Duas narrativas fantásticas

Duas narrativas fantásticas Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Duas Narrativas Fantásticas


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Tamy 30/03/2023

Primeiro contato com Dostô!
Meu primeiro contato com Dostoievski e o que encontrei aqui foi uma ênfase no psicológico, na angústia, nos dilemas emocionais do ser humano. 

Em ?A Dócil? temos um homem que está diante do cadáver de sua esposa - que acabara de cometer suicídio. A partir dessa cena, vemos desenrolar todo o drama psicológico desse viúvo em relação ao que levou sua jovem esposa a cometer tal ato. Ele, um sujeito severo e que não demonstra seus sentimentos, começa a se desnudar, a expor os detalhes do que aconteceu no seu casamento, um relato confuso, mas que começa a tomar forma quando ele mesmo passa a compreender melhor a situação. 

Já em ?O sonho de um homem ridículo?, temos um homem que já não vê mais sentido na vida, que diz não ser afetado por mais nada e que planeja matar-se naquela noite. Porém algo diferente acontece no caminho para sua casa e ao chegar lá, ele deposita sua arma em uma mesinha, adormece na poltrona e sonha com uma realidade utópica, um mundo que é igual a Terra, porém nele não há o mal. Um sonho que nos traz uma reflexão sobre a vida, sobre o bem e o mal e que apresenta uma nova possibilidade para o protagonista. 
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Vinicius 24/03/2023

O primeiro conto, A Dócil, eu não gostei tanto, apesar de nele ser possível extrair muita coisa interessante.

A leitura do segundo conto é bem mais fluída e a história é curta, mas muito interessante.
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Icaro 22/03/2023

Incrível!
Duas novelas, A dócil e O sonho de um homem rídiculo, compõem esse livro magistralmente escrito pelo Dosto. Assumo que gostei muito mais do segundo que do primeiro. Acredito que, de forma bem sintética, ele consegue se aprofundar em 200 mil anos de história da humanidade, recriando símbolos, mitos e pervesões que estamos (re)construindo eternamente.
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Evelin 22/03/2023

A primeira narrativa é um monólogo de um homem que perde sua esposa para o suicídio e está nos primeiros momentos do luto de tentar descobrir o motivo, se ele é o motivo.
A segunda também é um monólogo, mas agora de um homem que estava decidido a se matar, porém ele sonha com um mundo perfeito e feliz caindo em desgraça e, não sei bem porque, depois que ele acorda ele decide não se matar.
É um tipo de leitura que eu deveria tentar ler mais devagar e mais atentamente para fluir melhor o que o autor queria passar, mas infelizmente não li assim e não sei se terei outra oportunidade pra "ler do jeito certo".
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Karuê 28/02/2023

Fantástico
Incrivelmente detalhado, nos faz sentir como parte da obra, intenso e posso dizer que apresenta ideias a se refletir.
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Tiago.Cecconello 21/02/2023

O sonho de DOIS HOMENS RIDÍCULOS
Elogiar Dostoiévski é chover no molhado. Qualquer obra que ele escreveu é espetacular. Esses dois contos fantásticos abordam duas questões importantes de maneira criativa e profunda: o terrorismo psicológico e o niilismo/positivismo.

Em A Dócil, um livro verdadeiramente feminista - não esse feminismo barato e chulo que vemos hoje em dia, que enfia crucifixo na vagina e quer impor, de maneira fascista, o identitarismo -, Fiódor mostra de maneira brilhante a opressão e pressão psicológica um indivíduo ressentido e reprimido impõe cruelmente à sua mulher para descontar os seus fracassos e sua masculinidade frágil. Nessa obra, como em todas as outras do escritor russo, vemos uma análise profunda da psique humana na construção brilhante de um personagem atormentado pela sua consciência. Esse livro lembra que, todos os dias, convivemos com pessoas que, muitas vezes, carregam dores e problemas que não conhecemos ou que, nós mesmos, ajudamos a potencializar. Às vezes, essas pessoas chegam a pedir ajuda, mas não recebem nossa atenção. O único caminho que sobra a elas é o suicídio. Por isso, muito cuidado com a forma como você trata outro ser humano, sobretudo aqueles que convivem mais tempo com você.

Em o Sonho de um Homem Ridículo, Dostoiévski, na verdade, fala de dois homens tidos como ridículos: o niilista/positivista e o utópico. Esse conto lembra muito O Idiota, obra-prima do próprio autor, que coloca em conflito o idiota que menospreza todos os valores e tradições x o idiota que acredita que o mundo pode ser um lugar melhor. Porém, uma coisa é ser um IDIOTA maiúsculo, aquele que nega tudo e acha que lutar por um mundo melhor é inútil, outra coisa é ser um idiota que acredita que o mundo pode ser um lugar melhor. O primeiro é um idiota absoluta, o segundo, é idiota apenas para quem é um idiota absoluto. Ou seja, ser visto como idiota por pensar utopicamente é um elogio.

O homem ridículo dizia que não se importava com nada, nem com uma criança desamparada, mas ninguém pode fugir da consciência (de novo ela, o elemento-chave dostoievskiano). Até o maior dos assassinos tenta esconder seu crime, pois sabe, em sua consciência, que está errado. Essa mesma consciência atormenta nosso personagem, mostra que ele estava errado, mas, enquanto está acordado, ele pode criar subterfúgios racionais para ignorar ou empurrar esses incômodos para debaixo do tapete. Porém, no sonho não tem escapatória. Ele possibilita que a catarse aconteça. E nosso homem ridículo por achar que pode ignorar o mundo e os valores, agora se torna um homem ridículo por acreditar em utopias, ajudar criancinhas e desejar o amor ao próximo. Convenhamos, é melhor ser um ridículo utópico, que acredita na vida, do que ser um ridículo niilista que lava as mãos.

Eu poderia ficar escrevendo aqui eternamente, pois a obra do mestre russo é tão intensa e profunda que desperta a ridícula ingenuidade de achar que esse texto será lido por alguém e poderá ajudar a disseminar essas histórias fantásticas e essenciais para mais brasileiros, de forma que a mensagem utópica de Dostoiévski toque o coração ridículo de mais gente.

Clara.Gordiano 21/02/2023minha estante
Resenha sensacional..


Tiago.Cecconello 21/02/2023minha estante
Obrigado




Nathalia 19/02/2023

Como o próprio título diz, a obra trata-se de duas histórias, ambas sobre suicídio. A primeira delas entitulada "A dócil", é sobre a ótica de um viúvo. A segunda se chama "O sonho de um homem ridículo" e trata sobre um potencial suicida que acaba desistindo do ato por conta de um sonho utópico que o acometeu.
Extremamente existencialista, Dostoiévski faz refletir o sentido de viver.
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Vanessa Dias 11/02/2023

Resenha da editora:
Duas pequenas obras-primas, as narrativas aqui reunidas constituem excelente introdução ao universo de Dostoiévski. Se A dócil (também conhecida como Uma doce criatura) foi considerada "uma das mais vigorosas novelas do desespero na literatura mundial", O sonho de um homem ridículo desenha a possibilidade de uma vida utópica em outro planeta.
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Raqueline 06/02/2023

excelente
Resenha | Duas Narrativas Fantásticas: A Dócil e o Sonho de um Homem Ridículo.

Confesso que comprei esse livro pelo título, me chamou bastante atenção, mas enfim, aqui, temos dois textos, que podem ser identificados como uma novela russa, uma narrativa que não é tão curta como um conto e nem tão extensa como um romance.

Em "A Dócil", acompanhamos as reflexões de um homem, que acaba de saber que sua mulher se suicidou, jogando-se pela janela de casa, abraçada à uma estátua da Virgem Maria. E a partir disso entra numa crise de reflexões, principalmente porquê dele acreditava que por alguns minutos poderia ter impedido aquela cena horrível. Ressalto que esse relacionamento era composto por um homem bem mais velho com uma adolescente de 16 anos, que ele acreditava que estava salvando de algum casamento horrível que pudesse acontecer.

Na segunda novela, "O Sonho de um Homem Ridículo", novamente tem a temática do suicídio, mas uma perspectiva e história diferente. Fazendo pensarmos na vida, a partir de um sonho louco, de um sujeito ridículo.

Ambos os inícios me fizeram querer continuar até acabar, e em alguns momentos lembrei-me de "Crime e Castigo", o livro é levado por agonia, pensamentos malucos, mas sempre com uma narrativa que rapidamente envolve o leitor.

- A edição da editora34 é maravilhosa, a melhor em quesito russo.
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Ju 03/02/2023

Deus no céu e Dostoiévski na terra.
Me surpreendi positivamente demais com essa leitura. Ambas as narrativas falam sobre a morte, porém, de formas diferentes. Sinceramente não sei dizer qual gostei mais. As duas conseguiram me fazer ficar presa na leitura, e eu n consegui descansar até ter terminado de ler. Recomendo muito. Foi minha primeira leitura do autor, e que venham muito mais!
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Everton 26/01/2023

Esse livro trata de duas obras que compõe-se em diferentes modos, contrastantes, de início, desenvolvem-se de uma forma deveras interessante, e se encerram com uma boa reflexão. Mais uma obra de Dosto, de escrita fluida e rápida, a qual aborda a estrutura de pensamentos da mente do personagem principal, em meio àquelas situações.
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Yasmim 23/01/2023

Extraordinariamente perfeito!
As duas narrativas são esplêndidas e fascinantes!
A primeira, "A dócil", trata de assuntos bem pesados o que faz a leitura ser mais densa. Admito que precisei de várias pausas, mas não tira o fato de ter sido incrível.
Já a segunda, "O sonho de um homem ridículo", você pode sentir raiva do personagem principal no início, mas tudo isso é proposital para que nos capítulos 3, 4 e 5 chegue a revira volta. Foi impressionante e de se refletir muito sobre.
Perfeito e foi mais que merecido as 5 estrelas!
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Dudu Menezes 20/01/2023

Sobre o suicídio e a natureza humana
Retomando meu contato com a obra de Dostoievski, li, nos últimos dias, Duas Narrativas Fantásticas.

Aqui, temos dois textos, do final do século XIX, que se enquadram no gênero literário conhecido como novela - uma narrativa que não é tão curta quanto o conto e nem tão extensa como um romance.

Nas duas narrativas fica marcada a discussão sobre o sentido da vida.

Em A dócil, acompanhamos as reflexões de um homem, que acaba de ficar viúvo, após a sua jovem esposa tirar a própria vida, jogando-se pela janela de casa, abraçada à uma estátua da Virgem Maria.

Acredito que, aqui, a temática do amor se revela de forma extremamente provocadora. O que é, de fato, amar? Amar a quem? Amor por quem? Paralelo à esse sentimento, por óbvio, também se vai nas entranhas do ser humano para se pensar no ódio, no desejo, no desprezo, na necessidade de tentar impor algum tipo de controle e poder sobre quem se diz amar; e, consequentemente, o fracasso. O total fracasso de se tentar exorcizar os próprios demônios em um "ícone " que se cria como que um alvo para expiar as nossas culpas.

Na segunda novela, O Sonho de um Homem Ridículo, novamente a temática do suicídio se faz presente. Refletindo sobre o absurdo da existência humana, o narrador também faz diversas considerações sobre a existência humana. Este homem pesa suas contradições e pecados - à exemplo do que ocorre na primeira narrativa -, mas é ele próprio - o narrador - que está decidido a tirar a própria vida

Até que um acontecimento inesperado o faz pensar no quanto egoísta essa decisão soava. Ao ser abordado por uma menina, perdida na rua, que pedia ajuda para encontrar sua mãe e se negar a fazer qualquer coisa por ela, ele acaba sendo tomado pela culpa e olhando sua decisão por uma outra perspectiva.

Daí por diante somos provocados a pensar uma série de questões, inclusive sobre se, de fato, isso teria se passado na realidade ou faria parte de um sonho. O fato é que ele já não podia mais seguir com seus planos antes de resolver esta "pendência".

Eu havia esquecido o dom desse autor em tocar no mais íntimo da natureza humana. Ele nos disseca e deixa tudo exposto, sem meias palavras...

Quem curtiu a resenha, convido a conhecer o meu canal no YouTube: Sujeito Literário e o site www.sujeitoliterario.com.br
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Carolina.Gomes 15/01/2023

Narrativas fantásticas de Dostô
Depois de ler O idiota, achei que não leria outro Dostô, tão cedo, mas minha relação com ele é assim: um dia estou odiando e depois? amando de novo.

Comecei a dócil odiando o personagem principal masculino, um narrador manipulador, desprezível que se casa com uma moça humilde, bem mais nova, abusando do poder econômico que detém. Ele não é só um sujeito insuportável, como também se orgulha disso. Mas o que eu não gostei, nessa novela, foi a excessiva repetição de pensamentos, palavras e o ritmo lento da narrativa.

O sonho do homem ridículo me trouxe de volta o Dostô dos Karamazov e de Crime e Castigo? o cara que bota você pra refletir sobre a vida, a partir de um sonho, aparentemente louco, de um sujeito qualquer. O início da novela já me pegou em cheio e eu adorei. Além das reflexões filosóficas, temos uma narrativa mas ágil e interessante.

Ambas tratam do tema suicídio sob aspectos diferentes e são novelas curtas cuja leitura eu recomendo.
Eliza.Beth 19/01/2023minha estante
Aeeeeeeeeee




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