Meu amiguinho do espaço

Meu amiguinho do espaço Alan Borges




Resenhas - Meu amiguinho do espaço


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Roberta Costa 29/03/2018

A obra é relativamente curta, com uma linguagem simples e de fácil entendimento, possibilitando uma leitura rápida e de qualidade. Foi justamente a simplicidade do enredo e dos personagens que me conquistou, não apenas como leitora mas também como profissional que atua com crianças. Tenho certeza de que este livro seria muito bem aproveitado em escolas e não apenas nas turmas de ensino fundamental.

site: http://livrosdabeta.blogspot.com.br/2016/03/resenha-meu-amiguinho-do-espaco-alan.html
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Roberta.Souza 15/12/2017

Parte da resenha
Bem, vou destacar aqui o tipo de escrita usado pelo autor nessa obra que é excepcionalmente maravilhosa, foi muito suave e hiper tranquila e divertida além de ensinar muita coisa.Ele tem um estilo literário fantástico e que é muito raro encontrar em livros juvenis.Apesar de minha pessoinha ter trinta e dois anos quase indo pra casa dos trinta e três anos rsrsr esses livros juvenis me encanta muito.Na hora de cada fala dos personagens fiquei me imaginando entre eles e dava risada em algumas questões que o garotinho falava.
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Roberta.Souza 15/12/2017

Parte da resenha
A historia se inicia no ano de 1993 e tem como cenário principal a minha terra Natal Salvador Bahia.Marcelo é protagonista da historia e que bela historia ui rsrsr. Marcelo tem apenas nove anos é uma criança ta e dai eu ria com atrapalhadas dele (risos).Marcelo é um tipo de criança que não se ver muito nos tempos vigentes porque ele ama estudar não dar trabalhos para os pais é uma criança que ama brincar de futebol, jogos de botão, bolinha de gude etc...
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Fernando Nery 04/08/2017

Um Grande Amigo
Olá, Galera!
Concluí uma leitura que me alegrou de forma contundente. O livro trouxe-me uma sensação de paz tão forte que me sinto a pessoa mais realizada da face da Terra.
Não sei como explicar o poder dessa obra. Como pode um livro de apenas 98 páginas tocar tão fundo a alma humana? Estou falando do opúsculo "Meu Amiguinho do Espaço", de Alan Borges, publicado pela Chiado Editora.
O livro foi classificado como literatura infantojuvenil. O título traz um nome no diminutivo. Tais caraterísticas nos fazem crer que poderia se tratar de um livro bobinho, mas se engana quem pensa assim.
Em minha humilde opinião, a obra, apesar de sua aparência infantil, é um livro adulto. O autor soube pegar palavras simples para registrar os grandes ensinamentos dos sábios. Creio que o livro não deva ser lido sofregadamente. O leitor deve lê-lo pausadamente e saborear cada lição aprendida em suas páginas.
O enredo traduz a simplicidade das crianças misturada com a sabedoria dos anciãos. Percebi uma grande qualidade do autor por meio desse livro. Muitos escritores brasileiros, querendo provar serem superiores aos autores estrangeiros, abusam de uma linguagem prolixa e exacerbam no uso de termos rebuscados, abandonando o valor da simplicidade. Alan Borges não praticou esse defeito. Usou palavras de fácil compreensão e conseguiu transmitir uma mensagem grandiosa. Acredito que muitos brasileiros deveriam se inspirar em sua escrita. Infelizmente, não entenderam que não é a toa o fato do livro "O Pequeno Príncipe" figurar como grande sucesso. Nesse sentido, Borges triunfa semelhantemente a Antoine de Saint-Exupéry, demonstrando maestria, pois seu talento literário calca-se na clareza, sem cometer o pecado do rebuscamento.
"Meu Amiguinho do Espaço" narra as recordações de um adulto que, na infância, encontrou um ser de outra Galáxia. O extraterrestre vem em missão com a finalidade de prepará-lo para a vida. Os encontros da criança com o ser de outro planeta são formidáveis. A criatura espacial ensina grandes valores ao pequenino. O aspecto axiológico do livro é perfeito.
Os diálogos do livro tocaram meu coração. A obra emocionou-me deveras. Ri, chorei e aprendi muito. O opúsculo enriqueceu minha existência.
A escrita peculiar do autor lembrou-me a literatura sapiencial da Bíblia. Para quem não conhece esse estilo, esclareço que a literatura sapiencial traduz a profundidade da sabedoria dos simples, opondo-se aos grandes intelectuais que se cegaram por causa das suas vaidades.
Diante de uma leitura tão profícua, descobri que o livro de Alan Borges ganhou um lugar especial em minha vida. Lerei essa obra pelo menos uma vez por ano. O opúsculo pode ser lido e relido inúmeras vezes, pois sua fonte de sabedoria não se esgota. A cada leitura meditada, descobriremos ensinamentos esplendidos. Quando eu olho para esse livro, meu coração acelera, pois encontrei um grande tesouro.
Entristeci-me com algumas classificações negativas feitas ao livro. Percebi que as críticas não se relacionavam aos aspectos literários da obra, mas que pessoas não acreditavam nos ricos valores pregados pelo personagem do espaço. Percebo que os seres humanos preferem a imoralidade em vez da beleza daquilo que é correto.
Um ponto bem interessante do enredo é que os personagens não têm nome, facilitando ao leitor se identificar com cada um deles. É como se o livro fosse uma grande metáfora da vida de todos e os personagens iconizassem todos os tipos de pessoas desse mundo.
Com esse livro, aprendi que para alcançar o sucesso, não devo temer o fracasso. Que existem pessoas, cuja finalidade de suas vidas é minar o progresso de outras; porém não devemos escutá-las nunca, afinal elas são as vozes desestimuladoras que não merecem crédito. Que amigos de verdade ficam felizes ao verem seus amigos felizes. E que as vitórias sofridas são as mais fantásticas.
Acredito piamente que essa obra será tão vendida quanto a Bíblia ou o livro "O Pequeno Príncipe". Quando vocês lerem o opúsculo, compreenderão porque falo isso. Não tenho dúvidas do grande valor do enredo.
Uma obra perfeita merece a classificação de CINCO ESTRELAS no Skoob.
Agradeço ao autor Alan Borges por ter me dado um dos melhores presentes em minha vida. Espero que vocês tenham gostado dessa resenha. Deixem suas opiniões nos comentários.
Abraços e até breve.

site: http://filosofodoslivros.blogspot.com.br/2016/08/resenha-meu-amiguinho-do-espaco-de-alan.html
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Léo 31/08/2016

Leitura leve e descontraída, livro agradável
De um jeito bem sutil e gracioso, compartilho através uma apresentação do livro ''Minha Prima Chata'' do autor parceiro Alan Borges. O livro foi publicado pela Chiado Editora e faz parte do acervo de publicações infanto juvenil do autor. Na obra, as diferenças entre as pessoas entram em jogo e adultos e crianças aprendem e reaprendem muitos valores importantes no eixo estrutural familiar da sociedade ao longo do tempo. Como de costume, Alan Borges imprime suas características espontâneas na maneira de explorar o ambiente infantil com muita facilidade incluindo entre aventuras, descobertas e curiosidades, dosagens certas de ensinamentos.

A apresentação feita ao início do volume logo comprova alguns elementos bacanas que serão usados na história, como jogos de vídeo game, bolinhas de gude e jogo de botão, e o leitor mais adulto acaba retornando aos velhos tempos de criança e lembra que infância foi uma época da vida muito bem vivida pelos pequenos. Para o leitor de menos idade, a história traz modelos de vivência um pouco diferentes dos atuais [modernizados exageradamente e até mesmo corrompidos por questões sociais e morais], e empolgam por mostrarem certos princípios importantes que infelizmente a sociedade acabou deixando um pouco de lado.

O protagonista Marcelo, de nove anos, ao narrar a sua história transmite na verdade um turbilhão de conclusões indiscutíveis; demonstra inteligência, educação, afeto, entusiasmo, meiguice, espontaneidade, o seu lado poético de ver as coisas e também os seus vacilos, comuns na vida de quaisquer crianças. Mas apesar dessas falhas que causam-lhe culpa e preocupação, ao descrever os pais algumas vezes e homologar um amor incondicional a eles, o menino alavanca de vez a admiração do leitor. Sem dúvida alguma é um personagem que causa identificação imediata em leitores apaixonados pelo gênero da obra e por uma boa e moderada leitura.

Não demora muito para que um simples romance com muita doçura e descobertas, salientado pelo subtitulo do livro, apanhe o leitor pelas beiradas e o traga o gostinho de um frenesi infantil ao rememorar as suas paixões da meninez. ''A chata da Cristina tem doze anos, cabelos macios e dourados, olhos verdes, intensamente brilhantes e prolixamente bonitos, há uma discrepância absurda entre sua chatice e sua beleza externa. Eu tenho que admitir que possuo uma certa admiração por sua beleza, na verdade, eu acho que tenho uma quedinha por ela, se ela não fosse a minha prima e não fosse tão chata, acho que a pediria em namoro...''

Além de conquistar pela sapiência precoce, o jovem protagonista aproxima o leitor a cada capítulo. Sua ternura, simpatia, sinceridade e imparcialidade ao declarar suas memórias de 93 na capital baiana permitem a facilidade de compreensão. Isso mesmo, a história contada por Marcelo e escrita por Alan Borges é muito descomplicada e habitual. As briguinhas entre colegas no cenário escolar, as partidas de botão e videogame com os amigos, as mentirinhas contadas aos pais que sempre acarretam em punições são retratadas sem rodeios e interpretadas sem dificuldades por qualquer leitor. ''Neste momento, o silêncio sobrevoou pelo Céu aberto de nuvens fofinhas de Salvador, mergulhou em direção de nossa casa, planou sobre a janela, aterrissou e debruçou-se na para peito, invadindo a nossa casa, percorreu por toda extensão da sala, preencheu a cozinha, mas depois de alguns instantes, ele foi embora.''. O menino não chega ao ponto de extasiar por completo os seus leitores causando inúmeras sensações mas agrada por sua forma aberta de contar uma parte de sua vida que considerou muito importante. Como muitas crianças, de uma hora para outra ele alterna entre situações, pulando de um momento tenso para outro feliz com muita naturalidade. ''Papai sempre me falou para que eu tomasse muito cuidado com as palavras, e que eu não poderia expô-las de qualquer maneira, ele sempre me disse que nem sempre eu posso falar o que realmente penso, uma palavra mal interpretada ou solta indevidamente, pode me colocar em encrenca, posso até magoar alguém ou fazê-lo chorar, mas isso vai contra os meus princípios [...]''.

A diversão é garantida pelo pequenino Marcelo e embora muitas situações que o menino conte sejam desventuras e tenham seus desenlaces meditativos, é impossível não sorrir com as briguinhas entre ele e a prima chata que adora provocá-lo.

Na obra encontra-se também etapas desgostosas que remetem o pensamento do leitor para a desigualdade social existente no mundo. Enquanto crianças com eixos familiar bem encorpados e organizados economicamente desfrutam de uma vida confortável e podem estudar, vestir e comer todos os dias, outras andam descalças e mal vestidas e tentam sobreviver com o pouco que conseguem pelas ruas e vielas das cidades, isso quando infelizmente não acabam se entregando para o palco da marginalidade. ''Passava um menino pelas areias quentes [...] ele estava cantando: ''queijo assado na brava, olha o queijo assado na brasa, assa na hora, queijo assado na brasa''. O menino era um pouco menor do que eu [...] também conseguia ser mais ossudo [...] eu nunca havia visto um menino tão mal vestido [...] Puxa!! De algum modo, quele momento me causou uma agonia por dentro [...]''. Sem dúvida, ''Minha Prima Chata'' é uma obra vestida de lições por trás do habitual enredo social. O autor novamente mostra sua identidade e confirma sua capacidade e talento para passear com maestria pela esfera infantil, desenhando o retrato de um ''queridão'' do gênero. Em alguns decursos ele ainda presenteia o leitor com pensamentos mais líricos que são descritos por Marcelo em seu empolgante memorando.


''Sonhei que estava no interior onde meus avós moravam,
Onde o sol é mais quente do que em qualquer outro lugar,
Onde o solo é seco e oco
Onde havia um quintal repleto de árvores
Que usavam cobertores de mangas rosas estupidamente deliciosas...
Um lugar onde eu brincava e me sentia mais criança do que aqui na cidade,

Onde eu afundava minhas pegadas até as canelas.''

Os personagens em ''Minha Prima Chata'' são persuasivos e conseguem suscitar boas impressões. A amizade de Marcelo com Tetêco e Bobinho é encantadora. O autor mais uma vez registra o valor verdadeiro de uma amizade no contexto geral e integra personagens participativos ao corpo da história, utilizando também os notáveis e variados apelidos de infância, a exemplo dos amigos citados.

Sua escrita coloquial com porções requintadas foi muito bem implantada ao modelo de apresentação do enredo. Alan Borges é simples e direto e gosta do que escreve pois percebe-se uma dosagem enorme de paixão nas linhas escritas. Alguns erros de grafia encontrados na história são entendidos quando se imagina o jovem menino em sua ainda pouca trajetória escolar escrevendo e recontando para os demais a sua curta e verdadeira história. Ora pois, os erros são inevitáveis aos nove anos e, apesar de alguns não concordarem com essa antelação proposital do autor, é seguro dizer que bem ou mal essa escolha gera naturalidade e vericidade à obra. Uma observação significativa é condizente aos advérbios, que são necessários e sempre bem aceitos, mas que aqui, embora tenha dado ao protagonista um traço característico até importante, foram usados um tanto em excesso. Mas nem isso e nem tampouco a parcela pequena de redundâncias encontradas atrapalham a leitura do livro composto por quinze capítulos.

O tema sobre as diferenças é o atrativo principal dessa obra de Alan Borges. É necessário salientar que desde pequeno somos cercados pela diferença e essa questão deve ser entendida e aceita desde a infância. Há diferenças no modo de pensar, agir, falar e vestir, isso sem contar com as diferenças culturais e etnias. O autor utilizou muito bem essa temática e incluiu na esfera de sua história personagens diferentes que souberam estabelecer o equilíbrio. A beleza de Cristina, a prima chata, não condiz em nada com o seu comportamento insolente e soberbo e essa dissemelhança entre fisionomia e conduta também não passa desapercebida. O autor nos faz lembrar que ter beleza não significa ser inteligente ou ter boas maneiras. Até Chuck, o personagem que todos achavam esquisito, tinha algo para ensinar. Gostei como Alan Borges trabalhou na personagem Cristina, a deixando com aquele estilo de patricinha mas não retirando da garota o afeto interior que nem ela mesmo conhecia. Achei a história muito boa. O processo de afeição entre Marcelo e a prima chata realmente traz uma boa lição: sermos diferentes não nos faz melhor nem pior do que o próximo e nem excluídos da sociedade. Em alguns casos realmente o velho ditado ''os opostos se atraem'' cai como uma luva. Ler esse livro trouxe-me muita nostalgia ao relembrar as amizades, paixões e aprendizados da infância. As dúvidas sobre o amor e a saudade eram constantes e o autor soube representar isso muito bem em sua composição. O desfecho deixa claro que realmente quando o amor chega, não tem jeito. ''É absurdamente estranho, eu queria tanto que ela fosse embora, e agora estou aqui, arrependido sobre meus pensamentos [...] Cristina sem saber acabou erigindo um sentimento muito forte em mim. O mais estranho é que eu passei a sentir a falta de suas chatices [...] sinto falta daqueles olhos verdes olhando em minha direção.''

Classifico o livro com 4 estrelas e parabenizo o autor por mais essa obra tão significativa para a nossa literatura infanto juvenil nesse momento em que muitas de nossas crianças se perdem em universos distantes da educação e corrompidos pela próprio modelo de liderança. Lembro que a leitura é leve e a história pode ser devorada em poucas horas. Foi assim comigo e com certeza será com vocês também.

site: http://leootaciano.blogspot.com.br/
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Léo 30/07/2016

Surpreendente, educativo e singelo
O autor Alan Borges publicou o livro através da Chiado Editora em 2015 e VOCÊ PODE COMPRÁ-LO CLICANDO AQUI. Mas, seguindo com o assunto do artigo de hoje, lhes faço uma pergunta e a respondo no mesmo momento: o que aconteceria se eu conhecesse algum ser espacial e ele se torna-se o ''Meu Amiguinho do Espaço''? Bom, na verdade eu conheci, e ele foi apresentado a mim pelo querido autor. Eu o achei o máximo!!! Essa figura muito me surpreendeu e te surpreenderá também em vários aspectos. Junto a um menininho, propagará a todos os leitores doses fortes de simplicidade e companheirismo. O livro Infanto juvenil do amigo autor Alan Borges é um verdadeiro fascículo de provérbios. A síntese de conceito a respeito da realidade moral passa conselhos educativos não somente para os pequenos mas também para o público adulto, enquanto uma singela amizade flui numa história bem leve de se ler. A obra de hoje traz para você exatamente isto, um emblemático conteúdo referente, principalmente, à amizade e aos princípios. ''Você torna sua própria vitoria impossível quando deixa o medo e a falta de confiança o consumir''.

Quero agradecer ao autor Alan Borges, primeiramente pela confiança e apreço e, em seguida, por presentear os leitores nacionais com essa obra tão singela, importante e marcante. Após uma jornada de leituras sucessivas que venho fazendo, com assuntos sérios da nossa sociedade que embora precisos faz com que o leitor se desgaste com a lapidação de tais temáticas envolvidas, eis que ''Meu Amiguinho do Espaço'' surge para acalmar a mente e transportar-me a um universo belo e educativo.

O menininho protagonista conhece um ser diferente e passa a se encontrar com ele frequentemente na montanha dourada; esse ser logo conquista pela objetividade, sabedoria e transparência. Ele conduz o menino — que tem uma mãe costureira e um pai vendedor de sapatos — a testes de vida, como a coragem, a persistência, a tolerância e compreensão e também a percepção, para ensinar-lhe a desenvolver-se de maneira brilhante. O livro, embora citado para crianças e jovens, surpreende demais e também é superindicado para os adultos, que logo se sentirão envolvidos por doutrinas de vida importantíssimas expostas na história. Para os mais jovens, além de instruí-los, abrirá as asas para a imaginação e despertará o desejo pelo conhecimento, frisando pontos essenciais, a título de exemplo, a confiança. ''Naquele dia eu fui para a escolinha com os meus pensamentos fumegando [...] Contei para um de meus amiguinhos, que eu julgava ser o meu melhor amigo [...] sobre a montanha dourada, sobre o pontinho cinza [...] o quanto foi difícil para mim escalar aquela montanha [...] mas com os ensinamentos do meu amiguinho cinza de olhos grandes, dono da vozinha marcante e suave [...] pude fazê-lo. Entrei em detalhe sobre o meu amiguinho do espaço, mas meu amiguinho da Terra, não havia me dado importância. Ele não acreditou em mim.''

Dentre muitos ensinamentos, a Terra e a galáxia também não ficaram de fora; há explicações significativas sobre o Universo que, para as crianças, fascina tanto. ''O planeta de vocês possui em média 510 milhões de quilômetros quadrados, sendo que deste total, 70,7% é formado de água, restando apenas 29,3% de terra firme.''

A escrita de Alan Borges é muito atraente e tem traços filosóficos e poéticos. Ele usa de simplicidade e conquista pela forma de expressão. O vocabulário maravilhoso — em sua maior parcela coloquial — é o mais indicado para uma melhor interpretação do público jovem. A apresentação da história foi feita de maneira muito boa e tende a fazer a imaginação fluir enquanto as melhores normas são transmitidas em meio as aventuras do menino. O ambiente narrado é, na maior parte do tempo, mágico, não tanto no sentido literal, mas sim por transmitir a sensação de aprazimento e brandura. A história em si já desperta o interesse da molecada que certamente se sente encantada pelo modo fantástico de como tudo acontece. Esse lance de planetas, galáxias, Universo, naves e seres do espaço, faz a cabeça dessa garotada há tempos. A capa do livro também é bem atrativa e isso ajuda na beleza final do material. Fazia tempo que eu não via um livro juvenil com esse modelo de exibição, mesclando com suavidade o imaginável com a importância da conduta real. O termo ''casa triste'', por exemplo, foi usado diversas vezes para desenhar o retrato da condição de vida da família do garoto. Falando nele, este personagem, assim como o ''amiguinho do espaço'' não tem seus nomes citados, e isso é bem legal pois deixa em evidência a identificação absoluta com quaisquer garotinhos e garotinhas que lerem, pois estes poderão se colocar no lugar dos personagens com muita facilidade. ''Em minha casa triste, mamãe costurava mais do que o habitual e meu pai passava o dia todo na lojinha de sapatos tentando vender a maior quantidade de pares possível, se não conseguisse aumentar suas vendagens, iríamos ter que cancelar uma refeição, e isso é absurdamente terrível, pois só tínhamos três.''.

Em absoluto, ESTE É UM LIVRO INDICADO PARA OS PAIS E PARA AS ESCOLAS. Não há palavras grosseiras, episódios de violência física ou psicológica e nem apologia a nenhum tipo de entorpecentes ou incitações a sensualidade infanto juvenil.

Os capítulos curtos deixam a leitura agradável e tranquila. Realmente gostei do que li. Senti-me como um menino novamente, relembrando dos meus sonhos, aprendizados e amigos da época da inocência. O que foi apresentado por Alan Borges não pode ser definido somente como um simples impresso que iremos ler e deixá-lo de lado, trata-se de um fascículo de doutrinas e valores educativos. O personagem do espaço traça o perfil de um verdadeiro sábio. A cada conversa com o menino, um novo provérbio é dito por ele, e são tantos que se se eu quisesse reescrevê-los aqui, daria quase o livro completo. Isso causa no menino a sensação de imensa felicidade pelas rápidas respostas e por toda a atenção que o amiguinho do espaço lhe dava. Quando crianças, precisamos de cuidados, e a educação e atenção é algo que cada um de nós necessita para entender o quanto amado é. Os laços de amizade também são tão importantes na vida desses pequenos quanto os laços familiar, pois garante um desenvolvimento sadio e receptivo ao meio social. A criança e jovem em plena formação precisa se sentir parte de tudo que os cercam, e o livro traz isso a tona, além de interpretar muito bem o universo infanto juvenil e a mente brilhante de cada um desses jovens, capazes de tornar real o que a maioria dos adultos desdenham. Essa porta para a criatividade e imaginação é de muita importância para uma formação correta e eficiente. É necessário se fazer atento a cada detalhe que essa faixa etária exibe no dia a dia pois, dessa forma, questões como confiança e autoafirmação serão ajustadas espontaneamente durante o desenvolvimento. ''Os adultos não gostam de descer alguns degraus, ou dar alguns passos para trás, mesmo que isso possa significar a ascensão de centenas de degraus ou passos mais adiante.''.

A narração é feita pelo próprio personagem, entretanto somente anos depois dos ocorridos narrados. O menino é muito meigo, inocente e carente. Ele é inteligente e exibe uma marca muito comum entre alguns jovens — que até vem se apagando nos dias atuais —, a disponibilidade e interesse em aprender novos ensinamentos. Essa receptividade dos novos aprendizados é muito alta. Gostei disso e acredito que muitos leitores irão se identificar tanto com o menino quanto com o amiguinho do espaço. Vale lembrar que Alan Borges começa o livro com um belo texto poético que comove e prepara o leitor para um acolhimento ainda mais esplêndido da história. Isso tudo vale as 5 estrelas na classificação final. Parabéns ao autor que mostrou muita sabedoria e talento nos apresentando este ser que agora também é ''Meu Amiguinho do espaço''. RECOMENDO! O livro é excelente e muito educativo.

site: http://leootaciano.blogspot.com.br/
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Carol 18/04/2016

Decepcionante
Alerta: Se você está em busca de um bom livro, passe longe de "Meu Amiguinho do Espaço".
Uma editora que vem publicando boas histórias com uma constante incrível é a Chiado, originalmente portuguesa e que desembarcou no Brasil em 2014.
Foi apostando na qualidade da Chiado que me presenteou com ótimas histórias que fiquei interessada em novos títulos, dentre eles "Meu Amiguinho do Espaço".
O título parece ruim, mal escolhido e até infantil, mas tentei dar uma chance na possibilidade de encontrar uma boa narrativa e uma história cativante envolvendo um ser de outro planeta. Oo
Não é o que acontece. "Meu Amiguinho do Espaço" possui uma narrativa muito ruim para um escritor velho. Em determinados momentos fica perceptível a infantilidade exagerada e que chega a dar pena de tão ruim.
Talvez, um plot que poderia ser muito bom, mas mal escrito, preguiçoso e chato. Um livro enfadonho.
Apesar disso, li até o fim. A vontade era de atirá-lo pela janela e fiquei muito decepcionada ao ler algo tão ruim.
A nota 1 se justifica, pois não posso dar nota 0, ou uma nota negativa.
Um último detalhe: alguns leitores podem tentar dar um desconto à obra alegando que se trata de uma história infantil. Digo-lhes, pois: nem mesmo SE fosse uma história infantil, "Meu Amiguinho do Espaço" seria bom. Pobre da criança que ler algo tão ruim!


site: Fofocas Literárias
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Trixie 19/03/2016

Resenha - Minha Prima Chata

Minha Prima Chata basicamente fala sobre a semana em que Marcelo recebe a visita de sua prima Cristina. Eles são bem diferentes, enquanto Marcelo é aquela pessoa que normalmente trata a todos muito bem, Cristina seria a tipica patricinha de series e novelas, que acredita estar sempre certa e acima de todos.

É importante ressaltar o fato de o narrador (Marcelo) ter apenas nove anos e, portanto, não fazer sentido exigir uma linguagem complexa a ponto de o publico alvo não compreender. Com exceção de duas ou três palavras cujo eu desconhecia o significado e invadiam a narrativa (e que poderiam acostumar os leitores mais jovens a usar dicionários e ampliar o vocabulário), MPC tem uma linguagem bem acessível.

Um dos detalhes mais marcantes do livro é a valorização da amizade. O leitor consegue sentir a pureza e a cumplicidade que jamais se extinguirá totalmente entre Marcelo e seus amiguinhos. É tão bonito, que esses personagens que talvez fossem menos importantes, despertaram em mim um carinho muito maior do que pela pessoa que Cristina acaba se mostrando.

Esta, que me incomodou muito por sua superficialidade mas acabou despertando em mim certa empatia. Era possível ver os reflexos de uma educação machista e a necessidade de agradar aos outros na maioria de seus atos. É realmente triste vê-la se privando de coisas que no fundo nós sabemos que talvez quisesse apenas por ser "coisa de menino". Uma das coisas que eu mais senti nas cenas em que a personagem estava presente, era a necessidade de se afirmar superior e, bem, isso não viria do nada, ela não teria simplesmente nascido assim.

Por mais que Daniela, mãe de Cristina, pareça ter vontade de fazer com que a filha se comporte respeitosamente, é impossível não pensar de onde surgiu o comportamento e o medo de fazer "coisas de pobre" da menina. Talvez não tenha sido culpa da mãe (e realmente não parece ser, mesmo levando em conta de que ela pode se portar diferente por estar na casa de outra pessoa) ou do pai, mas eu não acho justo culpa-la.

É lamentável que uma prosa tão boa tenha pecado na revisão. São de erros grosseiros aos mais banais e comuns, e é realmente triste imaginar alguém perdendo tudo o que poderia aprender com o livro ao abandona-lo julgando apenas por isso. Não serei hipócrita dizendo que não me incomodou em nenhum momento, mas também não acharia justo com o livro resumi-lo apenas a isso.

Foi muito bom ver essa nova cara do Alan e percebe-lo explorar novas narrativas. Se eu já admirava seu trabalho, hoje posso dizer que quero acompanhar sua evolução no meio literário.

site: http://www.borboletasnopapel.com/2016/03/resenha-minha-prima-chata.html
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Trixie 24/02/2016

Uma viagem valiosa
Posso parecer louca ao dizer isso, mas eu começo a escrever essa resenha com um brilho estelar nos olhos, com o desejo de presentear todas as crianças alfabetizadas que eu conheço com esse livro. Precioso: isso o definiria bem.

O livro físico é como um brinde a simplicidade poética. Tem uma bela capa, um diagramação singela, porém agradável. A linguagem denota um grande carinho do autor para com sua obra.

A história gira em torno do dialogo entre dois personagens. Um garotinho humano e um ser vindo do espaço. Quando o garoto adormece ele se vê diante de uma grande montanha luminosa e uma uma doce voz, a mais bela que ele já ouviu, o chama. Após alguns testes de persistência e coragem, ambos se encontram e entre uma conversa e outra vão construindo uma bela amizade. Cada vez que o garoto dormia ele ia de encontro ao seu novo amigo, contava-lhes as coisas do seu dia a dia, sobre os amigos, os desafios, os sonhos e o ser do espaço o instruía, dava-lhe conselhos importantes com muito carinhos e sabedoria- a criatura cinzenta queria que aquele humano crescesse com nobreza e honra.

Apenas um ponto no livro eu acredito que precise de observação, embora possa parecer irrelevante, não é: um dos conselhos do amiguinho do espaço fala quanto a não chorar. Por mais que tenhamos de ser fortes na vida, o chorar é absolutamente essencial, no choro transbordamos emoções e nos preparamos para os novos embates. É como na musica Distraídos Venceremos do Vespas Mandarinas "O herói é o último na fila dos covardes. Aquele a quem não restou à outra opção", não podemos ser o inabalável. As crianças precisam saber que podem chorar, que o choro é uma maneira de expressar também. Assim pediria que ao contarmos a história que lembremos às crianças que dentro do choro também há nobreza.

Há muito conhecimento e reflexão no livro, fosse eu fazer um post dos melhores trechos teria de copiar praticamente todo o livro. É uma obra de muita importância pois transmite saberes ao leitor de uma maneira prazerosa. Acredito que seja um trabalho que exigiu muita dedicação e inteligencia do autor para criar em poucas páginas todo um universo de aprendizagens.

site: www.borboletasnopapel.com
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augustoguhpedagogo 14/02/2016

Um livro para a vida
Alguns livros são escritos com tanta poética e suavidade de palavras que é impossível não se encantar por eles. Em “Meu Amiguinho do Espaço” temos dois personagens centrais que eu seus diálogos refletem e nos ensinam sobre a vida e o bem viver. De um lado temos o narrador-personagem contando sua infância, com seus pais trabalhadores, seus coleguinhas de escola, e as dificuldades sociais que encontrava por ser de uma família financeiramente pobre. Do outro lado do dialogo temos um ser acinzentado de grandes olhos que dizia ter vindo do espaço especialmente para ensinar ao garoto coisas sobre a vida para que ele se tornasse uma pessoa cada vez melhor em sentimentos e conhecimento.

Era nos sonhos do pequeno garoto que ele podia se encontrar com seu amigo acinzentado. Antes, porém ele teve de passar por alguns testes onde sua determinação e coragem o provou digno dos ensinamentos. Em cada encontro eles conversavam muito sobre diversos assuntos, o menino apresentava suas duvidas, seus medos e anseios enquanto o amigo vindo do espaço lhe explicava coisas sobre todo o Universo e a vida. Todo conhecimento que o amigo vindo do espaço traz ao personagem também se direciona ao leitor. E é escrito com tanta emotividade que é como se as palavras abraçassem que as lê.

Há uma relação curiosa entre os conceitos da física e o livro- uma vez que ele é de ficção, isso é importante-, mas o que me impressiona é justamente a faixa etária que o livro atende. Embora possa ser lido e apreciado por pessoas de qualquer idade, ainda é um livro infanto-juvenil. Ele torna-se muito útil por ensinar de maneira divertida sobre elementos da física, da construção e representação do Universo. Assim esse livro é uma grande ferramenta de aprendizagem, ensina sobre uma vida correta e justa e também oferta diversos conhecimentos didáticos ao leitor.

site: http://aboboranerd.blogspot.com.br/2016/02/recomendacao-literaria-meu-amiguinho-do.html
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