As Três Pontes de DüMoirrir

As Três Pontes de DüMoirrir Flavio P. Oliveira




Resenhas - As Três Pontes de DüMoirrir


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Nathy 08/02/2016

Um mundo novo
O autor Flávio Oliveira é carioca, tijucano, formado em engenharia e escritor ativo conhecido por narrativas muito criativas, como a obra distópica Talvez Nunca Mais Um País e a série de livros apocalíptica com a protagonista adolescente Lilliah Blu. Mais uma vez, sendo esse primeiro da série de contos que o autor maneja publicar, surpreende com um universo todo novo para cativar o leitor. Nesse universo paralelo, ele demonstra uma sociedade terráquea fantástica, cuja classificação social se dá pelas alterações anatômicas dos seus habitantes - os citadinos, ilhéus e as esperanças.
DüMoirrir tem acesso por três pontes, sendo somente uma (Ponte Central) a de uso regular pelos citadinos, únicos que podem usá-las. A cidade tem um vigia maior que fica estabelecido em um balão observatório para controlar tudo e todos do local.
Lügh é um citadino vigia noturno e algum tempo vem sendo torturado pela presença da deslumbrante Luna, uma esperança.
Em busca de respostas sobre o que esse ser busca na relação com o vigia, que por sinal é estabelecida no sigilo da noite, o conto demonstra como todas as circunstâncias são favoráveis para aquele que planeja suas ações e sentimentos.

Um pouquinho sobre as diferenças dos povos, as demais estão na obra:
"Os citadinos preferem o dia e tem olhos castanhos, os ilhéus, verde e a noite. De tempos em tempos nasce um ilhéu de olhos azuis, são chamados esperanças e tratados com o melhor do melhor e a pão de ló."
comentários(0)comente



Danieli.Mutzenberg 06/03/2016

Um conto ou um livro?
Conto ou livro? Pela profusão e complexidade de "As Três Pontes de DüMoirrir", bem poderia ser um livro. Contudo, é um conto belo e mordaz, que traz as mais hediondas e maravilhosas reflexões.
O conto foi escrito pelo fundador e editor da Delirium Editora, Flavio P. Oliveira, autor do romance "Talvez Nunca Mais um País".
Nesse conto, a loucura mescla-se com a necessidade de levar às pessoas os preconceitos existentes no mundo inteiro. Preconceitos que, por mais que sejam abatidos por uns, continuam a se introduzir nas pessoas, como espinhos pequeninhos e fugazes a se aprofundar na pele.
O conto é habituado num cenário fantasioso, onde uma ilha, sem nome e habitada por seres que preferem a noite ao dia, e têm olhos verdes, são prisioneiros em seu próprio lar. Apenas três pontes dão acesso a ela, pontes ligadas a cidade DüMoirrir, que possui moradores de olhos castanhos e que preferem a luz do dia. Na ilha, alguns nascem com olhos azuis e são chamados de "esperanças". Por mais que uma "esperança" sucumba frente às caçadas que os citadinos fazem à ilha, para buscar rins, sempre nasce um novo.
Você deve estar se perguntando: Você disse rins? Sim, foi isso mesmo. Acontece que os moradores da cidade perdem um dos rins na infância e, portanto, buscam mais deles na ilha, para os casos de complicação na saúde dos citadinos, pois somente os ilhéus possuem dois rins enquanto adultos. Toda a história demostra como o fato de uns terem mais rins do que os outros causa tanta inimizade entre os povos; como um povo abomina o outro apenas por causa de algo tão banal como um rim.
A história é perfeita para quem gosta de uma história de amor que supera diferenças, para quem é apaixonado por debates acerca de problemas do mundo e para quem gosta de contos mirabolantes, loucos e surpreendentes! De textos fantásticos e viciantes! Depois que se começa a ler, o leitor sente-se preso a esse mundo e fica fascinado pelos dilemas pessoais e universais do mundo de "As Três Pontes de DüMoirrir".

comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR