A Chama da Esperança

A Chama da Esperança



Resenhas - A Chama da Esperança


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Thais Ritinha 14/02/2018

Chocada com o ritmo do livro
A área que mais gosto de leitura é a de fantasia, então este livro foi uma leitura muito confortável e gostosa.
Tive que lembrar algumas vezes que o publico alvo é jovem e por isso, algumas informações eram lembradas mais de uma vez.
O ritmo da história é bem legal, mantem um padrão sem muitos altos e baixos.
Alguns personagens se desenvolvem, o que é muito legal acompanhar, porém, alguns acabam não tendo tanto destaque.
A manutenção e acompanhamento de tantos personagens não é uma tarefa fácil, mas com as gravuras no inicio e no final do livro, fica bem dinâmico e divertido.
Por ser uma autora Brasileira, me choquei com a qualidade da história. Já li outros livros do mesmo segmento que não foram tão fáceis de ler.
A autora trabalhou bem nos cliches de jogos de RPG, animes e toda essa área Geek.
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AmadosLivros 15/08/2017

"Às vezes, guardamos preconceitos que nem sabemos ao certo o porquê. Se quiser unir os clãs, precisa aprender a questioná-los."

Tem tempo que não faço resenha de livro, hein? Mas vamos reparar esse erro. Hoje venho falar sobre um livro de parceria que concluí a leitura recentemente, da autora nacional M. V. Garcia. A Princesa Renegada é a primeira parte da série A Chama da Esperança, e fala sobre os preconceitos existentes num mundo de fantasia onde existem humanos e feiticeiros que são inimigos uns dos outros.

Pra quem curte histórias de fantasias, A Chama da Esperança é um prato cheio. O mundo fictício de Yuan, desde os primórdios, abriga humanos e feiticeiros. Por causa dos preconceitos em ambos os lados, os dois grupos se tornaram inimigos. Os feiticeiros se dividem em cinco tipos, os que tem poderes ligados à Terra, ao Fogo, à Água, ao Trovão e ao Ar. Os humanos, principalmente os que vivem no reino de Willford, têm total aversão a todos eles. Nesse reino a entrada de feiticeiros é proibida e mesmo assim muitos são caçados e assassinados. Um golpe do destino faz com que o príncipe Albert, um humano e herdeiro de Willford, se apaixone por Rosaria, uma feiticeira do Fogo, de cabelos dourados e olhos vermelhos. Ignorando todo o preconceito com que sempre esteve acostumado a ter pelos feiticeiros, Albert se casa com Rosaria, mas esconde da corte que ela é feiticeira, para o próprio bem da amada.

Já como rei e rainha, Albert e Rosaria tentam fazer com que a repulsa dos humanos pelos feiticeiros diminua, permitindo inclusive que eles possam viver em Willford caso tenham permissão. Porém, a felicidade do casal dura pouco e logo após a morte do rei, é revelado que Rosaria era feiticeira do Fogo. A guerra se instala e os feiticeiros são caçados sem piedade, assim como alguns feiticeiros poderosíssimos, conhecidos como Falcões Negros, também caçam impiedosamente os humanos. As vidas de Rosaria e de sua filha, a legítima herdeira do trono de Willford, entra então em risco e ela resolve fugir com a bebê. Durante a fuga, Rosaria é confrontada pelos líderes dos Falcões Negros e executa o que muitos imaginariam impossível: sela a maior ameaça à vida de sua filha e finda – temporariamente – a guerra. Mas isso é claro, lhe custou a própria vida.

Com a morte do Rei, a fuga da Rainha e o banimento dos feiticeiros, Willford passou às mãos de Elliot, primo ambicioso e sem escrúpulos do antigo rei. Mas o trono não é seu por direito, uma vez que a jovem – bastarda – Yukiko, é a detentora desse direito, na falta de herdeiros legítimos de Albert.



Com o fim da guerra e com os feiticeiros expulsos de Willford, os mesmos fundam seus próprios reinos, de acordo com os elementos que controlam. Os feiticeiros se espalham pelo reino, formando a República Unificada dos 5 Grandes Clãs Feiticeiros. O único clã de feiticeiros que se afasta e mantém seu paradeiro incerto são os feiticeiros do Ar. Quinze anos depois da Grande Guerra, conhecemos Kaira, uma garota de lindos cabelos dourados e feiticeira do Fogo vive com seu avô e sua tia adotivos num vilarejo chamado Kisha, próximo a capital do reino do Fogo, Flameria. Tudo que Kaira quer da vida é se divertir em suas pequenas aventuras, sem preocupações como estudar ou qualquer outra obrigação. Mas sua paz e tranquilidade chegam ao fim quando os soldados de Willford atacam sua vila, alegando que uma vila de humanos havia sido atacada por feiticeiros, e instaurando a guerra novamente. É aí que Kaira descobre que pode ser mais importante do que imagina para acabar com essa nova guerra, e unir os 5 clãs, com a ajuda de seus amigos Garo, Joseph e Christine, para lutarem por uma causa ainda maior, algo que está por trás de toda essa desunião entre humanos e feiticeiros.

Estou muito curiosa para ler a segunda parte, A Luz da Redenção; a primeira termina de um jeito muito tenso que eu fiquei de queixo caído e preciso saber o que acontece! O começo do livro eu senti que foi um pouco arrastado, mas depois da metade ele vai ficando mais eletrizante. Se você é fã de fantasias com um toque medieval, de lutas de espada, de dragões e seres mágicos, e principalmente de mangás e animes japoneses, você vai gostar muito de A Chama da Esperança. Sim, me lembrou muito os animes japoneses, principalmente porque dá pra notar traços de mangá nas ilustrações dos personagens que você pode inclusive encontrar algumas aqui na página do facebook de divulgação do livro. Fora que o enredo do livro trata sobre preconceitos, sobre julgar as pessoas sem conhecê-las e de como isso pode ser prejudicial. Existia preconceito até entre os próprios feiticeiros!

"-Quando descobri que o senhor Wilhelm tinha poderes de Trovão, senti repulsa... Por alguns instantes. Por que senti isso? Ele é uma pessoa gentil e não tenho nada contra ele.
-São nossos pequenos preconceitos. (...) Pra que isso serve? Pra nada. Só serve pra nos separar ainda mais, quando deveríamos tentar nos unir."

No mais, é um livro juvenil, mas que recomendo para os fãs de uma boa história fantástica com toda certeza! Boa leitura!

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2016/05/livro-chama-da-esperanca-parte-1.html
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Menina.Jasmim 06/05/2017

A chama da esperança parte 1
Nossa história se passa nas terras de Yuan, um universo fantástico criado pela autora, onde a população é dividida principalmente entre humanos e feiticeiros. Os feiticeiros são separados em 5 clãs de acordo com seus poderes: existe o clã da água, do fogo, da terra, do ar e do trovão. Os humanos, por não possuírem poderes, temem os feiticeiros, o que leva ambos os grupos a entrarem em guerra.

Em meio a essa rixa, o rei dos humanos se casa com uma feiticeira e com ela tem uma filha, a nossa protagonista Kaira. Eventualmente, Kaira perde tanto o pai quanto a mãe Rosaria, é adotada pela família de sua mãe e criada como uma criança comum, até o momento em que a guerra volta a se instaurar e tudo o que a garota conhece muda de forma drástica.

A nossa história começa de fato nesse ponto, quando a aldeia de Kaira é atacada e ela se vê tomada pelo sentimento de vingança. Ela, junto com seus amigos, passam a viajar pelas cidades de seus colegas feiticeiros, não apenas em busca de abrigo, mas também atrás de uma forma de se unirem contra o exército humano.

O livro é infantojuvenil, possui uma linguagem clara e fácil, e me fez lembrar muito o universo das animações japonesas por diversos pontos: 1- Os nomes da maioria dos personagens, que soam como nomes japoneses; 2- Os 5 elementos (tá, eu sei que essa coisa do 五行 é chinesa e que trovão e ar não seriam um desses elementos principais, mas ao meu ver a forma que a autora coloca os elementos em sua história me lembra muito mais a forma oriental do que ocidental); 3- A construção das cenas (esse é o ponto que acho que me fez lembrar mais animes e mangás).

Acho que, para mim, o que foi mais positivo é a forma como a autora tratou sobre preconceitos, amizade e união; mostrando sobre as diferenças e como nem sempre o ponto de vista que temos sobre alguma coisa ou alguém é o correto. Gostei bastante também do tom que M.V. Garcia dá a sua obra, por mais que muitas cenas sejam bastante pesadas e a autora não economize nas mortes (ai, amo coisa trágica), o livro não tem aquele ar fúnebre, a escrita da autora é bem leve nesse sentido e até um pouco cômica em algumas partes (sim, estilo anime).

O que mais me incomodou, porém, foi a descrição e alguns diálogos que julguei serem desnecessários. Como o universo é novo e é preciso sim descrever para situar o leitor, é esperado que se tenha descrições mais detalhadas pelo menos no começo no livro, porém, achei que a forma que a autora as colocou não foi tão fluída como era esperado, o que me fez demorar horrores para ler (bem mais do que já demoro). Além disso, alguns diálogos da história pareceram não contribuir tanto para o desenvolvimento da trama, o que novamente deixa a leitura um pouco mais arrastada.

Como o livro é dividido em duas partes, essa primeira parece mais uma introdução, por isso talvez eu não tenha sentido que houve um bom aprofundamento das personagens (também porque são muitas), algo que super espero encontrar na segunda parte. Contudo, a autora colocou surpresinhas bastante interessantes no decorrer da história para quebrar um pouco o que acreditávamos conhecer de certos personagens. Isso não apenas surpreende o leitor, mas também foge do que muito é repetido em livros do gênero.

Esse foi o romance de estreia da autora. Foi uma leitura agradável e interessante, fugindo um pouco do que vemos muito em literatura de fantasia e aventura (elfos, fadas, coisas assim). O final em aberto me deixou muito ansiosa para ler logo a segunda parte da história. Espero encontrar nos próximos livros um maior amadurecimento da escrita da autora, para que suas obras fiquem ainda mais incríveis. ♥

Sobre a edição: As edições da editora Arwen são sempre impecáveis. A capa é linda, assim como a diagramação em seu interior. Não encontrei muitos erros para reclamar da revisão. É um exemplar de bastante qualidade. 10/10.

Eu super indico o livro para quem gosta de fantasia, aventura e animes, ou para quem está a fim de ler um livro divertido de uma autora de muito potencial.

site: http://ultimasfolhasdooutono.blogspot.com.br/2017/05/resenha-chama-da-esperanca-princesa.html
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Sâmella Raissa 20/02/2017

Resenha exclusiva para o blog SammySacional
Desde seus primórdios, as terras de Yuan foram palco do preconceito existente entre os feiticeiros e humanos que habitavam o território. Sede de poder por parte de indivíduos de ambos os lados, porém, acabaram se agravando e resultando naquela que ficara conhecida como a Grande Guerra de Wilford, responsável por dizimar e expulsar os feiticeiros remanescentes no território humano, levando-os a fundar a República dos Cinco Clãs Feiticeiros. Mas o que aparentemente era uma paz velada entre os povos logo voltou a gerar conflito pelo ressurgimento dos mesmos indivíduos do passado que proclamavam sede de poder e, agora, de vingança, por todo o ódio anteriormente recebido dos humanos. E em pleno estourar de uma nova guerra, a jovem Kaira será confrontada com a inesperada, mas inevitável, missão de deixar a vida pacata que ela tanto amava para entrar no meio de uma guerra e pará-la de uma vez por todas.

É engraçado pensar, agora, que essa premissa não me atraiu na primeira vez em que me deparei com ela. De repente posso não ter me atentado de verdade à história, já que conferi-a por alto e não lembro de ter lido nenhuma resenha dele também, então foi com certa surpresa que eu, então, me vi interessada na duologia em meados de Janeiro desse ano, coincidindo levemente com uma proposta de parceria da própria autora em Março para ler a obra. Claro que aceitei a oportunidade e, passado algum tempo, comecei a leitura em Agosto de 2016. Por algum motivo que ainda não sei, porém, acabei pausando a leitura após cinco capítulos lidos, mas ao retomar a leitura em Setembro, foi com uma surpresa maior ainda que me vi presa à leitura e envolvendo-me ao enredo e apegando-me aos personagens de uma forma tão frenética e natural que não tardei a finalizá-la.

Porque, apesar da inicial pausa de leitura em Agosto, fato é que desde os primeiros capítulos o ritmo ágil e fluido da narrativa de M. V. Garcia fica claro e conquista o leitor com poucas páginas. No primeiro livro da duologia A Chama da Esperança, a autora apresenta ao leitor o universo de Yuan e, através da narração em terceira pessoa, alterna entre diferentes personagens e lugares do território de Wilford e Ghennas, inserindo-nos aos poucos ao passado daquele mundo para só então entendermos o que se passa no presente. Essa introdução, no entanto, em nenhum momento ocorre de forma maçante ou cansativa, de forma que a autora discorre sobre os diversos acontecimentos ao longo dos quinze anos desde a Grande Guerra de Wilford de modo prático e rápido, o que já começou como um ponto muito positivo para mim, que avancei na leitura sem problemas.

Passados os capítulos mais introdutórios, conhecemos então os personagens que se concentram no elenco principal da história. Kaira, nossa protagonista, é uma jovem de quinze anos, então filha de uma feiticeira e um humano, ambos rainha e rei de Wilford antes da guerra anterior. Restando como o único legado deixado por seus pais e aquela que possui o poder vital para trazer a paz de volta aos reinos, pela posse da pedra d'A Chama da Esperança herdada de sua mãe, sua existência é desconhecida aos governantes de Wilford, e a jovem feiticeira de fogo é pega de surpresa por esse destino inesperado, e devido à inicial irresponsabilidade parte de sua personalidade distraída e sonhadora de outrora, é complicado para ela assimilar toda essa nova realidade. Ao mesmo tempo em que me apeguei à personagem desde o início, porém, irritei-me algumas vezes com ela por agir de forma muito infantil logo que a guerra estourou e ela se viu parte de algo tão grande, mas uma vez passado o choque e adentrando cada vez mais no meio dos demais clãs do Ar, da Água, do Trovão e da Terra, é visível o amadurecimento pelo o qual ela começa a passar, ainda que sua essência naturalmente infantil continue em alguns momentos. Sem dúvidas é uma personagem forte, mas o diferencial da duologia é que, mesmo com toda essa força, Kaira permanece sendo ela mesma e tem fraquezas como todos os demais.

Esses demais que, à propósito, foram personagens igualmente bem desenvolvidos. Marcando presença ao lado da protagonista e consequentemente responsável por sua escolta pessoal durante sua jornada, temos, primeiramente, Garo, feiticeiro de Fogo, amigo de infância da garota e cuja maturidade não deve ser subestimada. Apesar da primeira impressão distante e um pouco sisuda, Garo permanece como um dos personagens mais destemidos da duologia, sempre atento e ágil para realizar comandos ou mesmo para tomar atitude quando preciso. Apresentando visíveis sentimentos pela amiga, porém, ele não perde o foco em nenhum momento e tem como responsabilidade máxima protegê-la acima de tudo, como a sua própria família, tamanha sua real importância para ele, e por isso foi inevitável me apegar ao personagem e me ver cativada por ele, mesmo quando eu tinha receio de não simpatizar com sua personalidade, antes de conhecê-lo de verdade como o amigo leal, corajoso e ágil que é. Junto à ele logo se juntam também personalidades ímpares como Christine e Joseph, igualmente adolescentes e dispostos por mudar o rumo do mundo em que vivem e buscarem a paz em conjunto. Ela, como uma sábia feiticeira de Água que apesar da imagem séria por fora, mostrou-se uma amiga sem igual para Kaira, e ele como um dos guerreiros mais sutis e habilidosos, mas sem deixar de lado o carisma e, mais ainda, bom humor e galanteios que lhe são de costume.

O resultado de toda essa equação foi me prender ainda mais à leitura, e com o passar das páginas e conhecer de novos e importantes nomes como Adill, Hawk, Yukiko, Aramis, dentre outros tantos personagens incríveis e igualmente bem construídos, além de rumos inesperados na história, era difícil pausar a leitura. Como se não bastasse isso, a história propriamente dita se desenvolve em um ritmo muito gostoso, nem rápido ou devagar demais, mas na medida certa, com alternâncias entre Kaira e seus amigos, o avançar do exército de Wilford liderado por Hawk Kyrie enquanto já trava densas batalhas contra diversas vilas feiticeiras, além, também, da situação vivida no próprio castelo real, sob o comando daquele que poderia ser um dos vilões mais irritantes que eu já vi se ele não fosse simplesmente tão covarde e até uma vergonha para a categoria, de certa forma, rs. Elliot Seres, então responsável pelo governo de Wilford após a deposição da rainha Rosaria, mãe de Kaira, e também pelo acordo com os Falcões Negros que culminou nas guerras então conhecidas. Se eu imaginava à princípio que fosse ele o vilão, isso veio a ser esclarecido com a presença do Líder dos Falcões Negros, nas inúmeras vezes em que chantageou e ameaçou o governante com o objetivo de propagar o ódio contínuo entre humanos e feiticeiros, além de motivos ocultos que virão à tona no decorrer da leitura. De longe, ele sim foi um dos antagonistas mais sutis e ao mesmo tempo ardiloso que já conheci na literatura. Uma incógnita, também, durante boa parte da história, uma vez que não sabemos seu nome ou real identidade total, elevando ainda mais o mistério e até mesmo nossa repulsa pelo personagem depois de tantos planos terríveis, seja contra feiticeiros ou contra humanos.

É nessa relação tempestuosa entre humanos e feiticeiros, porém, que a autora conseguiu fazer uma abordagem incrível e profunda sobre, basicamente, o preconceito e seus males na vida daqueles que o propagam. Todos os conflitos entre ambas as raças são estabelecidos de formas tão firmes e abruptas que é simplesmente inconcebível para qualquer um deles unir-se ao outro, mesmo que em prol, até então, de um bem maior, que eles não desconfiam, no entanto, que seja justamente lutar contra os Falcões Negros. Esse ódio consequente de tanto preconceito entre eles cresce de tal forma que, inclusive, dentre os próprios feiticeiros, alguns clãs têm preconceitos para com outros, como a rivalidade existente entre os clãs do Fogo e do Trovão, além do quão subestimados são os feiticeiros da Água, o que deixa a leitura por vezes real ao passo, infelizmente, da nossa própria realidade, e levando mesmo uma simples ficção fantástica que A Chama da Esperança poderia ser a uma história que, apesar dos elementos ficcionais, tem muito de realidade, sim, com relações humanas conflituosas, que precisam ser restabelecidas para a paz voltar a reinar de novo. Assim, eu fiquei ainda mais fascinada e envolvida pela história, percebendo o quão ela consegue ir além, afinal.

Sendo assim, é mais do que óbvia a minha recomendação para que vocês conheçam e leiam não apenas esse livro, mas, desde já, a duologia como um todo. A Chama da Esperança consegue ir além de uma simples fantasia e apresentar personagens com dilemas e personalidades palpáveis, além de abordar temas reais e nos confrontar diante deles e o que podemos fazer para mudar a situação. M. V. Garcia fez uma estreia simplesmente e literalmente fantástica na literatura e mesmo além do universo de Wilford e Ghennas, espero continuar conferindo cada vez mais histórias suas.

site: http://sammysacional.blogspot.com.br/2016/11/Resenha-AChamaDaEsperanca1.html
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@livrosmundofantastico 04/10/2016

Surpreendente!!!
A história começa com uma guerra dos humanos do reino de Willford contra os feiticeiros. Mas para entender a história vamos voltar um pouco antes da guerra. A muitos anos atrás o reino vivia em paz com os feiticeiros mesmo que os humanos não gostassem muito deles. Mas um humano e uma feiticeira do fogo acabaram se apaixonando, Albert era o príncipe do reino de Willford e sua mãe odiava os feiticeiros e Rosaria largou sua família para viver esse amor. Durante sete anos Rosaria governou o reino e o que ela tanto queria era unir os feiticeiros com os humanos.

Foi quando surgiu os Falcões Negros grandes dominadores dos cinco elementos, e eles começaram a destruir algumas vilas o que fez com que todos pensasse que eram os feiticeiros que estavam fazendo isso, foi guando começou a guerra em Alzoria no reino de Willford. E o grande segredo de Rosaria foi descoberto que ela era uma feiticeira, Albert tinha falecido quando ela estava grávida e ela governava sozinha o reino. Ela acabou sendo perseguida pelos humanos e fugiu com a sua filha ainda bebê, mas acabou se sacrificando para salva-lá, pois na fuga ela acabou se encontrado com os Falcões Negros e para isso precisou aprisiona-los por um tempo, usando a pedra elemental conhecida como A Chama da Esperança.

Com o desaparecimento dos Falcões as coisas começaram a mudar e a guerra chegou ao fim. Então os feiticeiros passaram a viver longe dos humanos, criando cidades para cada elemento que possuíam, fogo, água, terra, ar e trovão, apesar de serem feiticeiros alguns não se davam muito bem, por isso os feiticeiros foram divididos em cada elemento, os do fogo só conviviam com os que possuíam o poder e vise versa.

Quinze anos se passaram em paz, até que os Falcões Negros se libertaram e tudo começou novamente, mas o que todos não sabiam era que a filha de Rosaria estava viva e que ela era a legitima herdeira do trono de Willford, que agora estava sendo usado por Elliot Seres, que guardava um grande segredo.

Kaira, filha de Rosaria e Albert vivia com o avó do coração Sahir e a professora Adill, tinha um amigo chamado Garo e moravam em Kisha, habitantes do elemento do fogo. Até que Kisha foi destruída pelo primeiro esquadrão de Willford e Kaira viu o avó ser morto pelo capitão Hawk Kyrie, e seu objetivo se vingar de Hawk. Mas o que ela não sabia é que ela seria a única que poderia por um fim na guerra e unir de uma vez por todas os humanos com os feiticeiros. Para isso Kaira terá que enfrentar muitos desafios, durante sua jornada ela conheceu mais companheiros que iriam ajuda-lá, Christine (feiticeira da água) e Joseph (feiticeiro da terra). E descobrir que ainda estava sendo perseguida pelos Falcões Negros.

As palavras fluíram naturalmente na leitura o modo como a autora escreve prende o leitor até conseguir ler a última página, confesso que o livro superou as minha expectativas, gostei muito de conhecer essa história criada pela autora. Estou muito ansiosa para ler o segundo, esqueci de dizer o livro é uma duologia e o segundo está sendo vendido no site Clube dos Autores.

Tem muitas fotos do livro no blog.

site: http://mundofantasticodoslivros.blogspot.com.br/2016/10/resenha-chama-da-esperanca-princesa.html
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LT 24/08/2016

"Prometa que só irá usar estas adagas contra uma pessoa somente quando for realmente necessário..."

Conheci o livro e o li através de um Book Tour realizado pela autora, li a versão beta da obra por isso não vou opinar sobre edição e etc, então... É hora de apresentar "A Chama da Esperança - A Princesa Renegada" - volume I para vocês; vamos lá?

Contando com toques de fantasia e romance a autora soube dosar na medida certa os "efeitos" narrados. Apesar dos seres envolvidos terem poderes, a forma com que M.V. Garcia nos apresentou ao universo que criou foi muito bacana. O livro começa de forma enérgica e conta com bastante ação e emoção. A autora não tem medo de perdas e com isso ela ganha e conquista seus fãs, claro que ela não é nenhum George R. Martin no quesito mortes (graças a Deus), mas ela também não poupa ninguém...

No começo do livro conhecemos Rosaria de forma rápida no prólogo, em meio à guerra, sozinha e tendo que tomar as decisões mais difíceis de sua vida, todavia ela mostra quem é e se mantém em seus princípios. Rosaria dá a vida para que o futuro seja possível aqueles que são como ela, mas principalmente para salvar sua filha, Kaira.

A história se passa no reino de Willford e no território da República dos Feiticeiros. Albert Seres, o Rei de Willford era um jovem muito bondoso e apaixonou-se por Rosaria. Sim, ele é o Pai da nossa mocinha, Kaira e ele falece, com isso o segredo de Rosária é descoberto e utilizado em uma artimanha por seres desprezíveis. Tudo isso nos levando a uma aventura perigosa depois desse acontecimento, Rosaria, a Rainha dos humanos era nada mais nada menos do que uma feiticeira! Como poderiam permitir que uma feiticeira governasse o reino dos humanos? Mas a guerra entre humanos e feiticeiros acaba do nada... ninguém sabe o que aconteceu: Onde está Rosaria? E os temidos Falcões Negros?

Após 15 anos da morte da deposta Rainha Rosaria, Kaira tem uma vida o mais "comum" possível - como desejou sua mãe - porém ela vê tudo virar de cabeça para baixo do dia para noite. Ela que foi criada pelo mesmo homem que criou sua mãe e que chama de avô, o feiticeiro Sahir. Ah, ela também foi criada pela Professora Adill, a qual considera como uma irmã.

Eu disse que a vida da espoleta Kaira vira de cabeça para baixo? Sim, eu contei, sim! Pois é, é que depois de 15 anos, do nada, o grupo dos Falcões Negros aparece novamente e a guerra explode outra vez. Com perdas para todos os lados, Kaira tem seu passado revelado não só para os demais, mas para ela mesma e recebe a tarefa de reunir os Clãs de feiticeiros que tem resistência uns para com os outros, mas sua única chance é reunir a todos para poderem enfrentar o reino dos humanos... será ela capaz disso? A extrovertida, cabeça quente, adolescente e inexperiente Kaira?

O final do livro não me incomodou nem um pouco, confesso que eu já desconfiava de Hawk Kyrie - capitão do primeiro esquadrão do exército dos humanos - estou ansiosa para ver no que vai dar, aliás, tenho a teoria de um povo, de uma história que vi ser contada resumidamente dentro desse livro e... pois é, eu tenho uma teoria mas não posso discorrer sobre ela aqui, teria que deixar spoilers e não seria legal. O Dragão me foi uma grata surpresa, Christine, Joseph, Garo, Yukiko, Aramis e Addil são personagens instigantes. O querido gigante também me causa curiosidade, mesmo com tudo que foi explicado sobre ele. Sim, tenho meus queridinhos, sou #Team Garo, Christine e ainda que Kaira seja a real protagonista, em minha lista ela está no terceiro lugar - logo após o Garo. E tem também a Mei Mei, adorei a pequena e sua mania de referir-se a si mesma em terceira pessoa.
Tenho uma teoria sobre o prólogo do segundo livro que a autora apresentou em suas redes sociais, mas não tenho a mínima ideia se tenho alguma chance de acertar... quem sabe?). A autora foi muito criativa e possui uma escrita gostosa.

Apesar do final não ter me incomodado, deixo a seguinte pergunta para autora: Que coragem de deixar aquele final, heim? Agora, quando teremos a oportunidade de ler a continuação? Preciso dessa informação - risos.

Com personagens fofos, outros folgados, alguns intrigantes, outros bem cativantes, repleto de traições, manipulações, surpresas, ação e aventura o desenrolar desse primeiro volume pode ser considerado eletrizante. Ainda que seja uma história infanto-juvenil, o livro me conquistou e aguardo pela continuação. Indico para todos que curtem criaturas sobrenaturais e histórias de feiticeiros. Uma guerra entre humanos e feiticeiros pode ser considerada clichê? Talvez. Mas quem foi que disse que um clichê não pode ser bom? E quem foi que disse que esse livro é clichê? A forma com que o autor vai trabalhar o enredo e o toque particular e especial que ele dá a isso faz toda a diferença. Posso dizer que a M.V. Garcia soube fazer o dever de casa muito bem!

Para encerrar, preciso dizer que o livro nos deixa também uma mensagem sobre família, amor, amizade, companheirismo, fidelidade, dignidade, humanismo, preconceitos; enfim, nos traz uma bela mensagem apesar de sua trama fantasiosa.





Super indico o livro para quem curte o gênero e que não tem dificuldades com o fato de ser uma leitura jovem e que tenha gostado da premissa.

Resenhista: Ana Luz.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Nu e As 1001 Nuccias 01/08/2016

Resenha do Blog As 1001 Nuccias
Quando eu leio, tenho uma tendência de transformar palavras, cenas e personagens em imagem e ação lá dentro do meu crâniozinho. Acho eu que todo mundo faz assim. E quando você lê e suas imagens e ações parecem um anime, aqueles desenhos japoneses?? Irado, né?!

A chama da esperança já começa cheio de ação. A rainha Rosaria, uma grande feiticeira do fogo está correndo, fugindo dos humanos que a caçam em meio a uma guerra contra os feiticeiros. Em seus braços, uma linda menininha. Mas Rosaria é atacada pelos Falcões Negros, um grupo de feiticeiros malignos e acaba falecendo ao prender os feiticeiros e salvar sua filha.

Mas, infelizmente, 15 anos depois, quando o mundo é razoavelmente satisfatório, os feiticeiros negros conseguem escapar do selamento, o feitiço feito por Rosaria. E então, buscam com Elliot Seres, o atual primeiro ministro de Willford, a dívida que não puderam fazê-lo pagar na primeira guerra: território. Além disso, precisam da pedra elementar do fogo, a famosa "Chama da Esperança", que Rosaria usava e agora está com sua filha. E, assim, reiniciam a guerra entre humanos e feiticeiros de forma habilidosa. E começam exatamente pelo povoado de Kisha, onde mora nossa protagonista.

É assim que conhecemos Kaira Seres, a menina de 14-15 anos que não gosta de estudar, ama voar nas costas de uma fênix e que amadurece terrivelmente ao longo do livro. Juntamente com vários amigos, uns de seu povoado, outros que surgem ao longo do seu caminho, ela parte como uma emissária da paz, uma espécie de parlamentar, para unificar os 5 clãs de feiticeiros, retomar Flameria que foi ocupada por humanos e acabar de vez com a nova guerra. Quem sabe até assumir seu lugar de direito no trono de Willford?

O livro é lotado de personagens, mas com um detalhe: você não se perde, nem esquece o nome de ninguém, pois todos são importantes para a história. Kaira é uma adolescente que mata aulas e não gosta de estudar até cair de para-quedas na situação de descendente real de Willford. Aí ela não só percebe como perdeu tempo não indo às aulas, especialmente as de treino e de história da República, como passa a aprender muito com o tempo e com observação dos fatos.

Tenho de enfatizar que a autora foi bem original no seu intento. Ela escreveu um livro sobre um reino país local mundo completamente novo, com personagens impactantes, e uma trama empolgante, cheia de ação e aventura em um estilo que nunca vi antes. Não, tá... todo mundo já viu livros de fantasia, mas tipo, livros de fantasia anime? Nunquinha! E dá pra perceber de longe que foi esta a intenção da autora. Ela deu nomes e características aos personagens que são típicos desses desenhos irados, como cores de cabelos não usuais, poderes cósmicos e fenomenais e outros. Deu vida, história e intento a todos sem fazer com que o livro ficasse chato.

O começo demorou um pouquinho pra engatar a marcha, pois eram alguns fatos históricos e o começo da apresentação da personagem, mas assim que as invasões começaram a leitura simplesmente disparou! A história tem fundamento, tem boas explicações, o texto e os diálogos são bem intercalados. Alguns recursos usados incomodaram um pouquinho no início (letras em caixa alta para simbolizar gritos), mas só.

Gostei muito do uso de ações dos personagens para problematizar preconceitos contra alterações genéticas, de poder, de 'raça'. Gostei de ver que a protagonista amadurece a cada situação que passa, que aprende com o que observa, tira suas próprias conclusões e que, diante da exposição de seus próprios preconceitos, tenta melhorar.

E o final? Ela termina no meio de uma revelação ultra-importante!!! Caracas...! Como vou sobreviver até ler o segundo livro?! Agora estou eu aqui, querendo saber que raios acontece. Enfim, é uma leitura muito recomendada a quem curte fantasia. Aos fãs da cultura do extremo oriente, de animes e afins, mais indicado ainda!

*Leia a resenha completa com quotes e imagens no blog!

site: http://1001nuccias.blogspot.com.br/2016/07/resenha-livro-book-tour-chama-esperanca.html
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Bia 21/05/2016

Resenha publicada no blog Lua Literária
Oi gente! A Chama da Esperança - A princesa Renegada é o primeiro livro de uma série fantástica nacional. Eu faço parte de vários grupos no facebook, e sempre via algum post a respeito da obra. Antes mesmo de saber qualquer coisa sobre a história, já admirava o livro pela capa. Li comentários muito positivos do enredo, e fiquei maluca ao receber um e-mail da própria autora solicitando parceria.
Antes de mais nada, preciso contar para todos o quanto a autora é dedicada. Desde ilustrações, até confecções de brindes personalizados. Seu capricho e cuidado são grandes. Percebemos que sua motivação para escrever é o amor e nada mais.
Recebi a obra em pdf, e mesmo neste formato, pude constatar o quanto a edição é perfeita.
Vamos para o reino de Willford, em Yuan. Por lá, existem feiticeiros. Estes são de muitos tipos, alguns poderosíssimos, capazes de controlar a mente e até mesmo a alma de algumas pessoas. Outros nem tanto. Esse grupo é dividido de acordo com os elementos que são capazes de controlar, entre eles; terra, fogo e ar.
Mas este reino também é formado por humanos, e estes eram totalmente contra a existência dos feiticeiros. Por isso, em Yuan, não era permitida a entrada de feiticeiros. Assim sendo, eles viviam isolados nas redondezas do reino.
A história tomou um rumo inesperado, quando o príncipe Albert Seres se apaixonou pela feiticeira do elemento fogo, Rosaria. Eles se casaram, mas manteram a identidade de Rosaria em segredo. Tudo estava em paz, quando de repente o caos tomou conta do reino.
Os humanos declararam guerra contra os feiticeiros. Ao que parecia, os primeiros foram mortos injustamente pelos segundos. Já viúva, com uma bebê a tiracolo, a verdadeira identidade de Rosaria fora descoberta, e o povoado do reino viram seu segredo como uma enganação e se voltaram contra sua própria rainha.
Rosaria era uma fugitiva, e precisava salvar sua pequena Kaira.
Vocês nem imaginam a treta que ronda esse enredo. Na verdade, os responsáveis por todo esse caos são um clã poderoso de feiticeiros, os Falcões Negros. Eles manipulavam os dois lados, e a guerra se desenrolava. Muitos inocentes morriam, foi um verdadeiro massacre. Até a rainha não ficou imune. Foi morta ao proteger Kaira, mas felizmente conseguiu lançar um feitiço contra os Falcões Negros, deixando-os fora da jogada por algum tempo.
Quinze anos se passaram. Kaira fora criada pelo avô e tia. Nem mesmo os historiados sabiam contar o que havia selado o fim da guerra.
Kaira é uma personagem muito diferente. Aliás, todos os personagens do livro foram uma novidade pra mim. Não sei quais foram as inspirações da autora, mas as características deles me fizeram lembrar de Dragon Ball. E só para constar: amo Goku ♥.
É um enredo cheio de aventura e tensão, com várias mortes; porém a forma leve como a autora escreve, nos faz compreender até mesmo a violência existente na guerra.
Não sei classificar muito bem a personalidade de Kaira. E não estou levantando isso como uma negativa. Acho que nem mesmo ela conseguia entender o que estava acontecendo. É impossível não ter um chamego por Kaira. Desde a sua primeira aparição já senti certo apego.
Quando os Falcões Negros voltam para o enredo, com a quebra do feitiço, outra guerra fica próxima de começar. E com isso, descobrimos outros personagens, e outras tramas (tetras).
Eu achava meio impossível os humanos se sobressaírem na guerra, mas eles tem verdadeiros exércitos. E existe um capitão capaz de deixar a Tropa de Elite no chinelo. Estou falando de Hawk. A atmosfera muda quando o cara aparece. Admiração, medo, respeito, e rubores por parte das leitoras.
Hawk odeia os feiticeiros. Ele mata friamente, não importa a idade. A morte é mais calorosa que Hawk; ele não tem piedade nem ressalvas. Mas mesmo assim, desde o primeiro instante que o vi, tornei-me uma fã.
Kaira estava numa posição de desvantagem a meu ver. Tanto os humanos quanto os falcões queriam sua cabeça. Como lutar contra todos, se até mesmo os feiticeiros eram uma raça desunida? Haveria alguma esperança para a harmonia entre os dois lados? Alguém conseguiria descobrir quem eram os verdadeiros vilões dessa guerra?
M V Garcia acertou em cheio nesta fantasia. Foi muito criativa ao criar um mundo tão perfeitamente visível ao leitor. É um livro mais voltado para o público juvenil, mas esse fato não me impediu de viajar na leitura. Fiquei maravilhada com muitos aspectos, e não sei se irei conseguir descrever tudo aqui na resenha. Só o fato de ter dragões me fez delirar e me tornar uma criança novamente.
Eu gosto muito de livros juvenis, e a forma como foi escrito mostra o quanto a autora tem um tato excelente para esse público, sem deixar os adultos perdidos ou desconectados.
Um grande erro de muitos autores é criar enredos subestimando a mente dos jovens que irão ler. A autora não fez isso. Criou um enredo excelente para os jovens e adultos, sem deixar complexo demais para os primeiros, nem bobinho demais para os segundos.
Talvez a parte que exemplifica mais o que citei ter me lembrado de Dragon Ball, foi o humor presente mesmo em situações que não eram para fazer rir. Acho que só quem assistiu ao desenho poderá me compreender, mas ambos (livro e desenho) tratam com leveza até mesmo a morte. Estamos lendo, então o personagem morre; você sofre um pouco por ele, e bem ali na mesma cena tem algum detalhe que chama mais sua atenção que a própria morte. Por favor, não pensem que estou dizendo que foi algo superficial e frio; quero transparecer o quanto ela foi mestre em fazer isso. Eu sou uma inconformada com a morte, e fujo de livros que matam até mesmo formiguinhas. Mas neste caso, tudo que acontece é facilmente digerido, não terminamos a leitura com aquele sentimento de “ela poderia ter feito diferente”.
Minha negativa pessoal, que para o público jovem pode ser um aspecto positivo; se trata do fato que não consegui me envolver com todos os personagens do enredo. Acredito que o grande número e os nomes incomuns acabaram me deixando perdida em alguns momentos. Precisava voltar páginas para identificar novamente quem eram e qual o seu papel. Outro fato, que se sucedeu na metade do livro; foi o enrolar da história. Diálogos muito explicativos, excesso de descrição; saturaram um pouco. Sei que é importante para o público a que se destina, mas para os adultos se torna cansativo. Como leitora, acho que um enredo desse nível dispensaria facilmente essa “enrolação” que vejo comumente em livros do gênero.
Terminei a leitura querendo muuuito mais. O desfecho me deixou ansiosa para embarcar logo no segundo livro, e querem saber? Tenho um desejo muito romântico para Kaira e Hawk. Li resenhas em que as leitoras sentiram esse desejo por Garo, seu melhor amigo, mas contrariando a todas as leis do universo; eu adoraria um romance impossível no futuro.
Recomendo a leitura para quem ama o gênero, é um daqueles livros que você precisa ler para entender o quanto é bom.


site: http://lua-literaria.blogspot.com.br/2016/05/resenha-chama-da-esperanca-princesa.html
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Arca Literária 12/03/2016

resenha disponivel a partir do dia 16/03 no link http://www.arcaliteraria.com.br/a-chama-da-esperanca-parte-1-a-princesa-renegada-m-v-garcia/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/a-chama-da-esperanca-parte-1-a-princesa-renegada-m-v-garcia/
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Camila 11/02/2016

Excelente!
[Resenha completa no blog The Nerd Bubble]

Nossa história começa com um prólogo cheio de ação, onde vemos a fuga da Rainha Rosaria, deposta de seu cargo após a morte de seu marido (Albert Seres, o Rei de Willford, um dos reinos dos humanos) por ser uma feiticeira. Perseguida por humanos e um grupo de feiticeiros perversos, Rosaria toma uma atitude desesperada para salvar a vida que mais lhe importava - a de sua filha ainda bebê, Kaira - e ainda impedir a continuidade da Grande Guerra, embora ninguém saiba o que realmente aconteceu com ela ou o motivo da guerra ter sido interrompida.

15 anos depois, Kaira vive em Kisha, uma pequena vila dos feiticeiros de Fogo, com seu avô e irmã adotivos, Sahir e Adill, que são também seus professores de Magia e História. Embora ela tenha uma vida tranquila e cheia de brincadeiras e pequenas aventuras (frequentemente ocorridas no período que deveria estar em sala de aula), sua paz logo será interrompida, pois a frágil paz entre humanos e a República dos Feiticeiros está no fim e apenas Kaira, com a ajuda de seus velhos e novos amigos, tem a capacidade de reunir os 5 clãs mágicos - Fogo, Água, Terra, Metal e Ar - em um exército único que seja páreo para os bem equipados exércitos de Willford. Será ela capaz de completar tão importante missão?

Com esse enredo, que tentei mostrar com o mínimo de spoilers, a autora nos leva por boa parte do reino criado por ela - que, aliás, é muito bem construído -, usando um narrador em terceira pessoa para nos mostrar ambos os lados da Guerra: os humanos e os feiticeiros, que se odeiam mutuamente e consideram o grupo rival monstros desalmados. Com o passar das páginas, descobrimos a origem desse ódio e rancor, além de vários outros segredos por trás da Grande Guerra, e entendemos a grandeza e dificuldade da tarefa de Kaira e seus amigos.

Vamos aproveitar e falar um pouco sobre os personagens: Kaira é uma grande feiticeira do Fogo, com nenhuma paciência para as aulas teóricas e muita vontade de colocar seus poderes em prática. Apesar de talentosa, ela é uma guria inocente de 15 anos, que nem imagina a importância que tem para o mundo inteiro, mas que aceita seu fardo quando ele lhe é imposto (não que ela tivesse muitas opções). Ela é uma personagem coerente, com seus defeitos e inseguranças, e simpatizei com ela de cara, principalmente porque tenho uma (enorme) queda por manipuladores de fogo (não é a toa que todas as protagonistas dos meus livros - inacabados - têm esse dom). Mesmo assim, minhas personagens favoritas são a professora Adill - também feiticeira do Fogo e grande estrategista - e Christine, feiticeira da Água e um prodígio entre o seu povo. Ainda que as duas sejam minhas favoritas, todos os personagens são bem construídos, verossímeis e consistentes, três características bem importantes. Dentre os humanos, gostei muito da Rainha Yukiko - mais prisioneira que regente - e Aramis, um jovem Conselheiro estrangeiro, que vem a Alzoria (capital de Willford) atrás de respostas e justiça.
No lado negro da Força, o principal vilão humano é totalmente enojante, irritante e asqueroso - e covarde, muito covarde. Há também o grupo dos Falcões Negros, feiticeiros espetaculares e ambiciosos, que dão bem mais medo que o humano. Apesar do poder dos Falcões e do exército poderoso de Willford, a maldade de ambos os lados se concentra na manipulação e na corrupção.
Mudando de assunto antes que eu fique falando para sempre dos personagens, a escrita da M. V. Garcia é muito gostosa de ler; é como se a autora tivesse transformado um anime em livro, o que, para um amante dos quadrinhos e animações japonesas como eu, faz da leitura algo ainda mais divertido e instigante. Uma vez ou outra, as situações ficaram um pouco exageradas e descobri alguns mistérios antes do que deveria, mas nenhum desses dois fatores atrapalha a coerência da história ou a diversão. A linguagem é agradável e não encontrei muitos erros de digitação ou ortografia (o que seria bem aceitável, já que o exemplar da book tour não era a versão final do livro). O final é digno de Rick Riordan, já que nos deixa BEM NO MEIO DE UMA CENA VITAL e nos faz ansiar pelo próximo livro.

Sem mais delongas, recomendo este livro a leitores de todas a idades (mas especialmente adolescentes e jovens adultos) que gostem de uma boa história de Alta Fantasia com grandes doses de humor e amizade - e pancadaria, porque tudo que é bom tem que ter pancadaria.

site: http://mynerdbubble.blogspot.com.br/2016/01/review-chama-da-esperanca-princesa.html
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Ana P. Maia 26/01/2016

A Chama da Esperança - The Queen's Castle
Saudações nobres,

A Chama da Esperança não foi lido, foi devorado em um único dia e essa resenha apresentou-se um desafio em virtude o quão denso e vasto é o universo criado por Lady M. V. Garcia. Por mais que esse primeiro livro seja só o começo, fui teleportada para cidades, paisagens, culturas e indivíduos muito diferentes. Eu me perdi nos confins do: Por onde começar? Porque, obviamente se foi lido em 1 – UM – dia, não faltaram méritos.
Então sim, é complicado fazer com que tudo isso seja transmito a vós de forma satisfatória e ainda esconder toda a qualquer revelação do enredo que possa prejudicar a vossa leitura.
Agradeço a autora pela confiança e também por ter proporcionado uma verdadeira aventura. Por fim, não só hoje, mas especialmente hoje, desejo toda a sorte e sucesso do mundo à Lady M. no lançamento oficial do livro. Tenho certeza absoluta que a leitura de A Chama da Esperança o levará a uma viagem completa, por um mundo mágico que habilmente combina elementos medievais, lendas e tecnologias. Dê uma chance à Kaira, ela sem dúvidas vos conquistará.



De nada adianta o conhecimento se não se tem o poder da escolha.



Respirei fundo, fechei os olhos e me imaginei em colinas, árvores altas e uma aldeia, depois senti a brisa fria e a neve salpicar o rosto... A descrição é palpável, não sentirás ser mero espectador, mas alguém capaz de tocar os personagens. É com essa sensação que desejo que leias essa crítica e que acima de tudo sinta-a. Espero profundamente ser capaz de levar a vós tudo isso.
Geralmente o medo do diferente transforma as pessoas: encontra abrigo no ódio e em ações extremas. É o caso da relação entre humanos e feiticeiros em Yuan, em especial no Reino de Willford, onde a entrada dos feiticeiros é proibida.
Acontece que Albert, o herdeiro de Willford se encanta por Rosalia – com seus cabelos dourados e olhos vermelhos – uma feiticeira, e ignorando todo o preconceito a eleva a Rainha. A felicidade dura pouco e com a queda do Rei, a vida não apenas da Rainha como de sua filha e legítima herdeira corre risco. A guerra se instala e os feiticeiros são caçados impiedosamente, assim como os humanos. Mal se sabe, no entanto, quem está por trás disso, de quem é a mente doente que se diverte com o derramamento de sangue.
Durante a fuga, Rosalia executa o que muitos imaginariam impossível e sem que ela mesma saiba bem o que realiza, sela a maior ameaça à vida de sua filha e finda – temporariamente – a guerra.
Com o fim das ofensivas, e os feiticeiros expulsos das redondezas, os mesmos fundaram os próprios reinos, cada qual guardando as características das quais seriam conhecidos.
Com a morte do Rei e o banimento dos feiticeiros – e caça à Rainha e sua filha – Willford passou às mãos de Elliot, primo ambicioso e sem escrúpulos do antigo rei. Leve em consideração que o trono não é seu por direito, uma vez que a jovem – bastarda – Yukiko, é a detentora desse direito, na falta de herdeiros legítimos de Albert.
Os feiticeiros se espalham pelo reino, formando a República Unificada dos 5 Grandes Clãs Feiticeiros.

“Os feiticeiros de Fogo, considerados guerreiros caçadores e de modos simples, adaptaram-se logo à vida nas planícies, vivendo da caça aos monstros e fazendo pequenas plantações ao longo dos poucos córregos que ali havia. E ficaram por ali, formando pequenas vilas espalhadas pela planície e, bem no centro, construíram sua capital, Flameria. Os feiticeiros de Água eram conhecidos por serem muito pacíficos, e grandes adoradores da natureza. (...) Os grupos da Água migraram para o norte, onde encontraram as frias Montanhas Liore, belíssimo lugar com muitas florestas boreais, repletas de pinheiros e cachoeiras, onde fundaram sua capital, escondida entre a floresta, Prime d’ Acqua. Os feiticeiros da Terra também eram considerados de modos “rudes”, como os de Fogo, e não se demoraram muito em procurar um local ideal; se instalaram nos desertos de Rockaxe. Os feiticeiros do Trovão, mestres da tecnologia, procuraram um local onde pudessem se instalar que oferecesse diversos recursos naturais e matéria prima. (...) Por fim, ficaram perto do rio Armon, onde construíram a maior das cinco capitais e orgulho dos feiticeiros de Trovão, a gigantesca e futurística Aluminia. Apenas o paradeiro dos enigmáticos feiticeiros do Ar era incerto.”.

Os primeiros a nos saudar são os moradores de um determinado e pequeno vilarejo de feiticeiros do fogo. São simples, nobres. E então aquela garota de longas madeixas loiras toma nossa atenção, é basicamente uma criança no corpo de uma jovem de 15 anos – criança no sentido de simplesmente não demonstrar preocupações e ter aquele brilho no olhar que vai se perdendo aos poucos –. Kaira não faz ideia de quem realmente seja, nem do que a espera.
Mas logo o sacrifício de Rosalia começa a perder o efeito e a rede intrincada de intrigas reconstrói a guerra, levando a morte a humanos e feiticeiros.
É então que segredos são revelados, lágrimas são derramadas e Kaira deve finalmente erguer-se, não apenas como a última esperança de cessar a guerra, mas como salvadora e unificadora dos povos. Kaira precisará ser forte, imponente e ao mesmo tempo doce e segura. A jovem empreenderá uma jordana longa, passando por todos os grandes clãs e deverá desempenhar um papel em cada um deles.
Ela não sabe se será bem recebida e se acreditarão em sua história, mas o futuro depende disso. A vida de todos depende disso. É uma mistura de responsabilidades para as quais ela não está preparada, e para tanto, personagens importantes são colocados habilmente ao seu redor. E ai se encontra o grande trunfo da autora: a partir de uma personagem simplória e ingênua construir uma líder. Alguém que os guerreiros seguirão até a morte, mas também alguém capaz de nos surpreender com atitudes meigas e inesperadas. Kaira por si só é uma miscelânea das grandes heroínas com as quais estamos acostumados, com – a meu ver – um toque de Serena/Sailor Moon que é incrivelmente nostálgico.
Quando afirmei que apesar de ser o primeiro volume, não foram poupadas batalhas emocionantes, mortes marcantes e desespero por parte do leitor, não estava brincando. M. V. Garcia pega mente e coração dos leitores e os coloca ao lado de Kaira e seus companheiros, então sim, eu estive em todos os lugares, lutando ao lado deles. A descrição dos cenários, das planícies, da simplicidade à eletricidade e tecnologia, das peculiaridades de cada clã, do sadismo e maldade de alguns ao sacrifício e amor de outros... Tudo será encontrado em A Chama da Esperança e é isso que desejo que sintas e compreenda. Há muito a ser dito – apesar de eu pouco o poder fazer – mas há muito mais a ser sentido!

Chego ao final dessa crítica a sentindo vazia se comparada à riqueza do universo apresentado nesta obra. Mas creia-me, assim o é, pois não desejo revelar nenhum detalhe da trama que possa tirar a surpresa ao ler... Então, apenas acredite-me, e leia A Chama da Esperança! É o primeiro passo de uma heroína grandiosa, e sei que ela ainda nos guarda grandes feitos.



Ps.: Garo é meu personagem preferido e torcerei por ele, mesmo que Kaira não saiba – ainda – pelo que eu estarei torcendo.

site: http://booksandcrowns.blogspot.com.br/2016/01/a-chama-da-esperanca.html
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