none 12/03/2022
Inovador
Ao folhear o livro imaginei que pelo fato de todo ele ser composto de diálogos seria cansativo, fraco, desinteressante. Ledo engano. Não é uma peça teatral, nem um romance, tampouco contos propriamente- apesar de ser esta a definição técnica rotulada na descrição. Cada capítulo traz um tema filosófico, banal, nonsense, preconceituoso, absurdo, alegórico, pândego. A excelência 1 e a excelência 2 dialogam sobre uma revolução que nunca vem, sobre o uso de pedras, sobre a beleza e a feiura, sobre a violência desmedida. Podem ser dois políticos, podem ser dois palhaços, podem ser dois moradores de rua, podem ser dois loucos, podem ser você e eu, o autor e quem lê. Daí a graça da leitura. O livro é dividido em duas partes, sendo a maior a primeira com os capítulos curtos de diálogos, a segunda consta de poucas páginas e os personagens são números, como em um condomínio, bairro, ou cidade e seus predicados, afazeres, vícios. É como um roteiro de um filme.
*O torcicologologista não foi necessário. :D