Holy Cow

Holy Cow David Duchovny




Resenhas - Holy Cow


135 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Ivna 26/03/2016

Holy Cow - Uma fábula Animal
David Duchovny acertou nesse livro se o propósito foi criar uma obra de leitura rápida, cômica e ligeiramente infantil. Na verdade, engraçadinho é a melhor descrição.
O livro, Holy Cow, conta a estória de uma vaca que inconformada com seu destino de virar Vitela na América do Norte, decide mudar seu cruel destino e aventurar-se além das porteiras. E nesse caso, não haveria destino melhor para um vaca que a Índia, pelo menos é o que se espera de um lugar onde as vacas são sagradas.
Junto com Elsie - a vaca desiludida - resolvem aventurar-se também um porco judeu e um peru como sobrenome de Turquia (essas informações farão algum sentido se você ler a obra).
Mas enfim, a estória é repleta de reviravoltas, e o que parece bom pode não ser tão bom assim. Então, se você procura algo pra descontrair a mente, vale a leitura! Ahhh, já ia esquecendo, autor faz uma espécie de associação de alguns capítulos com alguma músicas, como uma trilha sonora, e isso é legal!
comentários(0)comente



Maria - Blog Pétalas de Liberdade 18/03/2016

Elsie
Quando eu abri um pacote que chegou na minha casa, e vi que dentro tinha um exemplar do livro "Holy Cow", um marcador, um ímã e uma carta escrita por uma vaca muito engraçadinha, tudo o que eu conseguia fazer era sorrir e mostrar para todo mundo o meu livro novo de vaquinha. Sou dessas. E quando li o livro, também ri bastante, mas, surpreendentemente, foi uma leitura que também trouxe reflexões.

"Holy Cow" é narrado por uma vaca, a Elsie, que tinha uma vida tranquila numa fazenda dos Estados Unidos. Sua vida se resumia a acordar, ser ordenhada, comer e passar o resto do dia no pasto com seus amigos animais (mais especificamente com as outras vacas). Era uma vida feliz. Até que, um dia, Elsie espiou pela janela da casa dos fazendeiros e viu na televisão (ou o Deus Caixa, como ela chamava) uma reportagem sobre o que era feito com as vacas que não eram leiteiras: elas eram mortas e cortadas aos pedaços para serem vendidas. Para nós, isso não é nenhuma novidade, mas para a Elsie, foi algo extremamente chocante. E Elsie não queria esse destino para ela, nem para as filhas que um dia ela talvez tivesse. Então, Elsie decidiu fugir para a Índia, onde a vaca é considerado um animal sagrado. Mas tente manter algo em segredo dentro de uma fazenda! Logo outros animais ficaram sabendo do plano de Elsie.

O porco Jerry queria fugir também, o destino dos bovinos era igual ao destino dos suínos. Ele queria ir para Israel, já que, entre os judeus, o porco é considerado um animal intocável. E tinha também Tom, o peru, que estava cansado de fazer regime para não parecer apetitoso o bastante para se tornar um prato no Dia de Ação de Graças. Tom queria ir para a Turquia, e como eles precisariam de um smartphone para viabilizar a fuga (pesquisar rotas, comprar passagens de avião pela internet...) e nem Elsie nem Jerry conseguiam usar um (touch screen e cascos não se dão muito bem) mas Tom conseguia, ele foi aceito no grupo.

O trio teve que treinar para conseguir andar em duas patas (se bem que o Tom já andava) e se disfarçar de humanos, enquanto esperavam o dia da fuga. Partir não seria fácil, assim como também não seria fácil enfrentar os obstáculos que surgiriam no caminho. Será que os três conseguiriam viver em segurança em outro país? O fato é que Elsie decidiu contar a sua história no livro, embora o seu maior desejo era uma adaptação cinematográfica, um filme, sobre sua aventuras (tanto que escreveu alguns diálogos em forma de roteiro e usou várias dicas passadas por sua editora, vai que algum roteirista lê o livro, né?!).

"Peraí, só um instante enquanto penso na minha mãe. Os sentimentos vão e vêm, a menos que você não se permita sentir. Porque aí eles ficam, e doem, e crescem até adquirir um formato de pera, uma coisa estranha. Por isso é que quando nós, vacas, somos invadidas por um sentimento, nós sentimos até que o sentimento passe. E aí muuuu-damos de assunto. Bum. Por essa você não esperava, né?" (página 13)

Eu li "Holy Cow" em um final de semana. O livro tem capítulos curtinhos e uma leitura bem fluida. Acho que nunca li um livro onde o narrador fosse um animal (já li alguns onde um humano havia sido transformado em animal), ainda mais uma vaca. Durante toda a leitura eu senti que era realmente a vaca Elsie que estava contando a história, em nenhum momento me parecia ser uma pessoa, e parabenizo o autor por ter conseguido manter o tom da narração durante toda a obra. Como disse anteriormente, a Elsie queria ter um filme de sua história, e para isso ela contava com os concelhos de sua editora para tornar o texto melhor (conselhos que ela nem sempre seguia), e era muito engraçado ver uma vaca usando frases que eu já vi em livros narrados por humanos, a situação era divertidamente inusitada. Confesso que do meio para o final do livro, o trama deu uma esfriada, mas os capítulos finais voltaram a valer a pena.

Como disse no começo, além de fazer rir, a obra também faz com que pensemos sobre a forma como tratamos os animais, como e o quanto os consumimos. Fica claro que não é errado comer carne, mas a questão é: como o animal (do qual aquela carne veio) foi tratado? E se ela veio de um ser vivo, é certo desperdiçar? É certo desperdiçar a vida?

"Vocês, humanos, bebem o nosso leite e comem os ovos das galinhas e das patas. Isso já não é suficiente? Não é suficiente darmos a vocês as nossas crianças e o que seria destinado a nossas crianças? E se não é, quando será? Tudo o que vocês, humanos, fazem é pegar, pegar, pegar da Terra e de suas criaturas magníficas, e o que dão em troca? Nada. Sei que os humanos consideram um insulto grave ser chamados de animais. Bem, eu nunca daria a um humano a honra de ser chamado de animal porque os animais podem até matar para viver mas não vivem para matar. Os humanos vão precisar reconquistar o direito de ser chamados de animais." (página 58)

Sobre a parte visual: a edição está uma gracinha! A capa é bem lindinha, tem tudo a ver com a obra, o título está em alto relevo e no interior da capa tem manchas pretas, como se fosse uma vaca malhada. As páginas são brancas, as margens são grandes, o espaçamento e a fonte são de bom tamanho. Tem algumas ilustrações e cada capítulo tem um título, alguns são letras de músicas.

É um livro bem divertido (nem consigo calcular quantas risadas eu dei, queria ter colocado algumas citações engraçadas na resenha, tem muitas, mas acabei não marcando nenhuma), uma fábula que pode agradar tanto os leitores mais novinhos quanto os já adultos. Tem várias referências a livros, filmes... coisa culturais, talvez eu não tenha detectado todas por não ser muito ligada no que rola fora do Brasil (exceto quando o assunto é literário), e eu não ia ficar pedindo que me explicassem o que uma vaca estava falando. E se alguém se lembrr do clássico "A revolução dos bichos", a Elsie deixa bem claro que sua história é totalmente diferente da de George Orwell. Fica a dica para quem, independente da idade, procura um livro diferente e divertido.

"A ignorância é uma benção, mas o mundo tem mais a oferecer que isso, e é errado não aproveitar o que ele oferece. Não se pode ser bezerra para sempre." (página 16)


site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/03/resenha-livro-holy-cow-david-duchovny.html
comentários(0)comente



Renan543 17/02/2024

Eu não sei o que eu li, mas rapaz
Neste livro acompanhamos a querida Elsie, uma vaca que descobriu por acaso que, quando as vacas somem do celeiro, é porque elas são mortas. Elsie então planeja fugir para a Índia, onde vacas são sagradas, e ela teoricamente pode viver em paz.

Esse livro é hilário, pelo menos no começo. Sério, eu tive que parar de ler pra rir em alguns momentos. Tudo isso pela deliciosa narração da querida Elsie. A história é boa, apesar de manjada (vale lembrar que é uma fábula, então a sua suspenção da descrença deve ser bem alta para os acontecimentos nada verossímeis dessa história).

Minha crítica é que mais pro meio a narração perde um pouco do charme, visto que agora ela foca bem mais na história. Leiam, é bem legal, e me tirou de uma ressaca literária pesadíssima.
comentários(0)comente



Dreeh Leal | @dreehleal 17/03/2016

Holy Cow: Uma Fábula Animal - David Duchovny
Elsie é uma vaca. Sua vida na fazenda é pacata e rotineira, porém confortável. O dia começava com a ordenha, transcorria com a pastagem - momento que aproveitava para interagir e fofocar com as outras vacas, principalmente sua BFF Malorey - e terminava com uma nova ordenha. As coisas começaram a mudar quando um desejo louco de estar perto dos touros surgiu tanto nela, quanto em Malorey. E numa noite, aproveitando um descuido de um dos filhos do fazendeiro, lá foram elas explorar o mundo.

"A ignorância é uma benção, mas o mundo tem mais a oferecer que isso, e é errado não aproveitar o que ele oferece. Não se pode ser bezerra para sempre"

Sem saber exatamente o porque, ela foi atraída até a casa da fazenda e lá conheceu o Deus Caixa. Ele tinha uma voz humana meio robótica, emitia uma estranha luz e hipnotizava os humanos que o cultuavam. É por estarem em transe que não percebem a presença de uma vaca ali na janela enquanto ele mostra a realidade dos abatedouros. Galinhas, porcos, vacas... todos vivendo trancafiados, sem menor dignidade, até se juntarem ao mar vermelho criado por aqueles aparatos.

"Vocês, humanos, bebem o nosso leito e e comem os ovos das galinhas e das patas. Isso já não é suficiente? [...] Tudo que vocês humanos fazem é pegar, pegar, pegar da Terra e de suas criaturas magníficas e o que dão em troca? Nada."

As descobertas devastaram Elsie e acabaram por afastá-la dos outros animais. Fugir para pastar noite a dentro virou uma rotina. Era um bom momento para pensar na vida. Foi numa dessas andanças que ela se deparou com um novo deus da caixa e a solução para a eu problemas lhe saltou da tela. Do outro lado do oceano existia um lugar chamado Índia, e lá as vacas eram sagradas, adoradas. Nada de morte sangrenta para virar churrasquinho!

Com um mapa roubado ela consegue traçar seu plano de fuga, mas como comprar um passagem, como embarcar em um avião? É aí que entram Shalom, o porco judeu, e Tom, o peru com anorexia. Todos tinham em mente um destino mais interessante que nossos pratos e juntos criam um plano para que cada um alcance sua Terra Sagrada. Será que eles vão conseguir?

A primeira vista, o livro escrito pelo ator, roteirista, produtor, diretor, escritor, compositor e cantor, David Duchovny pode se passar por uma obra mais juvenil, mas não se deixem enganar pelos animais que falam. Os assuntos abordados são uma reflexão bem adulta, porém, o jeito leve como o autor trás tantas críticas a sociedade me fazem pensar que esse seria um excelente livro para ser abordado nas escolas.

De uma forma geral, pode-se dizer que o assunto principal do livro é a triste realidade da natureza humana. O melhor é saber que a editora de Elsie a alertou sobre os riscos de falar tão abertamente sobre o assunto. Isso poderia afastar o público e sua ideia de transformar sua história em um filme iria por ralo a baixo. Afinal de contas, nós sabemos o quanto somos cruéis - com a natureza, com os animais, um com o outro -, apenas não nos importamos com isso.

"Sei que muitos humanos consideram um insulto grave ser chamados de animais. Bem, eu nunca daria a um humano a honra de ser chamado de animal porque os animais podem até matar para viver mas não vivem para matar. Os humanos vão precisar reconquistar o direito de ser chamados de animais."

A gama de críticas ao modo como vivemos é enorme. Vai da nossa incapacidade de retribuir a natureza à forma narcisista como agimos. E antes de encerrar minha opinião sobre esse livro, deixo uma confissão para vocês: se eu tivesse a menor inclinação para ser vegana, eu teria me convertido antes da última página.

"É por isso que eles chama o celular de "I phone"? Porque é tudo eu eu eu. Igual a falar para ouvir a própria voz. Porque eles não se comunicam ao vivo e em cores como animais normais? Tem tanto coisa nos seres humanos que eu não entendo..."

Holy Cow é um livro graficamente bem fofinho. A parte interna da capa tem uma estampa de vaca! As páginas são brancas e as fontes, além de não seguem a tradicional times, são levemente maiores do que o normal. Os capítulos são titulados e bem curtinhos. A capa é a mesma que a original e ao longo do livro existem algumas gravuras com esse mesmo traço.

Apesar de ser narrado em primeira pessoa, na verdade é praticamente um monólogo onde a narradora conversa diretamente com o leitor, há também alguns momentos de diálogos, mas esses foram expostos como se fosse um roteiro (lembram que eu comentei sobre a ideia de transformá-lo num filme?). Essa Elsie não perde tempo mesmo.

Holy Cow: Uma Fábula Animal é um livro singelo, de leitura rápida, mas que vai além de um simples passatempo.

"Se vou ser morta para virar comida, pelo menos me comam e me cague e me deixe reingressar no ciclo da natureza. Não me mate sem motivo."

site: http://www.maisquelivros.com/2016/03/resenha-holy-cow-david-duchovny.html
comentários(0)comente



Babi 14/03/2016

Pelo menos escute o que a vaca tem a dizer
Quem viu o último vídeo de Cheiro de Livro Novo (caixa de correio), do blog Um Metro e Meio de Livros, vai lembrar da minha empolgação com esse livro quando ele chegou por aqui. Acontece que muitas vezes quando nossas expectativas estão altas demais acabamos quebrando a cara, ou melhor, ficando com aquela sensação de que faltou alguma coisa. E, infelizmente, foi com essa sensação que fiquei ao terminar de ler a história da Elsie. Só que até agora eu ainda não consegui entender muito bem do que eu senti falta no livro do David Duchovny.

Mas é fato que Holy Cow é um livro muito divertido, fácil e rápido de ser lido que é narrado por uma vaca chamada Elsie Bovary. Elsie mostra logo de cara que é uma vaca super alto astral, cheia de energia e ao mesmo tempo um animal bem de boas. Só que ela deixa de ser de boas com os humanos quando, ao espiar pela janela da casa do fazendeiro, o Deus Caixa (uma TV) lhe faz algumas revelações nada agradáveis - e todas essas revelações só acontecem porque ela e sua amiga Mellody resolvem dar uma escapada do pasto para jogar um charme para os touros. HashtagSafadenhas.

Ao mesmo tempo que Elsie fica empolgada com a escapadinha, ela também fica receosa. Ela tem medo de se envolver com algum touro, já que sabe que se virar mãe em algum momento vai acabar desaparecendo. Pois é isso que aconteceu com a sua mãe, com a mãe da sua mãe, com a mãe da mãe da sua mãe e por aí vai. Mas uma das grandes revelações do Deus Caixa é que, na verdade, sua mãe não simplesmente desapareceu e a abandonou porque essa era a lei da natureza, ela desapareceu porque foi assassinada pelos humanos que só queriam sanar suas ambições. A segunda grande revelação é que existe um lugar mágico onde as vacas são veneradas e tratadas como deusas - exatamente, estamos falando da Índia. A partir daí, Elsie começa a bolar um grande plano para chegar à Índia e poder viver uma longa vida.

Mas o que ela achava que ia ser uma aventura solitária, acaba sendo uma grande aventura entre amigos. Elsie ganha dois companheiros nessa jornada, um porco chamado Jerry - que resolve virar judeu e troca seu nome para Shalom - e um peru anoréxico chamado Tom Turquia, que tem absoluta certeza que na Turquia, entre família, ninguém vai querer transformá-lo em refeição no Dia de Ação de Graças. Esses dois personagens vão ser os principais responsáveis por boa parte das risadas durante a leitura - eles e as conversas que Elsie narra com sua editora, que insiste que Elsie faça várias referências da cultura pop para atrair o público (e Elsie acaba levando o conselho tão a sério que é difícil encontrar uma página sem algum trocadilho com músicas, filmes, livros).

Ao mesmo tempo que gostei dos personagens, também achei algumas características da personificação deles exageradas demais. David Duchovny, em Holy Cow, faz uma grande crítica às fazendas industriais que transformam animais em apenas mais um produto a ser comercializado, fazendo de suas vidas um verdadeiro inferno. No entanto, essa crítica acaba perdendo sua credibilidade quando o autor apresenta cenas em que as vacas se mostram extremamente preocupadas com a vaidade - Mellody chega a se maquiar para ver os touros e a própria Elsie, diante da ideia de seu livro virar um filme de Hollywood, diz que precisa perder uns quilinhos. Sem falar nos touros que agem como perfeitos babacas e machistas quando veem as duas se aproximando deles. Sabe aqueles caras que te olham no meio da rua como se você fosse um pernil assado e ainda soltam um "Que isso, hein, princesa"/ "Hum, gatinha, vem com o papai" ? Pois é, é com esse perfil que Duchovny personifica os touros.

Tirando esse detalhe, o livro de Elsie tinha tudo para ser uma grande história, mas que acaba ficando no meio termo. Pode ser que o autor tenha se perdido um pouco do foco do livro ao começar a narrar a viagem dos três. Pode ser que, apesar da mensagem passada e da crítica, a história em si não mostre nenhuma originalidade no enredo. Não sei bem o que foi, só sei que alguma coisa se perdeu no meio do caminho e talvez algum dia eu até chegue a reler Holy Cow: Uma Fábula Animal para tentar identificar a peça perdida desse quebra-cabeça.

site: http://www.ummetroemeiodelivros.com
comentários(0)comente



ricardo_22 13/03/2016

Resenha para o blog Over Shock
Holy Cow: Uma fábula animal, David Duchovny, ilustrações de Natalya Balnova, tradução de Renata Pettengill, 1ª edição, Rio de Janeiro-RJ: Record, 2016, 208 páginas.

Não pense que estou ficando louco, mas a primeira coisa que preciso deixar claro é que Holy Cow: Uma fábula animal foi escrita pela vaca Elsie Bovary. Uma vaca muito divertida por sinal. E a própria Elsie compreende o quanto é estranho ela escrever, afinal vacas não têm dedos e não conseguem segurar uma caneta, tampouco digitar em um computador, por isso que para este livro ela contou com a cow-autoria de David Duchovny, astro da série Arquivo X.

Pensando por este lado a missão de Duchovny até pode parecer irrelevante. Ora, dificilmente uma vaca que leva uma vida tão monótona teria algo importante para se contar, certo? Errado! Elsie protagonizou uma aventura digna de ser levada ao cinema e por isso a missão de seu cow-autor deixou de ser simplesmente escrever um livro qualquer; passou a ser contar uma história que tem como principal elemento a relação do homem com o mundo animal.

E toda essa aventura começou no dia em que despretensiosamente Elsie bisbilhotou a casa da fazenda e através da janela, observando o que o Deus Caixa luminoso dizia, descobriu que tudo o que acreditava não passava de uma ilusão. A única forma de ela evitar ser vítima da chamada fazenda industrial era fugir em busca de um mundo melhor e mais seguro, o que consegue fazer em companhia de Shalom, um porco rabugento que se converteu ao judaísmo, e Tom, um peru que não sabe voar mas consegue usar iPhone melhor do que muita gente. Disfarçados de humanos os três conseguem fugir da fazenda e iniciar uma inesquecível jornada.

Sem a menor dúvida, o ponto forte desta jornada é o bom humor com que Duchovny mostra as novas descobertas de Elsie em sua viagem pelo mundo ao lado de Shalom e Tom. Tais descobertas envolvem não apenas novas culturas, como também coisas sobre si mesma, destacando assim a evolução da personagem ao longo de todo o enredo. Automaticamente isso torna a leitura agradável, apropriada para uma tarde comum dedicada aos livros.

E engana-se quem pensa que este enredo funcionaria apenas em um livro. Mesmo que a história dessa vaquinha nunca ganhe as telonas, consigo visualizar cada cena e diálogo em uma animação que teria grandes chances de ser um verdadeiro sucesso. E os próprios cow-autores sabem dessa qualidade cinematográfica, a ponto de muitas vezes explorarem os diálogos estruturados conforme um roteiro. Seria uma dica do que ainda está por vir? Sinceramente gostaria que sim.

site: http://www.overshockblog.com.br/2016/03/resenha-373-holy-cow-uma-fabula-animal.html
comentários(0)comente



Driely Meira 12/03/2016

Divertido e reflexivo
É lá que a vida acontece – no pasto. – página 14

Elsie é uma narradora incomum. Ela é uma vaca, literalmente. Sua vida era simples e sua rotina comum no pasto, junto com sua amiga Mallory, até que ela vê uma notícia na televisão que vira seu mundo de cabeça para baixo. Antes, Elsie ficava se perguntando o por que de ter sido abandonada pela mãe, que ela tanto amava, mas agora ela entende. A mãe fora tirada dela, e vendo aquelas imagens horríveis na TV (que ela acreditava ser um Deus), Elsie já imaginava o que havia acontecido com a mãe, e o mesmo iria acontecer com ela um dia.

Sendo assim, ela decide fugir para a Índia, onde vacas são sagradas. Lá ela estaria segura. Mas como faria para atravessar o mundo sozinha? É aí que entram Shalom, um porco judeu, e Tom, um peru vaidoso que não sabe voar. Shalom quer ir para Israel, pois lá as pessoas não comem porcos (na verdade, os odeiam), e Tom quer ir para a Turquia, pois é o seu sobrenome, e ele espera conseguir fugir das celebrações do dia de Ação de Graças. Juntos, o trio implacável embarca numa aventura em busca de liberdade, mas acabam descobrindo várias outras coisas.

Pensei em quão sortudas essas vacas eram de ter nascido na Índia e de poder viver lá. E então me perguntei: Por que não eu? E pensei: POR QUE EU NÃO POSSO IR PARA A ÍNDIA? – página 68

E é claro que eu não vou contar que coisas são essas, mas acho que posso dizer que o livro é incrível. Ver o quanto os personagens aprendem durante a jornada, como percebem que nem sempre as nossas expectativas são alcançadas, mas que ainda assim não podemos desistir e devemos continuar em frente. Sem contar que eles são muito inteligentes e umas figuras, é impossível não gostar dos três.

Era verdade. Era tudo verdade. Eu era uma rainha. – página 185

A narrativa da Elsie é muito divertida, adorei o jeito que ela conta a história, é irônico e sarcástico, sem contar as piadas que ela faz de vez em quando, e também o fato de a protagonista interagir com o leitor, fazendo com que a leitura nos prenda ainda mais na história. O livro não é cansativo em momento algum, pelo contrário, acaba num piscar de olhos. As cenas são muito engraçadas, e imaginar uma vaca, um porco e um peru viajando pelo mundo é hilariante.

A crítica por trás da história me pegou de jeito, e mesmo já tendo finalizado o livro há dias, ainda estou pensando muito em tudo o que aconteceu nesse livro. Elsie vendo a notícia na TV, os milhares de animais que são maltratados e presos em gaiolas até o dia de seu abate, o fato de as pessoas se odiarem por seguirem crenças diferentes, e, o principal e mais importante: a amizade.

Enfim, o livro é muito bonito, mas não pensem que é para crianças por causa da capa, não, viu. Pode-se dizer que a Elsie é um pouco boca suja, e essa é uma das melhores qualidades dela...hehe’ Gostei especialmente do final do livro, que conseguiu me pegar de surpresa e me senti satisfeita ao finalizar o livro. Realmente gostei.


site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Mariene.Boldiere 10/03/2016

Adorável, fiz uma resenha no meu blog.

site: http://ocorvoliterario.blogspot.com.br/2016/03/holy-cow.html
comentários(0)comente



Amiga Leitora 06/03/2016

Holy Cow - Uma Fábula Animal
Imagine um mundo, uma realidade em que os animais conversam entre si, fazem fofocas sobre seus donos e de certa forma vivem como se fossem humanos, imaginou? Pois bem, agora conheça Elsie Bovari, uma vaca irreverente e segura de si, com uma personalidade ''muuito'' marcante e admirada, uma vaca inteligente e escritora, isso mesmo, eu disse escritora!
Elsie narra a sua própria história, nos conta como é viver em uma fazenda com as suas amigas bovinas e ser separada por cercas dos outros diversos animais que lá habitam também. Não posso esquecer de mencionar que ela também nos fala da suas impressões sobre os humanos, especialmente sobre os seus donos; ela meio que tem um carinho especial pelo filho mais novo pois quando é o dia dele ordenhar as vacas, ele o faz com cuidado e atenção, ou seja, além dele aliviar a sensação de que Elsie e suas amigas estão explodindo, as deixando magras e esbeltas, ele é muito carinhoso com todos os animais. Diferentemente do filho mais velho, um adolescente que vive com o celular na mão, como se o aparelho estivesse grudado nele; Elsie reparava que todas as atividades da fazenda ele fazia com uma mão só para não ter que largar o seu amado aparelho, quando era a vez dele fazer a ordenha, ele era bruto e sem noção pois queria que as vacas acelerassem o processo para que ele terminasse logo essa tarefa.
A realidade e ideias da nossa amiga bovina mudam quando certa noite após escapar para um ''encontro'' com os touros...

site: http://www.amigadaleitora.com/2016/03/resenha-holy-cow-uma-fabula-animal.html
comentários(0)comente



Peleteiro 01/03/2016

Humor sofisticado do David
Acredito que em tudo que há o sofisticado humor do David Duchovny, haverá, consequentemente prazer e diversão. Não conseguia imaginar o motivo dele ter escrito este livro, quando li sobre o tema, mas, o que importa sempre será o que é dito numa história, e, como sempre, ele não me decepcionou. Lições de vida escondidas nas entrelinhas, e um sarcasmo espirituoso definem esta bela obra.
Esperando mais livros seus, David! Você ainda tem muito mais para nos proporcionar.
comentários(0)comente



Carlos Magno 01/03/2016

PARTE DA RESENHA DO BLOG "CANTINA DO LIVRO":

Elsie Bovary é uma adolescente como outra qualquer. É... nem tanto. O simples fato de Elsie ser uma vaca já difere sua estória de qualquer outra. Dona de uma personalidade forte, Elsie é simples, alegre e sentimental. Leva uma vida tranquila na fazenda com sua BFF (Best Friend Forever) Malory, tem sua fase de descobertas amorosas com os "meninos" e sua relação amistosa com os humanos (mas sem entender muito o que se passa na cabeça deles diante de algumas atitudes que para nós são absolutamente normais).

Contudo sua vida e visão de mundo mudaria drasticamente após o que ela viu e ouviu do Deus Caixa (ou simplesmente uma TV): O verdadeiro destino (mercadologicamente falando) de porcos, frangos, galinhas, peixes e vários outros animais, inclusive e principalmente as vacas!

[...]

A obra é irônica, principalmente no que diz respeito as atitudes e pensamentos de Elsie. Suas divagações (como ela mesma faz questão de falar) são a essência da estória, dando ao livro a sensação de "diário de bordo de uma vaca louca". O bom humor é inevitável.

Altamente crítico em relação a hábitos, costumes e características sociais humanas, algo que o autor fez questão de deixar bem explicito na maior parte do tempo. A relação dos homens para com a natureza em si também é algo que o autor explora massivamente em sua trama, de forma indireta ou direta.

Onde estão os pontos negativos da obra: primeiro foi quando senti que houve um declínio no ritmo e do envolvimento da leitura a partir do momento que a história de Elsie vai se desenrolando no "pós-fazenda". Shalom e Tom não são personagens tão cativantes quanto ela e Malory eram, o que impactou significativamente.

[...]

RESENHA COMPLETA:

site: http://www.cantinadolivro.com.br/2016/02/resenha-holy-cow.html
comentários(0)comente



Luiza.Thereza 28/02/2016

Holy Cow
Elsie é uma pacata vaca de fazenda que se contenta em viver ruminando pasto a fora até que, ao sair com uma amiga para visitar alguns bois no pasto ao lado, tem sua atenção desviada or uma misteriosa caixa de falante capaz de deixar os humanos da casa hipnotizados.

A caixa, poderosa a ponto de gerar discórdia entre os humanos, mostra a Elsie o interior de uma fazenda industrial e toda a perspectiva que a fazenda oferece para seu futuro: o abatedouro.

Inconformada com seu destino, ela decide fugir da fazenda e ir para Índia, lugar em que as vacas são tratadas como deuses. Mas como chegar lá?
Se juntando a um porco judeu que sonha ir para Israel e com um peru metido a namorador sabido que quer ir para Turquia. Acho que deu para ter uma ideia que a coisa é fantasiosa demais até para uma fã de fantasia.

Eu até gostei de Elsie, ela é boa narradora (tipo, boa mesmo), e até concordo com algumas coisas que ela diz, mas não consegui engolir algumas partes da história (tipo um peru pilotando um jatinho roubado mundo a fora enquanto os humanos faziam que não viam. Qual é né? Uma vaca, um porco e um peru! Concordo que somos meio idiotas as vezes, mas também não precisa exagerar né Elsie?).

Holy Cow é um livro super gostosinho de se ler e super fácil também. David Duchnvy, o "cow-autor" (palavras de Elsie, não minhas) conseguiu passar direitinho (o que imagino ser) as divagações e as experiencias de uma vaca como a Elsie.

Ps.: Não deixei de reparar que precisei de alguns dias ruminando a história deste livro para conseguir produzir alguma coisa sobre ele. Curioso não?

site: http://www.oslivrosdebela.com/2016/02/holy-cow-david-duchovny.html
comentários(0)comente



klau 25/02/2016

Muuuuuuuuu into bom
o que dizer de uma vaquinha que conquistou ??? o livro e divertido. cheio de referencias (pegue essa cap america) . e simplesmente fantastico em todos os sentidos. pois aonde mais uma vaca. um porco e um pavao seriam amigos ???

um livro fora dos padroes ... mas muito bom.Mesmo com uma tematica divertida tras uma grande licao de vida basta ler nas entrelinhas ... sera que o autor encontrou com vacas alienigenas que se vestiam de humanos ??? fica a duvida.
comentários(0)comente



Léo 22/02/2016

Divertidinho
A vida de Elsie Bovary é muito tranquila. Todas as manhãs ela acorda, é ordenhada, passa a tarde no pasto comendo e fofocando com sua melhor amiga Mallory, volta para a baia, é ordenhada mais uma vez e vai dormir, feliz da vida com o dia que viveu.

Elsie e Mallory estão sentindo mudanças em seus corpos e uma atração inegável pelos touros que ficam do outro lado da cerca e desejam a todo custo irem encontrá-los no primeiro descuido do filho do fazendeiro, que às vezes deixa o portão aberto. E uma certa noite elas têm finalmente a chance de ficarem mais perto dos bovinos muito atraentes.

Enquanto Mallory flerta com Steve, um ímpeto faz com que Elsie vá até a casa da fazenda e o que encontra lá a deixa tão abismada que a vaca chega a desmaiar. Os humanos estão adorando o Deus Caixa, que passa imagens de uma fazenda industrial e mostra o que acontece com os animais criados para o abate. Finalmente Elsie descobre o que aconteceu com sua mãe desaparecida e está determinada a fugir desse destino.

Mas o que fazer? Pra onde correr? Em mais uma visita à casa, Elsie vê os humanos adorando ao deus Discovery, que mostra que na Índia as vacas são sagradas e não podem ser mortas ou consumidas. Então, com a ajuda de um mapa roubado, Elsie arma um plano para fugir da fazenda, pegar um avião e ir para a Índia, tornando-se uma deusa vaca.

Só que tem um problema. Ela é uma vaca. Como vai comprar passagens de avião? E é aí que entram em seu caminho o porco Shalom, que deseja mudar-se para Israel com seus irmãos judeus, que não comem carne de porco; e Tom Turquia, um peru que deseja fugir do iminente abate no Dia de Ação de Graças que se aproxima e encontrar seus familiares no país que tem seu nome.

Juntos, Elsie, Tom e Shalom partem nessa jornada em busca de seus objetivos, munidos apenas de um celular, que Tom consegue usar com seu bico, e sua força de vontade. Mas é claro que essa jornada será repleta de confusões e nada fácil para os três amigos.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

Quando soube do lançamento desse livro, no encontro de parceiros do Grupo Editorial Record na Bienal do Rio ano passado, fiquei extremamente curioso com a proposta da história e estava querendo lê-lo a todo custo. Eis que no começo do ano chega um pacote surpresa da Record, contendo um kit maravilhoso do livro. Dessa forma me joguei na leitura, mas o que encontrei não foi exatamente o que eu esperava.

A escrita de David Duchovny é envolvente e repleta de humor. Isso, somado às poucas páginas do livro, fez com que eu o lesse em poucas horas. A narrativa é feita em primeira pessoa, sob a perspectiva de Elsie, e David escreveu tudo como se fosse um roteiro, de forma a deixar a obra mais divertida e de fácil entendimento.

Elsie é uma ótima protagonista. A vaca nos dá muitas lições de moral a respeito da natureza e de como os humanos complicam coisas que deviam ser tão fáceis. Só que em alguns momentos senti essas lições forçadas em demasia, de forma que o livro ganhou um ar exagerado que podia ter sido evitado.

O final do livro é bem previsível, mas gostei do rumo que Duchovny deu à história. O autor conseguiu provar seu argumento inicial e mostrar, através dos personagens, que nem sempre o que desejamos é o que realmente precisamos, uma lição que muitas pessoas deviam ter em suas vidas.

A edição física está maravilhosa. A diagramação é simples, mas conta com algumas ilustrações de Elsie e seus amigos no decorrer das páginas, que são brancas, mas que dão um ar bem "vaquês" ao livro. A capa é uma adaptação da original e tem tudo a ver com a história. A fonte é grande e a revisão está impecável, não lembro de ter encontrado nenhum erro.

Holy Cow é um livro divertido e despretensioso, perfeito para ser lido no intervalo daquelas leituras mais densas. Eu recomendo sim a leitura a todos e os convoco a conhecer mais sobre essa vaquinha tão querida.
comentários(0)comente



Fernanda 17/02/2016

Resenha: Holy Cow: Uma fábula animal
RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/02/resenha-holy-cow-david-duchovny.html
comentários(0)comente



135 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR