O Amante Japonês

O Amante Japonês Isabel Allende




Resenhas - O Amante Japonês


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Vivi.Montarde 24/04/2022

A história é bonita mas esperava mais. Gostei mas não amei. Achei que pouca coisa acontecia, faltou um algo a mais. Não me cativou. Bem diferente do outro livro dela que li, A casa dos espíritos, repleto de coisas acontecendo, intenso e impactante.

Mas a escrita da autora é muito boa e o livro flui bem. A parte histórica foi muito bem construída e traz muitos temas interessantes. A questão dos campos de concentração nos EUA para onde os japoneses foram enviados nunca tinha ouvido falar e fiquei muito impressionada.
O final da Irina achei meio apressado e mal explicado. Acho que o enfoque no livro todo deveria ter sido mais na outra protagonista, a Alma.
Janinha 25/04/2022minha estante
É um livro esquisito...A autora se aprofunda em tudo e nada ao mesmo tempo. Parece um resumão.


Vivi.Montarde 25/04/2022minha estante
Achei que ela se aprofundou na infância da Alma e do Ichimei, mas não se aprofundou na relação deles adultos.
Vc já leu outros livros dela, Jana?


Janinha 27/04/2022minha estante
Sim Vivi. Li o livro do Zorro. Esqueci o título. Lembro de ter gostado muito.


Vivi.Montarde 27/04/2022minha estante
Ah sim. Ela que escreveu aquele do zorro né. Tinha esquecido. Só ouço elogios dele.
A casa dos espíritos tb é muito bom, Jana. Pode colocar na sua lista rs




JE_DIAS 11/01/2021

...
Eu nunca teria escolhido ler este livro, não fosse a seleção dele no clube de livro o qual participo.
Isabel possui uma escrita formidável, não é cansativa, e em alguns momentos você fica hávido por mais.
A história é cheia de personagens intrigantes.
Por trás das histórias há o período em que se passam as narrativas, bordando desde a Segunda Guerra Mundial até momentos de manifestação cívica, o qual ela não aprofunda muito.
É preciso retroceder o pensamento para a época em alguns trechos, pois eles se tornarão absurdos no momento da leitura. Costumes, racismo e intolerância aparecem no livro, e se não nos permitirmos a mente compreender a época em que viveram, vamos sair frustrados.
Em muitas passagens achei a protagonista, Alma, uma personagem egoísta e mesquinha.
A história de Irina foi tratada de modo superficial, algo sobre o qual pessoas podem sentir-se incomodadas. Alguns fantasmas não são fáceis de abandonar, e acredito que este foi o ponto baixo do livro. Talvez Isabel devesse deixar a história de Irina na gaveta e ter traçado outro tipo de passado para ela.
Vale a leitura.
Vale o conhecimento sobre a civilização japonesa que vive nos EUA, e que conhecemos tão pouco.
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Wania Cris 17/02/2024

Essa mulher não escreve nada ruim
Continuando com meu projeto de atualização de leituras coletivas já realizada, peguei esse título confiando que Isabel me entregaria algo bom. Ela se superou. Mesmo quando você acha que sabe a estória, Isabel te surpreende. E mesmo quando é aquilo que você espera, ela conta de uma forma encantadora. Essa mulher é mágica!

Como lhe é próprio, Isabel entrega uma estória repleta de camadas. Cada personagem tem sua própria estória, que se mescla a várias outras e todas são maravilhosamente contadas.

A tradução para português de Portugal foi feita por Angela Barroqueiro, de fácil assimilação.
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Kath 13/03/2022

Não foi o que eu esperava, mas vale a leitura
Já vou começar dizendo que esse é um livro muito bom, mas eu não consegui gostar. A prosa de Allende me lembra bastante a de Zafón, com personagens bem construídas e com foco em seus sentimentos e tragetória, o livro é poético, bem estruturado, bem escrito, mas não me cativou, na verdade, durante toda a leitura o que mais senti foi tristeza e a sensação de algo pesando no meu peito. Terminei a história angustiada. É aquele tipo de livro que faz você pensar na sua finitude e nas limitações que eventualmente poderá nos acometer. É uma leitura angustiante, especialmente as passagens da guerra em que nos deparamos — de novo — com a crueldade humana e começamos a nos perguntar "por quê?" Qual razão disso?

A história segue Irina Basili, uma cuidadora que começa a trabalhar numa casa de repouso. Vinda da Moldávia, ela tem um passado misterioso, mas ganha o coração de todos os velhinhos no abrigo e, eventualmente, chama a atenção de Alma Belasco, a senhora mais altiva e enigmática de toda casa. Essa senhora a contrata como sua assistente pessoal oferecendo o dobro do salário que ela ganha na instituição. Após alguma relutância, Irina acaba aceitando,

Enquanto trabalha para Alma, Irina conhece Seth o neto da mulher que se torna seu amigo, mas acaba notando que o rapaz está interessado nela, algo que a jovem mulher não consegue retribuir apesar de sentir alguma atração por ele. Juntos, os dois começam a investigar o passado de Alma intrigados com a estranha e constante correspondência e presentes que ela recebe com frequência.

Alma Mendel advinha de uma família judia que vivia na Varsóvia, quando os ares sinistros do nazismo começavam a se espalhar pela europa, os pais dela a enviaram para os EUA para que ela vivesse com os tios. O irmão de Alma, Samuel, se alistou no exército para tristeza e preocupação da menina. Como era muito pequena, ela não entendia o que estava acontecendo totalmente, de modo que a prisão dos pais no gueto de Varsóvia e sua posterior realocação para o campo de concentração passava como um pesadelo distante protegido pelos tios.

Na mansão Sea Cliff, Alma conhece Ichimei Fukuda, o filho caçula do jardineiro do seu tio. É paixão imediata entre eles, a menina fica encantada pelo introspecto e inteligente rapaz, mas o ataque japonês a Pearl Harbor coloca essa relação a perder ao separá-los. Ichimei é levado para um campo de concentração americano com as outras famílias japonesas do país, a comunicação com Alma se dá por cartas que frequentemente sofrem censura pelo exército, ao ponto do garoto parar de escrever e começar a lhe enviar desenhos para contar sobre o dia a dia da família no deserto.

Nesse ponto, conhecemos os irmãos de Ichimei, como sua família é duramente afetada e desfragmentada pelo exílio ao ponto de seu pai não resistir e se entregar completamente à tristeza. Enquanto isso, Alma continua sua vida a espera do amado, sem nunca esquecê-lo, presa em uma espécie de amor obsessivo. Quando finalmente se encontram, após o fim da guerra, não são mais os mesmos, mas continuam tão apaixonados quanto antes e se entregam de corpo e alma a esse sentimento proibido. Primeiro porque Alma é judia e, dessa forma, presa a algumas tradições que também incluem o casamento. Segundo porque, mesmo com a "libertação" dos japoneses, a mistura racial ainda era vista como algo inapropriado.

Quando se descobre grávida, Alma recorre a única pessoa que poderia lhe ajudar, seu primo Nathaniel. Amigos muito próximos desde criança, eles se conhecem como a palma de suas mãos e são muito unidos. Alma lhe conta a verdade e diz que apesar de amar Ichimei, não suportaria a vida pobre de limitações que ele poderia lhe oferecer e não queria começar uma família dessa maneira. Inicialmente, eles recorrem ao aborto, mas devido às condições Nathaniel desiste do procedimento e resolve o problema se casando com Alma.

Por serem muito próximos, não é muito difícil para a família acreditar no envolvimento dos dois, assim, Alma termina tudo com Ichimei e se casa por conveniência com o primo. Quando descobre, Ichimei se sente traído, decide nunca mais ver Alma novamente e assim suas vidas seguem rumos opostos que, mais tarde tornarão a se entrelaçar.

Paralelo a isso somos introduzidos na vida de Irina e na de outros personagens que compõem o cenário da casa de repouso onde Alma se interna voluntariamente e, igualmente o desfecho da própria em uma trama cheia de reviravoltas e segredos.

Como disse no começo, a sensação é angustiante e todo o livro, para mim, teve uma certa carga meio pesada, densa, como estar preso em um nevoeiro. Mesmo o final tendo sido parcialmente feliz dependendo do ângulo em que se olhe, eu não consegui terminar com o sentimento de calma que se dá quando lemos um livro muito bom ou muito bonito. Foi mais como luto, a sensação de ter perdido uma pessoa, uma angústia desoladora de alguém que recebeu um diagnóstico terminal. É um livro bonito que para mim soou extremamente triste e quase pessimista eu diria. Mas acho que o principal é que ele soa muito realista.

Alma se descreve como covarde, volúvel e egoísta, é exatamente assim que ela é. Esse foi o papel que ela adotou o livro quase todo e só veio conseguir se desprender um pouco disso no final, quando já era tarde demais. Se eu fiquei triste por alguém foi por Ichimei e Nathaniel, ambos de algum modo vítimas do egoísmo dela, especialmente o primeiro. Ela fez os dois serem infelizes por não ter coragem de amá-lo de verdade (e fico até desconfiada se amava mesmo, ao meu ver era só obsessão).

Todavia, é uma leitura que eu indico. Reitero que lembra a prosa magnífica de Zafón, mesmo nos tons mais sombrios e nas construções tristes de seus desfechos. Vale a pena ser conhecido.
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Marta 05/05/2020

Perfeito!
Essa é a história de Alma e Ichi, duas crianças que se conheceram durante a segunda guerra mundial e que por conta dos preconceitos da época, nunca puderam ficar juntos diante da sociedade, da família e das tradições. Apesar de tudo, viveram um grande amor, que durou décadas.
A história é tão bem contada, que nos envolvemos com os personagens, como se fizéssemos parte dela.
Melhor leitura do ano!
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Julio.Argibay 19/02/2018

Alma
Um grande romance. Alma eh uma senhora de personalidade singular q teve uma vida incrível. Irina eh uma garota q veio do leste europeu em busta de uma vida melhor e para fugir dos fastasmas do passado. Acrescente aí companheiros de uma vida, com seus segredos e sua dedicação. Uma estória muito boa com personagens fortes e cativantes.
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Lara.Guimaraes 09/03/2021

"Todos nascemos felizes. Ao longo do caminho a vida vai-se sujando, mas podemos limpá-la. A felicidade não é exuberante nem buliçosa, como o prazer e a alegria. É silenciosa, tranquila, suave, um estado interior de satisfação que começa por nos amarmos a nós próprios. "

A cada livro que leio da Isabel, me faz ficar mais apaixonada pela escrita dela. Não sei como ela consegue se superar a cada história, uma melhor que a outra.
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Gomor 13/03/2023

Irina trabalha numa casa de repouso Lark House para idosos. Lá ela conhece Alma, uma senhora exigente, mas muito carinhosa. Alma vai aos poucos contando sua história e Irina descobre que ela conhecera Ichimei em sua adolescência. Ele era filho de imigrantes japoneses e ambos foram separados durante a segunda Guerra Mundial. Entretanto, mantiveram correspondência. Apesar de ter lido a versão portuguesa do livro, achei no todo um pouco fraco considerando a autora que sempre é capaz de me surpreender. Mas vale a pena, sempre vale.
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