kkclarice 13/04/2024
"Somos como casas com aposentos enormes e janelas pequenininhas"
Simon Spier é um garoto comum do ensino médio, (faz aula de teatro, ama Oreos e curte música melancólica) a não ser por um segredo: ele é gay. Ninguém sabe, exceto Blue, o cara misterioso com quem Simon troca e-mails quase diariamente. Após esquecer de fazer logout na sua conta no computador da escola, suas confissões são descobertas por Martin, um colega do teatro que começa a chantagear o protagonista: em troca de não compartilhar os prints com o colégio inteiro, Martin quer que Simon o ajude a conquistar Abby, uma de suas melhores amigas.
A trama gira em torno da pressão para sair do armário e de que Simon está lentamente se apaixonando por Blue, embora eles não tenham ideia de quem o outro é. A narrativa é leve, divertida e bem fluida, mesmo com vários momentos de tensão.
Eu gostei do desenvolvimento do Simon, principalmente porque ele consegue reconhecer os seus erros e tentar corrigi-los. O romance é bem fofo, não vou mentir, além de que eu nunca iria adivinhar quem era o Blue, foi uma surpresa genuína.
Por outro lado, não curto muito o cerne da questão ser a saída do armário, nós gays não devemos explicação pra ninguém e podemos ser felizes sem nunca se assumir!! Além disso, tem as incontáveis referências a Harry Potter, que eu, particularmente, acho brega e não aguento mais; deixa o livro super datado, com vibe bem 2015, sabe? (Coincidência ou não, o livro foi lançado em 2015)
Fazia tempo que eu não engatava numa leitura, e esse livro me ajudou a sair dessa ressaca literária. "Com Amor, Simon" é uma boa experiência, no geral. Inclusive, eu gostei muito mais do livro do que do filme (como puderam cortar todo o plot das irmãs do Simon??? Achei um absurdo).