O pomar das almas perdidas

O pomar das almas perdidas Nadifa Mohamed




Resenhas - O Pomar das Almas Perdidas


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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O pomar das almas perdidas, Nadifa Mohamed - Nota 8,5/10
A história é triste, bem triste, mas mostra a força do ser humano ao lidar com situações degradantes. Não tenho dúvidas de que acompanhar a simples rotina de três mulheres - uma criança, uma jovem e uma senhora - cercadas pela pobreza e violência no meio da revolução na Somália, durante a ditadura de 1987, foi muito enriquecedor. Essa é daquelas histórias que nos faz lembrar sobre a triste realidade de muitos, da qual, às vezes acabamos nos tornando indiferentes.
Confesso que em alguns pontos achei que a leitura fica um pouco enrolada, mas a autora logo consegue voltar com o bom ritmo que predomina no livro.

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Perdida_nas_Estrelas 21/08/2023

Me decepcionei, infelizmente.
Começo por dizer que um final bom não resolveu o problema de um enredo maçante e de personagens odiáveis. Ou seja, adorei as últimas linhas, mas foi uma leitura pesarosa para mim, eu não via a hora de acabar e por causa disso o fim nunca chegava (aff).
A decepção veio consequentemente por minhas expecatativas, por ser uma autora do continente africano e por ser minha primeira leitura dessa origem eu estava muito animada, acabou decepcionando. Entretanto, eu adorei uma das protagonistas e sempre que o enredo me levava à ela eu lia mais rapidamente.
O que me ocorreu ali foi uma crítica social rasa, sinceramente, me incomodou muuuito a descrição da revolução e afins, pois não sinto validação nas palavras da autora. O enredo é muito triste, traz injustiças reais, e não tem problema se seu objetivo é este; persongens cinzas são colocados também e isso é ótimo, mas as principais serem tão chatas e terem arcos gigantes foi maçante. Eu queria só passar as páginas e chegar ao fim o mais rápido possível.
Livro bom, mas nem tanto (risos). Nem sei se recomendo.
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Ana 10/04/2021

Comecei a ler esse livro sem grandes pretensões, para entender um pouco da cultura somali. De repente mergulhei no meio de uma guerra civil no final da década de 80 e conheci a história de três mulheres com idades distintas (uma pré-adolescente, uma jovem e uma idosa). Suas histórias paralelas se cruzam, entre dor, força e resiliência, mas a beleza vem no desfecho: o reencontro das três, o apoio, a fuga e a sobrevivência. Recomendo.
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Marcos 27/03/2021

Veemência em meio ao caos
Deqo, Kwasar e Filsan: três mulheres, que dividem diferenças sociais, pessoais, caracterizadas por pertencerem a gerações diferentes, mas que compartilham da mesma força feminina.
A primeira ainda desconhece sua fortaleza, mas inocentemente, aos 8 anos, enfrenta vários desafios fazendo o uso da mesma. Kwasar já viu muito da vida, e mesmo com as dificuldades da idade segue fazendo história e sobrevivendo as adversidades. Em um contexto privilegiado, Filsan, foi moldada pelas vontades dos homens que cresceu rodeada, mas mostra-se humana no fim das contas e luta com veemência.
Apesar de uma experiência confusa na primeira parte, vi no desenrolar do livro uma história essencial, que nos faz pensar sobro o nosso posicionamento, atitudes e ações diante de um mundo que pode ser tão cruel e acolhedor ao mesmo tempo.
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Jane.FAlix 05/09/2021

O pomar das almas perdidas de Nadifa Mohamed
O pomar das almas perdidas é um desses livros que machucam a gente devagarinho. A narrativa é ambientada na Somália em uma época de guerra e de ditadura. Muita pobreza, fome e como sempre corrupção na polícia e no exército fazem parte do dia a dia desse país e de seu povo.

As protagonistas, Deqo, Kawsar e Filsan, três mulheres em idades diferentes e com histórias de vida sofridas se encontram em momentos distintos, no primeiro encontro Kawsar tenta defender Deqo e acaba sendo presa e agredida, essa agressão lhe custa muito caro.

As três se distanciam, mas as agruras da guerra acaba por aproxima-las novamente em um momento de extrema dificuldade.

A escrita de Nadifa é muito leve e poética, apesar de estar tratando de assuntos difíceis e pesados é como se ela tentasse suavizar os acontecimentos.

Enfim, é um bom livro e vale ser lido.
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Wania Cris 31/07/2022

Estória forte, personagens enfadonhas...
Tradução: Otacílio Nunes (também traduz Patricia Cornwell)

Estória ficcional construída sobre base real da guerra civil na Somália, O Pomar das Almas Perdidas trata dos arcos de Deqo, Filsan e Kawsar, mulheres de situações diferente envolvidas na mesma guerra.

Kawsar é uma viúva idosa e solitária depois da morte da única filha, Hodan. Apesar das dores e sofrimentos que passou é uma pessoa amarga, cheia de manhas e vontades que raramente se coloca no lugar do outro, mesmo sabendo que está sendo cruel ou ingrata. Odiei essa criatura com todas as forças.

Filsan é uma jovem militar a serviço do governo que não hesita em cumprir as ordens mais estapafúrdias e o faz de maneira totalmente insensível e desinteressada, não se importando se é pra matar ou torturar. Aliás, ela sempre se esforça para fazer "um pouco a mais" do que lhe é determinado e, ao final, só se importa com sua estória mal desenvolvida com seu pai e seus próprios sentimentos. Zero empatia por ela.

Deqo é uma criança órfã que se vê diante da brutalidade de funcionários do governo tendo como única saída a fuga e a tentativa de sobrevivência por meios próprios. Ela se sai muito bem. Tão bem que deixa de ser crível. Uma criança de 9 anos que viveu a vida toda em campo de refugiado de repente se dá melhor que as crianças que vivem nas ruas da cidade.

A escrita da autora é boa, fluída, interessante, mas a forma como ela escolheu contar essa estória não acompanha a escrita. Alguns pontos são maçantes, entediantes, outros são revoltantes.

Não consegui me conectar em momento algum com a estória, por mais tocante que fosse a passagem. Única alegria que tive com essa leitura foi em terminá-la.
Deia Books @andreia_books 01/08/2022minha estante
Pois é?




juliapassos14 13/12/2021

O livro conta a história de três mulheres, durante a guerra civil na Somália. A leitura é fluída e envolve muito o leitor, com aspectos da cultura local (diversas palavras não são traduzidas, mas sim usadas na própria língua) e da luta e dor desse povo.

Dividido em cinco partes:
- Inicia com uma história central, mostrando o contexto de vida dessas mulheres
- Em seguida, discute a história de Deqo, uma menina de 9 anos que viveu no campo de refugiados e era forçada a mostrar apoio pela ditadura militar instaurada no país
- No terceiro capítulo conhecemos Kawsar, uma viúva que conheceu a dor da guerra civil com a morte de parentes próximos
- Então, conhecemos Filsan, uma jovem soldado pró-governo, que mesmo assim não está livre da luta do que é ser mulher
- Por fim, entendemos como essas narrativas e destinos se entrecruzam

Todos deveriam ler e conhecer um pouco mais da realidade somaliense.
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@bibliotecadedramas 26/06/2023

Brutal
“O Pomar das Almas Perdidas” é um romance envolvente e poderoso da escritora britânica de origem somali, Nadifa Mohamed. Ambientado na cidade de Hargeisa, na Somália, às vésperas da guerra civil que assola o país, o livro oferece um retrato cativante da vida, língua e cultura do povo somali.

A história se desenrola em torno de três mulheres de diferentes gerações: Deqo, Kawsar e Filsan. Elas se encontram pela primeira vez em um estádio, durante a festa de aniversário da revolução que levou ao poder uma ditadura militar. Nesse evento crucial, as vidas das protagonistas se entrelaçam de maneiras inesperadas.

À medida que a trama se desenvolve, acompanhamos a vida individual de cada uma das mulheres. Deqo se perde pelas ruas da cidade, encontrando refúgio na casa de prostitutas, enquanto Kawsar retorna para seu bangalô e passa a contar com a ajuda de uma jovem. Filsan volta ao quartel e ao seu trabalho de patrulha. Nesse ponto, a narrativa adquire uma qualidade poética notável, enriquecida pela musicalidade das palavras somalis que ressoam aqui e ali – o que me confundiu um pouco, mas que não perdeu o fio da história.

“O Pomar das Almas Perdidas” é um livro que mergulha nos aspectos mais sombrios da experiência humana, mas também oferece momentos de esperança e resiliência diante da adversidade. Este romance é uma leitura tocante e uma janela para uma realidade pouco conhecida, que deixará os leitores refletindo sobre as complexidades do ser humano e a resiliência do espírito humano em face da adversidade.

site: https://shejulis.com/livro-o-pomar-das-almas-perdidas/
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Rond 18/06/2023

A resiliência e a conexão humana em tempos de adversidade
Nadifa Mohamed em "O pomar das almas perdidas" retrata com habilidade as consequências devastadoras dos conflitos para a vida cotidiana dos somalianos, especialmente das mulheres. Ela aborda questões como violência de gênero, exploração, deslocamento forçado e as dificuldades enfrentadas pelos mais vulneráveis em tempos de crise.

Ela explora temas como identidade, pertencimento e resiliência. As personagens do livro lutam para preservar sua humanidade e encontrar um sentido de esperança em meio à adversidade. Suas histórias são comoventes e nos fazem refletir sobre a força e a capacidade de superação do espírito humano, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.

Destaque para a pequena Deqo que é uma das três personagens centrais da trama. Ela é uma menina de nove anos que nasceu em um campo de refugiados e vive na cidade de Hargeisa, na Somália, em meio ao caos da guerra civil. Deqo é abandonada e tem que se virar sozinha na cidade, onde vive nas ruas e é cuidada por prostitutas.

Por outro lado, Filsan, uma das três protagonistas do livro, é uma jovem soldado de Mogadíscio que se voluntariou para ir a Hargeisa, onde a guerra está em seu auge. Filsan é retratada como uma personagem complexa que pode ser vista como antagonista, devido ao seu papel de agente do regime militar autoritário. Ela executa as ordens do regime sem remorso, participando ativamente da violência e opressão infligidas à população. No entanto, ela também é vítima do sistema em que está inserida, sofrendo assédio e sendo desvalorizada por ser mulher em um ambiente militar dominado por homens. Embora tenha a ambição de provar sua capacidade e força, Filsan luta internamente com a brutalidade do regime que representa. Filsan é uma personagem multifacetada que encapsula a complexidade da guerra e do papel das mulheres em um contexto de conflito e opressão.

A escrita é cativante, com descrições vívidas que nos transportam para a Somália da década de 1980. Ela captura a essência da cultura somaliana, sua rica tradição oral e os desafios enfrentados por seu povo. O livro também aborda questões sociais e políticas mais amplas, oferecendo uma perspectiva profunda e multifacetada da história e da sociedade somaliana.

"O Pomar das Almas Perdidas" é uma leitura essencial para aqueles que desejam conhecer melhor a história e a cultura da Somália, bem como para aqueles interessados em explorar as experiências das mulheres negras em contextos de conflito e opressão. É uma obra que nos emociona, nos desafia e nos inspira a buscar a compreensão e a empatia em relação aos outros.
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Nicole710 23/09/2021

Guerra sempre dói
Achei uma história forte e tocante. Apesar disso acho que me faltou uma conexão maior com as personagens, não consegui parecer estar lá dentro, pra mim foi mais um relato de uma realidade dura. Mesmo assim super valeu a pena a leitura e aprendi muito sobre a cultura e a guerra na Somália, o final achei maravilhoso.
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Jean 11/03/2021

Um breve relato da ditadura na Somália
"[...] os soldados vão devolver a rua ao deserto, desligar as estrelas, matar os cachorros e apagar o Sol em um poço."
Quando comecei a ler esse livro eu não estava com muitas expectativas, mas com o desenrolar da história consegui me aproximar as três personagens principais, uma representando cada etapa da vida, a infância de Deqo, uma menina que morava em um campo de refugiados, a vida adulta de Filsan uma cabo do exército assombrada pelo pai e a velhice de Kawsar, uma senhora viúva de marido e filha, ambas se encontram em um certo evento é acabam se desencontrando rapidamente. Assim podemos ver como a Somália sofreu com o golpe militar sob a perspectiva dessas três mulheres.
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pierrealmeidaba 05/11/2020

Preciso falar sobre "o pomar das almas perdidas".

No início do livro, fiquei um pouco desambientado do contexto da narrativa. Precisei parar a leitura por alguns minutos, pois senti a necessidade de me informar mais sobre a situação político-social da Somália nos anos 80, para logo em seguida, retomar.

Nadifa constrói uma história sobre desencontros e reencontros, usando como pano de fundo a opressão do Estado sobre os seus indivíduos, sejam eles "aliados" ou "subversivos". "O pomar das almas perdidas" é uma obra bem escrita, embora em alguns momentos a autora abuse das descrições de modo relativamente desnecessário. Apesar de possuir uma leitura de fácil absorção, pode soar dificultoso - pontualmente - considerando toda a conjuntura da época. É um livro triste, mas que ainda assim, merece ser lido.
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Márcia 21/10/2023

Uma história ambientada na Somália
Pela leitura podemos viajar pelo mundo, conhecer outros povos, culturas, dores, angústias, sonhos. Dessa vez, a parada do @comfbook foi na Somália, descrita e narrada pela escritora somali-britânica Nadifa Mohamed. A moça não é pouca coisa! Além de prêmios, foi considerada, em 2013, pela revista Granta, como uma das melhores jovens escritoras britânicas. Ela nasceu na Somália, mas foi educada em Londres, onde estudou história e política. Mas isso não lhe tira o lugar de uma fantástica escritora somali, pois, como sabemos, nas nossas raízes nos encontramos.

A história é ambientada na cidade de Hargeisa, às vésperas da guerra civil que assola o país. Por meio de sua própria história e de entrevistas, Nadifa nos conduz para a vida, língua e cultura do povo somali, mas em um contexto amargo de guerra, cujas consequências envolvem questões como violência de gênero, exploração, deslocamento forçado e as dificuldades enfrentadas pelos mais vulneráveis em tempos de crise.

A obra é construída em torno de três protagonistas mulheres presas no caos da ditadura e da guerra na Hargeisa de 1987: Deqo, uma menina refugiada de 9 anos, sem família, que vive nas ruas; Kawsar, uma viúva que perdeu a filha pequena, morta ao protestar contra os crimes cometidos pelo exército; e Filsan, uma ambiciosa militar de 30 anos que está cansada dos assédios sofridos dentro do exército. À medida que a trama se desenvolve, acompanhamos a vida individual de cada uma dessas mulheres e, no final, essas vidas se cruzam, para surpresa do leitor, tocado por um realismo devastador, desse tipo aqui:
?O cheiro do banheiro é repugnante, a única janela não é suficiente para secar as paredes úmidas, nem para eliminar o fedor das privadas entupidas: grampos de cabelo retorcidos, pentes quebrados, lâminas de barbear enferrujadas, roupas de baixo manchadas, tudo junto abandonado atrás da porta? ? relato de Filsan, p. 201.

Texto duro e cruel, porém com uma escrita delicada que encanta e provoca reflexões.
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Amanda Bonfim 21/10/2023

Narrativa muitíssimo impactante. Não me impressiona NAdifa Mohamed ter sido considerada a melhor escritora britânica em 2013, isso fica claro em sua história.

Com as três personagens: Deqo, Filsan e Kawsar, conhecemos uma parcela da história da Somália, em um momento extremamente frágil do país. Deqo, ainda uma criança. Filsan, uma policial, participante do governo opressor do momento. Kawsar, uma mulher madura que vivenciou tantas perdas e construiu um pomar em sua casa. Na primeira parte do livro, as três personagens, completamente aleatórias, se encontram em um evento promovido pelo governo e, embora breve, este encontro ressoa de maneira impactante na vida de cada uma. Na segunda, mergulhamos na história de cada uma de um modo surpreendente. O ritmo da história parece acompanhar a trajetória da existência dessas três mulheres e o leitor pode sentir a dor, o sofrimento, a angústia que é viver em tempo tão conturbado. Podemos nos compadecer e sentimos vontade de abraçá-las e confortá-las. Na última parte do livro, o cenário é ainda mais devastante e as três personagens tornam a se encontrar. O final traz certa calmaria e a esperança de uma vida melhor invade a história. Recomendo a leitura!
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Débora 08/01/2022

O pomar das almas perdidas
Minha última leitura de 2021.
E que leitura, senhoras e senhores!
Cada uma das histórias das 3 protagonistas é tão interessante, forte e sensível como a trama que une as três.
Um dos melhores que li nos últimos tempos!
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