And I Darken

And I Darken Kiersten White




Resenhas - And I Darken


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Desi Gusson 11/06/2017

Personagens Inusitados, História Surpreendente
Essa é a história de uma garota (não contem  isso pra ela) feia e feral que queria ser dona do próprio nariz, seu irmão lindo e fraco que só queria ser enxergado e de seu amigo perfeito, o centro de suas vidas.

And I Darken se passa no Império Otomano de 1450, uma tribo nômade que em 200 anos ergueu uma das maiores forças da terra. Num mundo onde homens usavam a força e mulheres a beleza, nossos protagonistas tem seus atributos trocados, e precisam penar muito pra conseguir sobreviver assim. Esse livro mexeu comigo de formas diferentes do que geralmente livros épicos mexem, fiquei tão encantada, tão hipnotizada por seus personagens que, quando acabei, não sabia o que fazer. Sim, a ambientação é maravilinda, e tem muita coisa ali que aconteceu de verdade. Mas essa releitura de Vlad, o Empalador e Radu, o Belo é perfeita justamente por eles.

Não espere um livro rápido, com passagens velozes o tempo todo. A história conta a formação de Lada e Radu através dos anos e leva seu tempo para isso. Hora ficamos entremeados em vários capítulos sobre uma mesma situação, hora compartilhamos o choque de Lada com mudanças bruscas nos acontecimentos.

Radu tem um complexo desde muito pequeno, ele tem medo de ser esquecido e acha que todos os deixam de lado. Apesar de muitas vezes ao longo do livro a autora o apresentar como alguém inocente, acho Radu bem pior que Lada e Mehmed juntos  (e olha que eu queria passar uns minutinhos com Mehmed pra explicar na marra como garotas funcionam). Radu aprende rapidinho a usar sua beleza e língua açucarada para conseguir se safar de praticamente qualquer coisa, ele fica feliz com a desgraça alheia (até de gente que ele supostamente ama) se isso for de encontro com seus interesses e, mesmo sabendo que jamais poderá ter o que quer ele condena a própria irmã a infelicidade só para ela também não ter o que queria e fica feliz com isso. Radu fala diversas vezes que Lada é incapaz de amar, mas pra mim o incapaz é ele.

Eu não esperava por um livro assim e, depois de estranhar no começo, me rendi. Lada tem uma coisa que a diferencia de todas as outras protagonistas que querem ser guerreiras. Enquanto a maioria é retratada como cabeças duras que desde cedo treinaram e mostravam seus talentos e eram reconhecidas rapidamente, a história de Lada é uma jornada desde sua infância feroz e arredia, porém muito inteligente, passando por muitos momentos de incerteza sobre o que esperar de si mesma quando todos claramente não esperavam nada. O caminho para encontrar uma medida de liberdade num mundo feito para homens e a angústia de não ser ouvida, ainda que tão capaz. Ela teve tantas oportunidades de encontrar uma forma ou outra de poder, mas nenhuma era suficiente pra acalmar sua alma, pois todas as alternativas apresentadas não se encaixam no seu ideal. Ela queria poder, não sobre os outros, mas sobre si mesma e sem ter que depender de ninguém para isso. Ela queria poder por inteiro.

Mas mesmo assim nao consigo ver Lada como alguém ganancioso. Ela sempre teve as escolhas na sua vida feitas por outras pessoas, e o medo de ser forçada ao que seria a última submissão, aquela que acabaria de vez com qualquer esperança de liberdade, a fez ter medo de ser mulher.

Acho que também por isso achei Lada tão singular. As outras mocinhas guerreiras seguem um molde de evitar feminilidades por achar que lutar de saias pode não dar muito certo. Lada é aterrorizada pelo fato de ser mulher e por isso ter a possibilidade de um casamento a qualquer momento que convenha aos homens que controlam sua vida. Ela viu de perto o que o casamento com seu pai fez com sua mãe, conheceu esposas e concubinas em haréns e sabe que não suportaria virar parte da decoração.

E por último, apesar da personalidade cruel, impetuosa e quase animal dela, Lada ainda foi capaz de tomar decisões muito difíceis ao longo do livro que iam completamente contra os desejos de seu coração. Acho que nunca vi uma personagem tão forte e tão admirável.

Se você está afim de um livro diferente, com ação, romance e muitas reflexões, nem precisa procurar mais. A continuação vai sair logo, logo, mas eu ainda estou naquela vibe de cimitarras, véus, castelos medievais e príncipes de olhos negros.

Não sei se conseguiria escolher. Só sei que queria ser mais como Lada Dracul.

site: www.desigusson.wordpress.com
Thais645 13/06/2017minha estante
Eu amei esse livro absurdamente, mal posso esperar pelo 2o. Eu moro na França e tenho muito convívio com muçulmanos, por isso foi muito interessante um livro que descreve o islamismo de forma muito natural e sem os preconceitos ocidentais. Ah, e conheci um rapaz que veio da região da Wallachia (e ele cita quase como se fosse um país), lembrei logo desse livro!




Marcella.Martha 02/08/2018

It's Dracula, but he's a girl
Olha, eu não estava esperando a porrada que é And I Darken.

Mesmo com todas as reviews jogando chuvas de confete, eu confesso que não estava com grandes expectativas. Primeiramente porque eu estava sob a falsa impressão de que isso era fantasia (e eu nunca espero muita coisa de fantasia YA), talvez por causa da minha quase completa ignorância a respeito da história do leste europeu e do império Turco Otomano. Você acha que tá lendo uma fantasia, mas na real é ficção histórica (o que deixa tudo MUITO mais legal). Depois porque o começo do livro é o famoso pega trouxa, quase uma armadilha proposital para o leitor. Bem lentinho, sem sinal de plot claro, parece que não vai levar a nada. Mas aí... Aí, meu amigo. AÍ.

And I Darken é um retelling da história de Vlad, O Empalador, Radu, O Belo, e Mehmed, O Conquistador. Todos esses personagens são figuras históricas verdadeiras sobre as quais eu nunca tinha ouvido falar. Só o fato da autora ter escolhido personagens tão distintos e curiosos e um setting do leste europeu no século XV já é suficiente para And I Darken se destacar. Mas é tão mais do que isso!

Vlad, O Empalador, aqui, é Lada, segunda filha legítima do voivode (tipo o rei) Vlad II, de Wallachia. Ela e seu irmão mais novo, Radu, cresceram em um ambiente totalmente tóxico, com uma mãe catatônica de tão ausente e um pai cruel e distante, que desprezava os filhos por não ver neles nenhum tipo de valor. A Lada era uma menininha selvagem, mal comportada e feia, o que a inviabilizava como moeda de troca para fortalecer o trono. Quem iria querer se casar com uma princesa assim? Já o Radu, por sua vez, tinha toda a beleza que faltava à irmã, mas era doce, sensível e constantemente feito de saco de pancadas, uma vergonha para o pai.

Eu sinceramente não me lembro de ter lido um YA com personagens tão bem construídos quanto esse. Tanto a Lada, a completa anti-princesa, quando o Radu, o príncipe que usa a beleza e a lábia como suas maiores armas, são INCRÍVEIS. Eles crescem, se desenvolvem, mas de alguma maneira sempre se mantém fiéis às raízes que a autora criou lá no comecinho (quando ela estava lindamente te enganando sobre o objetivo de narrar certas coisas). São completos opostos, um invejando as habilidades do outro, mas cheios de admiração e orgulho. A lógica da Lada nem sempre é a mais justa, mas você entende perfeitamente de onde vem o comportamento dela, por que ela faz as escolhas que faz, como ela se sente oprimida e diminuída por ser mulher e, por isso, despreza aquelas que aceitam sua própria feminilidade e o papel de bibelô frágil que normalmente é concedido a elas. O Radu só aspira sair da sombra da irmã, se mostrar útil, provar que, apesar de não ser o guerreiro que a Lada é, ele tem outras coisas para oferecer, e constantemente tem o coraçãozinho partido no processo.

Quando você joga o Mehmed, filho do imperador otomano, no meio dos dois, a situação fica ainda mais complexa. Não é um triângulo amoroso exatamente, é uma coisa muito mais complicada do que isso, que fere os protagonistas mesmo quando eles aparentemente conseguem o que querem. Sério, se você vai enfiar um triângulo amoroso na sua história, FAÇA ASSIM. Deve ser a primeira vez que isso não me incomoda num livro, muito pelo contrário. Serve para levantar alguns pontos importantíssimos da narrativa - o triângulo não é sobre romance, não é sobre o Mehmed, é sobre os irmãos e a relação dos dois. Sobre até que ponto a devoção que eles têm um pelo outro se sustenta. Eu poderia ficar horas aqui divagando a respeito disso e dos personagens maravilhosos (eu, a rainha de detestar protagonistas, morrendo de amores não por um, mas por DOIS ao mesmo tempo. Praticamente um MILAGRE).

Não preciso nem falar da escrita da Kirsten White. Só pelos títulos dos livros anteriores dela eu consigo dizer que ela deve ter feito um pacto com a Ursula para, de repente, tirar uma coisa tão mágica, tão original e tão magnifica da cartola. Tá alguns níveis acima da média do universo YA, tanto na qualidade quanto no grau de complexidade com que a história se desenvolve.

Assim que eu terminei de ler fui para a gloriosa Wikipedia descobrir um pouco mais sobre a real história dessas pessoas e posso dizer que a Kirsten se manteve muito fiel, apesar de algumas mudanças importantes e pontuais. Só de saber que o Vlad era conhecido como 'O Empalador' você pode imaginar para onde as coisas caminham, mas isso só aumenta a expectativa!

E uma observação TOPZERA. Vlad III, encarnado pela Lada aqui em And I Darken, também era conhecido como Vlad Dracula. Aquele mesmo. ETA NÓIS.
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Cami 17/05/2020

Acredito que o livro deva ser muito bom, mas não era exatamente o que eu esperava, o que me faz acreditar que a nota baixa é mais por causa do momento que eu li o livro. Não gostei do relacionamento dos personagens principais e queria ter visto um pouco mais de irmandade e menos violência entre os dois. Talvez algum outro dia eu dê outra chance para o livro, mas por enquanto não me agradou muito.
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Nicole 10/08/2021

decepcionante.
muito confuso, eu não gosto de nenhum dos personagens o suficiente pra tentar o mínimo de esforço pra entender a história. o conceito dela é mto bom, mas a execução e fatos históricos acertados? não. e o livro não tem realmente um enredo, tu só segue a vida dos personagens durante os anos, e se eu não gosto de nenhum deles pq eu vou continuar lendo? decepcionada, queria mto ter gostado desse livro.
DNF @ 65% agosto/2021
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Dani 24/02/2017

Bom, mas não foi bem o que eu esperava
Este é um livro de ficção histórica, um reconto da vida de Vlad, o empalador se ele fosse mulher.
Inicialmente, vou ser sincera sobre minha ignorância e dizer que antes de conhecer esse livro eu não tinha a menor ideia de que Vlad era um personagem histórico real. Ele foi o Príncipe da Valáquia, conhecido por sua política de independência em relação ao Império Otomano e pelas punições excessivamente cruéis que impunha aos seus prisioneiros. Foi a inspiração para as histórias do Conde Drácula, que pelo menos para mim, são mais conhecidas do que a história do Vlad real.
Bem, quando soube de todas essas informações e para complementar vi a capa linda dessa edição, fiquei bem ansiosa em conhecer essa história e acho que talvez tenha criado muitas expectativas, o que acabou diminuindo meu prazer com a leitura. Pela descrição, eu esperava uma história cruel e cheia de ação, mas não é bem assim.
A história evolui em ritmo lento, acompanhando os 2 personagens principais, Lada e Radu, desde seus nascimentos até a adolescência. Apesar de um inicio promissor, a história logo cai num "lugar comum" em YA, focando mais no triangulo amoroso . Uma pena, pois essa é uma história com muito potencial.
Adorei a ambientação no império Otomano , a representação do islamismo e cristianismo e o conceito geral da história. A pesquisa histórica me pareceu muito bem feita. Os personagens principais são muito bem desenvolvidos e como os acompanhamos desde nascimento, entendemos bem suas personalidades e o que os impulsionam. O restante dos personagens, entretanto, estão apenas lá. Não conhecemos eles os suficiente para importar, estão ali apenas para impulsionar a história. Mehmed, especificamente, não teve nenhum desenvolvimento. Muito da história ocorre ao redor da interação e sentimento dos personagens sobre ele, entretanto, ele é um personagem vazio e bem superficial.
Outra coisa que me incomodou foi a idade dos personagens. Entendo que isso tem muito haver com as editoras que exigem uma certa faixa etária pra a classificação em YA, mas nessa história os personagens mereciam ser mais velho. Muitos dos acontecimentos e raciocínios dos personagens não são condizentes com a faixa etária.
No final, apesar de não ter sido a leitura que eu esperava, ainda foi boa o suficiente para me entreter e criar uma certa expectativa de melhora para o segundo livro.
Recomendo a leitura, mas vá com as expectativas corretas para não se decepcionar.
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 26/05/2017

Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/
And I Darken é mais um livro da lista “não foi nada daquilo que pensei que seria”.

A história tem como pano de fundo o Império Otomano. Confesso que fiquei meio perdida em certos momentos porque esse império não era um dos meus queridos na época de escola, então não lembro de muita coisa. E é com esse fato histórico que acompanhamos a vida de Lada e Radu, filhos de Vlad Dracul, e o futuro sultão Mehmed.

Lada é a protagonista mais louca na maionese que já encontrei na vida. E também uma das mais cruéis que já encontrei. Na verdade, eu acho que Lada é a primeira protagonista cruel de verdade que já vi na vida. Se ela tivesse um lema de vida, seria “os fins justificam os meios, mesmo que role sangue por aí”.

Lada é a filha mais velha de Vlad Dracul e essa posição moldou toda a sua vida. Além de cruel, ela é um personagem um tanto contraditório. Podemos dizer que Lada é uma feminista, mas com um único detalhe: ela odeia ter nascido mulher.

Desde que se entende por gente, Lada tenta mostrar ao seu pai - e a todos ao seu redor - que, apesar de ter nascido mulher, ela pode fazer tudo o que homens fazem, seja lutar, brandir uma espada e por aí vai. OK que assim ela ganhou uma certa atenção do pai, mas isso não muda o fato de que ela nunca poderá mudar o fato de que é uma mulher e isso faz com que ela se odeie. Loucura? Sim.

Eu gostei muito dessa garra de Lada, mas em certos momentos isso me estressou bastante. Apesar disso, podemos ver a constante batalha interna sobre ser mulher e defender sua opinião de que ela pode fazer tudo - até melhor - que homens fazem. Li alguns comentários dizendo que Lada seria o Vlad se ele tivesse nascido mulher. Olha, não duvido nada. Como falei, ela é bem cruel.

Mas, o melhor personagem ali, com certeza, é Radu. Esse menino teve uma evolução maravilhosa durante a história. Radu é irmão mais novo de Lada e, desde sempre, foi maltratado pela irmã. Não só por ela, mas praticamente todo mundo que ele conhecia - inclusive sua família. Por esse motivo, ele era invisível e utilizava dessa invisibilidade para descobrir várias tretas. E esse virou o ponto forte dele: sua inteligência e capacidade de politicagem. Enquanto Lada era só soco e enfiar espada, Radu é estrategista, sempre tentando ver lados que possam beneficiar a si, sua irmã e o seu amigo Mehmed.

Falando em Lada, Radu e Mehmed, além da amizade, os três protagonizam um “triângulo” um tanto diferente, mas que adorei e achei tendência. Enquanto Mehmed só tem olhos para Lada, os dois irmãos possuem sentimentos que vão além da amizade para o futuro sultão. Se para Lada, esse sentimento é conflitante, imagina para Radu… Sim, os dois irmãos são apaixonados pelo pequeno zealot. Ouso dizer que Mehmed é a mocinha da história. Mas não se engane que isso atrapalha o foco da história.

Desde a primeira aparição de Mehmed, eu gostei dele. Mas, depois percebendo alguns fatos, vi que ele era bastante manipulador (mesmo que ele não quisesse). Lada, Radu e ele formavam um trio um tanto diferente. Os irmãos são as únicas amizades verdadeiras que ele possui e ele utiliza desse - e de outros - sentimentos para manipulá-los a ficarem sempre ali com ele. Ele sabia que os irmãos Dragwyla sempre iriam ficar do lado dele. Confesso que, quando percebi isso, meu queixo foi no chão. Não sei ele fazia por maldade ou por medo de perder seus amigos. Fica aí o questionamento.

Com o Império Otomano de fundo, Kiersten também aborda sobre a religião muçulmana e seus costumes - como o fato do sultão ter várias esposas e harém e tals -, sobre os exércitos janízaros, menções sobre Cruzadas e a eterna briga por Constantinopla.

Quando li que essa trilogia seria como um “Game of Thrones adolescente ambientado no Império Otomano”, eu me matei de rir, mas acho que não existe descrição melhor. Eu odeio comparações entre séries de livros - principalmente quando não tem nada a ver com Game of Thrones -, mas aqui essa comparação é até plausível. Enquanto em Game of Thrones todo mundo quer aquele bendito Trono de Ferro, aqui todo mundo quer ser sultão. Fora o fato de toda a politicagem que rola, com conspirações, assassinatos, golpes, etc.

And I Darken está com lançamento previsto para o segundo semestre desse ano pela Plataforma21, com o nome de Filha das Trevas.

Leia mais resenhas em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/

site: https://balaiodebabados.blogspot.com.br/2017/05/resenha-170-and-i-darken.html
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Lauraa Machado 21/09/2017

Brilhante
Eu tenho uma péssima mania de só ler as primeiras frases das sinopses dos livros. Quer dizer, antes de comprar. Muitas vezes eu já estou lá pela página 200 do livro quando paro e volto para ler a sinopse até o final pela primeira vez! É isso que me vende um livro, as primeiras frases e as resenhas. Eu sabia que este daqui falaria sobre uma princesa diferente, 'brutal', que teria alguma coisa a ver com o Vlad, o Empalador. Não tinha a menor ideia de que iria lidar com o império Otomano, que a Lada era o Vlad transformado em mulher para essa história.

Não que precisasse saber. Sim, essa ideia é incrível, mas eu claramente já queria ler antes, né? Só que é diferente entrar em um mundo sem saber direito o que lhe espera. Não entendo nada dessa parte da história, costumo preferir a história ocidental, principalmente a partir do século dezesseis. Mas esse livro consegue ser extremamente interessante como qualquer livro histórico que lida com a realeza. Foi ainda mais para mim, já que fui aprendendo coisas novas. E ele é impecável em quase tudo que faz.

É definitivamente um livro que foi muito bem trabalhado, pesquisado extensamente e com o apelo de transformar um personagem famoso da história em mulher. Aliás, tudo nesse livro é brilhante. Desde o jeito que a Lada vai contra o que esperam dela como mulher e não querer ao mesmo tempo ser homem ao Radu. São dois lados de intrigas reais, um físico, agressivo e direto. E o lado do Radu, mais sutil, feito de conversas e relações entre pessoas. Brilhante!

Durante mais da metade do livro, eu preferia o ponto de vista da Lada, mas, depois que todo o romance começou, preferi o do Radu. Não que o romance desse livro seja meloso ou que tenha em qualquer momento quebrado a construção da personalidade da Lada. Pelo contrário, aliás. Mas eu simplesmente não consegui torcer por ela e quem ela queria. Na verdade, torcia para ela ficar com outro cara e tive meu coração partido ao perceber que seria um ship impossível. Teria sido uma história muito melhor se fosse como eu queria, juro!

Em compensação, adorei toda a parte romântica do Radu, torci pela pessoa errada com ele também, mas mesmo assim! Ele ficou mais interessante depois da metade do livro que a Lada, e vou começar o próximo mais por ele do que por ela também!

O livro realmente é muito inteligente e não deixa nada a desejar, mas alguma coisa me segurou na hora de sentir que ele era um dos melhores que eu já tinha lido ou na de colocá-lo na minha lista de favoritos. E eu acho que foi o Mehmed.
Teoricamente, não tem nada de errado nele, mas eu simplesmente não consigo gostar dele de verdade. Gosto okay, mas não consigo me apegar a ele. Morrendo ou não, sendo sultão ou criado, qualquer destino dele era aceitável para mim. Ele poderia desaparecer da história discretamente que eu demoraria muito tempo para perceber.

Acho que nunca fui muito do tipo de gostar dos príncipes, para falar a verdade. Adoro guardas. Adoro a ideia contrária, de uma princesa e um guarda, apesar de achar super válido essa virada no que é esperado. O problema é que eu nunca consigo me apaixonar pelo príncipe, acho isso sempre sem graça. E ver outros personagens o idolatrando me faz só revirar os olhos!

Além disso - ou talvez por causa disso, - acabei ficando levemente entediada pelo livro lá pela página 300. Nada demais, já que ele é mais fácil de ler do que parece, mas o suficiente para me deixar um pouco neutra na hora do grande clímax. O final é ótimo, principalmente por causa da Lada, mas ainda achei que o clímax foi leve demais para tudo que vinha sendo especulado. Talvez ele não deva nem ser considerado clímax, talvez seja uma história de vida mais do que um romance e cada parte tenha sua importância.

Essa é a parte mais bonita do livro, aliás, a vida dos personagens, como eles crescem, como são coerentes com suas personalidades e suas experiências desde pequenos, mas como amadureceram e evoluíram. Dá até certo orgulho dos dois, Lada e Radu, que ainda são tão novos, mas já são tão incríveis! Adoro a posição em que estão agora, me sinto uma mãe orgulhosa e eu nem os criei!

Não tem como não dar cinco estrelas para esse livro, sério, mas eu ainda senti falta de alguma coisa. Fosse pela presença insistente demais do Mehmed sem graça ou qualquer outra coisa, não me senti viciada pelo livro e pela história. Estou com o segundo aqui do meu lado e quero e vou ler agora, mas poderia esperar um ou dois anos para começar, que não me importaria. Espero que o segundo mude isso, que ele me faça ficar louca atrás do lançamento do próximo!

Esse livro não é para todo mundo, não é um YA comum, tem bastante sangue até e brutalidade, principalmente no começo. Vai ser uma experiência diferente para muita gente, mas, se você se interessou, leia. Talvez ele seja um pouco pesado demais para você, talvez você nunca mais encontre um livro tão bom.
Andréa Araújo 21/09/2017minha estante
Quando vi a resenha enorme fiquei pensando se tinha amado ou odiado haha eu já gosto da Lada só por essa resenha! Já esta na minha lista de leituras. Espero que no segundo tudo fique bem melhor!


DESATIVADO 22/09/2017minha estante
Tenho bastante interesse pela história desde que vi a capa em inglês. Mas tenho medo das partes pesadas kkkkkkkk sou bem cagona


Lauraa Machado 22/09/2017minha estante
Haha Ellen, acho que você tem que fazer igual a Lada, não se deixar absorver tanto as crueldades para não sentir demais. Mas elas são mais do começo do livro.


DESATIVADO 23/09/2017minha estante
Kkkkkkkkk ótimo conselho!




Nati 05/12/2018

"Her spine was steel. Her heart was armor. Her eyes were fire."
Com todo o hype envolvendo esse livro, eu entrei nessa leitura extremamente animada, esperando devorar o livro e sair no final apaixonada. Não sei se criei expectativa demais, por que no final, apesar de ter sim gostado da história e querer dar seguimento à trilogia, saí um pouco desapontada. Inicialmente, o aspecto histórico e de reimaginação me interessaram muito, mas tive problemas com o ritmo do livro. A Kiersten escreve super bem, a construção dos personagens é maravilhosa e o livro em si é imersivo, mas enquanto a primeira empolgação me carregou no primeiro terço do livro, senti MUITA dificuldade em continuar, por que a narrativa é muito lenta e as coisas demoram de acontecer. Senti várias vezes, inclusive, que o livro não tem um propósito muito claro, não tem um plot muito consolidado, os personagens às vezes não tem objetivos. No final, a história voltou a se movimentar, e o desenvolvimento dos personagens permitiu fechar a narrativa desse primeiro volume de forma explosiva e atraente, casando plot twists bem colocados com muita ação e intriga.

A Lada é uma personagem incrível e super complexa, e apesar das atitudes às vezes impensadas e cruéis, consegui entender e empatizar com ela, inclusive foi a pessoa que mais gostei e torci. No início, DETESTEI o Radu com todas as minhas forças - reclamão, mimizento, irritante, egoísta...a partir do momento que ele começa a se embrenhar nas questões políticas e nas intrigas e usar isso a seu favor, o personagem começou a ficar mais interessante. Os conflitos pessoais dele também foram muito bem construídos, mas já tinha pego tanto ranço dele que não consegui me importar muito mesmo assim. A relação dos irmãos com Mahmed é super interessante, uma co-dependência meio benéfica e doentia ao mesmo tempo. Mahmed é um personagem meio conflitante, que eu gosto e desgosto - como não temos o POV dele, é dificil entender algumas de suas atitudes e decisões, então tinha horas que torcia por eles, outras que queria socar a cara dele. No final, minha impressão é de alguém que deseja o poder e a glória, que manipula e usa como bem quer (ou seja, meio escroto), mas que também ama e protege com todo o coração, além de um senso de dever e de moral altos. Um dos pontos altos da Kiersten é com certeza a complexidade e realismo dos personagens.

O cenário é muito importante também e gostei de explorar mais o islã e o império Bizantino, além de trazer um pouco a mistura de lenda/história de Vlad Dracul, o infame conde Drácula. Espero que isso cada vez mais possa ser trazido para a história nos próximos livros, principalmente por onde cada protagonista acabou neste volume. Quero saber como essa história se desenrola, e espero que haja uma evolução no ritmo daqui para frente, pra que o saldo final dessa trilogia seja incrível como todo mundo diz, e não só um OK.
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Analu 24/09/2020

AND I DARKEN, de Kirsten White, estava na minha estante há muito tempo, e por mais que eu quisesse muito lê-lo, sempre faltava aquele impulso final. Até que o ebook de FILHA DAS TREVAS (título em português) foi disponibilizado de graça pela Plataforma21 e meu namorado decidiu que ele queria muito se aventurar nessa leitura. Decidimos fazer um buddy read, o que atrasou um pouco a leitura, mas deu muito certo. Eu não sei por qual motivo eu sempre imaginei que fosse um livro de fantasia, talvez pelo estilo da capa, mas veja só minha/nossa surpresa quando, sem ler a sinopse, percebemos que não existiam elementos fantásticos nesse ficção histórica. Apesar de não corresponder com o que eu buscava no momento, foi uma história incrível com um grande potencial de desenvolvimento no decorrer da trilogia, o que tornou tudo ainda melhor pelo fator surpreendente.

O apego com os personagens acabou se demorando mais, acontecendo somente lá para o final do livro. Não significa, de modo algum, que eu não tenha gostado deles até aquele momento, somente que eu me sentia mais como alguém de fora do que, de fato, envolvida naquilo. O começo é mais lento e tem essa questão sobre os personagens, mas isso não é muito diferente do que eu imaginava. Quem lê sagas sabe que o início é assim mesmo, a gente não entende muito, se sente deslocado, conhece agora personagens que vão ganhar seu coração posteriormente (nesse caso, somos apresentados à Lada e ao Radu crianças, ou seja, um desenvolvimento muito bem conduzido nos leva à eles adultos). Enfim, espero saber mais sobre o que vai acontecer nesse Império Romano ficcional, que, para quem não sabe, tem a presença ilustre (e fictícia, obviamente) da filha de Vlad Dracul da Transilvânia (sim, o Drácula, mas não vampiro, já entendemos que não é fantasia, não é?!). Com certeza, o segundo livro já está nas minhas próximas leituras.
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Sthe 10/04/2021

O livro teve um desenvolvimento incrível em relação aos personagens e suas personalidades, e fácil se apegar a eles já que acompanhamos o trio principal desde criança e vimos como desenvolveram a relação. A parte política foi muito interessante tendo saídas bem elaboradas e também mostrou muito a inteligência dos personagens.
Gostaria de destacar o final da Lada nesse livro, que tomou decisões que muitas vezes não eram as mais fáceis em busca de seus próprios objetivos.
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Luh 19/09/2022

And I Darken
NOSSA QUE LIVRO!! Descobri dele em um marcador de pagina que achei na livraria e fiquei interessada, mas não pensei que fosse ser tão bom!!!!
A Lada é simplesmente perfeita! Você consegue ir vendo o desenvolvimento dos personagens ao longo do livro e percebe como os pensamentos deles vão mudando.

"Not Dragwlya," she said. "Lada Dracul. I am no longer the daughter of the dragon." She lifted her chin, sights set on the horizon, "I am the dragon."
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Daisy 17/10/2023

Esse livro tem fogo
4.25/5 estrelas

?I am no longer the daughter of the dragon.? She lifted her chin, sights set on the horizon. ?I am the dragon.?

Para já vou deixar com 4 estrelas, quando acabar de ler a série reavalio. Nem sei o que dizer, simplesmente leia.
Fim da resenha.
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