O pomar das almas perdidas

O pomar das almas perdidas Nadifa Mohamed




Resenhas - O Pomar das Almas Perdidas


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JAQUELINE.ARGOLO 10/03/2024

Recomendo!
Em meio a tantas vidas e almas perdidas, três mulheres (uma criança, uma adulta e uma idosa) se destacam e se cruzam num destino até então pouco provável e em meio a uma sangrenta guerra civil na Somália.
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Rafael1082 31/01/2024

O horror da guerra
O livro acompanha 3 mulheres de diferentes fases da vida (Criança, Adulta e Idosa) e que foram impactadas com a ditadura de formas diferentes, é impactante, é emocionante e é muito fiel em relatar os horrores da guerra, da ditadura e de um pais destruído
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Lurdes 24/12/2023

Agora faz exatamente dezoito anos que o presidente ascendeu ao poder depois de um golpe militar"
Estamos em 1987, na Somália, e o desfile militar, a que toda a população é convocada a comparecer é o ponto de partida da estória, quando nossas três protagonistas vão se cruzar pela primeira vez em situações críticas.

Kawsar é uma senhora viúva, que perdeu a filha de forma trágica e que vai ao desfile contrariada, pois a muito tempo perdeu a fé nas ações do governo e não aceita a violência exacerbada com que combatem as ações dos grupos rebeldes.

Deqo tem 9 anos, é refugiada etíope. Sua mãe chegou ao campo de refugiados grávida e foi embora logo que Deqo nasceu a deixando sozinha no mundo, sem conhecer nada sobre sua família.

Filsan é uma jovem, cabo do exército somali, incentivada pelo pai, e tenta cumprir suas ordens sem nada questionar.

Durante o desfile a pequena Deqo, que dança displicentemente é abordada de forma violenta pelas forças de segurança.

Kawsar, que assiste à cena não pensa duas vezes, corre para libertar a menina e acaba sendo detida, acusada de desordem. Durante o interrogatório Filsan a agride de tal forma que ela não poderá mais andar.

As três que já carregam seus traumas, viverão momentos ainda mais dolorosos.
Ao longo da narrativa, acompanharemos um pouco sobre a vida de cada uma delas e, por tabela, de uma população vítima de fome e violência inaceitáveis.
A estória concentra-se principalmente em personagens femininas e crianças, sempre as mais vulneráveis em situações do tipo.

Em algum momento da estória as três irão se reencontrar e protagonizar momentos muito, muito emocionantes.

A autora, apesar de ser bem explícita ao relatar os horrores da Guerra Civil que se inicia, tem uma escrita doce, tentando conservar alguma humanidade, retratada no pomar que Kawsar cultiva ao lado de sua casa e que resguarda algum resquício de vida e frescor.

Livro pesado, dolorido mas tão bonito em sua resistência.

Recomendo para estômagos fortes.
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Valéria Cristina 15/12/2023

Em uma guerra não há finais felizes
Hargeisa, Somália, 1987. O país está sob ditadura militar e a vida de três mulheres se cruzam e seus destinos são bruscamente alterados. Em um evento cívico, um acontecimento inusitado faz com que elas se liguem irremediavelmente.

Assim, por meio do olhar dessas mulheres ? uma viúva, uma criança de um campo de refugiados e uma soldado - Kawsar, Deqo e Filsan - conhecemos uma Somália imersa em violência, corrupção e medo.

A Guddi ? guarda do regime ? exerce forte pressão sob a população e leva a opressão às ruas. As execuções arbitrárias mantém as pessoas em constante insegurança.

Observamos uma sociedade muçulmana, na qual ainda persistem os costumes ancestrais como a circuncisão feminina. As mulheres são objetificadas e inferiorizadas, mesmo no exército. O recrutamento forçado de homens para o serviço militar é uma constante, incluindo crianças.

Com o início da guerra civil, faz com as três protagonistas se reencontrem e com isso temos a certeza de que em sua não há finais felizes.

Nadifa Mohamed nasceu em Hargeisa, Somália, em 1981, e foi educada no Reino Unido. Estudou história e política no St. Hilda?s College, Oxford. Atualmente, ela mora em Londres. Tem outros dois romances publicados pelo selo Tordesilhas: O pomar das almas perdidas (2021) e Menino Mamba-Negra (2022).
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Ester71 18/11/2023

Como dito em algumas resenhas, a triste história do que se vive em uma guerra, porém, as histórias muito bem definidas, de três mulheres que buscavam seus ideiais.
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Márcia 21/10/2023

Uma história ambientada na Somália
Pela leitura podemos viajar pelo mundo, conhecer outros povos, culturas, dores, angústias, sonhos. Dessa vez, a parada do @comfbook foi na Somália, descrita e narrada pela escritora somali-britânica Nadifa Mohamed. A moça não é pouca coisa! Além de prêmios, foi considerada, em 2013, pela revista Granta, como uma das melhores jovens escritoras britânicas. Ela nasceu na Somália, mas foi educada em Londres, onde estudou história e política. Mas isso não lhe tira o lugar de uma fantástica escritora somali, pois, como sabemos, nas nossas raízes nos encontramos.

A história é ambientada na cidade de Hargeisa, às vésperas da guerra civil que assola o país. Por meio de sua própria história e de entrevistas, Nadifa nos conduz para a vida, língua e cultura do povo somali, mas em um contexto amargo de guerra, cujas consequências envolvem questões como violência de gênero, exploração, deslocamento forçado e as dificuldades enfrentadas pelos mais vulneráveis em tempos de crise.

A obra é construída em torno de três protagonistas mulheres presas no caos da ditadura e da guerra na Hargeisa de 1987: Deqo, uma menina refugiada de 9 anos, sem família, que vive nas ruas; Kawsar, uma viúva que perdeu a filha pequena, morta ao protestar contra os crimes cometidos pelo exército; e Filsan, uma ambiciosa militar de 30 anos que está cansada dos assédios sofridos dentro do exército. À medida que a trama se desenvolve, acompanhamos a vida individual de cada uma dessas mulheres e, no final, essas vidas se cruzam, para surpresa do leitor, tocado por um realismo devastador, desse tipo aqui:
?O cheiro do banheiro é repugnante, a única janela não é suficiente para secar as paredes úmidas, nem para eliminar o fedor das privadas entupidas: grampos de cabelo retorcidos, pentes quebrados, lâminas de barbear enferrujadas, roupas de baixo manchadas, tudo junto abandonado atrás da porta? ? relato de Filsan, p. 201.

Texto duro e cruel, porém com uma escrita delicada que encanta e provoca reflexões.
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Amanda Bonfim 21/10/2023

Narrativa muitíssimo impactante. Não me impressiona NAdifa Mohamed ter sido considerada a melhor escritora britânica em 2013, isso fica claro em sua história.

Com as três personagens: Deqo, Filsan e Kawsar, conhecemos uma parcela da história da Somália, em um momento extremamente frágil do país. Deqo, ainda uma criança. Filsan, uma policial, participante do governo opressor do momento. Kawsar, uma mulher madura que vivenciou tantas perdas e construiu um pomar em sua casa. Na primeira parte do livro, as três personagens, completamente aleatórias, se encontram em um evento promovido pelo governo e, embora breve, este encontro ressoa de maneira impactante na vida de cada uma. Na segunda, mergulhamos na história de cada uma de um modo surpreendente. O ritmo da história parece acompanhar a trajetória da existência dessas três mulheres e o leitor pode sentir a dor, o sofrimento, a angústia que é viver em tempo tão conturbado. Podemos nos compadecer e sentimos vontade de abraçá-las e confortá-las. Na última parte do livro, o cenário é ainda mais devastante e as três personagens tornam a se encontrar. O final traz certa calmaria e a esperança de uma vida melhor invade a história. Recomendo a leitura!
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Perdida_nas_Estrelas 21/08/2023

Me decepcionei, infelizmente.
Começo por dizer que um final bom não resolveu o problema de um enredo maçante e de personagens odiáveis. Ou seja, adorei as últimas linhas, mas foi uma leitura pesarosa para mim, eu não via a hora de acabar e por causa disso o fim nunca chegava (aff).
A decepção veio consequentemente por minhas expecatativas, por ser uma autora do continente africano e por ser minha primeira leitura dessa origem eu estava muito animada, acabou decepcionando. Entretanto, eu adorei uma das protagonistas e sempre que o enredo me levava à ela eu lia mais rapidamente.
O que me ocorreu ali foi uma crítica social rasa, sinceramente, me incomodou muuuito a descrição da revolução e afins, pois não sinto validação nas palavras da autora. O enredo é muito triste, traz injustiças reais, e não tem problema se seu objetivo é este; persongens cinzas são colocados também e isso é ótimo, mas as principais serem tão chatas e terem arcos gigantes foi maçante. Eu queria só passar as páginas e chegar ao fim o mais rápido possível.
Livro bom, mas nem tanto (risos). Nem sei se recomendo.
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Biblioteca Álvaro Guerra 21/08/2023

Além de contar a história de uma guerra que chocou o mundo, Nadifa Mohamed desvenda a alma e a cultura do povo somali por meio de suas três protagonistas. Intimista, singelo e poético, O pomar das almas perdidas nos lembra que a vida sempre continua, apesar do caos e do sofrimento.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786555680263
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@bibliotecadedramas 26/06/2023

Brutal
“O Pomar das Almas Perdidas” é um romance envolvente e poderoso da escritora britânica de origem somali, Nadifa Mohamed. Ambientado na cidade de Hargeisa, na Somália, às vésperas da guerra civil que assola o país, o livro oferece um retrato cativante da vida, língua e cultura do povo somali.

A história se desenrola em torno de três mulheres de diferentes gerações: Deqo, Kawsar e Filsan. Elas se encontram pela primeira vez em um estádio, durante a festa de aniversário da revolução que levou ao poder uma ditadura militar. Nesse evento crucial, as vidas das protagonistas se entrelaçam de maneiras inesperadas.

À medida que a trama se desenvolve, acompanhamos a vida individual de cada uma das mulheres. Deqo se perde pelas ruas da cidade, encontrando refúgio na casa de prostitutas, enquanto Kawsar retorna para seu bangalô e passa a contar com a ajuda de uma jovem. Filsan volta ao quartel e ao seu trabalho de patrulha. Nesse ponto, a narrativa adquire uma qualidade poética notável, enriquecida pela musicalidade das palavras somalis que ressoam aqui e ali – o que me confundiu um pouco, mas que não perdeu o fio da história.

“O Pomar das Almas Perdidas” é um livro que mergulha nos aspectos mais sombrios da experiência humana, mas também oferece momentos de esperança e resiliência diante da adversidade. Este romance é uma leitura tocante e uma janela para uma realidade pouco conhecida, que deixará os leitores refletindo sobre as complexidades do ser humano e a resiliência do espírito humano em face da adversidade.

site: https://shejulis.com/livro-o-pomar-das-almas-perdidas/
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Rond 18/06/2023

A resiliência e a conexão humana em tempos de adversidade
Nadifa Mohamed em "O pomar das almas perdidas" retrata com habilidade as consequências devastadoras dos conflitos para a vida cotidiana dos somalianos, especialmente das mulheres. Ela aborda questões como violência de gênero, exploração, deslocamento forçado e as dificuldades enfrentadas pelos mais vulneráveis em tempos de crise.

Ela explora temas como identidade, pertencimento e resiliência. As personagens do livro lutam para preservar sua humanidade e encontrar um sentido de esperança em meio à adversidade. Suas histórias são comoventes e nos fazem refletir sobre a força e a capacidade de superação do espírito humano, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

Destaque para a pequena Deqo que é uma das três personagens centrais da trama. Ela é uma menina de nove anos que nasceu em um campo de refugiados e vive na cidade de Hargeisa, na Somália, em meio ao caos da guerra civil. Deqo é abandonada e tem que se virar sozinha na cidade, onde vive nas ruas e é cuidada por prostitutas.

Por outro lado, Filsan, uma das três protagonistas do livro, é uma jovem soldado de Mogadíscio que se voluntariou para ir a Hargeisa, onde a guerra está em seu auge. Filsan é retratada como uma personagem complexa que pode ser vista como antagonista, devido ao seu papel de agente do regime militar autoritário. Ela executa as ordens do regime sem remorso, participando ativamente da violência e opressão infligidas à população. No entanto, ela também é vítima do sistema em que está inserida, sofrendo assédio e sendo desvalorizada por ser mulher em um ambiente militar dominado por homens. Embora tenha a ambição de provar sua capacidade e força, Filsan luta internamente com a brutalidade do regime que representa. Filsan é uma personagem multifacetada que encapsula a complexidade da guerra e do papel das mulheres em um contexto de conflito e opressão.

A escrita é cativante, com descrições vívidas que nos transportam para a Somália da década de 1980. Ela captura a essência da cultura somaliana, sua rica tradição oral e os desafios enfrentados por seu povo. O livro também aborda questões sociais e políticas mais amplas, oferecendo uma perspectiva profunda e multifacetada da história e da sociedade somaliana.

"O Pomar das Almas Perdidas" é uma leitura essencial para aqueles que desejam conhecer melhor a história e a cultura da Somália, bem como para aqueles interessados em explorar as experiências das mulheres negras em contextos de conflito e opressão. É uma obra que nos emociona, nos desafia e nos inspira a buscar a compreensão e a empatia em relação aos outros.
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romulorocha 15/02/2023

O pomar das almas perdidas, de Nadifa Mohamed - 10/10
Nadifa Mohamed nasceu em Hargeisa, Somália, em 1981, e foi educada no Reino Unido. Estudou história e política no St. Hilda’s College, Oxford. Atualmente, ela mora em Londres. Seu primeiro livro, Black Mamba Boy, foi publicado em 2010.

O pomar das almas perdidas tem como pano de fundo Hargeisa, na Somália, durante a década de 80, mergulhada em uma sanguenta guerra civil, e conta história de três mulheres: Deqo, Kawsar e Filsan. As três personagens se encontram pela primeira vez em um estádio, na festa de aniversário da revolução que colocara no poder uma ditadura militar, e nos apresentam diferentes olhares sobre os impactos da guerra. Deqo, nos apresenta o olhar de uma criança de um campo de refugiados, sem saber de onde vem, quem são seus pais e precisa aprender a se virar desde nova. Kawsar, uma viúva, e que agora vê sua filha morrer vitima da guerra e seus parentes fugirem em busca de paz. E Filsan, uma soldado que presencia as injustiças da guerra e a realidade machista e patriarcal dos militares. Com o desenrolar da guerra o destino destas três personagens acaba por se encontrar, mas o resultado deste encontro é mais marcante ainda.

#resenhasdoromulo
#literaturasomalia
#opomardasalmasperdidas
#nadifamohamed
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Patricia 20/01/2023

Nota: ????????
Resenha completa postada em: https://leiturasdapati.wordpress.com/2023/01/20/o-pomar-das-almas-perdidas-nadifa-mohamed/

Das três, a história que menos me prendeu foi a de Filsan, apesar de todas as três serem histórias tristes. Sim, o livro é muito triste e relata muita dificuldade de um período e em um lugar que talvez poucos conheçam.
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