Livduarter 27/11/2023
Vou começar sendo honesta, só li esse livro porque sou apaixonada nos livros da Dudaah, mas acabou sendo uma decepção. O que não me faz amar menos ela, já que esse livro é de 2015, e venho acompanhando ela desde 2020, e parece até meio bobo pensar isso, mas sinto um certo orgulho dela, já que foi notável a progressão de sua escrita e uma dedicação absurda. Mas vamos começar a falar desse livro.
Maria Isis é uma jovem bailarina que após anos viajando pelo mundo, resolve retornar para casa e passar uns meses ao lado de sua família, em contrapartida, Dominic é um homem marcado por um abandono que só busca prazer sem envolvimento.
Eles se conhecem em uma balada e terminam a noite na cama de Dom, o que ambos não esperavam, é que suas famílias possuíam uma grande amizade, o que faz com que tenham que conviver um com o outro.
Eu realmente gostei da Maria Isis, ela tem personalidade, uma carreira, amigos, porém é tudo meio que deixado de lado (introdução do ex foi totalmente irrelevante), sim, ela continua com a sua vida, mas acaba que tudo gira entorno da "salvação" do Dominic, fazendo com que ela se preste a papéis absurdos, inclusive, me decepcionei com a personagem, é uma mulher tão forte que mesmo sabendo que o Dom não queria nada com ela, pulou de cabeça em uma relação desestruturada e sem futuro, com a clássica síndrome do badboy, onde a protagonista acha que com o poder do seu amor, ela vai curar ele, ELA JÁ DIZIA AMAR ELE DEPOIS DE 2 ENCOTROS, desculpa, mas esse lance de amor a primeira vista para mim é furada (sim, vamos desconsiderar que eu amei todos os livros de "O juiz tatuado").
A obsessão pela Laís é toda no 🤬 #$%!& , não explica ao certo como era a relação deles, e pra alguém com tanto dinheiro, não conseguir achar ela foi bobeira. Outra coisa que me incomodou horrores, foi a tentativa de suicídio, a autora não soube desenvolver esse acontecimento, e acabou deixando jogado, até tendo um tom meio desrespeitoso, já que ninguém parece levar a sério possível depressão e tentativa de suicídio, além de que a resolução para todo esse problema foi uma sessão de terapia por semana e muito amor, isso após 5 anos.
A família da Isis também me da nos nervos, eles tem todo um discurso de "se você magoar nossa bebê vamos acabar contigo", mas quando isso acontece, eles simplesmente cagam, no máximo que rolou foi um soquinho, a única parte boa deles, é que realmente são muito unidos e companheiros, mas não protetores, portanto que o Dom não precisou de muito papo para conseguir uma segunda chance com a família dela.
Alias, não consegui simpatizar em nada com o Dominic, as atitudes dele foram nojentas, independente do que ele tenha passado, nada perdoa o que ele fez.
O plot da Laís é muito mau estruturado, foi totalmente do nada, e sem nexo algum, pelo menos eu não consegui pensar nos acontecimentos como algo cabível no mundo real, tipo, homens muito ricos e 0 investigações?
Enfim, acredito que com a capacidade atual da autora, ela conseguiria melhorar muito essa obra, mas teria que mudar bastante coisa, e nem to falando dos erros ortográficos, são diversos diálogos repetitivos e que não tem relevância alguma, o que torna um livro de 200 paginas cansativo e arrastado.