As Belas Imagens

As Belas Imagens Simone de Beauvoir




Resenhas - As Belas Imagens


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Lou Black 11/04/2024

Adorei
Eu achei um livro bom,foi o meu primeiro contato com essa autora e eu gostei de ter escolhido esse livro como primeiro. De primeira mão achei ele muito confuso porém depois eu fui acertando as ideias,gostei de como foi demonstrado que até as famílias mais "perfeitas" ainda tem muito podre e a questão do papel da mulher na sociedade. A questão da Laurence se preocupar com tudo e tentar entender os seus familiares,o que se passa na cabeça da sua filha,a sua carreira profissional e tudo isso acarretar uma depressão foi muito bem explorado e isso tudo deixou o livro muito mais interessante,principalmente pelo fato de ser algo tao fácil de se identificar.
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Thaysa 03/04/2024

As coisas não ditas
Laurence é bem sucedida, casada com um arquiteto renomado, possui duas filhas, um amante e aparentemente tem uma vida perfeita na alta burguesia. Mas, apesar de tudo, se sente infeliz, incompleta. Simone de Beauvoir é sempre cirúrgica ao dissecar relacionamentos.
"Será que ele não sente entre nós o peso das coisas não ditas? Não do silêncio, mas das frases vãs; será que não sente a distância, a ausência, debaixo da cortesia dos rituais?"
Essa frase de Laurence resume muito bem o conteúdo do livro. Ótima leitura!
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Cris 29/02/2024

29.02.2024
Esse romance nos traz a questão abordada tão conhecida da autora, o papel da mulher na sociedade. Aqui, a personagem Laurence vive muitos questionamentos, seu próprio valor como mulher, profissional e ser humano. A vida que escolheu para si e seu futuro. A mulher precisa realmente estar acompanhada por um homem para ser bem vista na sociedade? Será q as filhas seguirão os mesmos caminhos dela? Acompanhamos seus dilemas durante toda a história.
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Mariana Dal Chico 06/06/2023

Um dos último romances de Simone de Beauvoir, “Belas Imagens” foi publicado originalmente em 1966, ambientado na França do pós Segunda Guerra Mundial, o livro conta a história de Laurence, uma publicitária que aos olhos da sociedade tem a vida perfeita - dinheiro, casamento, filhos -, mas que ao olharmos mais intimamente, vamos descobrir suas inseguranças e questionamentos sobre consumismo e superficialidade.

O livro não tem a estrutura de um romance comum, com começo, meio e fim; é como um recorte da vida de Laurence, nós subimos no trem em movimento, ficamos por algumas estações e descemos antes da parada final. Por isso, para mim, o começo da leitura foi um pouco truncado, demorei um pouco para entrar na história e, principalmente, entender quem é quem.

A autoestima da protagonista é bombardeada frequentemente, ela precisa se esforçar para demonstrar firmeza, ao longo dos anos, ela foi deixando a própria opinião de lado para se adequar às belas imagens cobradas pela sociedade.

A leitura me deixou desconfortável em vários momentos, principalmente no que se refere ao homem tentar sobrepor e abafar o pensamento livre da mulher, mas isso foi feito propositalmente pela autora que usa a ironia fina em diversos diálogos onde, infelizmente, podemos reconhecer os discursos como se estivessem saindo da boca de alguém sentado ao seu lado.

“(…) Há tantas coisas que não notamos! Bem, notamos sim, mas passamos adiante porque sabemos que é inútil aprofundar o assunto. A consciência pesada - nesse ponto, por uma vez, papai e Jean-Charles estão de acordo - serve para quê? (…)” p.16

site: https://www.instagram.com/p/CtKYOfGPyme/
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DAbora.Gregorini 16/05/2023

A escrita de Simone de Beauvoir é impecável! É muito difícil não nos identificarmos com suas personagens. Nessa obra narra a identificação de uma mãe com sua filha e o seu rompante de autenticidade.
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Romeu Felix 23/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"As Belas Imagens" é um romance escrito por Simone de Beauvoir e publicado em 1966. A obra conta a história de Laurence, uma jovem de 20 anos que vive em Paris e se sente deslocada em relação ao mundo ao seu redor. Ela trabalha em uma fábrica de cigarros e sonha em encontrar um sentido para sua vida.

Laurence conhece um homem mais velho, o pintor Jacques, que a leva para o mundo da arte e da cultura. Ela fica encantada com esse mundo e começa a questionar as ideias e valores que lhe foram impostos desde a infância.

A história se passa em um período de grande transformação social e política na França e a protagonista vive em meio a um movimento de contestação das estruturas patriarcais e conservadoras da sociedade.
Sobre a Segunda leitura.

"As Belas Imagens" é um romance escrito por Simone de Beauvoir, filósofa e escritora francesa. Publicado em 1966, o livro conta a história de Laurence, uma jovem de 20 anos que trabalha em uma fábrica de cigarros e sonha em encontrar um sentido para sua vida.

Desenvolvimento:
Laurence é uma jovem solitária e deslocada em relação ao mundo ao seu redor. Ela vive em Paris, em um pequeno apartamento com sua mãe e irmã, e trabalha em uma fábrica de cigarros. A protagonista busca um sentido para sua vida e se sente perdida em meio à rotina monótona do trabalho e da vida doméstica.

Laurence conhece Jacques, um pintor mais velho que a leva para o mundo da arte e da cultura. Ela fica fascinada com esse universo e começa a questionar as ideias e valores que lhe foram impostos desde a infância. A protagonista percebe que há outras formas de viver e de pensar, além daquelas que foram estabelecidas pela sociedade.

A história se passa em um período de grande transformação social e política na França. A protagonista vive em meio a um movimento de contestação das estruturas patriarcais e conservadoras da sociedade. Ela se vê diante de uma escolha: seguir os padrões estabelecidos ou desafiar as convenções e buscar sua própria liberdade.

Conclusão:
"As Belas Imagens" é uma obra que aborda temas como liberdade, identidade e transformação social. Simone de Beauvoir apresenta a história de uma jovem em busca de um sentido para sua vida, que se vê diante de uma escolha entre seguir os padrões estabelecidos ou buscar sua própria liberdade. A obra é ambientada em um período de grande transformação social e política na França, o que torna a história ainda mais interessante e relevante.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Eduarda Franco 17/02/2023

Se surtar as pessoas prestam atenção
As vezes é necessário um surto pra se fazer ouvir. Chato que uma mulher precise passar por tantas coisas pra se descobrir.
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Giovanna 15/12/2022

Exato
Vazio, objetividade mórbida, perfeição... Tudo provocado por um estilo de escrita que, tanto quanto seu conteúdo, entregam a mensagem pretendida. A agonia de Laurence é quase palpável, e seu desejo de impedir que sua filha permaneça naquela redoma de imagens, mecanismos, também.

Incrível.

(Menos meia estrela porque, por serem recortes da vida de Laurance, no início demorei a pegar o ritmo da leitura)
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andrealog 12/10/2022

A eterna culpa da maternidade da mulher moderna
Apesar de não ter sido mãe na vida real , Simone relata aqui com previsão as dúvidas da maternidade moderna da classe média, o equilíbrio entre família carreira casamento e maternidade. O medo de envelhecer sozinha, a importância da amizade na pré adolescência.
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Alessandra @euamolivrosnovos 05/10/2022

Instagram @euamolivrosnovos
Laurence é uma publicitária bem sucedida que, aparentemente, tem uma vida perfeita, com suas filhas e o marido, além do seu amante, é claro.
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Com o crescimento de suas meninas e algumas situações que envolvem a sua família, Laurence começa a questionar seus próprios valores e a forma como vive seus dias, cercada de falsas aparências em meio a uma sociedade hipócrita e fútil.
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A superficialidade de suas relações a choca e agora ela luta para não cair em um limbo depressivo pela segunda vez.
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Um romance curto, mas que trabalha muito bem um tema que ainda hoje é pauta fortíssima no nosso cotidiano, pois é comum vermos mais e mais pessoas vivendo de aparências, tratando tudo com extrema frivolidade.
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Laurence não é uma mulher que segue os padrões, mas, mesmo quando desvia da curva, o faz de maneira abafada, às encondidas. Em sua realidade, tudo é uma questão de mostrar apenas o que os outros gostariam de enxergar, deixando as emoções em frangalhos diante de toda essa encenação diária estafante.
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Simone de Beauvoir foi cirúrgica nesse livro, pois mostra que uma vida de privilégios pode se tornar uma prisão para muitas pessoas e gerar apenas uma falsa ideia de felicidade.
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A autoestima de Laurence é bombardeada a todo instante com a necessidade de demonstrar firmeza e de ser impassível aos acontecimentos a seu redor.
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Ao longo dos anos, a publicitária acabou deixando sua opinião própria de lado, expressando apenas o básico e mostra, também, dificuldade de trabalhar questionamentos simples de sua filha mais velha, pois se sente amarrada à bolha do padrão imposto pelo seu meio social.
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Uma leitura excelente, que propositalmente causa desconforto, ainda mais quando temos leitorAs do outro lado das páginas. Recomendo.

site: https://www.instagram.com/euamolivrosnovos
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09/09/2022

?Gritamos, choramos, sofremos convulsões como se houvesse na vida algo digno desses gritos, dessas lágrimas, dessas agitações. E nem é verdade. Nada é irreparável porque nada tem importância.?

Confesso que fiquei muito desorientada no início do livro por não estar acostumada com a escrita de Simone de Beauvoir, mas persisti e acabou valendo (muito) à pena. Em ?Belas Imagens?, Simone explora o papel feminino, o existencialismo e de certa forma a alienação da personagem principal. Laurence se vê muito na filha dela e dá pra perceber que ela guia a filha com base no que ela não teve a oportunidade de ser ou vivenciar.
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Jéssica 20/01/2014

O livro "As Belas Imagens" de Simone de Beauvoir é uma história sobre Laurance, uma mulher casada que em crise com seu relacionamento e com os relacionamentos sociais faz a reflexão sobre "as belas imagens". Quando ela usa este termo de "belas imagens" é sobre a vida de aparências, ou convenção social. Isto é possível de se observar em duas partes que selecionei. A primeira falando da viagem que ela fez onde refletindo que:
"(...)incitariam os seus amigos a verem Atenas e a cadeia de mentiras se perpetuaria, as belas imagens permanecia intactas apesar de todas as desilusões."(130)
Mostrando que as opiniões das pessoas ao afirmar que o "belo" é viajar para Atenas e caso você não goste deste lugar ou passeio deixaria de perpetuar as "belas imagens" ou as aparências. Então, com medo de perder a conexão com pessoas passa a viver sobre mentiras onde a convenção social dá o valor de algo ser melhor do que outra coisa. O segundo trecho selecionado é quando ela fala sobre a filha criticando a "bela imagem", ela disse:
"-É simples sou eu quem cuida de Catherine. Você intervém de quando em vez. Mas sou eu quem a educo, e sou eu quem deve tomar decisões. Estou tomando-as. Cria um filho, não é fazer uma bela imagem..." (140)
Neste outro trecho vemos algo que Beauvoir explora em outras obras dela que é a questão feminina. Simone de Beauvoir é uma filosofa francesa feminista que acredita que:
"NINGUÉM nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino." (p. 9, O Segundo o Sexo, vol. II)
Vemos Beauvoir questionando os padrões do ser menina, onde podemos relacionar com a análise de Andrea Nye (1988) da qual diz que:
"Quando as mulheres são educadas, tratadas e consideradas como iguais, como homens, tornam-se masculinizadas e com isso perdem suas almas femininas. Tornam-se frias, competitivas e reduzem sexo e amor a pura lascívia. Ela citava em especial "socialistas" como Kollontai, que transformaram a mulher em apenas companheira dos homens e incentivavam a promiscuidade, relacionamentos seriais e divórcio fácil." (p. 116)
Assim, mostrando como esta obra é profunda e tão bonita em sua reflexão pontuo mais uma citação do livro sobre desta viagem a Atenas, Laurance refletia e viu que:
"Uma menininha pôs-se a dançar, tinha três ou quatro anos: minúscula, morena, olhos negros, um vestido amarelo rodado formando uma corola na altura do joelho, meias brancas, girava em torno de si mesmo, os braços para acima, os rostos afogados em êxtase, com um ar muito louco. Transportada pela música, deslumbrada, tonta, transfigurada, desvairada." (122)
Neste momento, Laurance viu algo que ela considerou uma bela imagem, sem a ideia de convenções, mas algo simples e belo que saiu da alma de uma menina ao ouvir uma música. Desta forma, vemos que Beauvoir aborda assuntos amplos que o termo "belas imagens" que guia a narrativa de Laurance em suas vivências e finalizando com uma grande reflexão sobre a vida, a mulher e "belo".

site: http://ofemininodoslivros.blogspot.com.br/
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CooltureNews 13/07/2013

Coolture News
Este não é um livro comum ou fácil de ser compreendido, na verdade, acho que só pode ser inteiramente compreendido quando se procura entender a autora e a fase em que ela se encontrava ao escrevê-lo.

“As Belas Imagens” é um dos últimos romances de Simone, onde ela buscou compreender através do existencialismo a condição da mulher e da moral burguesa numa França pós 2ª Guerra, marcada pelo consumismo e o individualismo. É neste cenário que temos Laurence, uma publicitária ainda jovem que sente-se completamente deslocada em seu meio social.

Após um colapso nervoso ocorrido cinco anos antes, Laurence tenta se manter num regime de auto controle, no qual o seu trabalho como publicitária é parte fundamental, um lugar onde ela encontra um jeito de mascarar sua realidade e frustração com sua vida em geral através de suas belas imagens.

Casamento, amante, filhos, os problemas de sua mãe, seus amigos sofisticados e burgueses, seu pai e sua vida de aparente de liberdade dos conceitos da sociedade, são todas essas coisas que pertencem ao universo de Laurence e a tornam uma personagem que não sabe lidar com a perspectiva de magoar os outros ou de decepcioná-los, sendo influenciada pelas circunstâncias, sem conseguir se opor a nada.

Ela foi criada assim, criada para ser uma bela imagem, assim como as imagens dos produtos com o qual trabalha, porém, em suas reflexões é possível perceber que mesmo sendo condicionada a toda uma perspectiva burguesa e alienada, ainda resta dentro de si um pouco de rebeldia juvenil, que ela acaba por reencontrar em sua filha mais velha.

A narrativa não segue a estrutura de um romance, é mais como um recorte de um pedaço crucial da vida de Laurence, não tendo verdadeiramente um inicio ou fim, mas procurando mostrar o momento exato em que ela caiu em si.

A sensação que tive ao ler a narrativa foi a de me espelhar na personagem e de chegar realmente a compreendê-la em toda sua angustia e confusão. Simone conseguiu com uma narrativa baseada em dois tipos de narrador passar com tranquilidade os sentimentos de uma personagem que vai se tornando mais vivida conforme passa o tempo.

As Belas Imagens não é um livro comum, podendo até mesmo ser frustrante, mas afirmo com toda certeza que é uma obra clássica, capaz de despertar a sensibilidade do leitor. Recomendo como uma leitura de introdução a obra de Simone De Beauvoir por demonstrar em pouco mais de 140 páginas o estilo literário e reflexivo da autora.

site: www.coolturenews.com.br
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