Manual de Pintura e Caligrafia

Manual de Pintura e Caligrafia José Saramago




Resenhas - Manual de Pintura e Caligrafia


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Bruno Oliveira 30/06/2022

A ARTE COMO INSTRUMENTO DE OPOSIÇÃO AO STATUS QUO
Manual de pintura e caligrafia, do português José Saramago é, aparentemente, um tratado de como e por quê escrever. Nele, acompanhamos um pintor de retratos que está prestes a mudar a sua própria concepção sobre o seu ofício graças ao recém adquirido hábito de escrever. De início, assuntos triviais do seu atual cotidiano nos é apresentado. Contudo, ao longo de seus “exercícios de autobiografia”, que contemplam descrições certeiras sobre algumas regiões da Itália e das pinturas por lá vistas de seu gosto, vamos percebendo um outro nível do tema do romance: o fascismo, o ressurgimento de ideologias autoritárias (ditatoriais) na Europa e, claro, em Portugal. Como sempre, Saramago nos dá dois livros em um: até a metade, é um livro e, depois, é um outro praticamente bem diferente. O “casal imperfeito perfeito”, de outros livros seus, dá as caras por aqui também – quem já leu muitos Saramagos vai entender. ;)
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Carol.Cuofano 10/02/2022

Saramago
Mais uma leitura concluída! "Manual de pintura e caligrafia" de José Saramago. O primeiro livro de outros do autor que pretendo ler em 2022.

Neste livro acompanhamos H. um pintor de retratos que decide modificar algumas coisas em sua vida. Duas coisas são mais marcantes: a mudança no estilo de pintura e o início do exercício de escrita, que é o próprio livro que temos em mãos.

Conhecemos a vida do autor/narrador, seus romances, inspirações artísticas, reflexões nem sempre fáceis de acompanhar e o momento histórico do final da ditadura de Salazar.

Escrito em 1977 este ainda não é um livro que mostre o vigor de escrita de obras mais famosas e de uma certa maturidade literária, mesmo assim, é desafiador ler já que o narrador faz longas descrições e reflexões nem sempre tão lineares.

Para os amantes de Saramago, assim como eu, acho que é uma leitura válida para entendermos o percurso de constituição deste magnífico escritor.
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Veri 12/11/2021

Escrita catalisadora
O quarto livro do Saramago da minha lista por ordem cronológica. Foi escrito em 1977. Gostei da forma experimental que Saramago escreve: o livro tem a liberdade de um exercício de livre escrita. Que pode ser também o ponto fraco do livro para algumas pessoas. Mas não chegou a me incomodar. Começa como uma questão do personagem/narrador com seu próprio trabalho e vira um catalisador para que ele se entenda e se recrie. É um mergulho completo dentro da cabeça de H. um pintor de retratos excelentes mas que como artista era lamentável.
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Rodrigo 24/10/2021

Segundo livro escrito por Saramago
Ainda não é o estilo clássico do Saramago. Tem pouco dele ainda. Mas é um livro agradável. Claraboia, apesar de ser o primeiro, eu gostei mais. Este, por outro lado, tem reflexões interessantes para quem quer escrever histórias.
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Everton Vidal 04/10/2020

?Não sou já, não sou ainda, não sei que serei?.
É um livro sobre mudanças.

H. é um pintor de retratos que se sabe mediocre, que está cansado de viver de uma determinada maneira e começa a mudar. Ele o faz de duas formas: mudando seu estilo de retratar e começando a escrever (e o que ele escreve é o que lemos).

O livro também retrata a situação de Portugal no final da ditadura Salazarista, como se a personagem fosse uma espécie de representação do país, àquela altura agotado e ansioso por mudanças.

Enfim, não é uma leitura fácil. Me exigiu uma dose extra de paciência para entender as profundas nuances das divagações do autor.
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Jackson 12/08/2020

Um livro de muitas faces
Vale apena ler um livro difícil? Sim, vale apena. E esse livro de Saramago é um deles; um romance dentro de um ensaio ou é um ensaio dentro de um romance? Bom, você terá que ler para decidir por si mesmo. Um livro marcado por muitas reflexões que variam de assunto (política, arte, escrita,relações sociais etc..). No fim temos um livro de transição que mistura o antigo estilo do autor e rápidas "pinceladas " daquele estilo que o consagrou que muitos de vocês já conhecem.

site: Meu blog: https://diariodeumfalsoescritor.blogspot.com
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regifreitas 01/05/2020

MANUAL DE PINTURA E CALIGRAFIA (1977), de José Saramago.

Nunca imaginei que fosse me entediar tanto com um livro de Saramago.

Em vida, esta foi oficialmente sua segunda publicação. CLARABOIA (1953), cronologicamente, foi uma produção anterior, mas só veio a público postumamente.

O primeiro romance do autor, TERRA DO PECADO, não era tão bom pois percebia-se claramente o tatear de um escritor iniciante, buscando um estilo, uma forma de expressão. Visto sob o mesmo prisma, este romance, que surge quase trinta anos após o primeiro, apresenta uma evolução. Trata-se já de um autor mais maduro, na vida e na escrita, mais ciente do caminho que escolhera trilhar. Por isso mesmo, o livro apresenta uma pretensão e uma afetação que o anterior não trazia. Ainda não é o Saramago com o domínio total de sua voz.

O enredo: um pintor/retratista - autodenominado apenas de H. - em crise com o seu trabalho, faz uma espécie de diário, no qual desenvolve reflexões sobre seu ofício e também sobre a escrita, outra arte que o fascina. E são justamente essas partes as mais aborrecidas do texto. Elucubrações muitas vezes confusas, que ficam rodando em torno do próprio rabo, e não levam a quase lugar nenhum. Os trechos que se salvam são aqueles nos quais tomamos um pouco mais de conhecimento da vida de H., suas relações amorosas, pessoais e profissionais. Nessas partes, o narrador também nos dá alguns indícios do que estava acontecendo naquela sociedade, nos momentos finais do Salazarismo, porém de uma forma bem rápida e superficial. Se Saramago tivesse seguido por esse caminho, até poderia ser uma obra interessante.

Definitivamente, para leitores iniciantes que queiram se aventurar pelas obras do autor português, esta não é um bom ponto de partida.
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Rodrigo Brasil 23/01/2020

Entre histórias e divagações.
É difícil falar do Manual, de Saramago. Há capítulos muito bons, nos quais entramos naquela história da ditadura portuguesa e acompanhamos o retratista H. com seus trabalhos e inquietações.
Porém, alguns capítulos são extremamente confusos e divagam demais sobre a história central.
Não há uma linearidade, o que não é um problema, mas a mudança de temas de um capítulo para o outro torna a história mais enfadonha.
No geral, é um bom livro, não é o melhor de Saramago, mas vale pelas reflexões que o personagem traz acerca do ato da escrita e da pintura.
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Ernani.Maciel 27/03/2019

Exigente
Título coerente, realmente é um tratado sobre as artes da pintura e caligrafia. O texto do Saramago mais exigente de todos que li - seis até o momento, lerei tudo o que este publicou.
Em uma entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura Saramago sugere que todos devem ler autores desafiadores. Em outras palavras, aqueles que exigem mais da nossa capacidade de compreensão; sair da zona de conforto. Ele incluiu nesta recomendação inclusive as crianças. Peguei para mim este conselho e decidi desafiar-me. Comecei com o pé direito, este livro é, certamente, o mais desafiador de todos que li; e olha que já estou próximo de ler 200. São 280 páginas de muitas reflexões e pouquíssima história. Talvez a história não ocupe 100 páginas. Este livro não foi escrito, acredito, para nos deixar uma boa e recheada história, o foco são as divagações. Fiquei com a sensação que Saramago transpôs para o papel - tendo em vista que trata-se apenas do seu segundo romance publicado - suas dúvidas e certezas sobre as artes da pintura e caligrafia, especialmente caligrafia, tanto que algumas passagens são autobiográficas.

Terminei desejoso em relê-lo em breve.

Boa leitura para quem deseja desafiar-se.
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Paulo 13/11/2017

Saramago em 1977, há quarenta anos portanto, já mostrava ao que veio. Um robusto argumento desenvolvido de forma viril, sem deixar à solta pontas e fiapos. Um pintor que escreve, um escritor que pinta, um homem que não se deixa abater pelo desânimo frente ao negrume de uma noite que Portugal vivia há mais de quarenta anos. Só do meio do romance para a frente alguma menção há ao fétido ambiente dictatorial, quando este - ainda bem - começa finalmente a ruir, solapado por sua própria iniquidade. Grande romance, excelente livro.
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Volnei 18/09/2017

Manual de pintura e caligrafia
Esta não é uma das melhores obras deste autor . Não me prendeu como as demais leituras que já fiz deste mesmo autor
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Wagner 12/09/2017

À ILUSÃO QUE O CALEIDOSCÓPIO MOSTRA...


(...) nenhum rosto humano se mostrará no jogo dos espelhos e dos fragmentos coloridos (...)

In: SARAMAGO, José. Manual de pintura e caligrafia. São Paulo: Companhia das Letras,1992.pp 229.
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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: Manual de pintura e caligrafia, de José Saramago
“Que quero eu? Primeiramente, não ser derrotado. Depois, se possível, vencer.”
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“Tentei destruir este homem quando o pintava, e descobri que não sei destruir. Escrever, não é outra tentativa de destruição, mas antes a tentativa de reconstruir tudo pelo lado de dentro.”
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“Quem sabe se a cegueira não seria preferível à visão agudíssima do falcão instalada em órbitas humanas? Para os olhos da águia, como é a pele de Julieta? Que foi que viu Édipo quando com as suas próprias unhas se cegou?”

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2013/02/manual-de-pintura-e-caligrafia-por-jose.html
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raquellruiz 08/04/2011

Aux armes, citoyens!
Ao Saramago faltava escrever (e faltava Pilar).
Essa busca por si mesmo é muito bem representada no livro, alguém que viveu durante muito uma vida que não condizia consigo mesmo, uma vida vazia e sem sentido. Aos poucos ele vai buscando e descobrindo a si mesmo, descobre (no sentido de revelar, de encontrar algo que existia mas estava escondido em si mesmo, coberto) um ideal e uma maneira de lutar por ele.
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