LAPLACE 01/06/2016A vez do MMORPG!Desde as primeiras páginas fiquei me perguntando como essa obra se conectaria à sua antecessora. Como os títulos eram iguais, imaginei que essa seria uma continuação, mas depois de um tempo comecei a ficar incerto quanto a isso, até que o Danilo não só linkou Jogo das Sombras II com o anterior, como incluiu os personagens do primeiro na história também.
O Danilo realmente criou histórias que eu sempre tive curiosidade de ler. Jogos de tabuleiro (estilo Jumanji) e MMORPG sempre me pareceram ótimas bases para o desenvolvimento de grandes histórias, principalmente o último, e fico contente que alguém mais tenha pensado nisso.
Em Jogo das Sombras II o cenário é outro, bem mais sombrio e tenso. Nós acompanhamos Juliano, um craque de um jogo de um MMORPG que está em alta que precisa concluir uma árdua missão de modo a salvar o destino do jogo que tanto ama. Gostei bem mais da estruturação desse volume 2 do que do anterior, acredito que o Danilo deu uma encorpada no texto e soube trabalhar melhor a trama, contudo ainda tiveram algumas coisas que me incomodaram.
Começando pelos erros de continuidade, onde algo foi dito de uma maneira no passado e depois de outra no futuro, como a popularidade do Juliano. Logo no começo somos informados que ele é muito calado e de poucos amigos, e mais na frente o texto diz que ele era o garoto mais popular da escola.
Outra coisa que me incomodou foi como os outros jogadores simplesmente localizaram Juliano no mundo real. Como descobriram quem ele era e o encontraram? Jogos online são jogados por pessoas do mundo todo, e, a maioria de seus jogadores são crianças, então como essas crianças não só o descobriram, como foram ao seu encontro? Além do mais, nos é dito no texto que a maioria das pessoas considerava que o personagem de Juliano era um adulto, e ninguém salientou isso ao conhecê-lo? Ninguém se espantou por um garoto de 12 anos ser o mais forte do jogo e não um adulto, como imaginaram?
A conclusão do conflito em Jogo das Sombras II foi bem mais emocionante que em seu antecessor, contudo acredito que o autor quebrou o clima de desfecho com aquelas últimas palavras. Elas nos fazem ficar na expectativa de mais uma continuação, verdade, mas o cenário final que o Danilo apresentou - simplesmente cuspido no texto sem nenhuma indicação anterior de que poderia ter algo como aquilo - baixou minha expectativa de um final empolgante.