu a primeira discussão e fiquei sabendo que o livro tem uma versão em audio-book re resolvi ouvir as últimas porcentagens do livro e foi a melhor coisa que eu fiz. O narrador Flávio Costa é ótimo, fazendo entonações na voz para mudar os personagens e o foco da história, quando é assombrações fala de uma maneira quando é uma pessoa malvada fala com outro tom de voz. Amei esse audio-book infelizmente, o livro a experiência de leitura não foi das melhores para mim.

Durante toda a leitura do livro "Assombrações do Recife Velho" eu me sinti muito incomodada com a escrita dos "causos", porque muitos deles são preconceituosos, racistas, xenofóbicas e algumas falas do autor são totalmente repugnantes para mim mas, conforme fui conversando com outras pessoas e depois do podcast consegui compreender que era a maneira da época, como as pessoas naquele tempo viviam e sentiam os acontecimentos, mesmo não sendo correto era assim que acontecia.

Em diversos capítulos o autor compara fisicamente as mulheres negras com as mulheres brancas, a grande parte das assombrações eram negros ruins que vinham assombrar uma casa ou uma família de pessoas brancas que o tinha explorado, eu não acredito que os espíritos dos escravos apareçam porque são ruins mas, sim, porque eles não conseguiram descansar e estão no mesmo lugar que estiveram durante a vida.
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liaramoss 10/09/2022

podia ser tão mais...., mas não é
Acho que esse livro tem um contexto e uma vontade muito boa: a de contar histórias sobre o recife que não sejam apenas as folclóricas que o Brasil inteiro já conhece. Porém, por ser escrita por um sociólogo, Gilberto Freyre, acaba que os contos não são contados por completos, eles são mais resumidos e analisados socialmente, o que não é algo tão interessante.

Além disso tem algo que é um incomodo absurdo: o autor não consegue passar uma página sem soltar alguma palavra/termo racista ou intolerância religiosa. Eu já sabia que Gilberto era assim, conheço a sociologia dele, mas esse livro deixou tão mais explícito esses comentários horrendos e desagradáveis que o livro perdeu a essência de contar as histórias e nos apresentar as assombrações do recife velho.

É uma obra interessante, vista de fora.
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Leehrz 06/09/2022

É bem ok. Acho que esperava mais dos relatos, queria que eles fossem passados de outra forma. + O racismo e a intolerância religiosa que aparecem em alguns momentos também me incomodaram.
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Dan 08/08/2022

Decepcionante
Pode ser por pura ignorância contextual. Mas eu esperava ler as lendas do Recife Velho, e não uma análise sociológica que dentro do meu alcance intelectual, hoje não dá pra alcançar!
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Senhora Cullen 05/07/2022

Importante leitura
Vamos lá. Eu já tinha lido sobre Gilberto e suas obras mas não uma obra em si. Comecei pela mais simples que foi Assombrações do Recife velho, mas mesmo assim da pra ver coisas problemáticas. O legal de quem é de Recife é ver as ruas e cantinhos da cidade e o amor que Freyre tem por ela. É importante o ler e compreender que ele era um homem de seu tempo, mas não que a sua mentalidade era a única e ainda reconhecer a importância que ele teve no campo historiográfico ao utilizar periódicos como fonte(algo que amo) e ainda levar temas do cotidiano ou moda em suas pesquisas. O que realmente me incomoda é a forma como ele acha o mundo patriarcal escravista lindo e perfeito, mas isso vou criticar mais lendo outras coisas dele. Todo mundo deve ler Freyre. E pra quem não é de Recife, vai ser incrível conhecer as nossas lendas e a nossa história assombrada, pois como disse o próprio Freyre, "pobre da cidade ou do homem cuja história seja só história natural."
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plutine 17/02/2022

O recife das revoluções e assombrações
Esse livro me deixou bem a vontade na leitura, porque a maioria das pessoas e lugares que ele citava eu conheço, e se não conheço tive vontade de conhecer. É um livro de conhecimento do nosso Recife, pois as assombrações contam histórias, e essas falam do Recife de séculos passados. Todos os casos e casas foram incríveis.
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Jacque Spotto 16/09/2021

Sempre tive a ideia errônea que um audiolivro seria apenas uma gravação de uma pessoa lendo, até ouvir meu primeiro audiolivro "O auto da compadecida", e percebi ser muito mais que isso, a maioria desses narradores são também atores, pois eles incorporam o que o (s) narrador (es) do livro escreveu. Ele tem que interpretar e criar as emoções necessárias para traduzir em palavras audíveis o que apenas lemos de forma escrita. No caso de "Assombrações do Recife Velho", o livro escrito é narrado pelo próprio Gilberto Freyre e no audiolivro por Flávio Costa, narrador que também atuou em espetáculos teatrais, cinema e comerciais, além disso também faz shows de humor, escreve peças teatrais e já lecionou interpretação para atores.

Ouvi-lo me transportou para a época, para todas as histórias assombrosas que Gilberto Freyre coletou durante tempos, para unificar em um único livro que foi publicado pela primeira vez em 1955, onde traz relatos de pessoas do Recife sobre aparições, visagens, lendas de criaturas da noite, lendas urbanas e rurais, casas mal-assombradas, dentre outras tantas histórias que perpassam o imaginário da região. Não é para menos, Recife é uma das mais antigas capitais do Brasil, surgiu poucos anos depois da colonização do país, e essa reunião de culturas, etnias e religiões no seu início emergiu também em histórias com resquícios de personagens de cunho europeu, africano e indígena.

Não há uma delimitação para os tipos específicos que fazem parte desse universo assombroso, vão de pessoas que foram escravizadas a crianças fantasmas, de criaturas sedentas por sangue a simples aparições solicitando uma missa para sua alma. Outro fato interessante é que não são somente seres com aspecto humano que podem ter essa aura fantasmagórica, mas também objetos e animais das mais variadas formas como: carros, árvores, navios, cabras e casas (são as mais frequentes), também podem ser detentoras do sobrenatural. A maioria das histórias fazem parte de um contexto histórico da região e do próprio país, como as famosas luzinhas misteriosas:

"...é crença de que aparecem luzinhas misteriosas nos morros onde se travaram encontros da gente luso-brasileira com a flamenga; ou onde a gente luso-brasileira teve seu arraial." (Assombrações do Recife Velho - cap. 8)

E também aparições em casas onde antigos moradores escondiam dinheiro nas paredes ou em outro lugar próximo. Há relatos de moradores que contam sobre aparições que mostram os lugares desses tesouros escondidos. Lendo Casa-Grande & Senzala do mesmo autor, ele relata esse costume que os antigos donos das Casas-Grandes e frades praticavam:

"Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores". (p. 40 - Casa-Grande & Senzala)

Muitas são as histórias reais que se transportam para lendas e mitos, fazendo da cultura popular única por incorporar um misto de acontecimentos que fizeram parte da região e o misticismo e que foram migrando para outros pontos do país, digo isso porque quando morava no interior de Goiás já ouvia muitas histórias semelhantes, com algumas "adaptações" a nossa região. Ouvir esse livro me trouxe a infância, pois lembro desses "causos", principalmente das luzinhas, dizia-se "Mãe de Ouro", onde uma luz brilhava e vagava pelas serras goianas e onde ela parava estava enterrado um tesouro, dentre várias outras que me fizeram dormir a noite coberta até a cabeça rsrs.

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